José
dos Santos Carreto Curto, natural de
Castelo Branco
De 6 de Outubro de 1959 a 30 de
Janeiro de 1960, tenente do quadro
permanente da arma de infantaria,
frequenta na Escola Prática de
Infantaria (EPI - Mafra) o curso de
promoção a capitão (informações,
operações e serviços);
Em
1 de Dezembro de 1960, entretanto
colocado no Regimento de Infantaria
1 (RI1 - Amadora), promovido a
capitão;
De 10 de Abril a 6 de Maio de 1961
frequenta
no Centro de Instrução de Operações
Especiais (CIOE - Lamego) o estágio
de guerra subversiva;
Em 27 de Maio de 1961, tendo sido
mobilizado pelo Regimento de
Infantaria 13 (RI13 - Vila Real)
para servir Portugal na Província
Ultramarina da Guiné, embarca no
Aeródromo
Base n.º 1 (AB1 - Figo Maduro) rumo
ao Aerodrómo Base n.º 12 (AB12 -
Bissalanca) como comandante da
Companhia de Caçadores 153
(CCac153);
Em 26 de Dezembro de 1962 agraciado
com a Medalha de Prata de Serviços
Distintos com palma, porque...
... «Como
comandante de companhia no Comando
Territorial Independente
da
Guiné, desde Junho de 1961, ali vem
exercendo, por meio de acções de
reconhecimento e de objectivo
psicosocial, uma actividade
altamente meritória de que tem
beneficiado todo o sector do
batalhão [BCac237], revelando, a par
de notáveis qualidade de organização
e disciplina, excepcionais dotes de
comando, de iniciativa e de audácia,
transmitindo a todos os subordinados
uma confiança ilimitada, o que
permitiu criar e desenvolver na sua
unidade um espírito de corpo tal,
que a mesma pode ser apontada como
exemplo de disciplina, de eficiência
e de sacrifício no cumprimento do
dever.
Os serviço
prestados por este oficial ao
Exército e à Nação, na presente
conjuntura da Guiné, devem ser
considerados relevantes e distintos.»
Em
23 de Julho de 1963 regressa à
Metrópole e fica colocado no
Regimento de Infantaria 5 (RI5 -
Caldas da Rainha);
Em
14 de Outubro de 1964 transferido
para o Estado-Maior do Exército
(EME), a fim de frequentar no
Instituto de Atos Estudos Militares
(IAEM - Pedrouços) o curso geral de
estado-maior;
Em 31 de Julho de 1965 conclui o
curso geral de estado-maior,
prosseguindo no Instituto de Atos
Estudos Militares (IAEM - Pedrouços)
a frequência do curso complementar
no ano lectivo 1966/67;
Em 24 de Julho de 1968 promovido a
major;
Em
1 de Agosto de 1968 ingressa no
corpo do estado-maior do Exército;
Em 12 de Agosto de 1970, tendo sido
nomeado para servir Portugal na
Província Ultramarina de Angola,
embarca no Aeródromo Base n.º 1 (AB1
- Figo Maduro) rumo à Base Aérea n.º
9 (BA9 - Luanda), a fim de ser
colocado na 2.ª Repartição do
Comando-Chefe das Forças Armadas de
Angola (2ªRep/CCFAA);
Em 18 de Setembro de 1972 regressa à
Metrópole e ao Estado-Maior do
Exército (EME);
Em
9 de Março de 1973 agraciado com a
segunda Medalha de Prata de Serviços
Distintos com palma, porque...
... «Durante
cerca de dois anos em que prestou
serviço na 2ª Repartição do
Comando-Chefe das Forças Armadas de
Angola, sempre revelou muita
competência profissional e
capacidade de trabalho, a par de uma
notória aptidão para o serviço de
informações. Elaborou, por
iniciativa própria, muitos trabalhos
de base, ficando a Repartição a
dever-lhe um conjunto de elementos
dignos de referir, parte dos quais
foram realizados quando, durante
cerca de seis meses, esteve
chefiando interinamente a
Repartição, onde era o único oficial
do estado-maior.
Foi ainda o
major Curto designado para realizar
diversos trabalhos de informação, de
relevância sobre o teatro de
operações de Angola, que apresentou,
como delegado do Comando-Chefe, em
reuniões de muita responsabilidade.
Deve-se-lhe
ainda a maior parte do esforço
despendido na elaboração das Normas
Relativas à Coordenação dos Serviços
de Informações de Angola [SCCIA],
onde, mais uma vez, evidenciou
salientes qualidades de
objectividade, poder de síntese e
realismo.
Sempre que
as circunstâncias o recomendaram,
deslocou-se às diversas áreas
operacionais, contactando aí com os
respectivos comandantes e tropas,
com vista a um melhor esclarecimento
da situação em zonas de acção
visitadas.
As enormes
exigências e as pesadas
responsabilidades que sobre si
recaíram durante a sua comissão, a
par de uma dedicação pelo serviço
digna de assinalar, levaram este
oficial a, permanentemente,
consagrar-se ao trabalho muito para
além das suas horas normais de
serviço, a ponta de abalar, por
vezes, a sua própria saúde.
Oficial
inteligente, ponderado, muito culto
e de excelente carácter,
demonstrando em todas as suas
atitudes uma lealdade e coragem
moral dignas de enaltecer, a par de
uma forte personalidade, sem excluir
um fino trato e uma atitude
impecável que permanentemente impõe
a si próprio, é o major do corpo do
estado-maior Carreto Curto um
oficial de eleição, sendo justo que
aos seus serviços seja dado público
louvor e que sejam considerados
extraordinários, relevantes e
distintos.»