António
Kássimo
Soldado 'Comando',
n.º 82024162
Companhia de
Caçadores 5 (CTIG)
«GATOS PRETOS»
- «JUSTOS E VALOROSOS»
3.ª Companhia
de Comandos (RAL1)
«A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES»
Grupos de
Comandos:
«FANTASMAS» e
«CENTURIÕES»
Cruz de
Guerra, 4.ª classe
(3.ª Companhia de
Comandos/RAL1)
Prémio
Governador da Guiné
Companhia de
Caçadores 5 (CTIG)
António Kássimo, Soldado 'Comando',
n.º 82024162.
Mobilizado pelo Comando Territorial
Independente da Guiné (CTIG) para servir Portugal naquela Província
Ultramarina integrado na
Companhia de Caçadores 5 «GATOS PRETOS» -
«JUSTOS E VALOROSOS» daquele
Comando Territorial.
Mais tarde, integrou a
3.ª Companhia
de Comandos «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES», mobilizada pelo Regimento
de Artilharia Ligeira 1 (RAL1) «EM PERIGOS E GUERRAS ESFORÇADOS» e
fez parte dos Grupos de Comandos «FANTASMAS» e «CENTURIÕES».
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
classe, publicado nas Ordens de Serviço n.º 22/69, de 25 de Junho de
1969, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné e n.º 28, de 3 de
Julho do mesmo ano, e Ordem do Exército n.º 31 - 3.ª série, de 1969.
Agraciado com o Prémio 'Governador'
da Guiné, publicado no Jornal do Exército, edição 105, pág. 18, de
Setembro de 1968.
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Soldado Comando, n.º 82024162
ANTÓNIO KÁSSIMO
3.ªCCmds - RAL1
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na OE
n.º 31 - 3.ª série de 1969.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª
classe, nos termos do artigo 12.º do
Regulamento da Medalha Militar,
promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de
28 de Maio de 1946, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da
Guiné, de 13 de Agosto de 1969, o
Soldado Comando n.º 82024162, António
Kássimo, da 3.ª Companhia de Comandos -
Regimento de Artilharia Ligeira n.º 1.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado nas OS n.º 22/69, de 25 de
Junho de 1969, do Comando-Chefe das
Forças Armadas da Guiné (CCFAG) e n.º
28, de 03 de Julho do mesmo ano, do
Quartel General do Comando Territorial
Independente da Guiné (QG/CTIG):
Que, por despacho de 11 de Junho de
1969, o Brigadeiro Comandante-Chefe das
Forças Armadas da Guiné, louvou o
Soldado Comando, n.º 82024162, António
Kássimo, da 3.ª Companhia de Comandos,
porque durante vinte e dois meses de
contínua e intensa actividade
operacional revelou sempre óptimas
qualidades militares, singular lealdade,
agressividade invulgar e noção do
cumprimento da disciplina exemplares,
tendo com a sua vasta e consciente
experiência de guerra em muito
contribuído para os êxitos do seu Grupo
de Comandos.
O seu sangue frio, coragem, decisão e
serena energia debaixo de fogo
manifestaram-se prodigamente na Operação
"Xerez", pela maneira agressiva,
decidida e inteligente como desempenhou
sempre a sua missão na equipa de assalto
do seu Grupo de Comandos. No assalto ao
quartel inimigo, que se encontrava
instalado defensivamente e em situação
privilegiada no terreno, o inimigo abriu
fogo com tal intensidade que obrigou o
Grupo a parar por breves momentos. Então
o Soldado Comando Kássimo, num alarde de
heroísmo e técnica, conseguiu
infiltrar-se pelo lado esquerdo e abriu
fogo com precisão, fazendo crer ao
inimigo que havia mais tropa no seu
flanco, o que facilitou o assalto final.
