| 
						Carlos Luís Martins 
						Rios, Furriel Mil.º de Infantaria, da CCac1420/BCac1857 - Cruz de Guerra 
						de 1.ª classe   
						
						
						"Pouco se fala hoje 
								em dia nestas coisas mas é bom que para 
								preservação do nosso orgulho como Portugueses, 
								elas não se esqueçam"
								 
						  
						
						
								Barata da Silva, Vice-Comodoro 
		  
		  
		"Tínhamos 
		poucas escolhas: fugir, matar ou morrer" 
		  
		  
		
		 Carlos 
		Luís Martins Rios 
		  
		Furriel Mil.º de Infantaria 
		  
		Companhia de 
		Caçadores 1420 
		  
		Batalhão de Caçadores 1857 
		«TRAÇAMOS A VITÓRIA» 
		  
		Guiné: 06Ago1965 a 
		03Mai1967 
		  
		Cruz de Guerra de 
		1.ª classe 
		  
		Louvor Individual 
		  
			Brevíssima 
			resenha castrense 
			  
			Carlos Luís Martins Rios, 
			Furriel Mil.º de Infantaria; 
			
  Mobilizado 
			pelo Regimento de Infantaria 2 (RI2 - Abrantes) «EXCELENTE E 
			VALOROSO» para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné; 
			
  No 
			dia 31 de Julho de 1965, na Gare Marítima da rocha do Conde de 
			Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa?, integrado na Companhia 
			de Caçadores 1420 (CCac1420) do Batalhão de Caçadores 1857 
			(BCac1857) «TRAÇAMOS A VITÓRIA», rumo ao estuário  do 
			Geba (Bissau), onde desembarcou no dia 6 de Agosto de 1965; 
			
  A 
			sua subunidade de infantaria, comandada, sucessivamente, pelos 
			Capitães de Infantaria Manuel dos Santos Caria e Herberto Amaro 
			Vieira Nascimento e pelo Capitão Mil.º de Infantaria Adolfo Melo 
			Coelho de Moura, foi desde logo atribuída ao Batalhão de Caçadores 
			1860  (BCac1860), 
			assumindo a responsabilidade do subsector de  Fulacunda, 
			em 10 de Agosto de 1965, onde rendeu a Companhia de Artilharia 565 
			(CArt565) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS»; em 08 de Janeiro de 1966, foi 
			substituída pela Companhia de Caçadores 1487 (CCac1487) e foi 
			transferida para Bissorã, onde chegou em 12 de  Janeiro 
			de 1966 e ficou colocada em reforço da guarnição local, ficando 
			integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão; destacou 
			pelotões para Mansoa e Olossato, por períodos curtos; em 25 de 
			Fevereiro de 1966, por troca com a Companhia de Artilharia 1525 
			(CArt1525)  «FALCÕES 
			DE BISSORû - «MAIS ALTO E MAIS FORTE», foi deslocada para Mansoa, 
			como subunidade de intervenção e reserva do sector, tendo actuado em 
			várias operações realizadas nas regiões de Cambajo, Braia, Olom e 
			Benifo entre outras; em 31 de Julho de 1966, substituída na 
			intervenção pela Companhia de  Caçadores 
			816 (CCac816) «JUSTIÇA E LUTA» - «SEMPRE EXCELENTES E VALOROSOS», 
			assumiu a responsabilidade do subsector de Mansoa, com destacamentos 
			em Cutia e Braia, tendo rendido a Companhia de Artilharia 1486 
			(CArt1486); em 01 de Novembro de 1966, por troca com a Companhia de 
			Caçadores 816 (CCac816) «JUSTIÇA E LUTA» - «SEMPRE EXCELENTES E 
			VALOROSOS», voltou à  missão 
			de intervenção e reserva do sector, tendo destacado um pelotão para 
			Olossato a partir de 03 de Janeiro de 1967, em reforço da guarnição 
			local; em 07 de Fevereiro de 1967, novamente por troca com a  Companhia 
			de Caçadores 816 (CCac816) «JUSTIÇA E LUTA» - «SEMPRE EXCELENTES E 
			VALOROSOS», voltou a assumir a responsabilidade do subsector de 
			Mansoa, agora com um pelotão  destacado 
			cm Jugudul; em 03 de Maio de 1967, foi rendida no subsector de 
			Mansoa pela Companhia de Cavalaria 1615 (CCav1615) do Batalhão de 
			Cavalaria 1897 (BCac1897) e recolheu a Bissau, a fim de efectuar o 
			embarque de regresso. 
			Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 1.ª classe, 
			pela Portaria de 04 de Abril de 1967, publicado na Ordem do Exército 
			n.º 12 – 3.ª série, de 1967 e no Jornal do Exército n.º 97, páginas 
			12 e 13, de Janeiro de 1968;
 
			Em 03 de Maio de 1967, embarcou no NTT ‘Uíge’ de regresso à 
			Metrópole, onde desembarcou no dia 09 de Maio de 1965.
 
