Tenente-General Aurélio
Manuel Trindade
"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom
que para preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
Faleceu no dia 12 de Junho de 2024
o veterano
Aurélio
Manuel Trindade
Tenente-General (oriundo da Arma de Infantaria)
Comandou em
Moçambique, então Capitão de Infantaria, a
Companhia de Caçadores Especiais
312 (CCE312)
«SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS»
Comandou na Guiné,
então Capitão de Infantaria, a
4.ª Companhia de Caçadores
Indígenas / 6.ª Companhia de Caçadores
«AUT VINCERE AUT MORI»
2.º Comandante em
Angola,
então Major de Infantaria, do
Batalhão de Caçadores 3856 «DIGNOS
LEAIS JUSTOS»
Medalha de Prata
de Valor Militar com palma
Cruz de Guerra,
colectiva, de 1.ª classe
Cruz de Guerra de
2.ª classe
Ordem Militar de
Avis, grau Cavaleiro
Medalha de Mérito
Militar de 3.ª classe
Prémio
Governador da Guiné

Cruz de Guerra de
2.ª classe
Capitão
de Infantaria
AURÉLIO MANUEL TRINDADE
4.ªCCac — CTIG
GUINÉ
2.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada
na OE n.º 5 — 2.ª série, de 1967.
Por Portaria de 31 de Janeiro de 1967:
Condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª classe, ao abrigo dos artigos
9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por
serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné
Portuguesa, o Capitão de Infantaria, Aurélio Manuel Trindade.
Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Publicado nas OS n.º 10/66, de 06 de Dezembro de 1966, do CCFAG e
n.º 49, de 08 de Dezembro do mesmo ano, do QG/CTIG):
Louvado o Capitão de Infantaria, Aurélio Manuel Trindade porque, sendo
Comandante da 4.º Companhia de Caçadores (4.ªCCac), aquartelada no
Agrupamento Sul, conseguiu durante os 15 meses do seu comando, mercê
duma acção notável de chefe, transformar aquela Unidade de
características muito especiais, aquartelada numa região sujeita a
grande isolamento e onde o In (inimigo) se tem mostrado forte e
aguerrido, numa Unidade disciplinada, de elevado moral, agressiva e
eficiente, solucionando sempre da melhor maneira os problemas
administrativos e operacionais, com grande destaque para estes, que
resolveu sempre dando provas de elevado espírito ofensivo.
Sob o seu comando, a 4.ª Companhia de Caçadores (4.ªCCac), realizou e
tomou parte em cerca de 20 operações e em todas elas o Capitão Trindade
soube extrair dos seus meios grande rendimento. Salienta-se a sua acção
na operação "Sempre Fixe", uma das muitas que realizou por sua
iniciativa, durante a qual a Companhia, devidamente articulada, em
frente de um grupo In (inimigo) bem armado e instalado em boas posições
de tiro, oferecendo forte resistência, executou, a descoberto, uma
valorosa manobra envolvente, com um grupo de combate em que se
incorporou o Capitão Trindade, a qual conduziu à fuga desordenada do In
(inimigo), com muitas baixas, tendo confirmado nesta acção serenidade,
decisão, coragem e sangue frio, a par da forte determinação em bater o
In (inimigo) e dum elevado espírito manobrador.
Oficial muito modesto, os relatos das acções em que tomou parte quando
elaborados por ele não realçam suficientemente a sua acção que se pode
classificar de verdadeiramente extraordinária através das opiniões dos
seus subordinados e dos Comandos sob cujas ordens serviu.
Por todos estes factos e porque se trata de um oficial inteligente, com
óptimos conhecimentos militares, dotado de forte personalidade,
perfeitamente integrado na sua missão, e, ainda, porque sempre dispensou
a maior e mais eficiente colaboração aos outros ramos das Forças
Armadas, designadamente às Forças Navais nas inúmeras vezes em que se
tornou necessário dar protecção aos comboios por estas efectuados na sua
zona de acção, deve o Capitão Trindade ser apontado como exemplo
dignificante ao CTIG (Comando Territorial Independente da Guiné) e ao
Exército.
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Jornal do
Exército, ed. 88, pág. 23, de Abril de 1967

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