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Guiné

António Kássimo, Soldado 'Comando' - Cruz de Guerra, da 3ªCCmds: Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

  "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 
HONRA E GLÓRIA

Fontes:

Elementos cedidos pelo veterano JC Abreu dos Santos

5.º Volume, Tomo V, pág.s 540 e 541, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo II, pág. 629, da RHMCA / CECA / EME

7.º Volume, Tomo II, pág. 529, da RHMCA / CECA / EME

Jornal do Exército, ed. 105, pág. 18, de Setembro de 1968

 


António Kássimo

 

Soldado 'Comando', n.º 82024162

 

Companhia de Caçadores 5 (CTIG)

 

«GATOS PRETOS» - «JUSTOS E VALOROSOS»

 

3.ª Companhia de Comandos (RAL1)

 

«A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»

 

Grupos de Comandos:

«FANTASMAS» e «CENTURIÕES»

 

Cruz de Guerra, 4.ª classe

(3.ª Companhia de Comandos/RAL1)

 

Prémio Governador da Guiné

Companhia de Caçadores 5 (CTIG)

 

 

 

António Kássimo, Soldado 'Comando', n.º 82024162.

 

Mobilizado pelo Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG) para servir Portugal naquela Província Ultramarina integrado na Companhia de Caçadores 5 «GATOS PRETOS» - «JUSTOS E VALOROSOS» daquele Comando Territorial.

 

Mais tarde, integrou a 3.ª Companhia de Comandos «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES», mobilizada pelo Regimento de Artilharia Ligeira 1 (RAL1) «EM PERIGOS E GUERRAS ESFORÇADOS» e fez parte dos Grupos de Comandos «FANTASMAS» e «CENTURIÕES».

 

Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, publicado nas Ordens de Serviço n.º 22/69, de 25 de Junho de 1969, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné e n.º 28, de 3 de Julho do mesmo ano, e Ordem do Exército n.º 31 - 3.ª série, de 1969.

 

Agraciado com o Prémio 'Governador' da Guiné, publicado no Jornal do Exército, edição 105, pág. 18, de Setembro de 1968.

 

Cruz de Guerra de 4.ª classe

 

 

 

Soldado Comando, n.º 82024162
ANTÓNIO KÁSSIMO
 

3.ªCCmds - RAL1
GUINÉ


4.ª CLASSE


Transcrição do Despacho publicado na OE n.º 31 - 3.ª série de 1969.


Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667, de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 13 de Agosto de 1969, o Soldado Comando n.º 82024162, António Kássimo, da 3.ª Companhia de Comandos - Regimento de Artilharia Ligeira n.º 1.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Publicado nas OS n.º 22/69, de 25 de Junho de 1969, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné (CCFAG) e n.º 28, de 03 de Julho do mesmo ano, do Quartel General do Comando Territorial Independente da Guiné (QG/CTIG):


Que, por despacho de 11 de Junho de 1969, o Brigadeiro Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, louvou o Soldado Comando, n.º 82024162, António Kássimo, da 3.ª Companhia de Comandos, porque durante vinte e dois meses de contínua e intensa actividade operacional revelou sempre óptimas qualidades militares, singular lealdade, agressividade invulgar e noção do cumprimento da disciplina exemplares, tendo com a sua vasta e consciente experiência de guerra em muito contribuído para os êxitos do seu Grupo de Comandos.

