Alberto Martins Lobato, 1.º Cabo
do Serviço de Saúde, n.º 17284670;
Mobilizado
pelo Regimento de Infantaria 1 (RI1
- Amadora) «UBI GLORIA, OMNE
PERICULUM DULCE» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique;
No
dia 21 de Abril de 1971, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Niassa’, integrado na Companhia de
Caçadores 3353 (CCac3353) do
Batalhão de Caçadores 3842
(BCac3842) «JUSTUM ET TENACEM» -
«UBI GLÓRIA OMNE PERICULUM DULCE»;

A sua subunidade de infantaria
pertencendo ao quadro orgânico do
Batalhão de Caçadores 3842
(BCac3842) «JUSTUM ET TENACEM» -
«UBI GLÓRIA OMNE PERICULUM DULCE»,
após desembarque na Beira, a 16 de
Maio de
1971,
foi retirada definitivamente daquela
unidade, seguindo de comboio para
Moatize, comandada pelo Capitão
Mil.º Manuel Baptista Ramos, onde
foi colocada
sob
o comando operacional do Batalhão de
Caçadores 17 (BCac17) «AGORA, SEMPRE
E ALÉM DO FIM», sedeado em Tete;
rendeu a Companhia de Caçadores 2514
(CCac2514)
do
Batalhão de Caçadores 2875
(BCac2875) «CORAGEM LEALDADE
AMIZADE» - «SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS»; devido à
remodelação
do dispositivo, em Outubro de 1971,
ficou subordinada ao Batalhão de
Artilharia 2897 (BArt2897) «FORTES
CONSTANTES LEIAIS», que, colocado em
Caldas Xavier,
assumiu
por curto período, a
responsabilidade do novo subsector
FCX, até à chegada do Batalhão de
Caçadores 3865 (BCac3865) «SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS» em 06 de
Novembro de 1971, ficando sob o
comando deste; efectuou operações
nas regiões de Moatize, Sungo,
montes Txizita, Muambe e Unguanda,
itinerário Moatize - Zôbué e
imediações dos rios Moatize,
Revuboé, Condedzi, Mameme e Minjova,
nomeadamente: "Roca 2 e 3", "Faca
3", "Meca 1, 2, 3, 6 e 7", "Partida
3", "Riscado 1 e 2", "Pala 4, 6 e
7", "Poker 1 e 2", "Facada 1 e 2",
"Malhoa 1 e 2", "Foca 1", "Rotar 3 e
5", "Pardal 1, 4, 6 e 7", "Fábula
1", "Forte 2", "Mata 1 a 4" e "Raso
2"; com o objectivo de proteger o
transporte
de cargas críticas no troço Mutarara
- Moatize, tomou parte nas operações
"Protecção 1, 2 e 3", "Radar 3" e
"Ferro 7", que consistiam em
patrulhamentos ao longo da via
férrea;
rendida
em Moatize, em Dezembro de 1972,
pela 2.ª Companhia de Artilharia
(2ªCArt) do Batalhão de Artilharia
6220/72 (BArt6220/72) «BRAVOS E
SEMPRE LEAIS», foi transferida para
Inhaminga, onde rendeu a Companhia
de
Caçadores
2756 (CCac2756) «DADO AO MUNDO POR
DEUS QUE TODO O MANDE PARA DO MUNDO
A DEUS DAR PARTE
GRANDE»,
ficando subordinada ao Batalhão de
Caçadores 16 (BCac16) «AD IMO
PECTORE», com sede na Beira, a
actividade operacional, consistia em
patrulhamentos e contacto com
autoridades
administrativas
e gentílicas e com a população; em
Abril de 1973, devido à remodelação
do dispositivo (divisão do CTC em
dois subsectores), passou a depender
do Batalhão de Artilharia 6221/72
(BArt6221/72) «OS CASTORES» - «TODOS
POR TODOS», que naquele mês
aquartelara em Inhaminga, assumindo
a responsabilidade de subsector; em
Maio de 1973, mantendo a
subordinação ao
Batalhão
de Artilharia 6221/72 (BArt6221/72)
«OS CASTORES» - «TODOS POR TODOS»,
foi colocada Vila Fontes;
desenvolveu actividade idêntica à da
situação anterior,
com
prioridade nos patrulhamentos ao
longo da via férrea, designadamente
operações "Língua 2", "Labirinto 3,
4 e 5", "Mancebo" e "Mascote"; em
Agosto de 1973, foi rendida em Vila
Fontes, pela Companhia de Artilharia
3506 (CArt3506) do Batalhão de
Artilharia 3877 (BArt3877) «ONTEM
HOJE AMANHÃ VITÓRIA NA JUSTIÇA»;
No dia 27 de Agosto de 1973
regressou à Metrópole.
