Enfermeiras Pára-Quedistas Portuguesas
Elementos cedidos por um colaborador
do portal UTW

Enfermeiras Pára-Quedistas
Portuguesas
Dia 23 de Fevereiro de
2017, pelas 18H00, na Sala do Algarve da Sociedade de
Geografia
(Rua das Portas de Santo
Antão, n.º 100, 1150-269 Lisboa),
Isabel
Bandeira de Mello (Isabel Rilvas)
A impulsionadora da
criação das Enfermeiras pára-quedistas
A primeira mulher
pára-quedista da Península Ibérica
Fonte: "Caras"
- 11Mar2014
ISABEL RILVAS
CONDECORADA PELA FORÇA AÉREA PORTUGUESA
Isabel Rilvas a ser
condecorada pelo chefe do Estado-Maior da Força Aérea,
general José António de Magalhães Araújo Pinheiro
No âmbito das celebrações do centenário da aviação
militar em Portugal, Isabel Rilvas foi condecorada pela
Força Aérea Portuguesa. Apaixonada pelas atividades
aeronáuticas, a filha dos condes de Rilvas foi uma
pioneira na aviação e no paraquedismo.
Isabel Rilvas, de 79 anos, nunca foi militar, mas o seu
desejo de voar e os seus feitos aeronáuticos
aproximaram-na dos militares que gentilmente a tratam,
ainda hoje, por Isabelinha Rilvas. Mas se na Força Aérea
Portuguesa a filha dos condes de Rilvas é sobejamente
conhecida, na sociedade civil o seu invejável currículo
aeronáutico permanece desconhecido para muitos.
A antiga paraquedista
discursou depois de ser condecorada
Dona de uma força de
vontade indomável, Isabel Rilvas tirou o brevet de
piloto particular de aeroplanos em 1954. Depois disso,
pode dizer-se que o céu foi o seu limite. Participante
de sucesso em festivais aeronáuticos, Isabel Rilvas foi
a primeira mulher piloto acrobata da Península Ibérica.
Mas os seus feitos não se ficaram apenas pela pilotagem,
já que se tornou também a primeira mulher paraquedista
civil na Península Ibérica, mostrando ainda a sua
bravura ao realizar os primeiros saltos de paraquedistas
civis em Angola e Moçambique. Não obstante estas
conquistas, deve-se destacar ainda o facto de a antiga
piloto ter preconizado e impulsionado a constituição de
um grupo de enfermeiras militares paraquedistas,
formadas em junho de 1961. Mais tarde, em 1981, Isabel
Rilvas tornou-se ainda a primeira portuguesa a obter o
brevet de balão de ar quente.
O coronel Romão Mendes e
Isabel Rilvas visitaram uma exposição sobre os feitos
aeronáuticos da antiga paraquedista
Por tudo isto, e no
âmbito das celebrações do centenário da aviação militar
em Portugal, a Força Aérea Portuguesa quis prestar uma
homenagem à antiga piloto e paraquedista,
condecorando-a com a medalha de mérito aeronáutico de
1.ª classe, numa cerimónia que decorreu no Museu do Ar,
em Sintra. “Para nós, a senhora dona Isabel Rilvas é um
exemplo pela sua perseverança, irreverência e pela
maneira como pôs o seu coração em tudo aquilo que fez. E
devemos-lhe algo de que nos orgulhamos muito que são as
nossas enfermeiras paraquedistas. As condecorações não
se pedem, não se compram, merecem-se”, partilhou o
general José António de Magalhães Araújo Pinheiro, chefe
do Estado-Maior da Força Aérea. A homenageada agradeceu
a distinção: “Nunca pensei receber esta homenagem e
muito menos uma condecoração. Com gratidão, humildade e
com uma inesquecível saudade pelos que vi partir num
derradeiro voo, agradeço esta condecoração a quem tanto
gostou de voar durante 25 anos sem interrupção.”

Sargento-chefe Duarte
Ferreira, D. Isabel de Bragança, Isabel Rilvas e coronel
Rui Roque
A assistirem a este
momento estavam os filhos de Isabel Rilvas, Leonardo
Mathias, atual secretário de Estado Adjunto e da
Economia, e Maria Cortez de Lobão, que nasceram do seu
casamento com o embaixador Leonardo Mathias. “A minha
mãe sempre demonstrou ter uma grande força de vontade,
que espero seguir e passar aos meus filhos. Ela nunca
desiste e considero que essa é uma mensagem muito
importante”, salientou Leonardo Mathias. “A minha mãe
tem um carácter íntegro e extraordinário. Pelo caminho
teve muitas dificuldades e obstáculos, mas
ultrapassou-os, porque o sonho foi sempre maior”,
finalizou Maria Cortez de Lobão.