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Condecorações

António Ribeiro Pimentel, Furriel Mil.º de Cavalaria, da CCav2752/BCav2923

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

e

nota de óbito

Informação e foto cedida pelo veterano José D'Abranches Leitão, Furriel Mil ° de Cavalaria, da CCav2752/BCav2923.

 

Faleceu na década de 90 o veterano


António Ribeiro Pimentel


Furriel Mil.º de Cavalaria, n.º 03542669


Companhia de Cavalaria 2752


Batalhão de Cavalaria 2923
«PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS»


Moçambique: 31Ago1970 a 31Out1972


Cruz de Guerra de 4.ª classe


Louvor Individual
 

 

António Ribeiro Pimentel, Furriel Mil.º de Cavalaria, n.º 03542669, natural da freguesia de Borbela, concelho de Vila Real;


Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 4 (RC4 - Santa Margarida) «PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS» para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique;


No dia 5 de Agosto de 1970, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Pátria’, integrado na integrado na Companhia de Cavalaria 2752 (CCav2752) do Batalhão de Cavalaria 2923 (BCav2923) «PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS», rumo ao porto marítimo de Porto Amélia, onde desembarcou no dia 31 de Agosto de 1970;


A sua subunidade de cavalaria, comandada pelo Capitão de Cavalaria Luís Alberto de Oliveira Marinho Falcão, após o desembarque, foi colocada em Cruz Alta, onde rendeu a Companhia de Caçadores 2554 (CCac2554) do Batalhão de Caçadores 2881 (BCac2881) «OUSADOS»; a 30 de Outubro de 1970, foi extinto o aquartelamento de Cruz Alta, deslocou-se para Macomia, constituindo força de intervenção do comando do Sector B; em Maio de 1971 foi transferida para Mataca, por troca com a Companhia de Cavalaria 2750 (CCav2750) do Batalhão de Cavalaria 2923 (BCav2923) «PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS»; em Setembro de 1971, regressou a Macomia, novamente por troca com a Companhia de Cavalaria 2750 (CCav2750); até Fevereiro de 1972, foi submetida a intensa actividade operacional: efectuou entre outras, as operações "Abertura" (Coveque), "Isolamento 2" (região do "Distrito Muaguide"), "Lanho" e "Omega 5" (vale do Rio Messalo), "Ópido" (região da "Sub-base Provincial Moçambique"), "Lutina", (Nantomba") e "Obué (do vale do Rio Lalamo); tomou parte nas operações "Entre Rios", "Lançada", "Bacamarte", "Brama' e "Lazão 4"; em Fevereiro de 1972, foi rendida pela Companhia de Cavalaria 3509 (CCav3509) do Batalhão de Cavalaria 3878 (BCav3878) «PERGUNTAI AO INIMIGO QUEM SOMOS» e transferida para Molumbo, onde rendeu a Companhia de Artilharia 2648 (CArt2648) do Batalhão de Artilharia 2901 (BArt2901) «ALEA JACTEA EST»; em Novembro de 1972, foi rendida em Molumbo, pela Companhia de Caçadores 3355 (CCac3355) do Batalhão de Caçadores 3843 (BCac3843) «MAIS E MELHOR».


A actividade operacional da Companhia de Cavalaria 2752 (CCav2752), sedeada no distrito da Zambézia a partir de Fevereiro de 1972, consistia em patrulhamentos e contacto com autoridades gentílicas e com a população, em acção educativa, assistência medicamentosa e instrução de auto-defesa.


Louvado por feitos em combate no teatro de operações de Moçambique, por despacho de 10 de Dezembro de 1971, publicado na Ordem de Serviço n.º 104, de 22 de Dezembro de 1971, do Quartel-General da Região Militar de Moçambique;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 4.ª classe, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 17 de Janeiro de 1971, publicado na Ordem do Exército n.º 7 – 3.ª série, de 1972;


No dia 31 de Outubro de 1972, no aeroporto da cidade da Beira, embarcou em avião dos transportes aéreos militares de regresso à Metrópole.

 

Faleceu na década de noventa.

 

Paz à sua Alma
 

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Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

1.º Cabo Miliciano de Cavalaria, n.º 03542669
ANTÓNIO RIBEIRO PIMENTEL
 

CCav2752/BCav2923 - RC4
MOÇAMBIQUE
 

4.ª CLASSE


Transcrição do Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 7 – 3.ª série, de 1972.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, de 17 de Janeiro de 1971, o 1.º Cabo Miliciano n.º 03542669, António Ribeiro Pimentel, da Companhia de Cavalaria 2752 do Batalhão de Cavalaria 2923 - Regimento de Cavalaria n.º 4.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Publicado na Ordem de Serviço n.º 104, de 22 de Dezembro de 1971, do Quartel-General da Região Militar de Moçambique):


Que, por seu despacho de 10 de Dezembro de 1971, louvou o 1.º Cabo Miliciano de Cavalaria, n.º 03542669, António Ribeiro Pimentel, da Companhia de Cavalaria 2752 do Batalhão de Cavalaria 2923 - Regimento de Cavalaria n.º 4, porque, desde a formação da sua subunidade, quer como comandante de Secção, quer como especialista de minas e armadilhas, sempre revelou grandes qualidades de trabalho, notáveis conhecimentos técnicos, excepcional dedicação pelo serviço e elevado espírito de camaradagem.


Tendo-se salientado em todas as acções em que tomou parte, mereceu referências especiais o seu comportamento nas operações "Isolamento II (4.ª fase)", "Lançada" e "Bacamarte", revelando sempre coragem, grandes qualidades de trabalho, grande dedicação pelo serviço e elevado espírito de camaradagem. Nesta última operação, tendo ficado ferido numa perna e em várias partes do corpo, devido a uma armadilha inimiga, quando passava revista a uma cubata dentro do objectivo, não quis ser evacuado de helicóptero para não obrigar à imobilização de todo o Agrupamento numa zona sensível e perigosa, dizendo que aguentava regressar a pé, como sucedeu realmente.


Tendo a coluna demorado mais de doze horas de regresso ao estacionamento, suportou todas as dores, a perda de sangue e a dureza do caminho com um ânimo, um estoicismo, uma resistência à dor e à fadiga excepcionais. Quando na última parte do percurso um camarada se ofereceu para o levar às costas, negou-se terminantemente, sendo preciso o comandante da operação dar ordem para ele ser transportado.


Demonstrou o 1.º Cabo Miliciano Pimentel a maior serenidade debaixo de fogo, sangue-frio, abnegação, elevado espírito de sacrifício, perfeita consciência dos seus deveres, excepcional coragem e bom senso, confirmando as suas reais qualidades de graduado e combatente, o que o tornam digno de ser apontado como exemplo a todos os seus camaradas.
 

 

 

 

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