Ainda na Operação "Vodka", depois do
assalto e quando o inimigo começou a
bater com morteiros o quartel que as
Nossas Tropas tinham acabado de
conquistar, o Soldado Kássimo, num rasgo
de suprema generosidade e com nítido
risco da própria vida, procurou e
transportou camaradas feridos, com total
desprezo pelo perigo, com coragem,
decisão, sangue frio e serena energia
debaixo de um fogo traiçoeiro.
Na Operação "Champanhe", indiferente ao
fogo inimigo, foi dos primeiros a
lançar-se ao assalto com energia e
impetuosidade, demonstrando mais uma vez
a sua excelente técnica em combate, onde
evidencia rapidez de reflexos, precisão
de tiro e um sentido ímpar do
aproveitamento do terreno.
Na Operação "Rolls-Royce" mais uma vez
patenteou a sua bravura, coragem física
e moral, decisão e indiferença total
pelo perigo pois correu ao encontro de
um inimigo que embora em fuga, por ser
perseguido, o fazia abrindo fogo em
todas as direcções, o que permitiu serem
abatidos e aprisionados elementos
inimigos e capturado armamento.
Pela sua lealdade, patriotismo, decisão,
coragem física e moral, sangue frio,
bravura e serena energia debaixo de
fogo, o Soldado Comando Kássimo bem
merece o reconhecimento da Pátria.
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Jornal do Exército, ed.
105, pág. 18, de Setembro de 1968
Soldado António Kassimo
«Porque, tomando parte numa emboscada
no Sul da Província, depois de ter
recebido ordem para cessar fogo, não
teve qualquer hesitação em se lançar
sobre um terrorista, somente com a sua
faca de mato, abatendo-o e apoderando-se
do armamento; com esta atitude, revelou
possuir um alto grau de qualidades de
disciplina e obediência, pois seria
muito menos perigoso para si abater esse
terrorista com a arma que lhe está
distribuída.
Sempre pronto para tomar parte em
operações e voluntário para missões
arriscadas, bem merece a estima e
respeito dos seus camaradas que nele
veem um excelente «Comando».
No decorrer de outras operações tem
sempre evidenciado grande valentia,
espírito de decisão e invulgar rapidez
de reflexos, contribuindo de forma
notória para os sucessos que têm sido
alcançados pelo seu grupo de combate,
com especial relevo nas Operações
«Centopeia», e «Vendal» onde a sua acção
foi decisiva para o êxito dos combates
travados.
É condecorado com a Cruz de Guerra de
2.ª Classe [4.ª Classe]»
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Companhia de Caçadores N.º 5
Identificação:
CCaç5
Comandantes:
Capitão
Mil.º de Infantaria João Alberto de Sá
Barros e Silva
Capitão de Cavalaria José Manuel Marques
Pacífico dos Reis
Capitão de Infantaria Manuel Ferreira de
Oliveira
Capitão de Infantaria António José
Guerra Gaspar Borges
Capitão de Infantaria Arnaldo Carvalhais
da Silveira Costeira
Capitão de Cavalaria Fernando Gil
Figueiredo de Barros
Capitão Mil.º de Infantaria José Manuel
de Matos e Silva de Mendonça
Início:
1 de
Abril de 1967 (por alteração da anterior
designação de 3.ª Companhia de
Caçadores)
Extinção:
20 de
Agosto de 1974
Síntese
da Actividade Operacional
Em 1 de
Abril de 197, foi criada por alteração
da anterior designação de 3.ª Companhia
de Caçadores (3ªCCac).
Era uma companhia da guarnição normal do
Comando Territorial Independente da
Guiné (CTIG), constituída por quadros
metropolitanos e praças indígenas do
recrutamento local.
Continuou instalada em Nova Lamego, onde
detinha a responsabilidade do respectivo
subsector e se integrava no dispositivo
e manobra do Batalhão de Caçadores 1856
(BCac1856), tendo então pelotões
destacados em Canjadude, Cabuca e
Ché-Ché.
Ficou sucessivamente na dependência dos
batalhões que assumiram a
responsabilidade do Sector L3.
