Jaime
Manuel Duarte de Almeida
Natural do concelho de Mafra
Em 1963 ingressa voluntariamente no
Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos);
Em 25 de Outubro de 1963 conclui o
22º curso de pára-quedismo militar,
sendo-lhe concedido o brevet nº
1961;

De
1964 a 1966 cumpre serviço no
Ultramar, como soldado pára-quedista
integrado no Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21 - Angola)
«GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» e
posteriormente no Batalhão de
Caçadores
Pára-Quedistas 31 (BCP31 - Beira)
«HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE»
(durante a 'Crise do Petroleiro
Joanna V');
Em
meados de 1966 regressa ao Regimento
de Caçadores Pára-Quedistas (RCP -
Tancos), onde conclui o curso de
cabos pára-quedistas;
Em Dezembro de 1966 voluntaria-se
para servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné, ficando
integrado no Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 12 (BCP12) «UNIDADE E
LUTA»;

Em 1968 regressa ao Regimento de
Caçadores Pára-Quedistas (RCP -
Tancos);
Em
Maio de 1969, após lhe ter sido
concedida a readmissão nas fileiras,
novamente se voluntaria para servir
na Guiné, ficando integrado na
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas 121 do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 12
(CCP121/BCP12) «UNIDADE E LUTA»;
Em 10 de Março de 1970 agraciado com
a Cruz de Guerra de 2ª classe, por
distintos feitos em combate...
- «Considerado como dado pelo
Secretário de Estado da Aeronáutica,
por proposta do Comandante da Zona
Aérea de Cabo Verde e Guiné, o
louvor concedido ao 1º cabo
pára-quedista 85/RD Jaime Manuel
Duarte de Almeida, pelas
excepcionais qualidades de
combatente que tem revelado ao longo
de onze meses de comissão de serviço
no Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 12 (BCP12), para onde
se ofereceu como voluntário, depois
de haver já cumprido três comissões
de serviço em Angola, Moçambique e
Guiné, respectivamente.

Dotado de uma pujança física, que
lhe permite suportar os maiores
esforços mantendo inalteráveis as
suas qualidades de audácia, desprezo
pelo perigo e capacidade de acção
com elevado rendimento, a sua
actuação em combate tem-se revestido
sempre que as condições o exigem, de
principal importância para os
resultados operacionais obtidos pela
sua companhia, onde é justamente
considerado um dos seus melhores
valores.
Voluntarioso no mais elevado grau,
com vincado gosto pelo perigo e
ciente da sua importância como
apontador de metralhadora ligeira,
de manobra e fogo do pelotão em que
está integrado, procura sempre
locais de acção onde a sua presença
é mais importante, indiferente ao
risco que corre, mantendo-se de pé
para obter o melhor rendimento da
sua arma.
Tomou parte em todas as operações
realizadas pela sua subunidade, em
muito contribuindo para as cinco
citações colectivas que lhe foram
feitas.
Individualmente, o 1º cabo
pára-quedista Jaime de Almeida foi
citado nos relatórios das diversas
operações em que tomou parte.
Na Operação Tubarão, na qual tomou
parte como voluntário, quando do
primeiro contacto com elementos
inimigos, imediatamente correu para
a frente da coluna onde, com fogo
eficaz, protegeu a manobra de
envolvimento do pelotão em que ia
integrado, apesar da posição em que
se encontrava estar a ser batida
pelo fogo inimigo.
Na Operação Argus, mais uma vez
demonstrou coragem, sangue frio e
agressividade excepcionais, quando a
sua secção manobrava debaixo de fogo
inimigo, tendo abatido um elemento
armado e possibilitado a captura da
sua arma.
Noutra operação, apesar de ferido no
primeiro contacto com o inimigo,
manifestou o desejo de prosseguir
até final da operação, contribuindo
com a sua presença para manter o
elevado moral dos seus camaradas,
colaborando assim no êxito da
missão, perfeitamente demonstrado no
número de elementos abatidos e na
quantidade e qualidade do material
capturado.
Às qualidades de combatente
referidas, alia o 1º cabo
pára-quedista Jaime de Almeida uma
vontade de bem cumprir em todas as
situações e uma dedicação pelas
tropas pára-quedistas, patenteadas
na longa permanência nas fileiras.

Pelos serviços prestados, pelo
valor, coragem, espírito de
sacrifício e total adesão às missões
que lhe são confiadas, merece ser
apontado como exemplo de combatente
que muito tem contribuído para o
prestígio das Tropas Pára-quedistas
e das Força Aérea na Província da
Guiné.»
Pouco depois vem de férias à
Metrópole, para, logo em seguida
voltar à Guiné, ficando integrado na
Companhia de Caçadores
Pára-Quedistas 122 do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 12
(CCP122/BCP12) «UNIDADE E LUTA»;
Em
Dezembro de 1970 regressa ao
Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos);

Em 1971 agraciado com a Cruz de
Guerra de 3ª classe, por distintos
feitos em combate (no decurso da
Operação "Mar Verde").
Naquele mesmo ano, por sucessivos
motivos disciplinares cometidos
durante sucessivos cursos de
promoção a furriel, é convidado pelo
comandante do Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos) a
cessar a sua efectividade de serviço
nas Tropas Pára-quedistas.