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Condecorações

Fernando Antunes Pinhão, 1.º Cabo de Cavalaria, n.º 02784365, da CCav1483

 

  "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA  

 

Fernando Antunes Pinhão

 

1.º Cabo de Cavalaria, n.º 02784365

 

Companhia de Cavalaria 1483

«CÁ A MIM NINGUÉM ME VIRA»

 

Guiné: 26Out1965 a 27Jul1967

 

Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

Louvor Individual

 

Fernando Antunes Pinhão, 1.º Cabo de Cavalaria, n.º 02784365;


Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 7 (RC7 – Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOCANT» - «REGIMENTO DO CAIS» para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné;


No dia 20 de Outubro de 1965, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’, integrado na Companhia de Cavalaria 1483 «CÁ A MIM NINGUÉM ME VIRA», rumo ao estuário do Geba (Bissau), onde desembarcou no dia 26 de Outubro de 1965;


A sua subunidade de cavalaria, comandado pelo Capitão de Cavalaria José Olímpio Caiado Costa Gomes, após o desembarque, foi colocada em Bula, a fim de substituir a Companhia de Cavalaria 567 (CCav567) «A GALOPE CORAÇÃO AO ALTO», assumindo a função de subunidade de intervenção e reserva do sector do Batalhão de Cavalaria 790 (BCav 790) «SINE SANGUINE NON EST VICTORIA», tendo tomado parte em diversas operações realizadas na região de Cá, Jol, Naga e na operação "Martingil", em 9 de Janeiro de 1966, em que foi destruída a base principal de Biambe e capturado bastante material; em 18 de Janeiro de 1966, por troca com a Companhia de Caçadores 622 (CCac622) «ARMAS NA MÃO E OLHOS NA PÁTRIA», assumiu a responsabilidade do subsector de S. Domingos, com pelotões destacados em Varela e Susana, este em reforço da Companhia de Cavalaria 1485 (CCav1485) «… E ASSIM NASCEU BIAMBE», até à extinção do respectivo subsector temporário então ali existente e cuja área voltou a ser incluída na sua zona de acção; a subunidade ficou então integrada no dispositivo e manobra do Batalhão de Cavalaria 790 (BCav 790) «SINE SANGUINE NON EST VICTORIA» e depois do Batalhão de Caçadores 1894 (BCac1894) «JUSTOS E FORTES», com vista à interdição da fronteira e segurança das populações da área; em 23 de Julho de 1967, foi rendida no subsector de S. Domingos, então com a sede, temporariamente, em Varela desde o mês anterior e com dois pelotões destacados em Susana e S. Domingos, pela Companhia de Caçadores 1684 (CCac1684) «SE FIZERAM POR ARMAS TÃO SUBIDOS» do Batalhão de Caçadores 1912 (BCac1912) «VALENTES E DESTEMIDOS» e recolheu a Bissau no dia seguinte, a fim de aguardar o embarque de regresso.


Louvado por feitos em combate no teatro de operações de Angola, publicado na Ordem de Serviço n.º 16, de 06 de Abril de 1967, do Quartel-General do Comando Territorial Independente da Guiné e na Revista da Cavalaria do ano de 1967, página 128;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 14 de Abril de 1967, publicado na Ordem do Exército n.º 16 – 3.ª série, de 10 de Junho de 1967;


No dia 27 de Julho de 1967, embarcou no NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole, onde desembarcou no dia 2 de Agosto de 1967.

 

 

Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

1.º Cabo de Cavalaria, n.º 02784365
FERNANDO ANTUNES PINHÃO
 

CCav1483 - RC7
GUINÉ


4.ª CLASSE

 
Transcrição do Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 16 – 3.ª série, de 10 de Junho de 1967.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 14 de Abril findo, o 1.º Cabo n.º 02784365, Fernando Antunes Pinhão, da Companhia de Cavalaria n.º 1483 adstrita ao Batalhão de Caçadores n.º 1894 - Regimento de Cavalaria n.º 7.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Publicado na Ordem de Serviço n.º 16, de 06 de Abril de 1967, do Quartel-General do Comando Territorial Independente da Guiné):


Louvado o 1.º Cabo n.º 02784365, Fernando Antunes Pinhão, da Companhia de Cavalaria n.º 1483, porque durante as flagelações e o ataque efectuados pelo inimigo ao aquartelamento, muito especialmente no ocorrido em 14 de Fevereiro de 1967, evidenciou extraordinárias qualidades de coragem, decisão, sangue-frio e serena energia. Debaixo de intenso fogo inimigo, este militar dirigiu-se imediatamente para a metralhadora pesada Browning, de que é apontador, na defesa do aquartelamento, expondo a grave perigo a própria vida.


Foi o primeiro militar que conseguiu ripostar ao fogo inimigo, dum sector do aquartelamento, em frente do qual se encontravam instaladas potentes armas inimigas. Como se encontrava completamente só, porque devido ao intenso e prolongado fogo, tornava-se dificílima a saída das casernas, e uma vez esgotadas as munições, correu o 1.º Cabo Pinhão à caserna e ao depósito, a fim de obter as mesmas, numa acção de arrojo e desprezo pela vida.


Pela sua conduta, o 1.º Cabo Pinhão deve ser apontado como exemplo e é credor da consideração e estima de todos os seus superiores e camaradas.

 

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(in Revista da Cavalaria do ano de 1967, página 228):
 

COMPANHIA DE CAVALARIA N.º 1483


Comandante:
Capitão de Cavalaria José Olímpio Caído Costa Gomes


A Companhia de Cavalaria 1483 foi mobilizada pelo Regimento de Cavalaria 7 e embarcou para o Comando Territorial Independente da Guiné em 20 de Outubro de 1965 tendo ali chegado a 26 do mesmo mês.


Inicialmente ficou em Bula com a missão de Companhia de intervenção do sector. Neste período actuou onde o inimigo mais intensamente se revelou, nomeadamente nas regiões de Jol, Naga, Biambe e Cassum.


Em menos de três meses tomou parte em dezoito operações, numa das quais foi destruída a base de Biambe e capturado grande parte de material.


Seguidamente a Companhia desempenhou missões de quadrícula, sendo-lhe atribuída a sede em São Domingos com destacamentos em Susana e Varela. Ficou assim com a responsabilidade de mais de 70 km de fronteira, numa área densamente povoada onde o inimigo procurava a todo o momento o aliciamento das populações. Nesta fase a Companhia teve uma grande actividade quer no aspecto de pesquisa de informações, quer organizando populações em auto-defesa, quer desenvolvendo uma útil actividade psicossocial, quer ainda exercendo uma acção directa contra o inimigo.


Nas operações que levou a efeito é de destacar as realizadas em Março de 1966 sobre a base do Cassum e em Junho de 1967 sobre a base central de São Domingos.


Tendo em atenção a actividade desta Companhia ela é digna da admiração da Arma e do Exército a que pertence.

 

 

 


 

 

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