Honra e Glória: Tenente
Graduado 'Comando' Armando Carolino
Barbosa - Cruz de Guerra de 4.ª classe
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E
GLÓRIA |
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Elementos cedidos
por um colaborador do portal UTW,
e outros pela
equipa do UTW |


Armando Carolino
Barbosa
Tenente Graduado
'Comando', n.º
82119464
Como 1.º Cabo de
Cavalaria
Companhia de Comando
e Serviços do Batalhão de Cavalaria 1915
«TIGRES» - «NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE»
Como comandante do
Grupo "OS PUMAS", da
CCS/BCav1915, atribuído à Companhia de Cavalaria 1693
Esquadrão de Reconhecimento AML 2454
«QUO TOTA VOCANT»
Como comandante da
2.ª Companhia de
Comandos Africana
Batalhão de Comandos
da Guiné
Fuzilado pelo PAIGC,
em 25 de Março de 1975, em Bambadinca
Cruz de Guerra de 4.ª Classe
Louvor Individual
3 Louvores Colectivos
Prémio Governador da Guiné
Armando Carolino Barbosa, Tenente
Graduado 'Comando', n.º
82119464,
natural da
Província Ultramarina da Guiné, serviu Portugal naquela Província
Ultramarina, integrado, sucessivamente,
Como 1.º Cabo de Cavalaria:
Na Companhia de Comando e
Serviços do Batalhão de Cavalaria 1915 (BCav1915)
«TIGRES» - «...NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE», como comandante do
Grupo 'OS PUMAS' atribuído à
Companhia de Cavalaria 1693 «...NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE», no Esquadrão de Reconhecimento
AML
2454 (ERecAML2454)
«QUO TOTA VOCANT»;
Louvor Colectivo - Companhia de
Cavalaria 1693 - por despacho do Comando de Agrupamento 1980, publicado
na Revista da Cavalaria do ano de 1969, página 121;
Louvor Colectivo - Companhia de
Cavalaria 1693 - publicado na Ordem de Serviço n.º 22, de 27 de Janeiro
de 1969, do Batalhão de Cavalaria 1915 e na Revista da Cavalaria do ano
1969, páginas 121 e 122;
Louvado por feitos em combate no
teatro de operações da Guiné, por despacho do
Brigadeiro
Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 5 de Março de 1969,
publicado nas Ordens de Serviço n.º 08/69, de 06 de Março de 1969, do
Comando-Chefe
das Forças Armadas da Guiné, e n.º 11, de 13 do mesmo mês
e ano, do Quartel General do Comando Territorial Independente da Guiné;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, publicado na Ordem do Exército n.º 25 - 3.ª série,
de 1969;
Agraciado com o Prémio Governador da
Guiné, publicado na Revista da Cavalaria do ano de 1969, página 114 e no
Jornal do Exército n.º 119, página 48, de Novembro de 1969;
Agraciado com o Prémio Governador da
Guiné, publicado na Revista da Cavalaria do ano de 1969, página 114 e no
Jornal do Exército n.º 119, página 48, de Novembro de 1969;
Louvor Colectivo - Esquadrão de
Reconhecimento AML 2454 - por despacho de Sua Ex.ª o Comandante Militar
do Comando Territorial Independente da Guiné, publicado na Revista da
Cavalaria do ano de 1970, página 156;
Como
Tenente Graduado, comandante da:
2.ª Companhia de Comandos Africana (2ªCCmdsAfr) do
Batalhão de Comandos da Guiné «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;
Em 25 de Março de 1975, em Bambadinca,
foi fuzilado pelo PAIGC.
Paz à sua Alma
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Louvor Colectivo
Companhia de Cavalaria 1693
(Despacho
do Comando de Agrupamento n.º 1980)
Louvo a Companhia de Cavalaria n.º 1693, Reserva de Agrupamento Leste da
Província da Guiné, por durante cerca de 5 meses em que a sua acção
esteve orientada no Sector L3, ter demonstrado possuir, em alto grau,
virtudes militares que muito a dignificam e honram o pessoal que faz
parte do seu efectivo, amplamente demonstrado nas várias escoltas a
colunas de
reabastecimento aos Destacamentos do Boé, em que demonstrou
possuir vincada determinação no cumprimento das missões que lhe foram
confiadas, espírito de sacrifício quando se lhe exigiu esforços
violentos, que sempre soube suportar com estoicismo e grande aprumo
moral.
