José Roque Alexandre, 1.º Cabo de
Cavalaria, n.º 14/64 (01563664), do ERec693
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA
José Roque Alexandre
1.º Cabo de
Cavalaria, n.º 14/64 (01563664)
Esquadrão de Reconhecimento 693
«SEMPRE CAVALEIROS»
Guiné: 21Jul1964 a 14Mai1966
Cruz de Guerra de 4.ª classe
Louvor Individual e Colectivo
Medalha dos Feridos em Campanha
Medalha Comemorativa de Comissões de
Serviços Especiais das Forças
Armadas Portuguesas
José Roque
Alexandre, 1.º Cabo de Cavalaria,
n.º 14/64 (01563664);
Mobilizado pelo Regimento de
Cavalaria 8 (RC8 - Castelo Branco)
«DRAGÕES DA BEIRA BAIXA» - «DULCE ET
DECORUM EST PRO PATRIA MORI» para servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné;
No dia 15 de Julho de 1964, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de
Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT
‘António Carlos’, integrado no
Esquadrão de Reconhecimento 693
(ERec693) «SEMPRE CAVALEIROS», rumo
ao estuário do Geba, onde
desembarcou no dia 21 de Julho de
1964;
A sua subunidade, comandada pelo
Capitão de Cavalaria Jaime Alexandre
Santos Marques Pereira, após o
desembarque, seguiu para Bafatá, a
fim de substituir o Esquadrão de
Reconhecimento 385 (ERec 385) como
subunidade de reserva móvel do
sector do Batalhão de Caçadores 506
(BCac506) e depois do Batalhão de
Cavalaria 757 (BCav757) «ALEGREM-SE!
A VITÓRIA SERÁ NOSSA” - «JUNTOS
VENCEREMOS»; de 8 de Novembro de
1964 a 7 de Abril de 1966, destacou
um pelotão para Farim, onde reforçou
o dispositivo do Batalhão de
Cavalaria 490 (BCav490) «SEMPRE EM
FRENTE» e depois o Batalhão de
Artilharia 733 (BArt733) «VLOROSOS,
AUDAZES, CORAJOSOS»; por períodos
variáveis, destacou pelotões para
reforço de outros sectores,
nomeadamente para Mansoa, de 14 de
Janeiro a 31 de Maio de 1965, em
reforço do Batalhão de Artilharia
645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» -
«BRAVOS SEMPRE FIÉIS», ou para
reforço temporário das guarnições de
Canquelifá, de 11 de Agosto a 6 de
Setembro de 1964 e de 24 de
Fevereiro a 29 de Março de 1965,
Piche e Sare Ganá; a partir de 1 de
Junho de 1965, passou à dependência
operacional do Comando de
Agrupamento 24 (CmdAgr24) «PREVISÃO
E ACÇÃO», mantendo a anterior missão
de patrulhamento, escoltas,
emboscadas e protecção, segurança e
limpeza de itinerários e intervenção
em operações destacando-se a
operação "Início", na região de
Dunane, em 18 de Julho de 1965 a
operação "Aurora" na região de
Banjara, de 27 de Abril a 9 de Maio
de 1966, entre outras; continuou a
ceder pelotões para reforço de
diversos sectores, nomeadamente do
Batalhão de Cavalaria 757 (BCav757)
«ALEGREM-SE! A VITÓRIA SERÁ NOSSA” -
«JUNTOS VENCEREMOS» e depois do
Batalhão de Caçadores 1856
(BCac1856) «UBI GLORIA OMNE
PERICULUM DULCE», em Bafatá, desde
princípios de Janeiro de 1966 e do
Batalhão de Cavalaria 705 (BCav705)
«CAVALEIROS MARINHOS» - «SUAVITOR IN
MODO FORTIFER IN RÉ», em Piche,
desde finais de Março de 1966; em 13
de Maio de 1966, foi substituído
pelo Esquadrão de Reconhecimento
1578 (ERec1578) «ADEANTE»e recolheu
seguidamente a Bissau, a fim de
efectuar o embarque de regresso;
Louvado por feitos em combate na
Província Ultramarina da Guiné, por
despacho do Comandante Militar do
Comando Territorial Independente da
Guiné, de 13 de Janeiro de 1966,
publicado na Revista da Cavalaria de
1966, página 413, e teor do louvor
publicado na Revista da Cavalaria do
ano de 1967, página 118;
Louvor Colectivo – Esquadrão de
Reconhecimento 693 – publicado na
Ordem de Serviço n.º 56, de 10 de
Maio
de 1966, do Comando de
Agrupamento 24 (CmdAgr24) «PREVISÃO
E ACÇÃO» e na Revista da Cavalaria
do ano de 1966, páginas 175 e 176;
No dia 14 de Maio de 1966, a sua
subunidade de cavalaria, embarcou no
NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole,
onde desembarcou no dia 20 de Maio
de 1966;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 4.ª classe, pela Portaria
de 27 de Dezembro de 1966, publicado
na Ordem do Exército n.º 5 – 3.ª
série, de 20 de Fevereiro de 1967;
Condecorado com a Medalha
Comemorativa de Comissões de
Serviços Especiais das Forças
Armadas Portuguesas, com a legenda
“Guiné 1964-66”, por despacho de 1
de Abril de 2008, publicado na Ordem
do Exército n.º 4 – 3.ª série,
página 59, de 30 de Abril de 2008;
Agraciado com a Medalha dos Feridos
em Campanha, pelo despacho n.º 21235
do Ministro da Defesa Nacional, de
29 de Julho de 2008, publicado no
Diário da República n.º 156/2008 –
série II, de 13 de Agosto de 2008,
página 36079 e na Ordem do Exército
n.º 9 – 3.ª série, de 30 de Setembro
de 2008, página 136.
