HONRA E GLÓRIA: Coronel Tirocinado de infantaria 'Comando', Raul Miguel Socorro Folques

Coronel Tirocinado de Infantaria 'Comando'

 

 

Grande Oficialato, com palma, da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor,  Lealdade e Mérito

Cruz de Guerra 2.ª classe

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Raul Miguel Socorro Folques

Capitão de Infantaria 'Comando'

Comandante da

19.ª Companhia de Comandos

«A SORTE PROTEGE OS AIUDAZES»

Centro de Instrução de Comandos

Região Militar de Angola

14 de Outubro de 1968 a 12 de Dezembro de 1970

Louvado e agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe, pela Portaria de 19 de Junho de 1972, publicado Ordens de Serviço n.º 26, de 26 de Maio de 1972, do Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola e n.º 53, de 30 de Junho do mesmo ano, do Quartel General da Região Militar de Angola  e na Ordem do Exército n.º 15 – 2.ª série, de 1972.

Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra, colectiva, de 1.ª classe, conforme Aviso (extracto) n.º 9091/2012, publicado no Diário da República, n.º 128/2012, Série II, de 4 de Julho de 2012

Cruz de Guerra de 2.ª classe

RAUL MIGUEL SOCORRO FOLQUES

Capitão de Infantaria, Comando
 

19ªCCmds/ClCmds - RMA
ANGOLA

2.ª CLASSE

Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 15 – 2.ª série, de 1972.

Por Portaria de 19 de Junho findo:

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, condecorar, por proposta do Comandante- Chefe das Forças Armadas de Angola, o Capitão de Infantaria, Raúl Miguel Socorro Folques, da 19.ª Companhia de Comandos, Centro de Instrução de Comandos da Região Militar de Angola, com a medalha de Cruz de Guerra de 2.ª classe, ao abrigo dos artigos 14.º, 15.º, 16.º e 63.º, do Regulamento da Medalha Militar, de 20 de Dezembro de 1971.

Transcrição do louvor que originou a condecoração.

(Publicado nas Ordens de Serviço n.º 26, de 26 de Maio de 1972, do Comando-Chefe das Forças Armadas de Angola e n.º 53, de 30 de Junho do mesmo ano, do Quartel General da Região Militar de Angola):

Por despacho de 23 de Maio de 1972, o General Comandante-Chefe louvou o Capitão de Infantaria, Comando, Raul Miguel Socorro Folques, do Centro de Instrução de Comandos, porque durante a sua comissão, em que comandou a 19.ª Companhia de Comandos, se revelou um militar de eleição, dotado de elevadas qualidades de chefe.
Participando em todas as operações da sua Unidade, que meticulosamente e inteligentemente estudava e preparava, evidenciou-se como executante valente, de muito sangue frio, espírito lúcido e calmo, em todas as circunstâncias, incutindo nos seus homens o ânimo que a sua própria personalidade lhes transmitia. Permanentemente estimulados pelo seu exemplo, os seus subordinados admiravam-no, reconhecendo-lhe qualidades inconfundíveis de comando.

Tendo oferecido a sua Companhia para actuar com um Agrupamento no Leste da Província, contribuiu com a sua acção aguerrida para os êxitos alcançados, pois o seu destemor e audácia continuamente o faziam arriscar a vida e surgir nos lugares de maior perigo, qualidades essas já largamente patenteadas em inúmeras acções anteriores, em que galvanizava todos os elementos que com ele lidavam.

No início de determinada operação, no Leste de Angola e numa acção de intervenção, pouco depois de ter sido lançado por héli com a sua equipa, demonstrou uma excepcional presença de espírito e sangue frio quando, com risco de vida, capturou um elemento do inimigo armado que desarmou, arrancando-lhe pessoalmente a arma das mãos, conseguindo assim que o elemento fosse aproveitado para prestar informações úteis e para servir de guia ao seu grupo no dia seguinte, em acção de que resultou avultada captura de material, armamento e munições ao inimigo.

Aliando ao excepcional grau de qualidades focadas, uma contagiante simpatia e natural simplicidade que revelam uma nobreza de carácter, uma natureza profundamente humana e uma camaradagem e lealdade sempre presentes, merece o Capitão Folques ser apontado como verdadeiro modelo de Capitão e de Chefe Militar de excepcional craveira, devendo os serviços que prestou na Região Militar de Angola ser desta maneira devidamente realçados por horarem as tradições do Exército e da Nação a que pertence.