António Martins Simões, Alferes Mil.º de
Infantaria, comandante de pelotão da CCac2319/BCac2836
"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom
que para preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA
António Martins Simões
Alferes Mil.º de Infantaria
Comandante de pelotão da
Companhia de Caçadores
2319
Batalhão de Caçadores 2836
«NADA POR NÓS, TUDO PELA PÁTRIA»
Moçambique: 30Jan1968 a 14Fev1970
Medalha de
Prata de Valor Militar com Palma
António Martins Simões,
Alferes Mil.º de Infantaria;
Mobilizado pelo Regimento
de Infantaria 16 (RI16 - Évora) «CONDUTA BRAVA E EM TUDO
DISTINTA» para servir Portugal na província Ultramarina
de Moçambique;
No
dia 4 de Janeiro de 1968, na Gare Marítima da Rocha
do
Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’,
integrado na Companhia de Caçadores 2319 (CCac2319) do
Batalhão de Caçadores 2836 (BCac2836) «NADA POR NÓS,
TUDO PELA PÁTRIA», rumo ao porto de Nacala, onde
desembarcou no dia 30 de Janeiro de 1968;
A sua subunidade de infantaria, comandada
pelo
Capitão de Infantaria Luís Manuel Fialho Gomes, após o
desembarque, foi colocada em Nantuego, onde rendeu a
Companhia de Caçadores 1654 (CCac1654) do Batalhão de
Caçadores 1906 (BCac1906) «NON NOBIS»; a 1 de
Agosto
de 1968, permutando com a Companhia de Caçadores 2320
(CCac2320) do Batalhão de Caçadores 2836
(BCac2836)
«NADA POR NÓS, TUDO PELA PÁTRIA», foi transferida de
Nantuego para o Candulo; guarneceu com 1 pelotão o
destacamento
de Chamba; a 30 de Março de 1969, foi transferida, do
Candulo para Mecula, por troca com a Companhia de
Caçadores 2318 (CCac2318) do Batalhão de Caçadores 2836
(BCac2836) «NADA POR NÓS, TUDO PELA PÁTRIA»; guarneceu
Mussoma com 1
pelotão;
de Fevereiro de 1968 a Setembro de 1969, executou, entre
outras, as operações: "Falcão
Novo",
"Falcão Sagaz", "Falcão insistente", "Falcão Psico"
(todas em regiões ao longo da margem Sul do rio
Rovurna), "Falcão Morde" (entre as nascentes dos rios
Chiulezi e Metapire), "Falcão Fado
Corrido"
(região da "Base Maguiguane") e "Falcão na Ilha"
(Mucuavira); participou nas operações "Falcão
Zangado",
"Bicharada I, II, e III" e "Bicharada Obediente"; em
Setembro de 1969, foi rendida em Mecula, pela Companhia
de Caçadores 2550 (CCac2550) do Batalhão de Caçadores
2880 (BCac2880) «FIRMES E CONSTANTES» e transferida
para
Moatize, onde rendeu a Companhia de Cavalaria 1730
(CCav1730) do Batalhão de Cavalaria 1923
(BCav1923)
«NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»; de Setembro de 1969,
até final da comissão, efectuou escoltas ao comboio e
patrulhamentos; participou na operação "Salada"; em
Fevereiro de 1970, foi rendida em Moatize, pela
Companhia de Caçadores 2359 (CCac2359) do Batalhão de
Caçadores 2842 (BCac2842) «FIRMES E RESOLUTOS».
No dia 14 de Fevereiro de 1970, no porto da cidade da
Beira, embarcou no NTT ‘Niassa’ de regresso à Metrópole.
Agraciado com a Medalha de Prata de
Valor Militar com Palma, por feitos em combate no teatro
de operações de Moçambique, pela Portaria de 15 de Abril
de 1970, publicada na Ordem do Exército n.º 8 – 2.ª
série, de 1970
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Medalha de Prata de
Valor Militar com Palma
Alferes
Miliciano de Infantaria
ANTÓNIO MARTINS SIMÕES
CCac2319/BCac2836 - RI16
MOÇAMBIQUE
Grau: Prata, com palma
Transcrição da Portaria
publicada na Ordem do Exército n.º 8 - 2.ª série, de
1970.
Por Portaria de 15 de Abril de 1970:
Condecorado com a Medalha de Prata de Valor Militar, com
palma, nos termos do artigo 7.º, com referência ao
parágrafo 1.º do artigo 51.º, do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, o Alferes Miliciano de
Infantaria, António Martins Simões, da Companhia de
Caçadores n.º 2319, do Batalhão de Caçadores n.º 2836,
Regimento de Infantaria n.º 16, pelo brio, competência,
zelo e dedicação demonstradas durante a permanência de
cerca de quinze meses na Zona de Intervenção Norte da
Província de Moçambique.
De realçar a actuação na operação "Falcão Trotador", que
resultou na destruição de importante base inimiga,
captura de diverso material e baixas ao inimigo, graças
à serena energia na manobra que idealizou, fazendo um
envolvimento muito curto sobre o objectivo.
Deslocando-se na frente, revelou muita decisão e
sangue-frio ao eliminar uma sentinela inimiga, e, ainda,
quando, atingido com certa gravidade no pescoço e no
ventre pelo rebentamento de uma granada, indiferente à
dor e à hemorragia, continuou no comando dos seus
homens, perseguindo o inimigo enquanto lhe foi possível.
Terminada a perseguição, cônscio da sua alta
responsabilidade como único oficial na operação, apesar
do seu estado aconselhar a evacuação, preferiu fazer o
regresso com os seus homens em marcha dura e
impressionante até ao local de recuperação nas viaturas.
Deste modo se impôs à admiração geral, muito honrando a
sua Companhia, o Batalhão e o Exército que tão
devotadamente serve.