José Manuel da Glória Belchior,
Coronel de Infantaria ‘Comando’ na
situação de reforma;
Nascido no dia 30 de Agosto de 1938;
Em 29 de Julho de 1962,
Aspirante-a-Oficial de Infantaria,
com o n.º mecanográfico 50464111 da
Academia Militar (AM) «DULCE ET
DECORUM EST PRO PATRIA MORI»,
conclui o tirocínio sendo colocado
na Escola Prática de Infantaria (EPI
- Mafra) «AD UNUM» e promovido a
Alferes;
De 7 de Janeiro a 16 de Fevereiro de
1963, frequenta na Escola Prática de
Infantaria (EPI - Mafra) «AD UNUM» o
2.º curso de minas e armadilhas;
Em 10 de Abril de 1963, transferido
para o Regimento de Infantaria 2
(RI2 - Abrantes)
«EXCELENTE E
VALOROSO»;
Em 8 de Agosto de 1963, tendo sido
mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 7 (RI7 - Leiria) «HONRA E
GLÓRIA» - «SINE SANGUINE VICTORIA
NON EST» para servir Portugal na
Província Ultramarina de Angola,
embarca em Lisboa no NTT
'Niassa'
rumo ao porto de Luanda, destinado
ao Comando de Agrupamento 9
(CmdAgr9) «UNIDOS – FORTES –
VENCEMOS» do Regimento de Infantaria
1 (RI1 - Amadora) «UBI GLORIA OMNE
PERICULUM
DULCE»;
De 11 de Fevereiro a 10 de Maio de
1964, frequenta com aproveitamento,
no Centro de Instrução 25
(CI25 - Quibala)
«AUDACES FORTUNA
JUVAT», o 2.º curso da especialidade
959-Comandos e fica integrado no
Grupo de Comandos 'Magníficos';
Em 23 de Julho de 1964 segue com os
'Magníficos' para Bissau, onde faz
parte da formação dos primeiros
voluntários de 'tropas comando' da
Província
Ultramarina da Guiné;
De 1 de Setembro a 17 de Novembro de
1964, regressado a Luanda, instrutor
no Centro de Instrução de Comandos
(CIC) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»
da Região Militar de Angola (RMA)
«CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO
SACRIFÍCIO SE OFERECE» do 4.º curso
de comandos;
Em 23 de Novembro de 1964, volta à
Metrópole;
Em 1 de Dezembro de 1964, promovido
a Tenente;
Em 26 de Março de 1965, louvado em
Ordem de Serviço pelo comandante do
Centro de Instrução de Comandos
(CIC) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»
da Região Militar de Angola (RMA)
«CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO
SACRIFÍCIO SE OFERECE»;
Em 8 de Fevereiro de 1966,
entretanto, colocado no Regimento de
Infantaria 13 (RI13 - Vila Real)
«ALEO» -
«NEM UM PASSO P'RA
RETAGUARDA», promovido a Capitão;
Em 7 de Maio de 1966, mobilizado
pelo Regimento de Infantaria 2 (RI2
- Abrantes) «EXCELENTE E VALOROSO»
para servir Portugal na
Província
Ultramarina de Moçambique;
Em 9 de Novembro de 1966, embarca em
Lisboa no NTT 'Império' rumo ao
porto de Lourenço Marques,
como 2.º
comandante da 4.ª Companhia de
Comandos (4ªCCmds) «A SORTE PROTEGE
OS AUDAZES» do Regimento de
Artilharia Ligeira 1 (RAL1 -
Sacavém) «EM PERIGOS E GUERRAS
ESFORÇADOS» - «NÃO FALTA CERTO NOS
PERIGOS»;
Em 11 de Agosto de 1968, assume
temporariamente o comando da 4.ª
Companhia de Comandos (4ªCCmds) «A
SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;
Em 19 de Novembro de 1968, regressa
à Metrópole;
Em 18 de Dezembro de 1969, tendo
sido mobilizado
para servir Portugal
novamente na Província Ultramarina
de Moçambique, embarca em Lisboa
rumo a Porto Amélia;
De 30 de Março a 7 de Junho de 1970,
assume em Mueda o comando da 23.ª
Companhia de Comandos (23ªCCmds) «A
SORTE PROTEGE OS AUDAZES» do Centro
de Instrução de Operações Especiais
(CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS, POR
SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS»;
Transferido para Montepuez, como
oficial de Operações do Batalhão de
Comandos de Moçambique (BCmdsM) «A
SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;
De 9 de Novembro de 1971 a 23 de
Fevereiro de 1972, comandante da
Companhia de Instrução do 5.º curso
do Batalhão de Comandos de
Moçambique (BCmdsM) «A
SORTE PROTEGE
OS AUDAZES»;
De 24 de Abril a 9 de Agosto de
1972, director do 6.º curso do
Batalhão de Comandos de Moçambique
(BCmdsM) «A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES»;
De 13 de Novembro de 1972 a 25 de
Fevereiro de 1973, director do 7.º
curso do Batalhão de Comandos de
Moçambique (BCmdsM) «A SORTE PROTEGE
OS AUDAZES»;
De 5 de Novembro de 1973 a 4 de
Março de 1974, comandante da
Companhia de Instrução do 9.º curso
do Batalhão de Comandos de
Moçambique (BCmdsM) «A SORTE PROTEGE
OS AUDAZES»;
Em 7 de Maio de 1974, agraciado com
a Cruz de Guerra de 4.ª classe:
Capitão de Infantaria, Comando
JOSÉ MANUEL DA GLÓRIA BELCHIOR
CCS/BCmds - RMM
MOÇAMBIQUE
4.ª CLASSE
Transcrição do Despacho publicado
na Ordem do Exército n.º 15 – 2.ª
série, de 1974.
