
Custódio
Andrade de Abreu Castro
Alferes Mil.º de Infantaria
Comandante de pelotão da
Companhia de Caçadores 816
«JUSTIÇA E LUTA»
«SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS»
Guiné: 26Mai1965 a 08Fev1967
Cruz de Guerra de 2.ª classe
Louvor Individual
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Custódio Andrade
de Abreu Castro, Alferes Mil.º de
Infantaria;
Mobilizado
pelo Batalhão de Caçadores 10 (BC10
– Chaves) «SEMPRE EXCELENTES E
VALOROSOS»
para servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné;
No dia 21 de Maio de 1965, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Niassa’, como comandante de pelotão
da Companhia de Caçadores 816
(CCac816) «JUSTIÇA E LUTA» - «SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS», rumo
ao
estuário do Geba (Bissau), onde
desembarcou no dia 26 de Maio de
1965;
A sua subunidade de infantaria,
comandada pelo
Capitão de Infantaria Luís Fernando
Gonçalves Riquito [Medalha de Prata
de Valor Militar com palma e Medalha
de Prata de Serviços Distintos com
palma], em 08 de
Junho
de 1965, seguiu para Bissorã, a fim
de efectuar o treino operacional com
a Companhia de Artilharia 643 (CArt
643) do Batalhão de Artilharia 645
(BArt645)
«ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS, LEAIS E
FIÉIS» e seguidamente reforçar o
dispositivo e manobra daquele
batalhão, como força de intervenção
e reserva do sector, mantendo-se
instalada em Bissorã, onde
colmatou
a anterior saída da Companhia de
Artilharia 730 (CArt730) do batalhão
de Artilharia 733 (BArt733)
«VALOROSOS,
AUDAZES
E CORAJOSOS»; de 25 de Julho a 10 de
Agosto de 1965, deslocou-se,
temporariamente, para Olossato, em
reforço da guarnição local e da
actividade no subsector; em 26 de
Setembro de 1965, rendendo, por
troca, a Companhia de Artilharia 566
(CArt566)
«BRAVOS
E SEMPRE LEAIS», assumiu a
responsabilidade do subsector de
Olossato,
mantendo-se
integrada no dispositivo e manobra
do Batalhão de Artilharia 645
(BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS,
LEAIS E FIÉIS» e depois do Batalhão
de Caçadores 1857
(BCac1857)
«TRAÇAMOS A VITÓRIA», tendo
realizado várias operações em que
obteve excelentes resultados,
nomeadamente
as operações "Castor, "Consagração"
e "Faísca"; de 21 a 31 de Julho de
1966, foi rendida, por fracções, no
subsector de Olossato pela Companhia
de Artilharia 1486 (CArt1486) «OS
LOBOS», seguindo para Mansoa, onde
substituiu a Companhia de Caçadores
1420 (CCac1420) do Batalhão de
Caçadores

1857
(BCac1857) «TRAÇAMOS A VITÓRIA» na
função de intervenção e reserva do
sector e guarnecendo ainda o
destacamento de Encheia, então na
zona de acção do Batalhão de
Cavalaria 790 (BCav790) «SINE
SANGUINE NON EST
VICTORIA»,
até 30 de Outubro 1966; em 01 de
Novembro de 1966, por rotação com a
Companhia de Caçadores 1420
(CCac1420) do Batalhão de Caçadores
1857 (BCac1857)
«TRAÇAMOS
A VITÓRIA», e mantendo a sede em
Mansoa, passou à quadrícula, com
destacamentos de efectivo variável
em Cutia, ponte do rio Braia e ponte
de Uaque; em 07 de Fevereiro
de
1967, foi rendida no subsector de
Mansoa, novamente, pela Companhia de
Caçadores 1420 (CCac1420) do
Batalhão de Caçadores 1857
(BCac1857) «TRAÇAMOS A VITÓRIA» e
recolheu a Bissau para embarque de
regresso;
Louvado por feitos em combate no
teatro de operações da Guiné, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armas da Guiné, de 12 de
Setembro de 1966, publicado nas
Ordens de Serviço n.º 08/66, de 20
de Setembro de 1966, do
Comandante-Chefe das Forças Armas da
Guiné e n.º 40, de 06 de Outubro, do
mesmo ano, do Quartel-General do
Comando Territorial Independente da
Guiné);
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 2.ª classe, pela Portaria
de 06 de Dezembro de 1966, publicada
na Ordem do Exército n.º 1 – 2.ª
série, página 4, de 01 de Janeiro de
1967, e referenciado no Jornal do
Exército n.º 86, página 44, de
Fevereiro de 1967:
Alferes
Miliciano de Infantaria
CUSTÓDIO ANDRADE DE ABREU CASTRO
CCac816 - BC10
GUINÉ
2.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 1 – 2.ª série,
página 4, de 01 de Janeiro de 1967.
