Rui Manuel da Silva
Monteiro,
Soldado de Cavalaria, n.º 226/64, da
CCav703/BCav705
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA
E GLÓRIA
Rui
Manuel da Silva Monteiro
Soldado de Cavalaria, n.º 226/64
Companhia de Cavalaria 703
Batalhão de Cavalaria 705
«CAVALEIROS MARINHOS»
« SUAVITOR
IN MODO FORTIFER IN RÉ»
Guiné:
24Jul1964 a 14Mai1966
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor
Individual e
Colectivo
Rui Manuel da Silva
Monteiro,
Soldado de Cavalaria, n.º
226/64;
Mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 7
(RC7 – Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOGANT»
- «REGIMENTO DO
CAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 18 de Julho de 1964, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT ‘Índia’,
integrado na Companhia de Cavalaria 703,
comandada pelo Capitão de Cavalaria
Fernando Manuel dos Santos Barrigas
Lacerda,
do
Batalhão de Artilharia 705
«CAVALEIROS MARINHOS» -
«SUAVITOR IN
MODO FORTIFER IN RÉ», rumo ao estuário
do Geba (Bissau), onde desembarcou no
dia 24 de Julho de 1964;
A sua subunidade de
cavalaria, comandada pelo Capitão de
Cavalaria Fernando Manuel dos Santos
Barrigas
Lacerda, esteve na função de intervenção
como reserva do Comando-Chefe e com a
sua base em Bissau e após cumprir um
curto período de treino operacional
no
sector de Bula, sob orientação do
Batalhão de Caçadores 507 (BCac507), foi
utilizada em diversas operações de maior
vulto, nomeadamente na operação
"Tornado",
realizada
na região do Cantanhez, na dependência
do Comando da Defesa Marítima da Guiné
(CDMG), de 19 a 21 de Setembro de 1964,
na operação "Base", realizada na região
do Óio, na dependência do Batalhão de
Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS»
-«BRAVOS, LEAIS E FIÉIS» de 04 a 07 de
Outubro
de 1964 e nas operações "Rescaldo",
"Flores" e "Notável", realizadas na
região do Morés-Óio sob comando directo
do seu batalhão, de
04
a 23 de Novembro de 1964; para além das
operações de intervenção já referidas,
foi atribuída em reforço do Batalhão de
Caçadores 507 (BCac507) para emprego na
operação "Fisga", já atrás indicada e
seguidamente em reforço do Batalhão de
Caçadores 619 (BCac619) «SENTINELA DO
SUL», na região de Catió, de 19 a 22 de
Dezembro
de
1964 e depois na operação "Campo" com
consequente ocupação e instalação em
Cufar, onde se manteve de 17 de Janeiro
a 18 de Março de 1965, sendo substituída
pela Companhia de Caçadores 763
(CCac763)
«NOBRES NA PAZ E NA GUERRA»; recolheu em
18 de Março de 1965 a Bissau e
deslocou-se, em 1 de Abril de 1965 para
Bolama, tendo cedido dois Grupos de
Combate (GComb) ao Batalhão de Caçadores
513 (BCac513) «CEDER NUNCA» para
operações em Fulacunda. Tomou,
ainda,
parte na operação "Razia", na região de
Cufar, de 09 a 23 de Abril de 1965, em
reforço do Batalhão de
Caçadores
619 (BCac619) «SENTINELA DO SUL», após o
que recolheu a Bissau; em 28 de Maio de
1965, foi colocada em Nova Lamego, para
intervenção em proveito do Batalhão de
Caçadores 512 (BCac512)
«HONRA
E GLÓRIA» e depois do seu batalhão; em
24 de Junho de 1965,
rendendo
a Companhia de Artilharia 731 (CArt731)
do Batalhão de Artilharia 733 (BArt733)
«VALOROSOS AUDAZES CORAJOSOS», assumiu a
responsabilidade do subsector de
Buruntuma, igualmente integrada no
dispositivo e manobra do seu
batalhão;
em 08 de Maio de 1966, foi rendida pela
Companhia de
Caçadores
1418 (CCac1418) do Batalhão e Caçadores
1856 (BCac1856) «UBI GLORIA OMNE
PERICULUM DULCE», recolheu a Bissau para
embarque de regresso.
Louvado por feitos em combate no teatro
de operações da Guiné, publicado na
Ordem
de Serviço n.º 94, de 16 de Novembro de
1965, do Quartel-General do Comando
Territorial Independente da Guiné e na
Revista da Cavalaria do ano de 1966,
página 140;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da
Guiné, de 19 de Março de 1966, publicado
na Ordem do Exército n.º 13 – 3.ª série,
de 10 de Maio de 1966;
Louvor Colectivo – Batalhão de Cavalaria
705 – publicado na Ordem de Serviço n.º
57, de 11 de Maio de 1966, do Comando de
Agrupamento 24 (CmdAgr24) «PREVISÃO E
ACÇÃO» e na Revista da Cavalaria do ano
de 1966, páginas 173 e 174;
No dia 14 de Maio de 1966, embarcou no
NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole, onde
desembarcou no dia 20 de Maio de 1966.
