|  | HONRA E GLÓRIA | 
											Elementos cedidos por um 
											 
											
											 
											colaborador do portal UTW | 
												
											 
											
											 
											
											 
											
											
											
											
											
											
 Luís 
											Filipe Rei Villar
Luís 
											Filipe Rei Villar
											
											
											
											 
											
											Capitão de Cavalaria
											
											 
											
											Companhia 
											de Cavalaria 2538
											
											«OS 
											FLECHAS»
											
											 
											
											Batalhão de Cavalaria 2876
											
											«VIVER P'RA VENCER»
											
											 
											
											
											
											Medalha de Prata de Serviços 
											Distintos, com palma
											
											
											
											(Título póstumo)
											
											
											
											 
											
											
											
											Luís Filipe Rei Villar, Capitão de 
											Cavalaria, nascido a 12 de Novembro 
											de 1941, em Cascais, filho de Maria 
											do Carmo Rei Villar e de Luiz 
											Affonso Villar.
											
											 
											
											
											 - 
											em 1 de Outubro de 1964 cadete-aluno 
											finalista do curso de cavalaria da 
											Academia Militar (AM) «DULCE ET
- 
											em 1 de Outubro de 1964 cadete-aluno 
											finalista do curso de cavalaria da 
											Academia Militar (AM) «DULCE ET 
											
											 DECORUM EST PRO PATRIA MORI», promovido a 
											aspirante-a-oficial de cavalaria n/m 
											31627562 e colocado na Escola 
											Prática de Cavalaria (EPC – 
											Santarém) «AO GALOPE!... À CARGA!» - 
											«MENS AGITAT MOLEM» 
											para efeitos de tirocínio;
DECORUM EST PRO PATRIA MORI», promovido a 
											aspirante-a-oficial de cavalaria n/m 
											31627562 e colocado na Escola 
											Prática de Cavalaria (EPC – 
											Santarém) «AO GALOPE!... À CARGA!» - 
											«MENS AGITAT MOLEM» 
											para efeitos de tirocínio;
											
											
											
											- em 1 de Agosto de 1965 conclui o 
											tirocínio classificado em 2º lugar 
											(13,77 valores), sendo promovido a 
											alferes com a especialidade "oficial 
											de cavalaria (B)";
											
											
											
											- casa em Lisboa com Maria José 
											Losada Roque;
											
											
											
											
											 - em 17 de Maio de 1967 promovido a 
											tenente (com antiguidade a 
											01Dez1966), mantendo-se na  
											Escola Prática de Cavalaria (EPC – 
											Santarém) «AO GALOPE!... À CARGA!» - 
											«MENS AGITAT MOLEM»;
- em 17 de Maio de 1967 promovido a 
											tenente (com antiguidade a 
											01Dez1966), mantendo-se na  
											Escola Prática de Cavalaria (EPC – 
											Santarém) «AO GALOPE!... À CARGA!» - 
											«MENS AGITAT MOLEM»;
											
											
											
											- em 9 de Dezembro de 1967 nasce o 
											seu primogénito Tiago;
											
											
											- 
											de 7 de Outubro a 2 de Novembro de 
											1968 frequenta na Escola Prática de 
											Cavalaria (EPC – Santarém) «AO 
											GALOPE!... À CARGA!» - «MENS AGITAT 
											MOLEM» com bom 
											aproveitamento, o estágio de 
											actualização para tenente do QP 
											(Quadro Permanente) da Arma de 
											Cavalaria;
											
											
											
											
											 - em 7 de Janeiro de 1969 nasce em 
											Lisboa o seu 2º filho (João Luís);
- em 7 de Janeiro de 1969 nasce em 
											Lisboa o seu 2º filho (João Luís);
											
											
											
											- no 1º trimestre promovido a 
											capitão por ter sido nomeado, por 
											imposição, para servir Portugal na 
											Província Ultramarina da Guiné, 
											frequenta no Centro de Instrução de 
											Operações Especiais (CIOE – Lamego) 
											«QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, 
											NÃO 
											 TEMAMOS»  
											com aproveitamento o «estágio 1/69 
											de actualização sobre o
TEMAMOS»  
											com aproveitamento o «estágio 1/69 
											de actualização sobre o  Ultramar»;
Ultramar»;
											
											
											
											- em 19 de Julho de 1969 embarca em 
											Lisboa no NTT 'Uíge' rumo a Bissau, 
											como comandante da Companhia de 
											Cavalaria 2538 (CCav2538) «OS 
											
											 FLECHAS» do Batalhão de 
											Cavalaria 2876 (BCav2876) «VIVER 
											P'RA VENCER» 
											mobilizado pelo Regimento de 
											Cavalaria 3 (RC3 – Estremoz) 
											«DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA 
											CONDUTA MAIS BRILHANTE»;
FLECHAS» do Batalhão de 
											Cavalaria 2876 (BCav2876) «VIVER 
											P'RA VENCER» 
											mobilizado pelo Regimento de 
											Cavalaria 3 (RC3 – Estremoz) 
											«DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA GUERRA 
											CONDUTA MAIS BRILHANTE»;
											