Por Portaria de 06 de Dezembro de
1966:
Condecorado com a Cruz de Guerra de
2.ª classe, ao abrigo dos artigos
9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por
serviços prestados em acções de
combate na Província da Guiné
Portuguesa, o Alferes Miliciano de
Infantaria, Custódio Andrade de
Abreu Castro, da Companhia de
Caçadores n.º 816 integrada no
dispositivo e manobra do Batalhão de
Caçadores n.º 1857 - Batalhão de
Caçadores n.º 10.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º
08/66, de 20 de Setembro de 1966, do
Comandante-Chefe das Forças Armas da
Guiné e Ordem de Serviço n.º 40, de
06 de Outubro, do mesmo ano do
Quartel-General do Comando
Territorial Independente da Guiné):
Por seu despacho de 12 de Setembro
de 1966 e por proposta do Comandante
Militar da Guiné, louvou o Alferes
Miliciano de Infantaria, Custódio
Andrade de Abreu Castro, da
Companhia de Caçadores n.º 816,
pelas excepcionais qualidades de
combate de que tem dado sobejas
provas durante os 10 meses de grande
actividade operacional; pela
generosidade e interesse
demonstrados na resolução do serviço
de guarnição e de problemas de
melhoramento do quartel; pelo aprumo
e correcção que sempre usa nas
relações com os seus superiores;
pelo excelente espírito de
camaradagem de que tem dado provas
nas relações e actividades - mesmo
operacionais - com os demais
subalternos da Companhia; pela
rectidão, espírito de justiça e
humanidade com que trata, e obriga a
tratar, os seus homens, conseguindo
uma irmandade exemplar no seu
homogéneo e unido Grupo de Combate.
A actividade operacional deste
Alferes Miliciano tem sido deveras
exemplar, demonstrando sempre muita
coragem, decisões oportunas e
sagazes, vendo sempre com
clarividência os problemas
operacionais que executa com
entusiasmo e em qualquer
circunstância.
Durante a Operação "Anda co'a
Gente", o Alferes Miliciano,
Custódio Andrade de Abreu Castro,
patenteando, mais uma vez, as
qualidades alardeadas em acções
anteriores, demonstrou a
clarividência de que é dotado, o
sangue-frio que o caracteriza, o
arrojo e a audácia a que nos
habituou desde a primeira operação
realizada.
Quando o seu Grupo de Combate
regressava ao quartel em meios auto,
o inimigo emboscou-o durante a
travessia de uma bolanha. Todos os
homens tiveram que saltar das
viaturas, para o lado oposto ao do
inimigo e as viaturas ficaram de
premeio, prejudicando a reacção das
nossas tropas, que tinham o campo de
tiro limitado e não conseguiam
localizar o inimigo. Vendo
rapidamente o problema, o Alferes
Miliciano Castro, correu à frente,
procurou o condutor da primeira
viatura, arrancou-lhe as chaves,
chamou os outros condutores para que
o seguissem e, com a emboscada em
plena virulência, saltou para o
Unimog e conduziu-o para fora da
zona de morte, arrastando atrás de
si todas as outras viaturas. Logo de
seguida os soldados puderam
localizar o inimigo, ajustar os seus
fogos, pondo em debandada o grupo
que os emboscava.
Batida a zona verificou-se que o
inimigo se encontrava na orla da
mata, a 40 metros da estrada em que
circulavam as viaturas.
As magníficas qualidades de combate
e as virtudes militares que existem
em alto grau no Alferes Miliciano
Castro, tornam-no digno de ser
apontado à consideração pública como
testemunho de verdadeiro militar dos
quadros milicianos.
Em 08 de Fevereiro de 1967, embarca
no NTT ’Vera Cruz’ de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia
14 de Fevereiro de 1967.
