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Condecorações

Martinho Gramunha Marques, Alferes Mil.º de Infantaria, cmdt. de pelotão da 3ªCCacI/CTIG

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Elementos cedidos por um colaborador do portal UTW

 

 

Martinho Gramunha Marques

 

Alferes Mil.º de Infantaria

 

Comandante de pelotão da

 

3.ª Companhia de Caçadores Indígena

«AMANDO E DEFENDENDO PORTUGAL»

 

Comando Territorial Independente da Guiné

«A LEI DA VIDA ETERNA DILATANDO»

«CORAGEM E LEALDADE»

 

Guiné: Mai1963 a 30Jan1965 (data do falecimento)

 

Cruz de Guerra de 1.ª classe

(Título póstumo)

 

Martinho Gramunha Marques, Alferes Mil.º de Infantaria, nascido na freguesia de Cabeço de Vide, concelho de Fronteira, filho de José Roque Marques e de Emília Adelaide Gramunha, solteiro;


Em 1 de Novembro de 1962, Soldado-Cadete n.º 163/59 do curso especial de preparação militar do Regimento de Infantaria 16 (RI16 - Évora) «CONDUTA BRAVA E EM TUDO DISTINTA», promovido a Aspirante-a-Oficial Miliciano Atirador de Infantaria n.º 01653/59-P;

 

Em 7 de Janeiro de 1963, colocado no Regimento de Infantaria 6 (RI6 - Porto) «VALOR LEALDADE MÉRITO» - «AO VALOR DO 1.º REGIMENTO DO PORTO» e no mesmo dia transferido para o Batalhão de Caçadores 8 (BC8 - Elvas) «DISTINTOS VÓS SEREIS NA LUSA HISTÓRIA COM OS LOUROS QUE COLHESTE NA VITÓRIA»;


Em 21 de Maio de 1963, tendo sido mobilizado para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné, embarca em Lisboa no NTT 'Manuel Alfredo' rumo ao cais do Pidjiguiti em Bissau, como Alferes Miliciano (com antiguidade a 1 de Novembro de 1963), destinado a comandar um pelotão da 3.ª Companhia de Caçadores Indígena (3ªCCacI) «AMANDO E DEFENDENDO PORTUGAL» do Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG) «A LEI DA VIDA ETERNA DILATANDO» - «CORAGEM E LEALDADE», integrada no dispositivo do Batalhão de Caçadores 512 (BCac512) do Regimento de Infantaria 7 (RI7 - Leiria) «HONRA E GLÓRIA» - «SINE SANGUINE VICTORIA NON EST»;

 

Ao início da tarde de 30 de Janeiro de 1965, quando comandava o seu pelotão em patrulha no itinerário Madina do Boé > Rio Gobije, foi alvo de emboscada do PAIGC e gravemente ferido «com uma perna esfacelada, esvaindo-se em sangue e sempre consciente até ao fim» (conforme info do Alferes MIl.º Atirador de Infantaria António de Figueiredo Pinto), vindo a falecer no local.

 

Às primeiras horas de domingo, dia 31 de Janeiro de 1965, a cidade de Bissau recebe transportes com militares falecidos e feridos vindos de Nova Lamego: o Hospital MIlitar 241 (HM241) pede dadores de sangue e quando os voluntários chegam ao hospital já estão na enfermaria duas dezenas de feridos.

 

Em 01 de Fevereiro de 1965 provisoriamente sepultado no cemitério municipal de Bissau.


Está inumado no cemitério da sua naturalidade.

 

Paz à sua Alma

 

Em 24 de Maio de 1965 agraciado a título póstumo com a Cruz de Guerra de 1.ª classe, por relevantes serviços prestados em combate:

 

Cruz de Guerra de 1.ª classe


CG-1classe-700Alferes Miliciano de Infantaria
MARTINHO GRAMUNHA MARQUES
 

3ªCCacI/CTIG
GUINÉ


1.ª CLASSE (Título póstumo)

 

Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 15 – 2.ª série, de 1965.


Por Portaria de 24 de Maio de 1965:


Condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª classe, a titulo póstumo, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa, o Alferes Miliciano de Infantaria, Martinho Gramunha Marques, da 3.ª Companhia de Caçadores Indígena do Comando Territorial Independente da Guiné, integrada no dispositivo do Batalhão de Caçadores n.º 512/Regimento de Infantaria n.º 7.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Por Portaria da mesma data publicada naquela 0rdem do Exército):


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, adoptar, para todos os efeitos legais, o seguinte louvor, conferido em Ordem de Serviço n.º 3, de 15 de Abril de 1965, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné Portuguesa, a título póstumo, ao Alferes Miliciano de Infantaria, Martinho Gramunha Marques, da 3.ª Companhia de Caçadores, integrada no dispositivo do Batalhão de Caçadores n.º 512/Regimento de Infantaria n.º 7, porque, durante treze meses que esteve destacado em Bajocunda, montou à sua própria custa um aquartelamento para as tropas sob o seu comando, com o máximo de condições possíveis, ao mesmo tempo que dedicou à população um carinho e estima que o tornaram querido ao ponto de a mesma se ter manifestado em massa quando da sua substituição.


Durante esse tempo soube manter, apesar de dispor de poucos efectivos e de escassos meios, uma actividade operacional de patrulhamento, dia e noite, que muito contribuiu para a paz do Gabu, e para a confiança da população nas Nossas Tropas.


Nos acontecimentos de Agosto no nordeste da Província, em que tomou parte, mostrou bem o seu espírito de sacrifício, saindo durante noites consecutivas para as tabancas em auxílio das populações. A tal ponto foi querido da população, tanto europeia como nativa, que após o seu falecimento pediram autorização para erguer uma lápida em sua memória no destacamento de Bajocunda.


Destacado em Madina do Boé desde princípios de Dezembro, quando o inimigo pretendia atingir esta região, continuou os patrulhamentos intensivos, dia e noite, mantendo, quer na tropa, quer na população, um moral elevadíssimo, ao ponto do próprio Régulo ter pedido para nunca o substituírem, dizendo: "Alferes igual a este não há outro na Guiné, parece mesmo nosso irmão".


De salientar, ainda, o patrulhamento e limpeza da estrada até Gobije, após o ataque a uma viatura militar, em Novembro, mesmo sabendo que a estrada estava minada.


Na operação em que faleceu, apesar de muito ferido, soube manter sangue-frio extraordinário, comandando as tropas até à sua morte e incitando-as à reacção.


Oficial activo, com alto espírito de sacrifício, cumpridor e dedicado pelo serviço, não se poupando a qualquer esforço para confirmação de notícias ou procura do inimigo a qualquer hora do dia ou da noite, bem merece ser altamente distinguido pela Pátria e pelos camaradas, a quem ofereceu o seu sangue e a sua vida jovem.


Em sua memória, a autarquia de Cabeço de Vide atribuiu-lhe a toponímia do arruamento mais longo daquela vila:

 

Clique na imagem que se segue para ampliação:

 

 

 

 


 

 

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