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Cruz
de Guerra de 4.ª classe
Soldado
de Cavalaria, n.º 226/64
RUI MANUEL DA SILVA MONTEIRO
CCav703/BCav705 - RC7
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição
do Despacho publicado na Ordem do
Exército n.º 13 – 3.ª série, de 10 de
Maio de 1966.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
classe, nos termos do artigo 12.º do
Regulamento da Medalha Militar, aprovado
pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio
de 1946, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da
Guiné, de 19 de Março de 1966:
O Soldado n.º 226/64, Rui Manuel da
Silva Monteiro, da Companhia de
Cavalaria 703 do Batalhão de Cavalaria
705 -Regimento de Cavalaria n.º 7.
Transcrição
do louvor que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 94,
de 16 de Novembro de 1965, do
Quartel-General do Comando Territorial
Independente da Guiné):
Louvado o Soldado n.º 226/64, Rui Manuel
da Silva Monteiro, da Companhia de
Cavalaria 703 do Batalhão de Cavalaria
705 - Regimento de Cavalaria n.º 7,
porque nas diversas operações em que
tomou parte, durante o período em que a
Companhia esteve de reserva às ordens do
Comandante-Chefe e nas muitas situações
de combate que teve de enfrentar,
mostrou sempre ser possuidor de um
sangue-frio e coragem digno de louvor.
Nomeadamente na operação "Base", quando
a sua Unidade sofreu uma emboscada por
parte dum inimigo, especialmente
aguerrido, de pé e absolutamente
descoberto, cobriu com fogo certeiro os
movimentos da sua Secção, na ocupação de
posições mais favoráveis a fim de
desalojar o inimigo.
Na operação "Ferro", tendo um camarada
da sua Secção que caminhava na vanguarda
caído ferido, e, sob fogo intenso do
inimigo, indiferente ao perigo, ocupou
uma posição mais à frente, onde ficou
isolado, a enfrentar um inimigo ousado e
bem conhecedor da mata.
Com a sua bravura, tornou possível a
recuperação do ferido, assim como a sua
evacuação para a retaguarda.
Procedimento sempre idêntico nas muitas
operações em que tomou parte, aliado a
um espírito recto, cumpridor e
disciplinado, tornou-se assim merecedor
de ser apontado como exemplo a seguir.
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Louvor Colectivo
BATALHÃO DE CAVALARIA
N.º 705
(Ordem de
Serviço n.º 57, de 11 de Maio de 1966,
do Comando de Agrupamento 24)
Louvo o Comando do Batalhão de Cavalaria
n.º 705 pela forma proficiente e a todos
os títulos exemplar como organizou e
accionou os diversos serviços que se
processaram ou correram através dele.
Comando em que todos os seus órgãos
revelaram o melhor interesse no
exercício das suas funções especificas,
a que cabalmente satisfizeram,
constituiu um todo homogéneo à altura da
missão recebida não obstante a
complexidade inerente ao grande número
de subunidades a orientar, accionar e a
controlar, o que lhe mereceu encómios e
o testemunho da sua eficiência por parte
das diferentes Chefias e Comandos das
Armas do Comando Territorial
Independente da Guiné, e foi motivo para
receber, no campo social, a
solidariedade das autoridades
administrativas, e o agradecimento e
consagração por parte das populações e
autoridades nativas, pela assistência
morai, religiosa, sanitária, educativa e
económica prestadas, em reconhecimento
da protecção que sempre lhes foi
garantida.
Comando que concebeu e impulsionou uma
actividade operacional a todos os
títulos notável perseguindo o inimigo e
impedindo-lhe sua fixação no sector, em
tudo fez aflorar a qualidade dos seus
oficiais, sargentos e praças havendo-se
de dar relevo muito justamente ã pessoa
do seu Comandante, Tenente-Coronel de
Cavalaria, Manuel Maria Pereira Coutinho
Correia de Freitas, oficial com dotes
excepcionais de Comando, que conseguiu
galvanizar à sua volta compenetradas
vontades e o melhor espírito de
cooperação dos seus subordinados no que
constituíram um todo digno de apreço e
de muita simpatia, marcando uma presença
exemplar na Guiné que me apraz referir e
apontar à consideração das Unidades do
Sector Leste.
(Revista da
Cavalaria do ano de 1966, páginas 173 e
174)
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Notícia da partida do
NTT
'Índia', com destino à Província
Ultramarina da Guiné
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