Faleceu, no dia 24 de Dezembro de
2023
o veterano
Fausto Pereira Marques
Tenente-General de Infantaria
Pára-Quedista na
situação de reforma

Angola: 04Set1964 a 20Set1966
Comandante do
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21
«GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»
Comando da Região Aérea n.º 2
«FIDELIDADE E GRANDEZA»
Guiné: 04Jun1968 a 05Dez1969
Comandante do
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 12
«UNIDADE E LUTA»
Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné
«ESFORÇO E VALOR»
Condecorações impostas no período
da Guerra do Ultramar:
Medalha de Ouro de Valor Militar
Com Palma Colectiva
Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21
2 Medalhas de Prata de Serviços
Distintos Com Palma
Medalha de Mérito Militar de 2.ª
classe
Medalha de Prata de Comportamento
Exemplar
Medalha da Ordem de Avis, grau
comendador
Medalha Comemorativa das Campanhas e
Comissões de Serviços Especiais, com
legenda "Angola 1964 - 66"
Medalha Comemorativa das Campanhas
e Comissões de Serviços Especiais,
com legenda "Guiné 1968 - 69"

Fausto Pereira Marques,
Tenente-General de Infantaria
Pára-Quedista na situação de
reforma, nascido no dia 13 de
Outubro de 1931, na freguesia da
Sé, concelho da Guarda;
Em
22 de Outubro de 1949, ingressa na
Escola do Exército (EE) «DULCE ET
DECORUM EST PRO PATRIA MORI»;
No
ano de 1952, concluiu naquela Escola
o Curso de Infantaria;
Após a conclusão daquele curso, como
Aspirante-a-Oficial, colocado na
Escola Prática de Infantaria (EPI -
Mafra)
«AD
UNUM» para tirocínio;
De 14 de Agosto a 24 de Dezembro de
1953, Aspirante-a-Oficial de
Infantaria da Escola do Exército
(EE) «DULCE ET DECORUM EST PRO
PATRIA MORI», frequenta na Escola de
Pára-Quedismo em Pau (sul de
França), o curso de Pára-Quedismo
Militar e o curso de Instrutor de
Pára-Quedismo, e obtém o brevet n.º
3;

