"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro

Manuel
Gomes Pinho de Almeida
Furriel Mil.º de
Infantaria
Companhia de Caçadores 617
«VIS NON VISA MOVET»
Batalhão de
Caçadores 619
«SENTINELA DO SUL»
Guiné:
15Jan1964 a
09Fev1966
Medalha de Cobre de Valor Militar
com palma
Manuel Gomes Pinho de Almeida,
Furriel Mil.º de Infantaria;
Mobilizado
pelo Regimento de Infantaria 1 (RI1
- Amadora) «UBI GLORIA OMNE
PERICULUM DULCE» para servir
Portugal
na
Província Ultramarina da Guiné;
No dia 08 de Janeiro de 1964, na
Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Quanza’, integrado na integrado
na Companhia de
MOVET»
do Batalhão de Caçadores 619
(BCac619) «SENTINELA DO SUL», rumo
ao estuário do Geba (Bissau), onde
desembarcou no dia 15
de
Janeiro de 1964;
A sua subunidade de infantaria,
comandada pelo Capitão de Infantaria
António Marques Alexandre,
permaneceu inicialmente em Bissau,
como força de reserva do Comando
Territorial
Independente
da Guiné (CTIG) «A LEI DA VIDA
ETERNA DILATANDO» - «CORAGEM E
LEALDADE», colaborando na segurança
e protecção das
instalações
e das populações da área, tendo
integrado o dispositivo do Batalhão
de Caçadores 600 (BCac600) em
substituição da Companhia de
Caçadores 273 (CCac273)
;
em 01 de Março de 1964, por troca
com a Companhia de Caçadores 414
(CCac414) «SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS», foi colocada em Catió
como subunidade de intervenção e
reserva do sector e ficando então
integrada no dispositivo e manobra
do
seu batalhão, tendo actuado em
várias operações realizadas nas
regiões de Ganjola, Cobumba, Cufar
Nalú, Cabolol e Catunco,
entre
outras; em 22 de Setembro de 1965,
por troca com a Companhia de
Caçadores 728 (CCac728) «OS
PALMEIRINS», assumiu a
responsabilidade do subsector de
Cachil, onde se manteve até ser
rendida pela
Companhia
de Caçadores 1424 (CCac1424) « A
ÚNICA» - «UNIPRESENTES» do Batalhão
de Caçadores 1858 (BCac1858) «FIRMES
E CONSTANTES» em 16 de Janeiro de
1966, após o que recolheu a Bissau,
a fim de aguardar o embarque de
regresso.
Em 09 de Fevereiro de 1966, embarcou
no NTT ‘Uíge’ de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia
15 de Fevereiro de 1966;
Agraciado com a Medalha de Cobre de
Valor Militar com palma, pela
Portaria de 05 de Abril de 1966,
publicado na Ordem do Exército n.º
13 – 3.ª série, de 1966, e
referenciado no Jornal do Exército
n.º 78, página 34, de Junho de 1966:
Furriel
Miliciano de Infantaria
MANUEL GOMES PINHO DE ALMEIDA
CCac617/BCac619 - RI1
GUINÉ
Grau: Cobre, com palma
Transcrição da Portaria publicada
na Ordem do Exército n.º 13 – 3.ª
série, de 1966:
Por Portaria de 05 de Abril de 1966:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Medalha
de Cobre de Valor Militar, com
palma, nos termos do artigo 7.º, com
referência ao parágrafo 1.º do
artigo 51.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, o Furriel Miliciano de
Infantaria, Manuel Gomes Pinho de
Almeida, da Companhia de Caçadores
n.º 617 do Batalhão de Caçadores n.º
619 - Regimento de Infantaria n.º 1,
porque no dia 21 de Dezembro,
durante o decorrer da Operação
"Ferro", mais uma vez demonstrou
valentia invulgar, extraordinário
desprezo pelo perigo, com admirável
coragem e sangue-frio, sempre
debaixo do fogo inimigo, qualidades
que atestam o seu valor militar.
O Furriel Pinho de Almeida, logo que
se desencadeou o fogo inimigo, numa
mata, acorreu à estrada, colocou os
seus homens que acompanhavam numa
coluna-auto, em locais onde se
tornava mais necessária a defesa,
esclarecendo os apontadores das
Daimler do local onde se encontrava
o pessoal da Companhia de Caçadores
n.º 617, em posição de
contra-emboscada; acorrendo em
seguida junto de outro grupo dos
seus homens, incitou-os ao
cumprimento da missão e logo que
soube que havia feridos, dirigiu-se
para a frente, procurando-os
arrojadamente na mata e nas bermas
da estrada, sempre debaixo de fogo
inimigo; transportou ele próprio
dois feridos graves para lugar
seguro e recuperou todo o armamento
e outro material que pelos mesmos
tinha sido abandonado.
A sua acção foi sempre acompanhada
com palavras de moralização e ânimo,
o que muito contribuiu para a
extraordinária reacção das nossas
tropas que provocaram muitas baixas
ao inimigo. O Furriel Almeida,
apesar de diminuído fisicamente, só
não tendo sido evacuado no dia
anterior por falta de lugar no
helicóptero, foi incansável,
acorrendo a todos os pontos onde a
situação se tornava mais crítica e
onde o inimigo atacava com mais
intensidade.
Pelo extraordinário valor militar já
demonstrado em outras operações, o
Furriel Pinho de Almeida merece ser
distinguido pelos distintos serviços
já prestados à Pátria, que tanto tem
honrado, nos combates travados com
os rebeldes nesta Província
Portuguesa da Guiné.
Ministério do Exército, 5 de Abril
de 1966.
O Ministro do Exército, Joaquim da
Luz Cunha.
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Partida da Gare Marítima da Rocha do
Conde de Óbidos, em Lisboa,
embarcou no NTT ‘Quanza’:

