Cecília Supico Pinto,
Presidente da Comissão Central do Movimento Nacional
Feminino

Informação de Ruy Miguel
Nota de óbito
Faleceu, no dia 25 de Maio de 2011, a

Senhora Dona Cecília
Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto
30Mai2011 > 25Mai2011
(fazia 90 anos de idade, no dia
30Mai2011)
Cecília
Maria de Castro Pereira de Carvalho Supico Pinto
(Lisboa, 30 de Maio de 1921 — 25 de Maio de 2011),
conhecida popularmente como Cilinha, foi a criadora e
presidente do Movimento Nacional Feminino, uma
organização de mulheres que durante a guerra do Ultramar
prestou apoio moral e material aos militares
portugueses. Nesse cargo atingiu grande popularidade e
uma considerável influência política junto de Oliveira
Salazar e das elites do Estado Novo. Visitou as tropas
em África e promoveu múltiplas iniciativas mediáticas
para angariação de fundos.
Paz à sua Alma
HONRA E GLÓRIA:
Louvor
in
Jornal do Exército, ed. 43, de Julho de 1963
– «Considerando que Dª CECÍLIA MARIA DE
CASTRO PEREIRA DE CARVALHO SUPICO PINTO tem
superiormente orientado com o melhor espírito de
iniciativa, dinamismo e clara e lúcida inteligência,
como presidente da Comissão Central, o Movimento
Nacional Feminino desde a sua criação, e que a ele se
tem votado abnegadamente, com inteira isenção e com
sacrifício do seu bem-estar;
Considerando que, apenas decorridos dois anos, já a
acção do referido Movimento, quer junto dos militares,
quer das suas famílias, se faz sentir de forma
inequívoca no moral, disciplina e bem-estar dos nossos
soldados destacados no ultramar;
Considerando ainda que o apoio daquela prestimosa
instituição, exercido sem alardes, tem sido cada vez
mais amplo, sem prejuízo da sua eficiência e prontidão,
para o que inclusivamente aquela senhora se tem
deslocado por várias vezes ao ultramar, sem medir
sacrifícios e sujeitando-se até a perigos, a fim de se
inteirar directamente junto dos nossos soldados das suas
mais instantes necessidades;
Verificando-se que deste procedimento têm resultado
evidentes benefícios para os componentes do Exército e
seus familiares, com reflexo no moral das nossas tropas,
que, atenuadas as suas preocupações com os problemas
particulares, podem dedicar-se inteiramente à nobre e
honrosa missão de assegurar a integridade da Pátria,
manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, louvar aquela senhora, devendo os serviços
prestados ser considerados muito distintos,
extraordinários e do mais assinalado mérito na defesa do
património moral da Nação.
Louvadas as componentes da Comissão Central do Movimento
Nacional Feminino,
Drª Dª. MARIA EMA DE FARIA AGUIAR DE LOUREIRO TAVARES,
Drª Dª. ANA REBELO ARNAUD,
Dª MARIA ARMINDA DE CASTRO LACERDA DE CÉRTIMA,
Dª SARA MOREIRA VALADÃO,
Dª MARIA DA CONCEIÇÃO COSTA PINTO PEREIRA,
Dª AMÉLIA RENATA HENRIQUES DE FREITAS DA CUNHA E COSTA,
Dª MARIA TERESA DE CASTRO PEREIRA DE CARVALHO LOPES
ALVES,
Dª CECÍLIA ABECASSIS EMPIS,
Drª Dª. EMÍLIA ADELAIDE SOUSA FERREIRA,
porque há já dois anos que vêm a desempenhar
entusiástica e ardorosa actividade em prol da família
militar, com especial relevância para os soldados que
prestam serviço no ultramar e para os seus familiares.
Perfeitamente conscientes da sua nobre missão,
prosseguem com admirável espírito de abnegação no
propósito de acarinhar e dar solução a todos os
problemas postos à sua inteligência, acção, dinamismo e
espírito de iniciativa, aos quais devotam, igualmente,
as suas elevadas virtudes femininas e acrisolado
patriotismo, pelo que vêm prestando ao Exército serviços
que a todos os títulos devem ser considerados muito
importantes e dignos do maior apreço.
Apesar de só contar dois anos de existência, o Movimento
Nacional Feminino vem proporcionando, nas várias
modalidades em que são exercidos os seus valiosos
préstimos, estímulo e apoio aos militares e famílias,
que é justo encarecer.
As suas campanhas e outras iniciativas particulares
nesse sentido têm sido coroadas de pleno êxito,
nomeadamente as referentes à distribuição de lembranças
nas épocas festivas, bem como as manifestações tendentes
a proporcionar às famílias dos militares auxílio, amparo
e carinho sempre que se tornaram necessários.
Em íntima colaboração com o Exército tem desenvolvido
notável acção no plano assistencial, quer no continente,
quer no ultramar, pondo em prática novas modalidades e
aperfeiçoando outras, sempre com o nítido objectivo de
melhorar o moral e o bem-estar dos militares e das suas
famílias.
Toda a actividade desta patriótica instituição, dirigida
e executada por senhoras dominadas por ardente fé,
inteligência, capacidade realizadora e verdadeiro
espírito humanitário, é merecedora da maior gratidão e
reconhecimento.
Nestes termos, manda o Governo da República Portuguesa,
pelo Ministro do Exército, louvar o MOVIMENTO NACIONAL
FEMININO pelos serviços prestados ao Exército, os quais
devem ser considerados muito importantes e do mais alto
significado patriótico.»
(Portaria de 29Abr1963, publicada na OE.5/2ª/1963
pg.669)