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Condecorações

Henrique de Sousa Afonso, Major do Corpo do Estado-Maior

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Elementos cedidos por um colaborador do portal UTW

Henrique de Sousa Afonso
Major do Corpo do Estado-Maior

Guiné: Ago1959 a Ago1961

Adjunto do comandante da Companhia de Caçadores 52

Angola: Nov1963 a Fev1966

Comandante da Companhia de Caçadores 534
Batalhão de Caçadores 595 «SEMPRE ALERTA»

Cruz de Guerra de 2.ª classe

Medalha de Prata de Serviços Distintos

 

Medalha de Mérito Militar de 3.ª classe

 

Louvor Colectivo (BCac595)

(in Jornal do Exército n.º 83, pág.s 20 a 22, de Nov1966)

 

 

Henrique de Sousa Afonso, Major do Corpo do Estado-Maior;


Em 12 de Agosto de 1959, Tenente de Infantaria, tendo sido mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 5 (BC5 - Campolide) «MAIS ALTO E MAIS ALÉM» para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné, embarca em Lisboa no NTT 'António Carlos' rumo a Bissau como adjunto do comandante da Companhia de Caçadores 52 (CCac52);


Em 17 de Agosto de 1961 regressa à Metrópole, ficando colocado no Colégio Militar (CM) «ZACATRAZ» - «UM POR TODOS, TODOS POR UM» como Adjunto do Instrutor Militar;


Em 22 de Abril de 1963 inicia na Escola Prática de Infantaria (EPI - Mafra) «AD UNUM» o curso de promoção a Capitão (informações, operações e serviços);


Em 14 de Julho de 1963 promovido a Capitão;


Em 03 de Agosto de 1963 conclui no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS» o estágio A2 de contra-insurreição;


Em 10 de Novembro de 1963, tendo sido mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 5 (BC5 - Campolide) «MAIS ALTO E MAIS ALÉM» para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola, embarca em Lisboa no NTT 'Vera Cruz' rumo ao porto de Luanda, como comandante da Companhia de Caçadores 534 (CCac534) do Batalhão de Caçadores 595 (BCac595) «SEMPRE ALERTA» (in Jornal do Exército n.º 83, pág.s 20 a 22, de Nov1966);


Em 19 de Novembro de 1963 agraciado com a Medalha de Mérito Militar de 3.ª classe, publicado na Ordem do Exército n.º 2, página 171, de 15 de Janeiro de 1964;


Em 01 de Fevereiro de 1966 agraciado com Cruz de Guerra de 2.ª classe:


Capitão de Infantaria
HENRIQUE DE SOUSA AFONSO
 

CCac534/BCac595 - BC5
ANGOLA
 

2.ª CLASSE


Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 5 -2.ª série, de 1966.


Por Portaria de 01 de Fevereiro de 1966:


Condecorado com a Cruz de Guerra de 2.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Angola, o Capitão de Infantaria, Henrique de Sousa Afonso, da Companhia de Caçadores n.º 534/Batalhão de Caçadores n.º 595 Batalhão de Caçadores n.º 5.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Por Portaria da mesma data publicada naquela Ordem do Exército):


Louvado o Capitão de Infantaria, Henrique de Sousa Afonso, porque, comandando durante dezanove meses consecutivos a sua Companhia no Norte de Angola, tem sempre revelado nas numerosas operações em que tomou parte, e que pessoalmente comandou, a maior coragem, decisão, valentia e desprezo pelo perigo, não se poupando a esforços para que as missões que lhe são confiadas sejam integralmente cumpridas.


Saliente-se uma operação na região do Cuango, em que a acção do Capitão Afonso se revelou extraordinariamente brilhante, não só no planeamento como na execução, conduzindo o seu agrupamento de combate, à frente do qual avançou deliberadamente debaixo de fogo Inimigo, galvanizando o seu pessoal e demonstrando assim desprezo pela vida, grande serenidade em combate, presença de espírito e extraordinária valentia.


À sua acção se deve o grande êxito que essa operação conseguiu, infligindo pesadas baixas ao Inimigo, sendo feitos numerosos e qualificados prisioneiros e capturando-se muito e valioso material, desorganizando e afectando gravemente a sua capacidade de combate na região.


Por tudo isto se considera que o Capitão Afonso demonstrou alta compreensão da grandeza do dever militar, prestigiando grandemente com os seus actos o Exército a que pertence.