A apresentação do seu pessoal, o espírito de disciplina que a
caracteriza e o sentido do Dever a cumprir que a orienta, são penhor de
garantia nas acções em que a Companhia de Cavalaria n.º 1693 seja
chamada a intervir, quaisquer que sejam as circunstâncias, e a
conside-rar esta Companhia de Cavalaria uma Unidade de elite, que muito
honra a Arma a que pertence e as gloriosas tradições do Exército, que
muito me apraz registar e a que faz juz este louvor.
Por todos os motivos apresentados, é com muito pesar que o Agrupamento
vê o seu afastamento, imposto por determinação superior.
(in Revista da Cavalaria
do ano de 1969, página 121)
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Louvor Colectivo
Companhia de Cavalaria 1693
( Ordem
de Serviço n.º 22, de 27 de Janeiro de 1969, do Batalhão de Cavalaria
n.º 1915)
Louvo a Companhia de Cavalaria n.º 1693, porque, durante toda. a sua
comissão no Comando Territorial Independente da Guiné, revelou, de forma
bem evidente, extraordinária capacidade operacional, excepcional
espírito de sacrifício e abnegação total no cumprimento da sua missão.
Logo no período inicial da sua actividade, tomou parte em numerosas
escoltas de colunas ao Boé, algumas com pequenos intervalos, sempre com
assinalado êxito, o que mereceu os mais rasgados elogios.
Transferida para o Sector de Bula, aí demonstrou o seu dinamismo,
destemor e agressividade, que levaram a empregá-la como força de
intervenção e manobra do Batalhão de Cavalaria em sectores de outras
Companhias, na execução de operações de grande responsabilidade, tais
como: operações «Cachimbo de Ouro», «Badaró», «Navegador» e
«Balhesteira».
Além do seu poder ofensivo exuberantemente demonstrado em todas as
missões que lhe foram atribuídas, designadamente nas perações «Bolacha»,
«Baluarte Branco», «Baloiço Nocturno» e «Bonitos Nenúfares», esta
Companhia desenvolveu notável esforço na segurança e protecção aos
trabalhos de reconstrução das estradas Bula - João Landim e Bula - Có,
especialmente nesta última, durante a operação «Caminho das Ostras»,
onde o inimigo teimosamente se dispunha a não permitir o avanço dos
trabalhos, infligindo-lhe pesadas baixas, que lhe afectaram fortemente o
moral, e onde a Companhia soube impor-se ao respeito do adversário.
Deste modo, pela sua acção e contributo contra o terrorismo, é a
Companhia de Cavalaria n.º 1693 credora de consideração e estima
públicas, merecendo que lhe seja conferido público e destacado louvor.
( in Revista
da Cavalaria do ano de 1969, páginas 121 e 122)
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
1.°
Cabo de Cavalaria, n.º 82119464
ARMANDO CAROLINO BARBOSA
CCS/BCav1915 - RC3
GUINÉ
4.ª
CLASSE
Transcrição do Despacho publicado na Ordem do Exército n.º 25 – 3.ª
série, de 1969.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 4.ª classe, nos termos do artigo 12.º
do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo Decreto n.º 35 667,
de 28 de Maio de 1946, por despacho do Comandante-Chefe das Forças
Armadas da Guiné, de 04 de Junho findo, o 1.º Cabo, Armando Carolino
Barbosa (82119464), da Companhia de Comando e Serviços do Batalhão de
Cavalaria n.º 1915 – Regimento de Cavalaria 3.
Transcrição do louvor
que originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 08/69, de 06 de Março de 1969, do
Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné e n.º 11, de 13 do mesmo mês e
ano, do Quartel General do Comando Territorial Independente da Guiné):
Que, por despacho de 5 de Março de 1969, o Brigadeiro Comandante-Chefe
das Forças Armadas da Guiné, considerou como sendo dado por sí, o louvor
constante do n.º 1 do artigo 6.º da Ordem de Serviço n.º 09, de 27 de
Fevereiro de 1969, do Comando Territorial Independente da Guiné, que a
seguir se transcreve:
"Louvado o 1.º Cabo n.º 82119464, Armando Carolino Barbosa, da Companhia
de Comando e Serviços do Batalhão de Cavalaria n.º 1915, porque, durante
todo o tempo que tem estado ao serviço neste Batalhão, tanto no Sector
L3, onde serviu três anos na guarnição de Madina do Boé, como
posteriormente, no Sector de Bula, demonstrou ser um militar aprumado,
disciplinado e um combatente valoroso e destemido.
