Arsénio da Piedade Saraiva, 1.º Cabo de
Cavalaria, n.º 487/65, da CCav1484
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA
Arsénio da Piedade Saraiva
1.º Cabo de
Cavalaria, n.º 487/65
Companhia de Cavalaria 1484
«VONTADE E AUDÁCIA»
«QUO TOTA VOCANT»
Guiné: 26Out1965 a 27Jul1967
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual
Arsénio da Piedade
Saraiva, 1.º Cabo de Cavalaria, n.º
487/65;
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 7 (RC7 – Ajuda, Lisboa)
«QUO TOTA VOCANT» - «REGIMENTO DO
CAIS» para servir Portugal na
Província Ultramarina da Guiné;
No dia 20 de Outubro de 1965, na
Gare Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Niassa’, integrado na Companhia de
Cavalaria 1484 (CCav1484) «VONTADE E
AUDÁCIA» - «QUO TOTA VOCANT», rumo
ao estuário do Geba (Bissau), onde
desembarcou no dia 26 de Outubro de
1965;
A sua subunidade de cavalaria,
comandada pelo Capitão de Cavalaria
Rui Manuel Soares Pessoa de Amorim,
após o desembarque, foi colocada no
subsector de Nhacra, onde substituiu
a Companhia de Artilharia 565
(CArt565) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS»,
com um pelotão em Safim, ficando
integrada no dispositivo do Batalhão
de Caçadores 1857 (BCac1857)
«TRAÇAMOS A VITÓRIA», com vista à
segurança e protecção das
instalações e das populações da
área; de 1 a 8 de Novembro de 1965,
reforçou ainda o Batalhão de
Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS
NEGRAS» - «BRAVOS SEMPRE FIÉIS»,
para adaptação operacional na região
de Mansoa; em 6 de Junho de 1966,
foi transferida para Catió, onde
substituiu a Companhia de Caçadores
728 (CCac728) «OS PALMEIRINS», na
função de intervenção e reserva do
Batalhão de Caçadores 1858
(BCac1858) «FIRMES E CONSTANTES» e
depois do Batalhão de Artilharia
1913 (BArt1913) «POR PORTUGAL - UM
POR TODOS, TODOS POR UM», tendo
tomado parte em diversas operações
nas regiões de Mato Farroba, Cabedú,
Cabolol e Cansalá, entre outras;
realizou patrulhamentos, escoltas e
emboscadas nas regiões de Cufar,
Canjola e outras e tendo ainda
destacado pelotões, por períodos
variáveis, para reforço de outras
guarnições do sector; de 16 de Julho
a 8 de Setembro de 1966 e de 12 a 27
de Novembro de 1966, foi deslocada,
temporariamente, para os subsectores
de Cachil e Cufar, a fim de
substituir aCompanhia de Caçadores
726 (CCac726) «CONDUTA BRAVA E EM
TUDO DISTINTA» e Companhia de
Caçadores 763 (CCac763) «NOBRES NA
PAZ E NA GUERRA» até à chegada e
final da adaptação operacional das
Companhia de Caçadores 1587
(CCac1587) «EXCELENTE E VALOROSO» e
Companhia de Caçadopres 1621
(CCac1621) «EXCELENTE E VALOROSO»,
respectivamente, regressando a Catió
por fracções; a partir de 26 de
Abril de 1967, manteve um pelotão
destacado em Cachil, em reforço das
guarnições locais, assegurando no
subsector de Cachil a adaptação
operacional da Companhia de
Artilharia 1689 (CArt1689) do
Batalhão de Artilharia 1913
(BArt1913) «POR PORTUGAL - UM POR
TODOS, TODOS POR UM», a partir de 2
de Maio de 1967; em 19 de Julho de
1967, foi substituída em Catió pela
Companhia de Artilharia 1689
(CArt1689) do Batalhão de Artilharia
1913 (BArt1913) «POR PORTUGAL - UM
POR TODOS, TODOS POR UM» e recolheu
a Bissau, a fim de efectuar o
embarque de regresso.
Louvado e agraciado com a Medalha da
Cruz de Guerra de 4.ª classe, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas da Guiné, de 23 de
Dezembro de 1966, publicado na Ordem
do Exército n.º 5 – 3.ª série, de 20
de Fevereiro de 1967 e na Revista da
Cavalaria de 1967, página 119;
Em 27 de Julho de 1967, embarcou no
NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 2 de Agosto
de 1967.
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
1.º Cabo de Cavalaria, n.º 487/65
ARSÉNIO DA PIEDADE SARAIVA
CCav1484 - RC7
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 5 – 3.ª série,
de 20 de Fevereiro de 1967.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas da Guiné, de 23 de
Dezembro de 1966:
O 1.º Cabo nº 487/65, Arsénio da
Piedade Saraiva, da Companhia de
Cavalaria 1484, integrada na função
de intervenção e reserva do Batalhão
de Caçadores 1858 - Regimento de
Cavalaria 7.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Revista da Cavalaria
de 1967, página 119):
Louvado o 1.º Cabo n.º 487/65,
Arsénio da Piedade Saraiva, da
Companhia de Cavalaria 1484, do
Regimento de Cavalaria 7, porque, no
dia 10 de Setembro do corrente ano,
durante a operação "Pirilampo" e
quando as Nossas Tropas enfrentavam
intenso fogo inimigo, ter avançado
de pé, com a sua metralhadora, a
despeito do próximo rebentamento de
granadas de morteiro, até colocar a
arma na forquilha de uma árvore e
aí, abrindo fogo certeiro sobre as
posições inimigas que se encontravam
a cerca de 50 metros de distância,
ter calado o fogo das armas pesadas
adversas, permitindo que as nossas
tropas se reorganizassem para o
assalto final.
Durante mais de 50 minutos, a
metralhadora do 1.º Cabo Saraiva
coadjuvado pelo seu municiador, foi
a única arma pesada que aguentou o
fogo inimigo, apesar de se encontrar
numa posição descoberta.
O 1.º Cabo Saraiva, com a sua acção
destemida, demonstrou qualidades de
coragem, decisão, sangue-frio e
serena energia debaixo de fogo que,
aliado a um comportamento sempre
aprumado e disciplinado, levam este
Comando a considerá-lo como um
militar de elite.