Em 14 de Julho de 1968, foi deslocada
para Canjadude, no mesmo sector, tendo
assumido a responsabilidade do
respectivo subsector, então criado,
tendo então um pelotão destacado em
Cabuca até meados de Fevereiro de 1969 e
sendo substituída mais tarde em Nova
Lamego, em 9 de Agosto de 1968, pela
Companhia de Caçadores 2403 (CCac2403).
Por períodos variáveis, destacou ainda
pelotões para reforço temporário de
outras guarnições, nomeadamente em Nova
Lamego, de meados de Abril a 21 de
Novembro de 1970, em Buruntuma, de 21 de
Novembro de 1970 a 18 de Junho de 1971,
em reforço do Batalhão de Cavalaria 2922
(BCav2922) e de Copá, de 31 de Janeiro a
princípios de Março de 1971, em reforço
do Comando Operacional Temporário 1
(COT1).
Efectuou diversas operações de que se
destaca a captura de 70 granadas de
armas pesadas, 10 minas e 650 quilos de
munições de armas ligeiras, na região de
Siai.
Em 20 de Agosto de 1974, após
desactivação e entrega do aquartelamento
de Canjadude ao PAIGC, foi desactivada e
extinta.
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3.ª
Companhia de Comandos
Identificação:
3ªCCmds
Unidade Mobilizadora:
Regimento de Artilharia Ligeira 1
(RAL 1 - Lisboa)
Comandante:
Capitão Mil.º de
Infantaria 'Comando' Álvaro Manuel Alves
Cardoso
Partida:
Embarque em 24 de Junho de 1966;
desembarque em 30 de Junho de 1966.
Regresso:
Embarque em 29 de Abril de 1968
Síntese da Actividade Operacional
Após o desembarque, instalou-se em
Brá (Bissau), onde inicialmente se
dedicou à construção dos alojamentos
próprios e, simultaneamente, a realizar
uma instrução de aperfeiçoamento e
adaptação nas regiões de Prábis e Nhacra.
Em princípios de Agosto de 1966, iniciou
a fase de treino operacional, que
incluiu a realização de operações nas
regiões de Nova Sintra - Tite - Jabadá e
Jugudul - Ponta Bará e que culminou com
a entrega das insígnias de "comando" em
2 de Novembro de 1966.
Em virtude dos efectivos da subunidade
se terem sucessivamente reduzido devido
ao desgaste sofrido, foi formado novo
pessoal de recompletamento, com entrega
das insígnias em 28 de Março de 1967.
Com a sua sede em Bissau, como
subunidade de intervenção e reserva do
Comando-Chefe, actuou em diversas áreas
com efectivos de 1 a 4 pelotões, algumas
vezes por helitransporte e em
coordenação com a Força Aérea, ou em
situação de reforço a diversos
batalhões.
Efectuou
diversas operações nas regiões de
Susana, Flaque Cibe (Jabadá),
Bissilão (Tite),
Insumeté (Bula),
Choquemone (Bula),
Catió - Cufar,
Tiligi (Bula),
Cabedú,
Jol (Teixeira Pinto),
Oio (Mansabá),
S. Domingos,
Locher (Mansoa),
Poidom (Xime),
Canjambari, Bambadinca,
Binar-Bula,
Salancaur (Guileje) e outras.
Pelos resultados obtidos e efectivos
envolvidos, destacam-se as operações
"Vodka",
"Nortada",
"Xerez",
"Bom Sucesso",
"Yungfrau" e
"Rolls-Royce", entre outras.
Tendo capturado 4 metralhadoras pesadas,
2 metralhadoras ligeiras, 15
pistolas-metralhadoras, 57 espingardas,
2 lança-granadas foguete e cerca de
9.000 munições de armas ligeiras.
A partir de 8 de Abril de 198, cessou a
sua actividade operacional, a fim de
aguardar o embarque de regresso.