Em
01 de Agosto de 1953, promovido a
Alferes de Infantaria;
Em 1954, comandante de Pelotão de
Atiradores no Regimento de
Infantaria 16 (RI16 - Évora)
«CONDUTA BRAVA E EM TUDO DISTINTA»;
Em
1955, conclui na Escola Prática de
Infantaria (EPI - Mafra) «AD UNUM» o
Curso de Instrutor de Esgrima e,
também, o Curso de Tiro de
Infantaria-Cavalaria, após a
conclusão daqueles cursos, foi
colocado no Regimento de Infantaria
12 (RI12-Coimbra) «FIRMES COMO
ROCHAS», como Comandante de Pelotão
de Reconhecimento – Oficial de
Operações;
Em
01 de Dezembro de 1955, promovido a
Tenente de Infantaria;
Em 1956, frequenta no Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas (BCP -
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE
CONHEÇAM» o Curso de Comandante de
Companhia de Tropas Pára-Quedistas;
No período de 1956 a 1962, no
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas
(BCP - Tancos) «QUE NUNCA POR
VENCIDOS SE CONHEÇAM», exerce as
funções de
Chefe
da Secção Técnica, de Comandante de
Companhia, Oficial de Operações e
Director de Instrução;
Em 1957, frequenta na Escola Prática
de Infantaria (EPI - Mafra) «AD
UNUM» o curso de promoção a Capitão
da arma de Infantaria;
Em 01 de Dezembro de 1957, promovido
a Capitão;
Em
1958, frequenta na Alemanha o Curso
de Cinotécnica;
No período de 1960 a 1961, no
Instituto de Altos Estudos Militares
(IAEM – Pedrouços) «NÃO HOUVE FORTE
CAPITÃO, QUE NÃO FOSSE TAMBÉM DOUTO
E CIENTE», conclui o curso Geral do
Estado-Maior;
Em
01 de Dezembro de 1962, promovido a
Major;
No período de 1962 a 1964, no
Instituto de Altos Estudos Militares
(IAEM – Pedrouços) «NÃO HOUVE FORTE
CAPITÃO, QUE NÃO FOSSE TAMBÉM DOUTO
E CIENTE» frequenta o Curso
Complementar de Estado-Maior, e no
Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE
NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»
exerce as funções de Comandante do
Batalhão
de Instrução;
Em 14 de Setembro de 1964, nomeado
para servir Portugal na Província
Ultramarina
de Angola, como comandante do
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas
21 (BCP21) «GENTE OUSADA MAIS QUE
QUANTAS» do Comando da Região Aérea
n.º 2 (ComRA2) «FIDELIDADE E
GRANDEZA»;
Em 01 de Dezembro de 1964, promovido
a Tenente-Coronel;
Em 15 de Setembro de 1965, louvado e
agraciado com a Medalha de Mérito
Militar de 2.ª classe, publicado na
Ordem de Serviço do Comando da
Região Aérea n.º 2 (ComRA2):
Tenente-Coronel
Pára-quedista
FAUSTO PEREIRA MARQUES
Medalha de Mérito Militar de 2ª
Classe
Ordem de Serviço n.º 110 do do
Comando da Região Aérea n.º 2, de 15
de setembro de 1965
Louva o Tenente-Coronel
Pára-quedista FAUSTO PEREIRA
MARQUES, pela forma como tem
desempenhado as funções de
Comandante do BCP 21.
Oficial com muito elevadas
qualidades de trabalho e
desembaraço, muito dedicado ao
serviço e com excelente espírito de
colaboração tem exercido o Comando
da sua Unidade por forma a ser
especialmente destacado.
À sua acção se fica devendo o facto
de o BCP 21 ter conseguido manter um
nível de prontidão para o combate
muito elevado o que permitiu a
realização de operações a um ritmo,
nunca antes atingido.
Comandou, com frequência,
agrupamentos de forças destacadas,
incluindo unidades de outros ramos
das Forças Armadas, em operações
conduzidas contra
áreas
de refúgio, revelando qualidades
especiais na condução de acções e
levando sempre a bom termo as
missões de que foi encarregado.
Oficial com elevadas qualidades de
firmeza de carácter, iniciativa e
determinação, merece ser
particularmente distinguido.
Em 20 de Setembro de 1966, regressa
à Metrópole e é
colocado
Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE
NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»,
como comandante do Batalhão de
Instrução;
Agraciado com a Medalha Comemorativa
das Campanhas com a legenda “Angola
1964 – 66”;
Pela Portaria de 23 de Novembro de
1966, louvado e agraciado com a
Medalha de Prata de Serviços
Distintos com palma:
Tenente-Coronel
Pára-quedista
FAUSTO PEREIRA MARQUES
Medalha de Prata de Serviços
Distintos com Palma
Por portaria de 23 de Novembro de
1966
Louvado o tenente-coronel
Pára-quedista Fausto Pereira
Marques, do Batalhão de Caçadores
Pára-quedistas n.º 21, porque,
durante o período de dois anos em
que comandou esta unidade, se
afirmou como um oficial com
superiores dotes de comando numa
unidade de Pára-quedistas chamada a
efectuar operações, com a
preocupação dominante de a manter
preparada para isso, e tal modo que
obteve valiosos resultados.
Não se limitando a cuidar com êxito
dessa preparação ele próprio
comandou várias vezes o seu pessoal
nas acções conduzindo-o com superior
critério e espírito de missão
conquistando assim um fecundo
prestígio. A par disso, dominou
sempre todos os problemas da sua
unidade de modo diligente, sensato e
oportuno, conseguindo com a sua
criteriosa acção suprir muitas
insuficiências e comunicar aos seus
subordinados infrutuoso espírito de
corpo.
Oficial de maior correcção e
lealdade, prestou na 2ª Região Aérea
serviços que muito justamente
merecem ser considerados de
importante, relevantes e distintos.
Em
4 de Junho de 1968, nomeado para
servir Portugal
na
Província Ultramarina da Guiné, como
comandante do Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 12 (BCP12) «UNIDADE E
LUTA» da Zona Aérea de Cabo Verde e
Guiné (ZACVG) «ESFORÇO E VALOR»;
Em
05 de Dezembro de 1969, regressa à
Metrópole e é nomeado como 2.º
comandante do Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE
NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»;
Agraciado
com a Medalha Comemorativa das
Campanhas com a legenda “Guiné 1968
– 69”;
Em 1 de Fevereiro de 1970, promovido
a Coronel;
Pela Portaria de 17 de Fevereiro de
1970, louvado e agraciado com a
Medalha de Prata de Serviços
Distintos com Palma:
Tenente-Coronel
Pára-quedista
FAUSTO PEREIRA MARQUES
Medalha de Prata de Serviços
Distintos com Palma
Por Portaria de 17 de fevereiro de
1970
Louvado, por proposta do Comandante
da Zona Aérea de Cabo Verde e Guiné,
o tenente-coronel pára-quedista
Fausto Pereira Marques, pela forma
altamente eficiente como cumpriu as
várias missões de que foi incumbido
no decurso da sua comissão de
serviço no teatro de operações da
Guiné. No comando do Batalhão de
Caçadores Pára-quedistas nº12,
desenvolveu uma actividade
operacional de excepcional mérito,
onde pôs à prova as suas inequívocas
qualidades de dedicação e
competência e os seus elevados dotes
de organizador e planeador,
características que tiveram
repercussão de relevo nos êxitos
obtidos pelo seu Batalhão ao longo
da intensa actividade operacional
desenvolvida. Dotado de alto sentido
de dever e de firme determinação,
soube permanentemente impulsionar e
conduzir as forças as suas ordens
por forma a obter resultados a todos
os títulos excepcionais, quer e
baixas infligidas ao inimigo, quer
em material de guerra apreendido,
quer ainda em elementos capturados e
considerados de valor real não só
para o teatro de operações da Guiné,
como de repercussão a nível
internacional.
Em determinação de irrefutável
dinamismo e elevado espírito de
missão, comandou e acompanhou
directamente as tropas em operações,
não só para ajuizar das situações em
que as mesmas actuavam, como para a
galvanizar com o exemplo nos
momentos mais difíceis, revelando
ainda em todas as circunstâncias,
assinalando poder de adaptação às
missões que lhe foram atribuídas,
coordenando sempre com inteligência
e grande flexibilidade as forças sob
seu comando.
Integrando-se perfeitamente na ideia
de manobra do Comando-Chefe soube
tirar o maior rendimento da
actividade desenvolvida, tanto em
acções de intervenção tipo assalto e
golpe-de-mão como nas acções
prolongadas, onde necessariamente
impera o espírito de sacrifício e a
abnegação, qualidades que soube
manter em elevado grau no seu
batalhão.
Nomeado por escolha por diversas
vezes para os comandos operacionais
no teatro de operações da Guiné,
confirmou sempre as suas
excepcionais qualidades de comando e
poder de adaptação, cumprindo
integralmente as missões que lhe
foram atribuídas.
Pela sua relevante acção no sector
operacional e conjunto de qualidades
que possui, sendo justo citar a sua
excepcional capacidade de comando,
integridade de carácter, muito bom
senso e lealdade para com os chefes,
deve considerar-se o tenente-coronel
Fausto Marques como um elemento de
muito valor, que bem soube
prestigiar a Força Aérea na Guiné e
cujos serviços que prestou no teatro
de operações da Guiné e à Nação,
devem ser considerados
extraordinários, relevantes e
distintos.


