António Angelino Teixeira Xavier, Alferes Mil.º de
Infantaria, n.º 3064/60-I, nascido em Carrazedo de
Montenegro no concelho de Valpaços, filho de Angelina da
Luz Teixeira Xavier e de António Augusto Xavier,
solteiro;
De
25 de Maio a 27 de Junho de 1964, Aspirante-a-Oficial
Miliciano Atirador de Infantaria, frequenta na Escola
Prática de Engenharia (EPE – Tancos) «UBIQUE
DOCERE
ET PUGNARE» o curso de minas e armadilhas;
Em 08 de Outubro de 1964, tendo sido mobilizado pelo
Regimento de Infantaria 16 (RI16 - Évora) «CONDUTA BRAVA
E EM TUDO DISTINTA» para servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné, embarca em Lisboa no NTT 'Niassa'
rumo ao estuário do Geba, como Alferes Miliciano (com
antiguidade a 01 de
Novembro
de 1964), comandante de pelotão da Companhia de
Caçadores 727 (CCac727).
Ao
final da tarde de 30 de Janeiro de 1965, em desforço
de emboscada onde horas antes o PAIGC logrou abater
militares das Nossas Tropas, cai ferido de morte no
itinerário Madina do Boé > pontão do Rio Gobije, durante
contra-emboscada do inimigo que causa às Nossas Tropas
nove mortos e ± 20 feridos.
Em 01 de Fevereiro de 1965 provisoriamente sepultado no
cemitério municipal de Bissau.
Está inumado no cemitério da sua naturalidade.
Em 1966 agraciado 'post-mortem' com a Cruz de Guerra de
4.ª classe:
Alferes
Miliciano de Infantaria
ANTÓNIO ANGELINO TEIXEIRA XAVIER
CCac727 - RI16
GUINÉ
4.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição da
Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 20 – 2.ª
série, de 1966.
Por Portaria de 23 de Setembro de 1966:
Condecorado com a Cruz de Guerra de classe, a título
póstumo, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento
da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços
prestados em acções de combate na Província da Guiné
Portuguesa, o Alferes Miliciano de Infantaria, António
Angelino Teixeira Xavier, da Companhia de Caçadores n.º
727 adstrita ao Batalhão de Artilharia n.° 733 -
Regimento de Infantaria n.º 16.
Transcrição do
louvor que originou a condecoração.
(Publicado nas Ordem de Serviço n.º 41, de 18 de Maio de
1965, do Quartel General do Comando Territorial
Independente da Guiné):
Louvo, a título póstumo, o Alferes Miliciano de
Infantaria, António Angelino Teixeira Xavier, da
Companhia de Caçadores n.º 727, porque sempre dedicou ao
serviço o máximo do seu esforço, desempenhando da melhor
maneira todas as missões para que foi nomeado.
Precioso auxiliar do seu comandante de Companhia,
realizou um trabalho notável na recepção e controlo de
todo o material da sua subunidade, não se poupando a
esforços e evidenciando sempre notável espírito de
sacrifício e de missão.
Pelas suas pouco vulgares qualidades pessoais, tornou-se
querido de todos quantos com ele trabalhavam.
Quer como adjunto da Companhia, quer como comandante de
Pelotão de Caçadores, função que desempenhou várias
vezes, demonstrou ser um Oficial digno e dotado de
elevado sentido de responsabilidade.
Colocado como comandante do Pelotão num destacamento
fronteiriço, saiu voluntariamente na patrulha onde
faleceu em combate, sabendo de antemão tratar-se de uma
zona onde era provável o contacto com o Inimigo.
Oficial brioso, culto e inteligente, o Alferes Xavier
sempre deu antecipada garantia de cumprimento de todas
as missões para que foi nomeado, deixando na sua
Companhia uma lacuna difícil de preencher e merecendo
por tudo o elevado respeito e consideração de seus
chefes, camaradas e subordinados.
