Abel Fernandes Moreira,
Soldado de Cavalaria, n.º 182/64, da
CCav703/BCav705
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA
E GLÓRIA
Abel
Fernandes Moreira
Soldado de Cavalaria, n.º
182/64
Companhia de Cavalaria 703
Batalhão de Cavalaria 705
«CAVALEIROS MARINHOS»
« SUAVITOR
IN MODO FORTIFER IN RÉ»
Guiné:
24Jul1964 a 14Mai1966
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor
Individual e
Colectivo
Abel Fernandes Moreira,
Soldado de Cavalaria, n.º 182/64;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 7
(RC7 – Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOGANT»
- «REGIMENTO DO
CAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 18 de Julho de 1964, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT ‘Índia’,
integrado na Companhia de Cavalaria 703,
comandada pelo Capitão de Cavalaria
Fernando Manuel dos Santos Barrigas
Lacerda,
do
Batalhão de Artilharia 705
«CAVALEIROS MARINHOS» - «SUAVITOR IN
MODO FORTIFER IN RÉ», , rumo ao estuário
do Geba (Bissau), onde desembarcou no
dia 24 de Julho de 1964;
A sua subunidade de cavalaria na função
de intervenção como reserva do
Comando-Chefe e com a sua base em Bissau
e após cumprir um curto período de
treino operacional no sector de Bula,
sob orientação do
Batalhão de Caçadores
(BCac507), foi utilizada em diversas
operações de maior vulto, nomeadamente
na operação "Tornado", realizada na
região do Cantanhez, na dependência do
Comando da Defesa Marítima da Guiné
(CDMG), de 19 a 21 de Setembro de 1964,
na operação "Base", realizada na região
do Óio, na dependência do Batalhão de
Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS»
-«BRAVOS, LEAIS E FIÉIS» de 04 a 07 de
Outubro de 1964 e nas operações
"Rescaldo", "Flores" e "Notável",
realizadas na região do Morés-Óio sob
comando directo
do seu batalhão, de 04 a
23 de Novembro de 1964;
Para além das operações de intervenção
já referidas, foi atribuída em reforço
do Batalhão de Caçadores 507 (BCac507)
para emprego na operação "Fisga", já
atrás indicada e seguidamente em reforço
do Batalhão de Caçadores
619 (BCac619)
«SENTINELA DO SUL», na região de Catió,
de 19 a 22 de Dezembro de 1964 e depois
na operação "Campo" com consequente
ocupação e instalação em Cufar, onde se
manteve de 17 de Janeiro a 18 de Março
de 1965, sendo substituída pela
Companhia de Caçadores 763 (CCac763)
«NOBRES NA PAZ E NA GUERRA».
Recolheu em 18 de Março de 1965 a Bissau
e deslocou-se, em 1 de Abril de 1965
para Bolama, tendo cedido dois Grupos de
Combate (GComb) ao Batalhão de Caçadores
513 (BCac513) «CEDER NUNCA» para
operações em Fulacunda. Tomou, ainda,
parte na
operação "Razia", na região de
Cufar, de 09 a 23 de Abril de 1965, em
reforço do Batalhão de Caçadores 619
(BCac619) «SENTINELA DO SUL», após o que
recolheu a Bissau.
Em 28 de Maio de 1965, foi colocada em
Nova Lamego, para intervenção em
proveito do Batalhão de Caçadores 512
(BCac512) «HONRA E GLÓRIA» e depois do
seu batalhão.
Em 24 de Junho de 1965, rendendo a
Companhia de Artilharia 731
(CArt731) do
Batalhão de Artilharia 733
(BArt733)
«VALOROSOS AUDAZES CORAJOSOS», assumiu a
responsabilidade do subsector de
Buruntuma, igualmente integrada no
dispositivo e manobra do seu batalhão.
Louvado por feitos em combate no Teatro
de Operações da Guiné, publicado na
Ordem
de Serviço n.º
94, de 16 de Novembro
de 1965, do Comando-Chefe das Forças
Armadas da Guiné e na Revista da
Cavalaria do ano de 1966, página 138;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho do
Comanadante-Chefe das Forças Armadas da
Guine, de
19 de Março de 1966,
publicada Ordem do
Exército n.º 13 – 3.ª série, de 10 de
Maio de 1966;
Em 8 de Maio de 1966, rendida pela
Companhia de Caçadores 1418 (CCac1418)
do Batalhão e Caçadores 1856 (BCac1856)
«UBI GLORIA OMNE PERICULUM
DULCE»,
recolheu a Bissau para embarque de
regresso.