											
											- em 1 de Agosto de 1969 assume no 
											noroeste da Guiné, em 'chão' felupe 
											e a cerca de 5km da fronteira com o 
											Senegal, o comando do seu subsector 
											sediado na povoação de Susana;
											
											
											
											- seguidamente, e sempre integrado 
											no dispositivo e manobra do seu 
											batalhão, desenvolve «intensa 
											actividade operacional de 
											patrulhamento, reconhecimento e 
											emboscadas, com vista a impedir a 
											infiltração de grupos e 
											reabastecimentos inimigos» (cfr cota 
											PT/AHM/2/4/126/2);
											
											
											
											- na manhã de 4ªfeira, dia 18 de 
											Fevereiro de 1970, após 
											helievacuação 'ypsilon' realizada em 
											AL-III (Alouette III) desde Mato 
											Elia até ao Hospital Militar 241 
											(HM241-Bissau), morre naquela 
											enfermaria militar em consequência 
											de graves ferimentos adquiridos no 
											regresso da 'Operação Selva Viva', efectuada 
											durante breve incursão que comandou 
											sobre o IN (inimigo) refugiado em 
											território senegalês (cerca de 15km 
											norte do seu aquartelamento em 
											Susana);
											
											 
											
											- tinha 28 anos de idade;
											
											
											
											- em 18 de Março de 1970 foi inumado 
											no cemitério municipal da Guia 
											(Cascais).
											
											 
											
											
											
											Paz à sua Alma
											
											
											
											 
											
											
											Medalha de Prata de Serviços 
											Distintos, com palma
											
											(Título póstumo)
											
											 
											
											
											
											
											 Capitão 
											de Cavalaria
Capitão 
											de Cavalaria
											
											Luís Filipe Rei Villar
											
											
											
											 
											
											CCav2538 / BCac2876 - RC3
											
											Guiné
											
											 
											
											- «Por portaria de 5 de Maio de 
											1970, louvado a título póstumo, por 
											proposta do comandante-chefe das 
											Forças Armadas da Guiné, o capitão 
											de cavalaria Luís Filipe Rei Villar, 
											do Batalhão de Cavalaria nº 2876, 
											pela forma brilhante como exerceu o 
											comando da sua companhia em 
											campanha.
											
											
											
											Oficial excepcionalmente dedicado à 
											sua profissão, que vivia intensa e 
											apaixonadamente, dotado de elevado 
											espírito militar, disciplinado e 
											disciplinador e altamente apto para 
											conduzir homens, impôs-se, pela sua 
											exemplar conduta, à consideração e 
											estima de seus superiores e 
											subordinados.
											
											
											
											No campo da acção psicológica actuou 
											como um verdadeiro apóstolo, 
											conquistando o respeito e admiração 
											das populações, que nele confiavam 
											cegamente.
											
											
											
											No campo operacional salientou-se 
											pela firme determinação em bater o 
											inimigo nas zonas de refúgio e pelo 
											exemplo da sua presença nos locais 
											de maior risco.
											
											
											
											Com uma alta noção da grandeza do 
											dever militar, o capitão Villar 
											morreu em combate no dia 18 de 
											Fevereiro, no decurso de uma 
											operação, quando se deslocava, 
											debaixo de fogo, no exercício da sua 
											acção de comando.
											
											
											
											Pelo conjunto raro de qualidades 
											militares e morais que nele se 
											cruzavam, em que se salienta a sua 
											total doacção à profissão militar e 
											à arma que abraçara 
											entusiasticamente, o capitão Villar 
											ganhou jus a ser apontado como um 
											muito distinto oficial de cavalaria, 
											que prestou no teatro de operações 
											da Guiné serviços distintos, 
											relevantes e extraordinários e que, 
											em viva confirmação das suas altas 
											virtudes, terminou a sua carreira 
											militar depondo a vida no sagrado 
											altar da Pátria.
											
											
											
											Manda o Governo da República 
											Portuguesa, pelo Ministro da Defesa 
											Nacional, condecorar, a título 
											póstumo, por proposta do 
											comandante-chefe das Forças Armadas 
											da Guiné, o capitão de cavalaria 
											Luís Filipe Rei Villar, do Batalhão 
											de Cavalaria nº 2876, com a Medalha 
											de Prata de Serviços Distintos com 
											palma, nos termos da alínea a) do 
											artigo 17º, com referência ao § 2º 
											do artigo 51º do Regulamento da 
											Medalha Militar, de 28 de Maio de 
											1946.»
											
