Jaime Rodolfo de Abreu Cardoso, Coronel de Infantaria 'Comando'

Faleceu, no dia 18 de Agosto de 2012, o veterano

Jaime Rodolfo de Abreu Cardoso

Coronel de Infantaria 'Comando'

06Out1936 > 18Ago2012

Jaime Rodolfo de Abreu Cardoso, nascido em 06 de Outubro de 1936, Coronel de Iinfantaria 'Comando' na situação de reforma.

Serviu Portugal durante a guerra no Ultramar, onde se notabilizou nos seguintes teatros-de-operações:

- Angola (CCac318, CI21, GrCmds 'Fantasmas' e CI16) em 1961-1964,

- Guiné (CIC-Brá) em 1964,

- Angola (7ªCCmds) em 1966,

- Moçambique (7ªCCmds) em 1966-1968, e

- Angola (CCac3412 e CIC-RMA) em 1971-1973.

Por feitos em combate, foi agraciado: com a Medalha de Prata de Valor Militar, c/palma (1964); com o Oficialato da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (1969); e com a Medalha de Cruz de Guerra, de 1ª classe (1973).

Paz à sua Alma.

Sentidas condolências à Família enlutada, aos Amigos e Camaradas-d'Armas, e a toda a "Família Comando".

Cruz de Guerra, de 1.ª classe

Fonte:

5.º Volume, Tomo VII, da

RHMCA / CECA / EM

Capitão de Infantaria
JAIME RODOLFO DE ABREU CARDOSO
 

CCac 3412 - BII 17
ANGOLA
 

1.ª CLASSE

Transcrição da Portaria publicada na OE n.º 10 - 2.ª série, de 1973.
Por Portaria de 14 de Abril de 1973:
 

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, condecorar, por proposta do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Moçambique, o Capitão de Infantaria, Jaime Rodolfo de Abeu Cardoso, com a medalha de Cruz de Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos artigos 14.º, 15.º, 16.º e 63.º do Regulamento da Medalha Militar, de 20 de Dezembro de 1971.
 

Transcrição do louvor que originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data publicada naquele 0E):

Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, louvar, por proposta do Comandante-Chefe das Forças Armadas de Angola, o Capitão de Infantaria, Jaime Rodolfo de Abreu Cardoso, pela forma valorosa e altamente eficiente como comandou, durante cerca de um ano, a sua Subunidade, numa das regiões mais difíceis em zona de intensa actividade operacional.

Possuidor de invulgares qualidades e especial aptidão para o comando de tropas na luta de contraguerrilha, organizou, instruiu e mentalizou o seu pessoal, preparando-o onde quer que estivesse instalado, numa pertinaz actuação, cujo ritmo se foi intensificando, à medida que os êxitos se sucediam.

Impulsionador persistente da actividade operacional das tropas sob o seu comando, explorou sempre, com oportunidade, todas as informações que colheu, lançando-se com agressividade e valentia, através do acidentado e densamente arborizado terreno da área à sua responsabilidade, de modo a galvanizar os seus subordinados pelo exemplo da sua conduta frente ao inimigo.

Quer em brilhantes acções pessoais, em que tem evidenciado grande sangue-frio, quer coordenando a manobra das suas forças, o Capitão Abreu Cardoso alcançou resultados que se traduziram em grande número de armas e de guerrilheiros capturados, o que contribuiu poderosamente para a desarticulação das organizações inimigas.

Pela confiança que sempre mereceu foram atribuídas várias vezes à sua Companhia objectivos dos mais importantes nas operações de escalão superior em que esteve integrado, tanto na sua zona de acção, como em outras áreas onde foi chamado a intervir.

Pela sua excepcional capacidade de combatente, patriotismo, vincado espírito de missão, elevada coragem, sangue-frio, decisão e serena energia debaixo de fogo, é o Capitão Abreu Cardoso merecedor de ser considerado como exemplo de oficial distinto do nosso Exército.

Nota:

Para além desta Cruz de Guerra de 1.ª classe, este militar foi também agraciado com as seguintes condecorações:

- Em 1964, no posto de Tenente Miliciano - Medalha de Prata de Valor Militar com Palma - Tomo I- pág. 213.

- Em 1969, no posto de Tenente, graduado em Capitão - Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (Grau de Oficial) - Tomo I - pág. 109