Louvado e agraciado com a Medalha da
Cruz de Guerra de 3.ª classe por
feitos em combate no teatro de
operações de Moçambique, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 22
de Novembro de 1973, publicado na
Ordem do Exército n.º 5 – 3.ª série,
de 1974:
1.º
Cabo do Serviço de Saúde, n.º
17284670
ALBERTO MARTINS LOBATO
CCac3353/BCac3842 - RI1
MOÇAMBIQUE
3.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 5 – 3.ª série,
de 1974.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
3.ª classe, nos termos do artigo
20.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
566/71, de 20 de Dezembro de 1971,
por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 22
de Novembro de 1973, o 1.º Cabo do
Serviço de Saúde, (auxiliar de
enfermeiro), n.º 17284670, Alberto
Martins Lobato, da Companhia de
Caçadores n.º 3353 do Batalhão de
Caçadores n.º 3842 - Regimento de
Infantaria n.º 1.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Do Processo Individual arquivado na
Direção de Serviços de Justiça e
Disciplina (DSJD) do Exército
Português:
Em virtude de ter saído incorrecto,
fique sem efeito o louvor do 1.º
Cabo do Serviço de Saúde, n.º
17284670, Alberto Martins Lobato,
constante da Ordem de
Serviço/Região, n.º 52 de 04 de
Julho de 1973 – artigo 3.º, alínea
z, devendo ser publicado com a
seguinte redacção:
"Louvo o 1.° Cabo do Serviço de
Saúde, (auxiliar de enfermeiro), n.º
17284670, Alberto Martins Lobato, da
Companhia de Caçadores n.º 3353 do
Batalhão de Caçadores n.º 3842, pela
forma muito eficiente e
profundamente humanitária como
desempenhou as funções inerentes à
sua especialidade durante a sua
comissão nesta Região Militar de
Moçambique.
Militar extraordinariamente dedicado
e dotado de elevado espírito de
sacrifício, é de destacar a sua
acção quando integrado numa escolta
de abertura de itinerário em que se
verificou um elevado número de
feridos graves, como consequência do
accionamento de engenhos explosivos.
Apesar de existirem fortes suspeitas
de que a área se encontrava
fortemente armadilhada conforme
posteriormente se veio a comprovar,
a todos ocorreu prontamente,
indiferente ao perigo, deslocando-se
aos vários locais onde se tornava
necessária a sua presença para
ministrar os primeiros socorros e
confortar os seus camaradas.
Encontrando-se feridos o comandante
da escolta e o operador de
transmissões, foi ele também que de
forma decidida e abnegada accionou
os meios de comunicação ao dispor,
pedindo a evacuação imediata dos
feridos, confirmando assim, mais uma
vez, a sua capacidade de iniciativa
que não foi afectada perante uma
situação delicada e difícil,
evidenciando com a sua actuação
muito desembaraço, sangue-frio e
serena energia perante o perigo.
Pela sua corajosa atitude, à qual se
deve a recuperação de muitos dos
militares mais gravemente afectados
e ainda pelo comportamento revelado
ao longo da sua comissão de serviço
e também pelo conjunto das
qualidades evidenciadas, o 1.º Cabo
Lobato impôs-se à consideração e
estima dos seus superiores e
camaradas, que viam nele um exemplo
de militar brioso e competente,
honrando e prestigiando deste modo o
Exército a que pertence."