Na primeira fase, por proposta sua, organizou um pequeno grupo de
voluntários com quem trabalhou em contra-guerrilha no Boé, alcançando
assinalado êxito. Posteriormente, aproveitadas as suas caracterísitcas
de coragem, tenacidade e determinação, bem como a ascendência já
evidenciada, foi-lhe entregue o comando, instrução e preparação de um
grupo de cinquenta caçadores balantas, "Os Pumas", apesar de pertencer à
etnia fula, cargo que exerceu com dignidade e aprumo moral.
Atribuído o seu grupo à Companhia de Cavalaria 1693 [2
Louvores Colectivos], tomou parte em todas
as operações desta Companhia e de outras que, em treino operacional
passaram pelo Sector, bem como em acções isoladas, conseguindo com o seu
entusiasmo e jovialidade, mentalizar os seus homens nos sãos princípios
da lealdade, dedicação à Causa Nacional e desejo incontido de fazer a
guerra ao inimigo, arrastando-os para o combate com alegria cativante.
Escolhendo para si o lugar de maior risco, impôs-se sempre pelo exemplo
aos seus subordinados, que muito o respeitam e admiram e à consideração
dos seus superiores, pela honestidade, modéstia, disciplina e eficiência
como exerce a sua função de comando e de tal forma que, entre as
fileiras do inimigo, já era temido o grupo do "Armando", pela audácia e
agressividade que evidenciou nos contactos com ele.
Ferido em combate na Operação "Barbear", esta circunstância elevou o seu
moral e desenvolveu no seu espírito um mais acentuado desejo de combater
o inimigo.
Abalada a sua saúde gravemente, devido aos esforços despendidos na
actividade operacional, e em que teve que ser evacuado para a Metrópole
por esse motivo, continua através de correspondência com o seu
Comandante, a interessar-se pelo comportamento em combate dos seus
rapazes, evidenciando em tudo o orgulho de ser português e acendrado
patriotismo que muito o dignifica, constituindo-se um exemplo vivo das
virtudes do Soldado português, que bem merece ser apontado à
consideração de todos, em justo e destacado louvor.
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Prémio Governador da Guiné
Condecorado com a Cruz de Guerra de 4.ª Classe, e por ter sido
distinguido com o Prémio Governador, esteve na Metrópole, em gozo de
licença, o 1.º Cabo Armando Carolino Barbosa, do Esquadrão de
Reconhecimento AML 2454:
«Porque durante todo o tempo que tem estado ao serviço, demonstrou ser
um militar aprumado, disciplinado e um combatente valoroso e destemido.
Na primeira fase, por proposta sua, organizou um pequeno grupo de
voluntários. com quem trabalhou em contraguerrilha alcançando assinalado
êxito. Posteriormente, aproveitando as suas características de coragem
tenacidade e determinação, bem como a ascendência já evidenciada,
foi-lhe entregue o Comando, instrução e preparação de um grupo de 50
caçadores balantas «Os Pumas» apesar de pertencer à etnia Fula, cargo
que exerceu com dignidade e aprumo moral.
Atribuído o seu grupo a uma Companhia de Cavalaria, tomou parte em todas
as operações dessa Companhia e de outras que, em treino Operacional
passaram pelo Sector, bem como em acções isoladas, conseguindo com o seu
entusiasmo e jovialidade mentalizar os seus homens nos sãos princípios
da lealdade, dedicação à Causa Nacional, desejo incontido de fazer a
guerra ao inimigo, arrastando-os para o combate, com alegria cativante,
escolhendo para si o lugar de maior risco, impondo-se pelo exemplo aos
seus subordinados que muito o respeitam e admiram e à consideração dos
seus superiores pela honestidade, modéstia, disciplina e eficiência,
como exerce a sua função de Comando e de tal forma que, entre as
fileiras do inimigo já era temido o grupo do «Armando» pela audácia e
agressividade que evidenciou nos contactos com ele. Ferido em combate,
na operação «Barbear», esta circunstância elevou o seu moral e
desenvolveu no seu espírito mais acentuado desejo de combater o inimigo.
(In
Jornal do Exército n.º 119, pág. 48, de Novembro de 1969)

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