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Condecorações

Agostinho Belmiro Dias de Magalhães Barros, Furriel Mil.º de Infantaria, da CCac2319/BCac2836

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

HONRA E GLÓRIA

 

Agostinho Belmiro Dias de Magalhães Barros

 

Furriel Mil.º de Infantaria, n.º 03686966

 

Companhia de Caçadores 2319

 

Batalhão de Caçadores 2836

«NADA POR NÓS, TUDO PELA PÁTRIA»

 

Moçambique: 30Jan1968 a 14Fev1970

 

Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

Louvor Individual

 

Agostinho Belmiro Dias de Magalhães Barros, Furriel Mil.º de Infantaria, n.º 03686966, natural de Lousada;


Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 1 (RI1 - Amadora) «UBI GLORIA OMNE PERICULUM DULCE» para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique;


No dia 4 de Janeiro de 1968, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’, integrado na Companhia de Caçadores 2319 (CCac2319) do Batalhão de Caçadores 2836 (BCac2836) «NADA POR NÓS, TUDO PELA PÁTRIA», rumo ao porto de Nacala, onde desembarcou no dia 30 de Janeiro de 1968;


A sua subunidade de infantaria, comandada pelo Capitão de Infantaria Luís Manuel Fialho Gomes, após o desembarque, foi colocada em Nantuego, onde rendeu a Companhia de Caçadores 1654 (CCac1654) do Batalhão de Caçadores 1906 (BCac1906) «NON NOBIS»; a 1 de Agosto de 1968, permutando com a Companhia de Caçadores 2320 (CCac2320) do Batalhão de Caçadores 2836 (BCac2836) «NADA POR NÓS, TUDO PELA PÁTRIA», foi transferida de Nantuego para o Candulo; guarneceu com 1 pelotão o destacamento de Chamba; a 30 de Março de 1969, foi transferida, do Candulo para Mecula, por troca com a Companhia de Caçadores 2318 (CCac2318) do Batalhão de Caçadores 2836 (BCac2836) «NADA POR NÓS, TUDO PELA PÁTRIA»; guarneceu Mussoma com 1 pelotão; de Fevereiro de 1968 a Setembro de 1969, executou, entre outras, as operações: "Falcão Novo", "Falcão Sagaz", "Falcão insistente", "Falcão Psico" (todas em regiões ao longo da margem Sul do rio Rovurna), "Falcão Morde" (entre as nascentes dos rios Chiulezi e Metapire), "Falcão Fado Corrido" (região da "Base Maguiguane") e "Falcão na Ilha" (Mucuavira); participou nas operações "Falcão Zangado", "Bicharada I, II, e III" e "Bicharada Obediente"; em Setembro de 1969, foi rendida em Mecula, pela Companhia de Caçadores 2550 (CCac2550) do Batalhão de Caçadores 2880 (BCac2880) «FIRMES E CONSTANTES» e transferida para Moatize, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 1730 (CCav1730) do Batalhão de Cavalaria 1923 (BCav1923) «NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»; de Setembro de 1969, até final da comissão, efectuou escoltas ao comboio e patrulhamentos; participou na operação "Salada"; em Fevereiro de 1970, foi rendida em Moatize, pela Companhia de Caçadores 2359 (CCac2359) do Batalhão de Caçadores 2842 (BCac2842) «FIRMES E RESOLUTOS».


Louvado por feitos em combate na Província Ultramarina de Moçambique, por despacho de 4 de Fevereiro de 1969, publicado na Ordem de Serviço n.º 14, de 19 de Fevereiro de 1969, do Quartel-General da Região Militar de Moçambique;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 25 de Junho de 1969, publicado na Ordem do Exército n.º 25 - 3.ª série, de 1969 e Jornal do Exército n.º 165, página 19, de Setembro de 1973;


No dia 14 de Fevereiro de 1970, no porto da cidade da Beira, embarcou no NTT ‘Niassa’ de regresso à Metrópole.

 

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Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

Furriel Miliciano de Infantaria
AGOSTINHO BELMIRO DIAS DE MAGALHÃES BARROS
 

CCac2319/BCac2836 - RI1
MOÇAMBIQUE


4.ª CLASSE


Transcrição do Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 25 - 3.ª série, de 1969.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 25 de Junho de 1969, o Furriel Miliciano de Infantaria, Agostinho Belmiro Dias de Magalhães Barros, da Companhia de Caçadores n.º 2319 do Batalhão de Caçadores n.º 2836 - Regimento de Infantaria n.º 1.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Publicado na Ordem de Serviço n.º 14, de 19 de Fevereiro de 1969, do Quartel-General da Região Militar de Moçambique):


Que, por seu despacho de 4 de Fevereiro de 1969, louvou o Furriel Mil de Infantaria, n.º 03686966, Agostinho Belmiro Dias de Magalhães Barros, da Companhia de Caçadores n.º 2319 do Batalhão de Caçadores n.º 2836, porque, no dia 4 de Novembro de 1968, pelas 22H30, reagiu com excepcional valentia, em face de um violento ataque desencadeado de surpresa, pelo inimigo, contra o aquartelamento do Candulo, com morteiros, "bazookas" e armas automáticas pesadas e ligeiras.


Assim, não hesitou em deslocar-se, por duas vezes, sob o fogo intenso do inimigo, que devassava toda a parada do aquartelamento, até aos postos de defesa periférica, percorrendo uma distância superior a cem metros, para aí colher informações preciosas sobre os objectivos a abater, o que lhe permitiu regular e ajustar o tiro do morteiro, alvejando o inimigo, com o que provocou, em grande parte, a sua fuga precipitada e o abandono no terreno de material de guerra de relativo valor.


Revelou este graduado excepcional desembaraço, serenidade e coragem debaixo de fogo e completa consciência de que o cumprimento da missão está acima do risco de vida que correu.


Da sua atitude generosa, que muito honra a Companhia de Caçadores n.º 2319 e o Batalhão de Caçadores n.º 2836, dependeu em grande parte o êxito da defesa do aquartelamento.

 

 

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