 
O seu sangue frio, coragem, decisão e serena energia debaixo de fogo manifestaram-se prodigamente na Operação "Xerez", pela maneira agressiva, decidida e inteligente como desempenhou sempre a sua missão na equipa de assalto do seu Grupo de Comandos. No assalto ao quartel inimigo, que se encontrava instalado defensivamente e em situação privilegiada no terreno, o inimigo abriu fogo com tal intensidade que obrigou o Grupo a parar por breves momentos. Então o Soldado Comando Kássimo, num alarde de heroísmo e técnica, conseguiu infiltrar-se pelo lado esquerdo e abriu fogo com precisão, fazendo crer ao inimigo que havia mais tropa no seu flanco, o que facilitou o assalto final. Ainda na Operação "Vodka", depois do assalto e quando o inimigo começou a bater com morteiros o quartel que as Nossas Tropas tinham acabado de conquistar, o Soldado Kássimo, num rasgo de suprema generosidade e com nítido risco da própria vida, procurou e transportou camaradas feridos, com total desprezo pelo perigo, com coragem, decisão, sangue frio e serena energia debaixo de um fogo traiçoeiro.


Na Operação "Champanhe", indiferente ao fogo inimigo, foi dos primeiros a lançar-se ao assalto com energia e impetuosidade, demonstrando mais uma vez a sua excelente técnica em combate, onde evidencia rapidez de reflexos, precisão de tiro e um sentido ímpar do aproveitamento do terreno.


Na Operação "Rolls-Royce" mais uma vez patenteou a sua bravura, coragem física e moral, decisão e indiferença total pelo perigo pois correu ao encontro de um inimigo que embora em fuga, por ser perseguido, o fazia abrindo fogo em todas as direcções, o que permitiu serem abatidos e aprisionados elementos inimigos e capturado armamento.


Pela sua lealdade, patriotismo, decisão, coragem física e moral, sangue frio, bravura e serena energia debaixo de fogo, o Soldado Comando Kássimo bem merece o reconhecimento da Pátria.
 

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Jornal do Exército, ed. 105, pág. 18, de Setembro de 1968

 

Soldado António Kassimo


«Porque, tomando parte numa emboscada no Sul da Província, depois de ter recebido ordem para cessar fogo, não teve qualquer hesitação em se lançar sobre um terrorista, somente com a sua faca de mato, abatendo-o e apoderando-se do armamento; com esta atitude, revelou possuir um alto grau de qualidades de disciplina e obediência, pois seria muito menos perigoso para si abater esse terrorista com a arma que lhe está distribuída.


Sempre pronto para tomar parte em operações e voluntário para missões arriscadas, bem merece a estima e respeito dos seus camaradas que nele veem um excelente «Comando».


No decorrer de outras operações tem sempre evidenciado grande valentia, espírito de decisão e invulgar rapidez de reflexos, contribuindo de forma notória para os sucessos que têm sido alcançados pelo seu grupo de combate, com especial relevo nas Operações «Centopeia», e «Vendal» onde a sua acção foi decisiva para o êxito dos combates travados.


É condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª Classe
[4.ª Classe]»
 

 

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Companhia de Caçadores N.º 5
 

Identificação:
CCaç5


Comandantes:
Capitão Mil.º de Infantaria João Alberto de Sá Barros e Silva
Capitão de Cavalaria José Manuel Marques Pacífico dos Reis
Capitão de Infantaria Manuel Ferreira de Oliveira
Capitão de Infantaria António José Guerra Gaspar Borges
Capitão de Infantaria Arnaldo Carvalhais da Silveira Costeira
Capitão de Cavalaria Fernando Gil Figueiredo de Barros
Capitão Mil.º de Infantaria José Manuel de Matos e Silva de Mendonça


Início:
1 de Abril de 1967 (por alteração da anterior designação de 3.ª Companhia de Caçadores)


Extinção:
20 de Agosto de 1974


Síntese da Actividade Operacional
Em 1 de Abril de 197, foi criada por alteração da anterior designação de 3.ª Companhia de Caçadores (3ªCCac).


Era uma companhia da guarnição normal do Comando Territorial Independente da Guiné (CTIG), constituída por quadros metropolitanos e praças indígenas do recrutamento local.


Continuou instalada em Nova Lamego, onde detinha a responsabilidade do respectivo subsector e se integrava no dispositivo e manobra do Batalhão de Caçadores 1856 (BCac1856), tendo então pelotões destacados em Canjadude, Cabuca e Ché-Ché.