Louvor Colectivo – Batalhão de Cavalaria
705 – publicado na Ordem de Serviço n.º
57, de 11 de Maio de 1966, do Comando de
Agrupamento 24 (CmdAgr24) «PREVISÃO E
ACÇÃO» e na Revista da Cavalaria do ano
de 1966, páginas 173 e 174;
No dia 14 de Maio de 1966, embarcou no
NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole, onde
desembarcou no dia 20 de Maio de 1966.
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Cruz
de Guerra de 4.ª classe
Soldado
de Cavalaria, n.º 182/64
ABEL FERNANDES MOREIRA
CCav703/BCav705 - RC7
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 13 – 3.ª série, de
10 de Maio de 1966.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
classe, nos termos do artigo 12.º do
Regulamento da Medalha Militar, aprovado
pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio
de 1946, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da
Guiné, de 19 de Março de 1966:
O Soldado n.º 182/64, Abel Fernandes
Moreira, da Companhia de Cavalaria 703
do Batalhão de Cavalaria 705 - Regimento
de Cavalaria n.º 7.
Transcrição
do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Orem de Serviço n.º 94, de
16 de Novembro de 1965, do
Quartel-General do Comando Territorial
Independente da Guiné):
Louvo o Soldado n.º 182/64, Abel
Fernandes Moreira, da Companhia de
Cavalaria 703 do Batalhão de Cavalaria
705, porque nas diversas operações em
que tomou parte, durante o período em
que a Companhia se manteve de reserva às
ordens do Comandante-Chefe, ter-se
sempre evidenciado como elemento de
muita coragem e espírito de decisão nos
momentos mais críticos sob intenso fogo
do inimigo.
Na operação "Tornado", sob o fogo do
inimigo, deslocava-se com inteiro há
vontade, procurando as melhores posições
de fogo e, sempre lúcido, aguardava
sereno as ordens do seu Comandante de
Pelotão que cumpria com precisão.
Na operação "Campo" vendo um seu
camarada ferido de morte, em combate,
prontamente e desprezando o fogo
inimigo, ajudou o seu transporte para o
posto de socorros, vindo imediatamente
substituí-lo voluntariamente, no
remuniciamento dos morteiros, lugar que,
naquele momento, era particularmente
perigoso e principalmente
desmoralizante, posto que, naquele
serviço, já tinha caído morto um seu
camarada.
O procedimento sempre idêntico nas
restantes operações em que houve
contacto com o inimigo, tornou-o
merecedor de ser considerado um exemplo
a seguir.
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Louvor Colectivo
BATALHÃO DE CAVALARIA
N.º 705
(Ordem de
Serviço n.º 57, de 11 de Maio de 1966,
do Comando de Agrupamento 24)
Louvo o Comando do Batalhão de Cavalaria
n.º 705 pela forma proficiente e a todos
os títulos exemplar como organizou e
accionou os diversos serviços que se
processaram ou correram através dele.
Comando em que todos os seus órgãos
revelaram o melhor interesse no
exercício das suas funções especificas,
a que cabalmente satisfizeram,
constituiu um todo homogéneo à altura da
missão recebida não obstante a
complexidade inerente ao grande número
de subunidades a orientar, accionar e a
controlar, o que lhe mereceu encómios e
o testemunho da sua eficiência por parte
das diferentes Chefias e Comandos das
Armas do Comando Territorial
Independente da Guiné, e foi motivo para
receber, no campo social, a
solidariedade das autoridades
administrativas, e o agradecimento e
consagração por parte das populações e
autoridades nativas, pela assistência
morai, religiosa, sanitária, educativa e
económica prestadas, em reconhecimento
da protecção que sempre lhes foi
garantida.
Comando que concebeu e impulsionou uma
actividade operacional a todos os
títulos notável perseguindo o inimigo e
impedindo-lhe sua fixação no sector, em
tudo fez aflorar a qualidade dos seus
oficiais, sargentos e praças havendo-se
de dar relevo muito justamente ã pessoa
do seu Comandante, Tenente-Coronel de
Cavalaria, Manuel Maria Pereira Coutinho
Correia de Freitas, oficial com dotes
excepcionais de Comando, que conseguiu
galvanizar à sua volta compenetradas
vontades e o melhor espírito de
cooperação dos seus subordinados no que
constituíram um todo digno de apreço e
de muita simpatia, marcando uma presença
exemplar na Guiné que me apraz referir e
apontar à consideração das Unidades do
Sector Leste.
(Revista da
Cavalaria do ano de 1966, páginas 173 e
174)
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Notícia da partida do
NTT
'Índia', com destino à Província
Ultramarina da Guiné
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