Duarte Manuel de
Amarante Rocha Pamplona, Coronel graduado de Cavalaria
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
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HONRA E GLÓRIA
Nota de óbito |
Fontes:
5.º Volume, Tomo I, pág. 105, da
RHMCA / CECA / EME
8.º Volume, Tomo III, Livro 1, pág.s
381 a 383, da RHMCA / CECA / EME
Jornal do Exército, ed. 109, pág.
56, de Janeiro de 1969
Elementos cedidos por um colaborador do portal UTW
Imagens dos distintivos cedidas pelo
veterano Carlos Coutinho
Recorte de jornal cedido pelo
veterano
Moura Ferreira
informação da data de óbito, cedida
ao UTW em 15Abr2010 pelo filho
Duarte Mascarenhas Pamplona
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Faleceu, no dia 2 de Maio de 2009, o
veterano
 
Duarte
Manuel de Amarante Rocha Pamplona
Coronel graduado de Cavalaria
Comandou a
Companhia de Cavalaria 1505
Batalhão de
Cavalaria 1879
«NA GUERRA, CONDUTA MAIS BRILHANTE»
Ordem
Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e
Mérito, grau Oficial, com palma
Capitão
de Cavalaria
DUARTE MANUEL DE AMARANTE ROCHA PAMPLONA
CCav1505 - RC3
MOÇAMBIQUE
Grau: Oficial, com
palma
Transcrição do Alvará publicado na OE n.º 13 - 2.ª
série, de 1968:
Presidência da
República
Chancelaria das
Ordens Portuguesas
Alvará de 23 de
Maio de 1968:
Considerando as
qualidades de coragem, desembaraço,
firmeza,
sangue-frio e abnegação demonstradas pelo Capitão de
Cavalaria, Duarte Manuel de Amarante Rocha Pamplona,
quando, no dia 7 de Março
de 1966, a Companhia que comandava foi emboscada;
Considerando
o absoluto desprezo pelo perigo e pela própria vida, de
que deu provas, quando, já depois de haver perdido um
oficial e duas praças (nota)
e ele próprio ter sofrido vários ferimentos graves
provocados por estilhaços de granadas, se lançou, por
três vezes e sob forte e violento fogo, com toda a
audácia e valentia, contra as posições inimigas, não só
dirigindo o ataque, como fazendo fogo com a própria
arma;
Considerando que a notável acção deste oficial, como
chefe militar em combate, foi extraordinário exemplo de
heroísmo para os seus soldados, que o consideraram
inultrapassável em valor;
Considerando que, estando ainda em tratamento dos
ferimentos recebidos, voltou voluntariamente ao comando
da sua Companhia, na zona de acção, revelando uma vez
mais as suas excepcionais qualidades militares;
Considerando que, durante um ano de intensa actividade
operacional no Niassa, ao transmitir à força do seu
comando elevada eficiência e dando sempre o exemplo, na
condução dos seus subordinados, em muitos e variados
combates, revelou, mais uma vez, as suas altas
qualidades de militar;
Considerando esta atitude heroica e destemida e a
elevada noção dos seus deveres, como actos excepcionais
de abnegação e sacrifício pela Pátria e pela Humanidade:
Américo Deus Rodrigues Thomaz, Presidente da República e
Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, faz
saber que, nos termos do Decreto-Lei n.º 44 721, de 24
de Novembro de 1962, confere ao Capitão de Cavalaria
Duarte Manuel de Amarante Rocha Pamplona, sob proposta
do Presidente do Conselho, o grau de Oficial, com palma,
da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e
Mérito.
(Publicado no Diário do Governo n.° 144, II série, de 19 de
Junho de 1968).
Arnaldo Fernandes
João, José Almeida Lopes e José da Silva Gomes.
(nota)
Arnaldo Fernandes João

Arnaldo Fernandes João, 1.º Cabo
Atirador de Cavalaria, n.º 02040965, natural da freguesia e concelho de Coruche, filho de Lourenço João e de Leonor Quitéria Estrela,
solteiro.
Faleceu no dia 7 de Março de 1966, em Litunde, vítima de ferimentos em
combate.
Está inumado na campa n.º 82, da fileira n.º 2, do talhão B, do
cemitério de Vila Cabral (Lichinga), em Moçambique.
Paz à sua Alma
José Almeida Lopes

José Almeida Lopes, Alferes Mil.º Atirador de Cavalaria,
n.º 00250962, natural da freguesia e concelho de Sátão, solteiro, filho de João
Lopes Encarnação e de Maria de Jesus.
Faleceu no dia
7 de Março de 1966, em Litunde, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado no cemitério Municipal de Sátão.
Paz à sua Alma
José da Silva Gomes,

José da Silva Gomes, 1.º Cabo Radiotelegrafista, n.º 02691465,
natural do lugar da Gadanha, da freguesia de Vilar do Monte, concelho de Barcelos, filho de Teresa de Jesus,
solteiro.
Faleceu
no dia 7 de Março de 1966, em Litunde, vítima de ferimentos em combate.
Está inumado na campa n.º 81, da fileira n.º 2, do talhão B, do cemitério de
Vila Cabral (Lichinga), em Moçambique.
Paz à sua Alma
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Jornal do
Exército, ed. 109, pág. 56, de Janeiro de 1969

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Diário de Noticias, de 12 de Junho de 1968

A notícia (em
imagem) publicada na primeira página do Diário de
Noticias, de 12 de Junho de 1968, que reportava as
condecorações do 10 de Junho desse ano.
O mais alto galardão
"A TORRE E ESPADA"
foi entregue, no dia 10 de Junho de 1968, ao
Capitão Duarte Pamplona.
«Um novo herói do
Niassa - capitão Duarte Pamplona. Nos seus 27 anos há
uma coragem e uma noção do dever verdadeiramente
extraordinárias.
A companhia que
comandava, para atacar a povoação de Liciano, chefe
terrorista, caiu numa armadilha, junto ao rio Lugenda.
Uma granada rebentou-lhe nos pés mas não venceu nem o
soldado que prosseguiu o combate, nem o homem que ficou
amputado das pernas.
O momento da sua
condecoração pelo Chefe do Estado foi o mais solene e
grave da cerimónia»

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