Ficou sucessivamente na dependência dos batalhões que assumiram a responsabilidade do Sector L3.


Em 14 de Julho de 1968, foi deslocada para Canjadude, no mesmo sector, tendo assumido a responsabilidade do respectivo subsector, então criado, tendo então um pelotão destacado em Cabuca até meados de Fevereiro de 1969 e sendo substituída mais tarde em Nova Lamego, em 9 de Agosto de 1968, pela Companhia de Caçadores 2403 (CCac2403).


Por períodos variáveis, destacou ainda pelotões para reforço temporário de outras guarnições, nomeadamente em Nova Lamego, de meados de Abril a 21 de Novembro de 1970, em Buruntuma, de 21 de Novembro de 1970 a 18 de Junho de 1971, em reforço do Batalhão de Cavalaria 2922 (BCav2922) e de Copá, de 31 de Janeiro a princípios de Março de 1971, em reforço do Comando Operacional Temporário 1 (COT1).


Efectuou diversas operações de que se destaca a captura de 70 granadas de armas pesadas, 10 minas e 650 quilos de munições de armas ligeiras, na região de Siai.


Em 20 de Agosto de 1974, após desactivação e entrega do aquartelamento de Canjadude ao PAIGC, foi desactivada e extinta.

 

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3.ª Companhia de Comandos
 

Identificação:
3ªCCmds
 

Unidade Mobilizadora:
Regimento de Artilharia Ligeira 1 (RAL 1 - Lisboa)
 

Comandante:
Capitão Mil.º de Infantaria 'Comando' Álvaro Manuel Alves Cardoso

 

Partida:
Embarque em 24 de Junho de 1966; desembarque em 30 de Junho de 1966.
 

Regresso:
Embarque em 29 de Abril de 1968
 

Síntese da Actividade Operacional
Após o desembarque, instalou-se em Brá (Bissau), onde inicialmente se dedicou à construção dos alojamentos próprios e, simultaneamente, a realizar uma instrução de aperfeiçoamento e adaptação nas regiões de Prábis e Nhacra.


Em princípios de Agosto de 1966, iniciou a fase de treino operacional, que incluiu a realização de operações nas regiões de Nova Sintra - Tite - Jabadá e Jugudul - Ponta Bará e que culminou com a entrega das insígnias de "comando" em 2 de Novembro de 1966.
Em virtude dos efectivos da subunidade se terem sucessivamente reduzido devido ao desgaste sofrido, foi formado novo pessoal de recompletamento, com entrega das insígnias em 28 de Março de 1967.


Com a sua sede em Bissau, como subunidade de intervenção e reserva do Comando-Chefe, actuou em diversas áreas com efectivos de 1 a 4 pelotões, algumas vezes por helitransporte e em coordenação com a Força Aérea, ou em situação de reforço a diversos batalhões.
 

Efectuou diversas operações nas regiões de
Susana, Flaque Cibe (Jabadá),
Bissilão (Tite),
Insumeté (Bula),
Choquemone (Bula),
Catió - Cufar,
Tiligi (Bula),
Cabedú,
Jol (Teixeira Pinto),
Oio (Mansabá),
S. Domingos,
Locher (Mansoa),
Poidom (Xime),
Canjambari, Bambadinca,
Binar-Bula,
Salancaur (Guileje) e outras.


Pelos resultados obtidos e efectivos envolvidos, destacam-se as operações
"Vodka",
"Nortada",
"Xerez",
"Bom Sucesso",
"Yungfrau" e
"Rolls-Royce", entre outras.


Tendo capturado 4 metralhadoras pesadas, 2 metralhadoras ligeiras, 15 pistolas-metralhadoras, 57 espingardas, 2 lança-granadas foguete e cerca de 9.000 munições de armas ligeiras.


A partir de 8 de Abril de 198, cessou a sua actividade operacional, a fim de aguardar o embarque de regresso.

 

 

 

 

 

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