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Condecorações

Germano Rodrigues Paulo, 1.º Cabo de Infantaria, n.º 2685/63, da CCac618/BCac619

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

HONRA E GLÓRIA

 

 

Germano Rodrigues Paulo
 

1.º Cabo de Infantaria, n.º 2685/63
 

Companhia de Caçadores 618
 

Batalhão de Caçadores 619
«SENTINELA DO SUL»
 

Guiné: 15Jan1964 a 09Fev1966


Cruz de Guerra de 1.ª classe

 

Louvor Individual

 

Germano Rodrigues Paulo, 1.º Cabo de Infantaria, n.º 2685/63;


Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 1 (RI1 - Amadora) «UBI GLORIA OMNE PERICULUM DULCE» para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné;


No dia 8 de Janeiro de 1964, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Quanza’, integrado na Companhia de Caçadores 618 (CCac618) do Batalhão de Caçadores 619 (BCac619) «SENTINELA DO SUL», rumo ao estuário do Geba (Bissau), onde desembarcou no dia 15 de Janeiro de 1964;


A sua subunidade de infantaria seguiu imediatamente para S. Domingos a fim de assumir a responsabilidade do respectivo subsector, com destacamentos em Varela e Susana, onde substituiu pelotões da Companhia de Cavalaria 567 (CCav567) «A GALOPE E CORAÇÃO AO ALTO» e da Companhia de Caçadores 462 (CCac462) «SEMPRE EXCELENTES E VALROSOS», ali temporariamente destacados e ficando integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Caçadores 507 (BCac507), orientando o seu esforço para o patrulhamento e interdição da zona de fronteira; em 30 de Janeiro de 1965, após rotação com a Companhia de Caçadores 622 (CCac622) «ARMAS NA MÃO E OLHOS NA PÁTRIA» iniciada em 07 de Dezembro de 1964, assumiu a responsabilidade do subsector de Binar, na zona de acção do Batalhão de Caçadores 507 (BCac507) e depois do Batalhão de Cavalaria 790 (BCav790) «SINE SANGUINE NON EST VICTORIA»; em 25 de Janeiro de 1966, foi rendida pela Companhia de Cavalaria 789 (CCav789) do Batalhão de Cavalaria 790 (BCav790) «SINE SANGUINE NON EST VICTORIA» e recolheu seguidamente a Bissau, a fim de aguardar o embarque de regresso.


Louvado por feitos em combate no teatro de operações da Guiné, publicado na Ordem de Serviço n.º 4, de 30 de Abril de 1965, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné Portuguesa;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 1.ª classe, pela Portaria de 03 de Junho de 1965, publicada na Ordem do Exército n.º 22 – 3.ª série, de 1965:

 

1.° Cabo de Infantaria, n.º 2685/63
GERMANO RODRIGUES PAULO
 

CCac618/BCac507 - RI2
GUINÉ


1.ª CLASSE


Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 22 – 3.ª série, de 1965.


Por Portaria de 03 de Junho de 1965:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º, do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa, o 1.º Cabo atirador n.º 2685/63, Germano Rodrigues Paulo, da Companhia de Caçadores n.º 618 adstrita ao Batalhão de Caçadores n.º 507 - Regimento de Infantaria n.º 2.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Por Portaria da mesma data publicada naquela Ordem do Exército):


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, adoptar, para todos os efeitos legais, o seguinte louvor conferido em Ordem de Serviço n.º 4, de 30 de Abril de 1965, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné Portuguesa, ao 1.º Cabo atirador n.º 2685/63, Germano Rodrigues Paulo, da Companhia de Caçadores 618 adstrita ao Batalhão de Caçadores n.º 507 - Regimento de Infantaria n.º 2, porque em Março de 1965, quando do ataque à base inimiga de Biambi, sendo elemento do grupo de voluntários "Dráculas", de tal modo incitou os seus camaradas e lhes deu o exemplo, que todo o grupo arrancou para o assalto das posições inimigas donde vinha nutrido fogo de metralhadoras-ligeiras, lança-granadas foguete, pistolas metralhadoras, espingardas, pistolas e granadas de mão, percorrendo cerca de 40 metros sem que o terreno oferecesse o mais pequeno abrigo.


Este Cabo, depois de gritar "Vamos a eles", partiu na frente do grupo para ir cair a alguns passos do objectivo, atingido na cabeça por um estilhaço de granada de mão lançada pelo inimigo.


Meio inconsciente, conseguiu ainda afastar com um pé uma outra granada de mão que lhe caiu próximo e rebentou em seguida.


Á sua conduta se ficou devendo em grande parte a captura de muito material e documentação que o inimigo teria retirado da sua base se fosse retardada a conquista do objectivo.


O 1.º Cabo, Germano Rodrigues Paulo, deu assim sobejas provas de excepcional coragem, extraordinário sangue-frio e muito elevado espírito de sacrifício, pelo que é justo apontá-lo como um grande exemplo.

Em 09 de Fevereiro de 1966, embarcou no NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole, onde desembarcou no dia 15 de Fevereiro de 1966.
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Partida do NTT 'Quanza' - 08Jan1964 - com destino à Província Ultramarina da Guiné, in Diário de Lisboa n.º 14750, página 2:

 

 

 

 

 

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