Manuel
Augusto de Araújo Fonseca
1.º Cabo de
Cavalaria, n.º 1161/64
Companhia de Cavalaria 756
«ALEGREM-SE VENCEREMOS»
Moçambique: 27Jan1965 a
18Mai1967
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual e Colectivo
Manuel Augusto de
Araújo Fonseca, 1.º Cabo de
Cavalaria, n.º
1161/64;
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 7 (RC7 –
Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOCANT» -
«REGIMENTO DO CAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Moçambique;
No dia 5 de Janeiro de 1965, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘Pátria’, integrado na integrado na
Companhia de Cavalaria 756 (CCav756)
«ALEGREM-SE VENCEREMOS», rumo ao
porto da cidade da Beira, onde
desembarcou no dia 27 de Janeiro de
1965;
A sua subunidade de cavalaria,
comandada pelo Capitão de Cavalaria
Vasco Luís Pereira Esteves Ramires,
após o desembarque, ficou instalada
no aquartelamento da Bateria de
Campanha da Beira; efectuou treino
operacional até 18 de Março de 1965,
data em que foi colocada em
Marromeu, na situação de reserva do
Comando Territorial do Centro,
sendo-lhe atribuída uma vasta área
de patrulhamentos a sul do rio
Zambeze; em 15 de
Junho
de 1965, mantendo uma secção em
Marromeu, iniciou o deslocamento em
coluna auto para Chomba (Cabo
Delgado) (onde só chegou a 29
daquele mês, devido ao mau do
itinerário) a fim de tomar parte na
operação "Águia" (efectuada no
planalto dos Macondes de 2 de Julho
a 11 de Setembro de 1965), integrada
no Batalhão de Caçadores da Beira
(BCacBeira) «AD IMO
PECTORE»,
que, para o efeito, havia deslocado
o Posto de Comando para Mocímboa do
Rovuma; foi-lhe confiada a missão de
patrulhar e nomadizar na zona a
oeste de Mueda e garantir a
segurança do itinerário Mueda –
Chomba; em 17 de Setembro de 1965,
foi transferida para Nancatari e
integrada
no dispositivo do Batalhão de
Caçadores 596 (BCac596) «EXCELENTES
E VALOROSOS», sedeado em Mueda; em
Dezembro de 1965, com a rendição
daquela unidade pelo Batalhão de
Caçadores 1872 (BCac1872) «FIRMES E
CONSTANTES», passou a depender
deste; a actividade operacional,
consistia em patrulhamentos numa
vasta área limitada pelos rios
Muirite a sul e Lugenda a oeste, com
vista a impedir o alastramento da
subversão para
sul;
tomou parte em operações realizadas
fora da sua zona de acção,
nomeadamente: "Elmo" (Sul de
Miteda), "Carpa" (nas baixas de
Nangololo) e "Gato" (zona dos rios
Homba e Nido); efectuou escoltas a
colunas logísticas para
Mueda;
de 8 de Fevereiro a 17 de Abril de
1966, esteve sedeada em Namapa, sob
o comando operacional do Batalhão de
Caçadores 608 (BCac608) «FORTES E
JUSTOS», aquartelado no
Namialo;
rendeu naquela localidade a
Companhia de Caçadores 592 (CCac592)
«ATÉ À MORTE EM GLÓRIA»; colocada em
Nipepe em Abril de 1966, sob o
comando operacional do Batalhão de
Artilharia 639 (BArt639) «BRAVOS E
SEMPRE LEAIS», sedeado em Marrupa,
(subsector ARU) destacou um pelotão
para
Muluco
e uma secção (+) para Namicunde;
efectuou patrulhamentos e
nomadizações, nomeadamente nas
regiões de Nipepe, Malema, Muluco,
Issa, Muatala, Metarica, Nungo,
Necuto, Muaxia, Motela, Naliva,
Mazoa, Canera, Nacala e margens do
rio Lúrio; rendida
pela Companhia de Artilharia 1597
(CArt1597) do Batalhão de Artilharia
1893 (BArt1893) «BRAVOS E SEMPRE
LEAIS», regressou a
Namapa
a 14 de Setembro de 1966, ficando
subordinada ao Batalhão de
Calçadores 729 (BCac729) «CONDUTA
BRAVA EM TUDO DISTINTA» com sede no
Namialo; rendida em Namapa pela
Companhia de
Caçadores
694 (CCac694) «FIRMES E CONSTANTES»,
em Outubro de 1966, foi transferida
para Namaacha, onde rendeu a
Companhia de Caçadores 615 (CCac615)
«SEMPRE
EXCELENTES E VALOROSOS»; cedeu um
pelotão de reforço à Companhia de
Caçadores 688 (CCac688) (até Março
de
1967 e depois à Companhia de
Caçadores 63 (CCac63) «TIGRES DO
NIASSA» - «FIRMEZA E LEALDADE», que
rendera a 1.ª no Chibuto) destacado
na Malvérnia;
guarneceu
M'Ponduine com uma secção; sob o
comando do Batalhão de Caçadores de
Lourenço Marques (BCacLMarques)
«PRIMEIRO
ENTRE OS IGUAIS», efectuou
patrulhamentos e contacto com
autoridades tradicionais e com a
população, nomeadamente dos
concelhos de Namaacha, Moamba, Sabié
e Magude; em
Maio
de 1967 foi rendida na Namaacha,
pela Companhia de Caçadores 1572
(CCac1572).