											 
											
											(Diário do Governo, 2ª série, nº 
											110, de 11 de Maio de 1970)
											
											
											
											
											----------------------------------------------------------------
											
											
											
											
											
											
											Em preito de homenagem, o 
											município de Cascais atribuiu-lhe a 
											toponímia de um arruamento no Bairro 
											das Fontainhas.
											
											
											
											 
											
											
											
											 
											
											
											
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											Na penúltima semana de Janeiro de 
											2017, seus três irmãos - Manuel, 
											Duarte e Miguel -, em tributo de 
											memória deslocaram-se à vila felupe 
											de Susana, onde durante quatro dias 
											foram afavelmente acolhidos por toda 
											a população.
											
											
											
											 
											
											
											
											
											Com a devida vénia, extraímos do 
											sítio «Suzana, 
											Guiné-Bissau, 1970/2017 Tributo ao 
											nosso irmão Luis», o texto e as 
											imagens que se seguem:
											
											 
											
											
											«Suzana 
											, Guiné-Bissau , 1970/2017 Tributo 
											ao nosso irmão Luís
											30 de Janeiro de 2017 · 
											Suzana ( Guiné Bissau) , 2017 ... 47 
											anos depois
											Tributo ao meu irmão Luís
											
											Não consigo explicar porquê, mas 
											vivia comigo desde 1970. 
											
											
											
											
											 
											Meu irmão, na altura com 28 anos, 
											capitão de cavalaria e comandante em 
											Susana, uma pequena vila ao norte da 
											Guiné, foi morto em combate em 18 de 
											Fevereiro de 1970. Desde essa altura 
											a ideia de lá ir um dia vivia no meu 
											subconsciente. Veio o 25 e essa 
											ideia foi-se diluindo pelo tempo 
											associada à instabilidade politica 
											que a Guiné foi atravessando ao 
											longo do tempo.
											
											 
											
											
											
											
											Nunca tinha falado neste assunto a 
											ninguém até que por acaso um dia , 
											numa melhor oportunidade comentei 
											com o meu irmão mais velho. E tive a 
											reação que menos esperava:
											
											
											
											
											
											"Vais sim não vais é sozinho", e por 
											obra do destino, um dia chego a casa 
											e tenho este mail:
 
											
											
											
											
											Olá,
											
											
											
											
											
											sou antropólogo e cheguei 
											recentemente da Guiné, do meu 
											trabalho de investigação para a 
											minha tese de doutoramento.
											
											
											
											
											
											Vivi 4 meses em Suzana, no Norte da 
											Guiné, e quero-Lhe dar conta que a a 
											Memória do seu irmão, Cap Cav Luís 
											Filipe Rei Vilar, comandante da CCAV 
											2538 (Susana, 1969/71), morto em 
											combate em 18/2/170, continua bem 
											viva e respeitada.
											
											Os felupes falam com entusiasmo e 
											saudade do seu irmão e contam o 
											interesse e respeito que ele tinha 
											pelas gentes da Guiné em especial 
											pelos Felupes, e isto foi o 
											despoletar de toda a viagem.
											
											
											
											
											
											E ela aconteceu. No dia 17 Jan. 
											fomos os três para a Guiné, prestar 
											o nosso fraternal tributo ao nosso 
											irmão Luís que tão novo nos deixou:
											
											Ficámos dois dias a deambular por 
											Bissau e na sexta-feira, dia 20, 
											arrancámos para Suzana, cerca de 
											150km a Norte. Uma viagem longa 
											,numa estrada horrível, toda 
											esburacada. Os últimos 30 km de S. 
											Domingos a Suzana demoraram 2,5 
											horas. Mas quando chegámos a Suzana, 
											a surpresa. à chegada tínhamos uma 
											receção de cerca de 200 crianças a 
											cantarem e a bailarem, todas 
											lindamente penteadinhas c tranças. 
											Não estava acreditar. Toda a 
											população nos esperava, para mim 
											inesperadamente. Permanecemos em 
											Suzana 4 dias, alojados na missão 
											católica. Foram 4 dias a conviver 
											com a população. Fomos ao local onde 
											tudo se passou. Ainda há alguns 
											vivos e os relatos foram 
											testemunhos, para nós, muito 
											importantes.
											
											
											
											
											
											Não posso ter mais orgulho no irmão 
											que mal conheci. Como reconhecimento 
											à nossa visita e ao meu irmão Luís, 
											a população resolveu chamar à escola 
											por ele feita: escola Capitão Rei 
											Vilar, o comandante dos negros como 
											os antigos ainda o denominam.
											
											
											
											
											Wherever you are Luis : PROUD OF YOU 
											!!!»
											
											 
											
											
											
											 
											
											
											
											 
											
											
											
											 
											
											
											
											
											
											
											 
											
											 
											
											 