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Louvor Colectivo
ESQUADRÃO DE RECONHECIMENTO N.º 693
(Ordem
de Serviço n.º 56 de 10 de Maio de
1966 do Comando de Agrupamento 24)
Louvo
o Esquadrão de Cavalaria n.º 693,
porque durante cerca de um ano em
que constituiu reserva deste Comando
revelou ser uma Unidade coesa,
disciplinada, moral elevado, óptima
preparação operacional,
voluntariosa, forte espírito
combativo, sempre pronta a acorrer
onde a situação requeresse sua
presença mesmo em cumprimento de
missões não específicas do seu
emprego.
Se bem que poucas vezes tivesse
tomado parte globalmente em
Operações e nessas não tivesse
havido oportunidade para demonstrar
suas reais possibilidades, estas não
deixam de ser sempre bem
evidenciadas quando a qualquer dos
seus pelotões isolados essa
oportunidade se ofereceu, sendo
justo destacar a actuação de um
deles na operação «Início», a 18 de
Julho de 1965, e de outro na
operação «Lumiar», a 2 de Maio de
1966.
Mercê da qualidade dos seus
Oficiais, Sargentos e Praças, com
relevo para o espírito de
compreensão, dedicação, entusiasmo e
proficiência do seu Comandante, o
Esquadrão de Reconhecimento 693
conquistou no Sector Leste um
ambiente de confiança e reputação
digno de registo e que na hora da
despedida me apraz realçar, certo de
que honrou em terras da Guiné a Arma
de Cavalaria e prestigiou o
Exército.
(in
Revista da Cavalaria do ano de 1966,
páginas 175 e 176)
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Cruz de Guerra de 4.ª classe
1.º Cabo de Cavalaria, n.º 14/64
JOSÉ ROQUE ALEXANDRE
ERec693/BCav705 - RC8
GUINÉ
4.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 5 – 3.ª série,
de 20 de Fevereiro de 1967.
Por Portaria de 27 de Dezembro de
1966:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Cruz de
Guerra, de 4.ª classe, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em
acções de combate na Província da
Guiné Portuguesa:
O 1.º Cabo n.º 14/64, José Roque
Alexandre, do Esquadrão de
Reconhecimento n.º 693, adstrito ao
Batalhão de Cavalaria n.º 705 -
Regimento de Cavalaria n.º 8.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Revista da Cavalaria
de 1966, página 413, e conteúdo do
louvor publicado na Revista da
Cavalaria do ano de 1967, página
118):
Por seu despacho de 13 de Janeiro de
1966, o Comandante Militar do
Comando Territorial Independente da
Guiné louvou o 1.º Cabo n.º 14/64,
José Roque Alexandre, do Esquadrão
de Reconhecimento n.º 693, adstrito
ao Batalhão de Cavalaria n.º 705 -
Regimento de Cavalaria n.º 8,
porque, durante a operação "Início",
tendo a sua autometralhadora sido
atingida por uma granada de
Lança-Granada Foguete, que o feriu e
combaliu fortemente, se manteve
cerca de duas horas actuando com a
sua arma sempre com extraordinária
disciplina de fogo, mantendo o
inimigo em respeito durante a
emboscada que preparou às Nossas
Tropas e, ainda, porque durante a
2.ª fase da mesma foi ele que,
sozinho, servindo simultaneamente de
apontador e municiador, fez fogo, só
mais tarde reconhecendo a gravidade
do seu estado ao ser evacuado de
helicóptero.
Este Cabo revelou extraordinária
noção dos seus deveres, coragem
física e moral e espírito de
sacrifício invulgares, factos que
bem merecem ser realçados e
apontados como exemplo.