Eduardo Moutinho Ferreira Santos, Alferes Miliciano de
Infantaria;

Mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 10 (BC10 – Chaves)
«SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS» para servir Portugal na
Província Ultramarina da Guiné;
No
dia 01 de Maio de 1968, na Gare Marítima da Rocha do
Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’,
como comandante de pelotão da Companhia de Caçadores
2366 (CCac2366) «PERIQUITO ATREVIDO» do Batalhão de
Caçadores 2845
(BCac2845)
«SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS», rumo ao estuário do
Geba (Bissau), onde desembarcou no dia 06 de Maio de
1968;
A sua subunidade de infantaria, comandada pelo Capitão
Miliciano de Artilharia Fernando Lourenço
Barbeitos,
após o desembarque seguiu para Teixeira Pinto, a fim de
efectuar o treino operacional, e, seguidamente, reforçar
o dispositivo e manobra do seu
batalhão,
com vista à realização de patrulhamentos, escoltas e
emboscadas na zona de acção; em 05 de Junho de 1968, por
troca com a Companhia de
Caçadores
1622 (CCac1622), assumiu a responsabilidade do subsector
de Jolmete; em 27 de Maio de 1969, foi rendida pela
Companhia de
Caçadores
2585 (CCac2585) do Batalhão de Caçadores 2884 (BCac2884)
«MAIS ALTO» e foi colocada em Bissau, colmatando
anterior saída da Companhia de Artilharia 1744
(CArt1744) «…E SE MAIS MUNDO HOUVERA», ficando no
dependência do Batalhão de
Caçadores
2884 (BCac2884) «MAIS ALTO», a fim de colaborar na
segurança e defesa das instalações e populações; em 27
de Julho de 1969,
assumiu
a responsabilidade do subsector de Quinhámel e dos
destacamentos de Ponta de S. Vicente da Mata, Ilondé,
Orne e Ondarne, substituindo, por troca, a Companhia de
Caçadores 1787 (CCac1787) do Batalhão
de
Caçadores 1932 (BCac1932) «VONTADE E VALOR», ali
colocada transitoriamente; em 26 de Março de 1970, foi
rendida pela Companhia de Caçadores 2572 (CCac2572) «OS
SEM PAVOR» e recolheu a Bissau para embarque.
Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra
de 1.ª classe por feitos em combate no teatro de
operações da Guiné, pela Portaria de 24 de Fevereiro de
1970, publicada na Ordem do Exército n.º 5 – 2.ª série,
de 1970:
Alferes
Miliciano de Infantaria
EDUARDO MOUTINHO FERREIRA SANTOS
CCac2366/BCac2845 - BC10
GUINÉ
1.ª CLASSE
Transcrição da
Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 5 - 2.ª
série, de 1970.
Por Portaria de 24 de Fevereiro de 1970:
Condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª classe, ao
abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados
em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa, o
Alferes Miliciano de Infantaria, Eduardo Moutinho
Ferreira Santos, da Companhia de Caçadores n.º 2366 do
Batalhão de Caçadores n.º 2845 - Batalhão de Caçadores
n.º 10.
Transcrição do
louvor que originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data, publicada naquela 0rdem do
Exército):
Louvado o Alferes Miliciano de Infantaria, Eduardo
Moutinho Ferreira Santos, da Companhia de Caçadores n.º
2366, do Batalhão de Caçadores n.º 2845 - Batalhão de
Caçadores n.º 10, porque em todas as operações em que já
tomou parte patenteou sempre raras qualidades de comando
e excepcionais virtudes militares, evidenciando coragem,
sangue-frio e serena energia debaixo de fogo,
agressividade, espirito de iniciativa e invulgar sentido
de missão, amplamente demonstrados nas muitas acções de
contacto com o inimigo por que passou.
Já anteriormente louvado por actos valorosos praticados
com iminente risco de vida frente ao inimigo, voltou
novamente a evidenciar-se no comando da sua Companhia,
em operações, actuando com excelente técnica e decisão e
cumprindo integralmente as missões que lhe eram
atribuídas. Das mesmas, referem-se especialmente a
operação "Asterisco", conduzida com extraordinária
agressividade, destemor e determinação, e em que as
nossas tropas infligiram ao inimigo vários mortos e
feridos e a captura de diverso armamento e material de
guerra, apesar da tenaz resistência oposta pelo
adversário, de que resultou vários ferimentos em alguns
componentes das nossas tropas, entre eles o próprio
Alferes Moutinho. De referir, ainda, de entre outras, as
operações "Averiguar", "Almourol" e "Ardente", todas
elas efectuadas com bom sentido táctico e excelente
condução da acção e executadas com agressividade,
perseverança, oportunidade e intrepidez.
Com a sua actuação no Comando Territorial Independente
da Guiné, firmou-se o Alferes Moutinho como um oficial
de excepção, digno de ser apontado como exemplo de
militar, que muito honra as Forças Armadas e a Nação.
No dia 03 de Abril de 1970, embarcou no NTT ‘Niassa’ de
regresso à Metrópole, onde desembarcou no dia 09 de
Abril de 1970.