Em 05 de Fevereiro de 1966 regressa à Metrópole, ficando colocado na Academia Militar (AM) «DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI»;


Em 01 de Abril de 1966 nomeado Instrutor de Infantaria da Academia Militar (AM) «DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI»;


Em 14 de Outubro de 1966 transferido para o Estado-Maior do Exército (EME) «NON NOBIS» e nomeado para frequentar o curso geral de estado-maior no Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM – Pedrouços) «NÃO HOUVE FORTE CAPITÃO, QUE NÃO FOSSE TAMBÉM DOUTO E CIENTE»;


Em 01 de Agosto de 1967 conclui com aproveitamento o Curso Geral de Estado-Maior;


Em 31 de Julho de 1970 conclui o tirocínio do curso complementar de estado-maior, sendo promovido a Major do Corpo do Estado-Maior;


Em 30 de Janeiro de 1974, Chefe do Estado-Maior do Comando Territorial Independente dos Açores (CTI – Açores) «SEMPRE PRONTOS», agraciado com a Medalha de Prata de Serviços Distintos:


Major do Corpo do Estado-Maior
Henrique de Sousa Afonso


Medalha de Prata de Serviços Distintos


Publicado na Ordem do Exército n.º 5 – 2.ª série, página 576, de 01 de Março de 1974


Por Portaria de 30 de Janeiro de 1974:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, condecorar, por proposta do Governador Militar dos Açores, o Major do Corpo do Estado-Maior Henrique de Sousa Afonso com a Medalha de Prata de Serviços Distintos, nos termos da alínea b) do artigo 25.º, n.º 1 do artigo 62.º e n.º 1 do arigo 67.º do Regulamento da Medalha Militar, de 20 de Dezembro de 1971 (Diário do Governo n.º 33, 2.ª série, de 08 de Fevereiro de 1974).


Transcrição do louvor que deu origem à condecoração:


(Publicado naquela Portaria e na mesma Ordem do Exército - páginas 581 e 582):


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, louvar, por proposta do Governador Militar dos Açores, o Major do Corpo do Estado-Maior Henrique de Sousa Afonso, porque, durante os dois anos em que desempenhou o cargo de Chefe do Estado-Maior do Comando Territorial Independente dos Açores, revelou excepcionais qualidades militares, dotes pessoais de inteligência, sensatez, fino trato e diplomacia e tirou não só o máximo rendimento dos seus serviços, como ele mentou um perfeito entendimento e cooperação com os outros ramos das forças armadas e autoridades civis.


No campo internacional, a sua acção como Chefe do Estado-Maior avançado na ilha Terceira durante a reunião de alto nível ali realizada mereceu os maiores encómios, das autoridades nacionais, quer das altas individualidades estrangeiras que nela participaram, com profundos reflexos para o prestígio do Exército e das forças armadas.


No campo nacional em parte se lhe ficou devendo o brilhantismo com que decorreram as cerimónias do dia 10 te Junho de 1972, considerado ímpar por todos os órgãos de informação locais.


Por tudo isto devem os serviços do Major Henrique de Sousa Afonso ser considerados extraordinários, relevantes e distintos.
(Diário do Governo n.º 33, 2.ª série, de 08 de Fevereiro de 1974).


Em 12 de Outubro de 1974 regressa a Lisboa vindo de Luanda, onde se encontrava colocado em serviço nas tropas de reforço à Guarnição Normal da (GN) de Região Militar de Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE»;


Em 21 de Outubro de 1974 colocado no gabinete do Ministério da Defesa Nacional (MDN);


Em 01 de Abril de 1975 nomeado pelo Estado-Maior do Exército (EME) «NON NOBIS» como especialista dos serviços de apoio ao Conselho da Revolução.

 

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Jornal do Exército n.º 78, pág. 27, de Junho de 1966

 

O CAPITÃO HENRIQUE DE SOUSA AFONSO durante dezanove consecutivos meses que comandou a sua Companhia no Norte de Angola revelou nas numerosas operações em que tomou parte, e que pessoalmente comandou, a maior coragem, decisão, valentia e desprezo pelo perigo, não se poupando a esforços para que as missões que lhe foram confiadas fossem integralmente cumpridas.

 

Salienta-se uma operação na região do Cuango em que a acção do Cap. Afonso se revelou extraordinariamente brilhante, não só no planeamento como na execução, conduzindo o seu agrupamento de combate, à frente do qual avançou deliberadamente debaixo do fogo inimigo, galvanizando o seu pessoal, demonstrando assim desprezo pela vida, grande serenidade em combate, presença de espírito e extraordinária valentia.

 

À sua acção se deve o grande êxito que essa operação conseguiu, infligindo-se pesadas baixas ao inimigo, sendo feitos numerosos e qualificados prisioneiros e capturando-se muito e valioso material, desorganizando e afectando gravemente a sua capacidade de combate na região. Por tudo isto se considera que o Cap. Afonso demonstrou alta compreensão da grandeza do dever militar, prestigiando grandemente com os seus actos o Exército a que pertence.

 

 

 

 

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