Agraciado, com a Cruz de Guerra de
4.ª classe, nos termos do artigo
20.º do Regulamento da Medalha
Militar, promulgado pelo Decreto n.º
566/71, de 20 de Dezembro de 1971,
por despacho do Comandante-Chefe das
Forças Armadas de Moçambique, de 01
de Junho de 1974, o Capitão de
Infantaria, Comando, José Manuel da
Glória Belchior, da Companhia de
Comando e Serviços, do Batalhão de
Comandos, da Região Militar de
Moçambique.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço
n.º 37, de 07 de Maio de 1974, do
Quartel-General da Região Militar de
Moçambique):
Por seu despacho de 25 de Abril de
1974, louvou o Capitão de
Infantaria, Comando, José Manuel da
Glória Belchior, da Companhia de
Comando e Serviços, do Batalhão de
Comandos, de Moçambique, por se ter
revelado sempre um oficial íntegro,
competente, extremamente leal e
raramente dotado, quer para o
comando de tropas em combate, quer
para a sua direcção e comando em
instrução.
Inicialmente chamado a comandar a
23.ª Companhia de Comandos, em
substituição do Comandante efectivo,
ferido por acidente, recebeu-a em
condições particularmente difíceis,
o que não impediu, contudo, que
conseguisse alto rendimento
operacional, simultaneamente com a
sensata acção disciplinar em que a
agressividade e dureza imprimidas no
combate não apagaram, nem a rigidez,
nem a sensatez com que sempre
conduziu os seus homens, sendo de
realçar os resultados obtidos pela
sua acção nas operações "Marte",
"Oportunidade" e "Nova
Oportunidade".
Posteriormente, quer como oficial de
operações dum Agrupamento do
Batalhão de Comandos, quer como
comandante doutros, tomou ele
próprio parte na actividade
operacional, sempre com uma
judiciosa e simultânea atitude
agressiva e valorosa em que se
destacaram as operações "Badanal I
", "Badanal 2", "Bairro Alto" e a
série "Libélula". Nestas operações,
especialmente na primeira, a par de
uma boa capacidade manobradora, o
Capitão Belchior, demonstrou, no
comando das suas tropas, muita
coragem, decisão, sangue-frio e
serena energia debaixo de rogo.
Como Adjunto de Instrução e
posteriormente Director da mesma
para os cursos de Comandos, para
além da correcta noção da sua
missão, confirmou as suas naturais
qualidades de chefia durante os
períodos operacionais de instrução,
nas operações "Êxito", "Bicada",
"Início" e "Esperança".
Assim, o Capitão Belchior, oficial
íntegro, chefe nato, calmo, decidido
e disciplinador, mercê da sua
capacidade para o comando de tropas,
tanto em combate como em instrução,
na sua dedicação extrema pelo
serviço e pelo êxito conseguido em
todas as missões que lhe foram
confiadas, bem merece que os seus
serviços sejam reconhecidos,
publicamente, pela sua acção muito
honrosa, que muito prestigiou os
Comandos e o Exército.
Em 1 de Junho de 1974, Major
graduado «para uma nova comissão por
escolha» na Região Militar de
Moçambique (RMM) «CONSTANS ET
PERPETUA VOLUNTAS» onde assume
funções de 2.º comandante do
Batalhão de Comandos de Moçambique
(BCmdsM) «A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES»;
Em 20 de Agosto de 1974, assume o
comando do Batalhão de Comandos de
Moçambique (BCmdsM) «A SORTE PROTEGE
OS AUDAZES»;
Em 19 de Dezembro de 1974,
considerado adido à Região Militar
de Moçambique (RMM) «CONSTANS ET
PERPETUA VOLUNTAS»;
Em 4 de Fevereiro de 1975, extingue
o Batalhão de Comandos de Moçambique
(BCmdsM) «A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES»;
Em 27 de Março de 1975, regressa
definitivamente à Metrópole;

Em 16 de Maio de 1975, louvado em
Portaria da Repartição de Justiça e
Disciplina do
Ministério do
Exército, publicado na Ordem do
Exército
n.º 11 – 2.ª série, página
1558, de 1 de Junho de 1975;
Em 29 de Junho de 1975, entretanto,
promovido a Major, colocado no
Quartel-General (QG) da Região
Militar Norte (RMN);
Em 14 de Novembro de 1975,
co-fundador n.º 139 da Associação de
Comandos;

De 20 de Setembro de 1985 a 2 de
Novembro de 1986, comandante do
Regimento de Comandos (RCmds
–
Amadora) «MAMA SUMAE» - «A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES»;
Em 18 de Outubro de 1985,
Tenente-Coronel agraciado com o Grau
de Cavaleiro da Ordem Militar de
Avis;
Presidente do Núcleo do Porto da
Liga dos Combatentes;
Em 30 de Agosto de 2003, Coronel
passa à situação de reforma;
Em 27 de Junho de 2014 concedida à
4.ª Companhia
de Comandos (4ªCCmds) «A SORTE
PROTEGE OS AUDAZES» a Cruz de Guerra
de 1ª classe, Colectiva.