Arlindo Gonçalves Rodrigues, Furriel
Mil.º de Infantaria, da CCac3309/BCac3834
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro

Arlindo
Gonçalves Rodrigues
Furriel Mil.º de Infantaria
Companhia de Caçadores 3309
Batalhão de Caçadores 3834
«SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS»
Moçambique: 20Fev1971 a Mar1973
Cruz de Guerra de 4.ª
classe
Louvor Individual
Arlindo Gonçalves
Rodrigues, Furriel Mil.º de Infantaria;
Mobilizado
pelo Batalhão de Caçadores 10 (BC10 –
Chaves) «SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS» para
servir Portugal na
Província
Ultramarina de Moçambique;
No dia 24 de Janeiro de
1971, na Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’,
integrado na Companhia de Caçadores 3309
(CCac3309) do Batalhão de Caçadores 3834
(BCac3834) «SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS»,
rumo ao porto
marítimo
de Porto Amélia, onde
desembarcou
no dia 20 de Fevereiro 1971;
A sua subunidade de
infantaria, comandada pelo Capitão Mil.º
Hélio Augusto Moreira, após o desembarque,
foi colocada em Nangade, no distrito de Cabo
Delgado, onde rendeu a Companhia de
Caçadores
2622
(CCac2622) do Batalhão de Caçadores 2894
(BCac2894) «AUDÁCIA PARA VENCER», sendo
retirada temporariamente ao
batalhão;
ficou sob o comando operacional do Batalhão
de Artilharia 2918 (BArt2918) «OS
MONTANHESES» - «O IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE»
sedeado em Nangade; a 09 de
Maio
de 1971, foi transferida por troca com a
Companhia de Artilharia 2745 (CArt2745)
«ÁGUIAS DO ROVUMA» - «O CÉU A TERRA E AS
ONDAS ATROANDO», de Nangade para Tartibo,
também
designada
por Nova Torres; a 23 de Fevereiro de 1972,
rendida em Tartibo, pela Companhia de
Artilharia 3506 (CArt3506) «VITÓRIA NA
JUSTIÇA» - «O CÉU A TERRA E AS ONDAS
ATROANDO»
regressou
a Nangade, onde rendeu a Companhia de
Artilharia 2745 (CArt2745) «ÁGUIAS DO
ROVUMA» - «O CÉU A TERRA E AS ONDAS
ATROANDO»; Passou a ficar sob o comando do
Batalhão de Artilharia 3876 (BArt3876)
«UNIDOS E FIRMES», que rendera em Nangade o
Batalhão de Artilharia 2918 (BArt2918) «O
IMPOSSÍVEL NÃO EXISTE», em Fevereiro de
1972; de Fevereiro de 1971 a Novembro de
1972, submetida a intensa actividade
operacional, efectuou muitas o
perações,
nomeadamente: "Iniciação 1", "Adaga 2" e
"Barca 1" (entre os lagos Nangade e Lidede)
e "Barragem" (região de Tartibo); tomou
parte, entre outras, nas operações "Flecha 8
e 9" (vale do rio Rovuma), "Bacamarte" (zona
do lago Lidede) e "Bastão 2" (entre o lago
Lidede e Nangade) sob o comando do Batalhão
de Artilharia 2918 (BArt2918) «O IMPOSSÍVEL
NÃO EXISTE» e "Bicéfalo 4" (região da base
Boane) sob o comando do
Batalhão
de Artilharia 3876 (BArt3876) «UNIDOS E
FIRMES»; a 09 de Novembro de 1972, regressou
ao batalhão; rendeu em Balama, a Companhia
de Artilharia 2746 (CArt2746) «TERRÍVEIS» -
«O CÉU A TERRA
E
AS ONDAS ATROANDO»: de Novembro de 1972 até
final da comissão, executou, entre outras,
as operações "Bainha 1" e "Bainha 2", ambas
no vale do rio Messalo; em
Fevereiro
de 1973, foi rendida em Balama pela
Companhia de Caçadores 3395 (CCac3395) do
Batalhão de Caçadores 3851 (BCac3851);
Louvado por feitos em
combate no teatro de operações de
Moçambique, por despacho de 16 de Março de
1972, publicado na Ordem de Serviço 25, de
29 de Março de 1972, do Quartel-General da
Região Militar de Moçambique;
Agraciado com a Medalha da
Cruz de Guerra de 4.ª classe, por despacho
do Comandante-Chefe das Forças Armadas de
Moçambique, de 20 de Novembro de 1972,
publicado na 0rdem do Exército n.º 12 – 3.ª
série, de 1973:
Furriel
Miliciano de Infantaria
ARLINDO
GONÇALVES RODRIGUES
CCac3309/BCac3834 - BC10
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na 0rdem
do Exército n.º 12 – 3.ª série, de 1973.
Agraciada
com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos
termos do artigo 20.º do Regulamento da
Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º
566/71, de 20 de Dezembro de 1971, por
despacho do Comandante-Chefe das Forças
Armadas de Moçambique, de 20 de Novembro de
1972, o Furriel Miliciano de Infantaria,
Arlindo Gonçalves Rodrigues, da Companhia de
Caçadores 3309 do Batalhão de Caçadores 3834
- Batalhão de Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado
na Ordem de Serviço 25, de 29 de Março de
1972, do Quartel-General da Região Militar
de Moçambique):
Que, por
seu despacho de 16 de Março de 1972, louvou
o Furriel Miliciano de Infantaria, Arlindo
Gonçalves Rodrigues, da Companhia de
Caçadores 3309 do Batalhão de Caçadores
3834, pelo seu pronto e decidido
oferecimento para chefiar uma equipa de
cinco homens a lançar em helicóptero, sobre
uma embarcação que fora detectada num rio, a
alguns quilómetros do seu estacionamento,
transportando guerrilheiros armados.
Nessa
acção, ao ser desembarcado com o seu pessoal
na área onde o barco se encontrava, tendo
reparado que os guerrilheiros, então já em
terra e em fuga, haviam cortado as amaras do
barco, deixando-o à deriva, imediatamente se
lançou à água, sozinho, armado e equipado,
de modo a que o barco não deixasse de ser
apresado o que, não sem dificuldades,
esforçadamente, conseguiu. Nele aguardou a
chegada do restante pessoal da sua equipa
para depois o conduzir a lugar seguro,
apesar da grande dificuldade de o
movimentar, por os guerrilheiros antes de
fugirem terem retirado peças essenciais ao
funcionamento do motor, e do constante risco
a que se sujeitaram pela possível
intervenção armada do inimigo, de quem a
força tão diminuta, sob as suas ordens,
podia ser fácil presa. Aproveitando a
corrente do rio, foram-se aproximando dos
elementos da sua Unidade, que por terra se
dirigiam ao seu encontro e com os quais se
reuniram já de noite.
Cumpriu
assim o Furriel Rodrigues, com êxito, a
missão para que se oferecera, pondo à prova
a sua audácia, coragem, serena energia.
espírito de sacrifício e sangue-frio,
qualidades que em grande parte concorreram
para tornar simples, pela determinação e
dinamismo com que actuou, uma acção, em que,
muito para além do valor da captura, se
infligiu significativa perda material e
moral ao inimigo, perante o qual se honrou
sobremaneira.
Em Março de 1973,
regressou à Metróple em avião dos
Transportes Aéreos Militares.