			
			--------------------- 
			Cruz de Guerra 
			de 1.ª classe
 
		
		 Furriel 
		Miliciano de Infantaria CARLOS LUÍS MARTINS RIOS
 
 
		CCac1420/BCac1857 - RI2 GUINÉ
 
		1.ª CLASSE
 
		Transcrição da Portaria publicada na Ordem 
		do Exército n.º 12 – 3.ª série, de 1967.
 
		Por Portaria de 04 de Abril de 1967:
 
		Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, 
		condecorar com a Cruz de Guerra de 1.ª de classe, ao abrigo dos artigos 
		9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por 
		serviços prestados em acções de combate na Província de Guiné, o Furriel 
		Miliciano de Infantaria, Carlos Luís Martins Rios, da Companhia de 
		Caçadores n.º 1420 do Batalhão de Caçadores n.º 1857 - Regimento de 
		Infantaria n.º 2.
 
		Transcrição do louvor que originou a 
		condecoração.
 
		(Por Portaria da mesma data, publicada naquela 0rdem do Exército):
 
		Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, 
		louvar o Furriel Miliciano de Infantaria, Carlos Luís Martins Rios, da 
		Companhia de Caçadores n.º 1420 do Batalhão de Caçadores n.º 1857 - 
		Regimento de Infantaria n.º 2, porque, tendo tomado parte em numerosas 
		acções de combate, como Comandante de Secção do Grupo de Combate 
		Especial, para o qual se ofereceu, se revelou um graduado com excelentes 
		qualidades de comando e de combatente.
 Marchando normalmente a sua Secção na testa das forças empenhadas, 
		exposto portanto a maiores perigos, soube o Furriel Rios incutir-lhe 
		confiança, pelo ardor combativo que demonstrou nas acções de fogo, pelo 
		exemplo que constantemente lhes deu e pelo entusiasmo com que cumpriu as 
		missões que lhe foram dadas, mesmo nas situações mais críticas. É digna 
		de realce a acção deste militar em diversas operações, nomeadamente nas 
		operações "Ferro", "Estopim" e "Espectro".
 
		Tomou parte na operação "Ferro", voluntariamente, apesar de se encontrar 
		inferiorizado, fisicamente, e accionou uma armadilha durante a 
		progressão para o objectivo, o que em nada contribuiu para alterar o 
		optimismo com que sempre encarou as acções de combate.
 
		Detectadas as nossas tropas nas proximidades do objectivo, lançou-se o 
		Furriel Rios, de rompante, com a sua Secção sobre a Base Inimiga, onde 
		elementos abrigados reagiram ao assalto, com volumoso fogo e armas 
		automáticas e bazooka, desalojando-os e pondo-os em debandada, com 
		baixas.
 
		Destruído o objectivo e já no regresso ao aquartelamento, foi a cauda da 
		força flagelada com volumoso fogo, quando atravessava um descampado. 
		Acorreu prontamente o Furriel Rios à retaguarda, incentivando a reacção 
		das nossas tropas. Conseguiu que a parte do grupo flagelado manobrasse 
		com rapidez sobre o inimigo, que perante a ameaça de envolvimento, 
		debandou, furtando-se ao contacto. Mostrou assim serena energia debaixo 
		de fogo, coragem, decisão, sangue-frio e desprezo pelo perigo.
 
		Durante a operação "Espectro", em que tomou parte também 
		voluntariamente, foi o Furriel Rios vítima da sua dedicação e espírito 
		de combatividade ao ser gravemente ferido à queima-roupa, quando tentava 
		capturar um elemento inimigo que avistara em fuga, elemento esse que 
		explorado convenientemente certamente contribuiria para um melhor 
		cumprimento da missão.
 
		Pelos motivos apontados, considera-se o Furriel Rios como um militar 
		voluntarioso, abnegado, corajoso e cumpridor dos seus deveres, pelo que 
		se tornou digno da maior consideração por parte dos seus superiores e 
		admirado pelos seus subordinados, constituindo assim um exemplo vivo do 
		Soldado Português.
 
		
		---------------------- 
		in 
			Jornal do Exército n.º 97, 
		páginas 12 e 13, de Janeiro de 1968: 
		  
		 
		  
		 
		  
		  
		 |