António Alves da Mota, Soldado Atirador, n.º
02563767, natural do lugar de Anquião, na freguesia de
Gestaçô, concelho de Baião, filho de Laurentino Mota e
de Lucinda Alves
Vedora,
solteiro;
Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 1 (RI1 -
Amadora) «UBI GLORIA OMNE PERICULUM DULCE» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique;
No dia 03 de Agosto de 1967, na Gare Marítima da Rocha
do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’,
integrado na Companhia de Caçadores 1715 (CCac1715) do
Batalhão de
açadores
1918 (BCac1918) «FOGO», rumo ao porto de Nacala, onde
desembarcou no dia 31 de Agosto de 1967;
A
sua subunidade de infantaria, comandada pelo Capitão de
Infantaria João Maria Tamagnini Barbosa de Bellegarde
Belo, foi colocada em Nova Viseu, onde rendeu a
Companhia de Caladores 1554 (CCac1554) do
Batalhão
de Caçadores 1889 (BCac1889) «AD JUSTAM PACEM»;
De Setembro de 1967 a Maio de 1968, efectuou abertura de
itinerários, patrulhamentos e nomadizações nas zonas de
Nova Viseu, dos rios Lucuisse, Chicoleze e Lucheze e
montes Tenga e Macolo, nomeadamente as operações
“Vassourada”, “Trovoada”, “Bazucada”, “Faísca” e
“Nortada”;
Faleceu no dia 18 de Março de 1968, na região de Nova
Viseu, em consequência de ferimentos sofridos em
combate;
Está inumado no cemitério de Mesão Frio;
Paz à sua Alma.
Louvado, a título póstumo, por feitos em combate na
Província Ultramarina de Moçambique, publicado em Ordem
de Serviço n.º 71, de 04 de Setembro de 1968, da Região
Militar de Moçambique;
Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe,
a título póstumo, pela Portaria de 03 de Janeiro de
1969, publicada na Ordem do Exército n.º 7 – 3.ª série,
de 1969, e referenciado no Jornal do Exército n.º 113,
página 36, de Maio de 1969:
Soldado
de Infantaria, n.º 02563767
ANTÓNIO ALVES DA MOTA
CCac1715/BCac1918 - RI1
MOÇAMBIQUE
2.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição da
Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 7 – 3.ª
série, de 1969.
Por Portaria de 03 de
Janeiro de 1969:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 2.ª
classe, a título póstumo, ao abrigo dos artigos 9.º e
10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em acções de combate na
Província de Moçambique, o Soldado n.º 02563767, António
Alves da Mota, da Companhia de Caçadores n.º 1715 do
Batalhão de Caçadores n.º 1918 - Regimento de Infantaria
n.º 1.
Transcrição do
louvor que originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data, publicada naquela Ordem do
Exército):
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, adoptar para todos os efeitos legais, o
louvor conferido em Ordem de Serviço n.º 71, de 04 de
Setembro de 1968, da Região Militar de Moçambique, a
título póstumo, ao Soldado n.º 02563767, António Alves
da Mota, da Companhia de Caçadores n.º 1715 do Batalhão
de Caçadores n.º 1918 - Regimento de Infantaria n.º 1,
com a seguinte redacção:
Pela forma como se comportou durante a operação
"Nortada", lançando-se heroicamente, sob o fogo inimigo,
na perseguição de um elemento inimigo armado, tendo-o
abatido e capturado a arma que transportava,
demonstrando muito sangue-frio e coragem, já
evidenciados em anteriores operações do seu Grupo de
Combate, o que, aliado ao seu espírito de sacrifício e
camaradagem, o fazia ser apontado como exemplo aos seus
camaradas de armas.
Mais tarde, para socorrer um grupo de camaradas seus,
encurralados por nutrido fogo inimigo, empunhou um
lança-granadas foguete e lançou-se destemidamente contra
o inimigo, desalojando-o das suas posições, sendo então
atingido mortalmente por uma rajada.
Ao oferecer a sua vida pelos seus camaradas, deu-se à
Pátria, que muito honrou.