Louvor Colectivo - Companhia de
Cavalaria - publicado na Ordem de
Serviço n.º 64 de 7 de Dezembro de
1966 da Região Militar de Moçambique
e na Revista da
Cavalaria
do ano de 1967, páginas 208 e 209;
Louvado por feitos em combate no
teatro de operações de Moçambique,
publicado na Revista da Cavalaria do
ano de 1966, página 121;
Agraciado com a Medalha com a Cruz
de Guerra de 4.ª classe, pelo
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 29
de Dezembro de 1966, publicado na
Ordem do Exército n.º 6 – 3.ª série,
de 28 de Fevereiro de 1967 e no
Jornal do Exército n.º 87, de Março
de 1967, página 44.
No dia 18 de Maio de 1967, embarcou
no NTT ‘Niassa’ de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia 7
de Junho de 1967.
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Louvor Colectivo
Companhia de Cavalaria 756
(Ordem de Serviço n.º 64 de 7 de
Dezembro de 1966 da Região Militar
de Moçambique):
Louvo a Companhia de Cavalaria n.º
756, pelo espírito de sacrifício,
dedicação e combatividade
verdadeiramente notáveis com que
durante oito meses cumpriu a sua
missão em zona afectada pelo
terrorismo no Distrito de Cabo
Delgado.
Desde a sua esgotante e
eficientíssima actividade
operacional, perseguindo e
capturando elementos terroristas e
destruindo acampamentos e
aquartelamentos inimigos, até à
acção psicossocial que desenvolveu
recuperando e melhorando as
condições de vida das populações
autóctones, extraordinária foi a
acção da Companhia de Cavalaria n.º
756, cujo esforço é tanto mais de
realçar quanto é certo que a par de
toda aquela actividade lhe foi
confiada a delicada e difícil missão
de manter e zelar, a maior parte das
vezes através de grupos de combate
apeados, pela segurança dos
itinerários a percorrer pelas
colunas militares auto.
Por todos estes motivos, é-me grato
reconhecer digna do maior relevo a
actividade desenvolvida pela
Companha de Cavalaria n.º 756.
(in
Revista da Cavalaria do ano de 1967,
páginas 208 e 209)
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
1.º
Cabo de Cavalaria, n.º 1161/64
MANUEL AUGUSTO DE ARAÚJO FONSECA
CCav756 - RC7
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na
Ordem do Exército n.º 6 – 3.ª série,
de 28 de Fevereiro de 1967.
Agraciado com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
12.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
35 667, de 28 de Maio de 1946, por
despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 29
de Dezembro de 1966:
O 1.º Cabo n.º 1161/64, Manuel
Augusto de Araújo Fonseca, da
Companhia de Cavalaria n.º 756 -
Regimento de Cavalaria n.º 7.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Revista de Cavalaria
de 1966, página 121):
Louvado o 1.º Cabo n.º 1161/64,
Manuel Augusto de Araújo Fonseca, da
Companhia de Cavalaria n.º 756, do
Regimento de Cavalaria n.º 7, pela
grande coragem, decisão e espírito
de sacrifício que demonstrou em
todas as acções em que o seu Pelotão
tomou parte.
Distinguiu-se em numerosas ocasiões
em que capturou elementos inimigos,
alguns dos quais armados, correndo
para eles com excepcional
agressividade e valentia
contribuindo com a sua acção pessoal
para o êxito da missão.
Sempre pronto para tudo,
excepcionalmente cumpridor, correcto
e aprumado, o 1.º Cabo Fonseca é bem
digno de admiração e respeito de
todos os seus camaradas e superiores
pela forma como honrou a farda que
enverga e o Exército português a que
pertence.