No
período de 1970 a 1971, colocado na
Inspecção Geral da Força Aérea
(IGFA) «CONHECER, AVALIAR,
PROGREDIR», no Estado-Maior da Força
Aérea (EMFA) «ENDENTER OS INIMIGOS E
ENGANÁ-LOS»;
No período de 1971 a

1974,
Comandante do
Regimento
de Caçadores Pára-Quedistas (RCP –
Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE
CONHEÇAM»;
No ano de 1972, agraciado com a
Medalha de Prata de Comportamento
Exemplar e a Medalha da Ordem de
Avis,
grau comendador;

No
ano de 1973, agraciado com a
Medalha de
Ouro de Valor Militar com Palma
Colectiva (Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21);
No período de 1974 a 1975, Chefe da
5.ª Repartição do Estado Maior da Força
Aérea (Organização);
No período de 1975 a 1978, na
Direcção da Arma de Infantaria, em
diligência no Estado-Maior General
das Forças Armadas (EMGFA) «QUE QUEM
QUIS SEMPRE PÔDE», exerce as funções
de Comandante do Agrupamento e
Segurança, Chefe da
Repartição de Contra Informação (DINFO) e Chefe
Interino da Divisão de Informação;
No período de 1978 a 1980,
comandante do Regimento de
Infantaria de Castelo Branco
(RICB)
«DISTINTOS E ADMIRÁVEIS BRIGAREM OS
SEM PÃO»;
Em 1979, agraciado com a Medalha de
Ouro de Comportamento Exemplar;
No período de 1980 a 1981, na
Direcção da Arma da Infantaria
(DAI), frequenta Curso Superior de
Comando e Direcção, e conclui o
referido
curso no Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM – Pedrouços)
«NÃO HOUVE FORTE CAPITÃO, QUE NÃO
FOSSE TAMBÉM DOUTO E CIENTE»;
Em 1980, agraciado com a Medalha de
Mérito Militar de 1.ª classe;
No período 1981 a 1983, na Região
Militar do Norte (RMN) «HONRA E
BRAVURA», Chefe do
Estado-Maior do
Quartel-General e
2.º Comandante daquela Região;
Em 05 de Julho de 1983, promovido a
Brigadeiro;
Em 1983, agraciado com a Medalha de
Prata de Serviços Distintos
No período de 1983 a 1984, no
Instituto de Defesa Nacional,
conclui o
Curso de Auditores de
Defesa Nacional;
No período de 1983 a 1988, no
Estado-Maior do Exército (EME) «NON
NOBIS», Sub-Chefe
do Estado-Maior, Comandante da
Brigada de Forças Especiais e 2.º
Comandante do Corpo do Exército
Nacional;
Em 16 de Março de 1988, promovido a
General;
Em 1989, agraciado com o Distintivo
Especial da Ordem Militar de Torre e
Espada, Valor, Lealdade e Mérito;
No período de 1989 a 1991,
Comandante da Região Militar do
Centro;
Em 1991, agraciado com a Medalha de
Ouro de Serviços Distintos;
No período de 1991 a 1993, Director
do Serviço Histórico-Militar e
Presidente da Comissão para o Estudo
das Campanhas de África;
Em 1994, agraciado co a Medalha de
Ouro de Serviços Distintos;
Em 1996, passou à situação de
Reforma;
Faleceu no dia 24 de Dezembro de
2023.
Paz à sua Alma
Imagem de Aristides Santos:

