Luís Amaral de Morais
Ramos da Silva, Alferes Mil.º de Cavalaria,
n.º 860/62, da CCS/BCav399
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
 Luís
Amaral de Morais Ramos da Silva
Alferes Mil.º
de Cavalaria
Comandante de pelotão
da
Companhia
de
Cavalaria 395
Batalhão de Cavalaria 399
«... NA GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE»
Angola: 17Dez1962 a 23Fev1965
Cruz
de Guerra de 3.ª classe
Louvor
Individual e Colectivo
Luís Amaral de Morais
Ramos da Silva, Alferes Mil.º de
Cavalaria;
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 3 (RC3 –
Estremoz) «DRAGÕES DE OLIVENÇA» - «…NA
GUERRA CONDUTA MAIS BRILHANTE» para
servir Portugal na Província Ultramarina
de Angola;
No dia 5 de Dezembro de 1962, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no NTT ‘Uíge’, como
comandante de pelotão da Companhia de
Cavalaria 395 (CCav395) do Batalhão de
Cavalaria 399 (BCav399) «… NA GUERRA
CONDUTA MAIS BRILHANTE», rumo ao porto
de Luanda, onde desembarcou no dia 17 de
Dezembro de 1962;
A sua subunidade de cavalaria, após
curta permanência no Grafanil, seguiu
para Quixico; em 29 de Agosto de 1963
foi transferida para Vila General
Machado; em Março de 1964 foi colocada
em Cangamba; em Maio de 1964 regressou a
Vila General Machado; em Fevereiro de
1965, recolheu a Luanda a fim de
efectuar o embarque de regresso;
Louvado por feitos em combate no teatro
de operações de Angola, publicado Ordem
de Serviço n.º 59, de 12 de Julho de
1963, do Quartel General da Região
Militar de Angola, e na Revista da
Cavalaria do ano de 1963, páginas 96 e
97;
Louvor Colectivo – Batalhão de Cavalaria
399 – publicado no artigo 2.º da Ordem
de Serviço n.º 59, do Comando da Região
Militar de Angola, de 12 de Julho de
1963, e na Revista da Cavalaria do ano
de 1964, páginas 90 e 91;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, pela Portaria de
17 de Setembro de 1963, publicada na
Ordem do Exército n.º 10 – 2.ª série, de
1 de Outubro de 1963
No dia 23 de Fevereiro de 1965, embarcou
no NTT ‘Vera Cruz’ de regresso à
Metrópole, onde desembarcou no dia 2 de
Março de 1965.
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Louvor Colectivo
Batalhão de Cavalaria 399
Considerado como dado por Sua Ex.ª
o
General Comandante da
Região Militar de Angola:
(Artigo 2.º da
Ordem de Serviço n.º 59, do Comando da Região Militar de
Angola,
de 12 de Julho de
1963)
É com o maior prazer que o Comandante do Sector D louva
e felicita na sua ordem de serviço o Batalhão de
Cavalaria n.º 399, com sede em Nambuangongo, pelo
salutar espírito de corpo, elevado moral, comunicativo
entusiasmo, vincada agressividade e nítida compreensão
da alta missão que está a desempenhar, o que lhe tem
permitido enfrentar com maior calma e confiança não só
todas as situações de combate inclusive as de cerco, e
levar sempre de vencida o mais aguerrido, mais bem
armado e mais bem municiado inimigo de todo o Sector D,
mas também suportar com maior abnegação e estoicismo as
deficientes condições de instalação, de falta de espaço
e de isolamento, a que há mais de seis meses se encontra
sujeito.
A justificar ainda o elevado conceito em que esta
Unidade é tida, cita-se a sua excelente actuação nas
várias operações e acções em que tem tomado parte,
dando-se especial relevância às Operações «SEM NOME»,
«TOMA LÁ» e «ATÉ CHORAS», a última das quais, este
Batalhão, por ter todos os subalternos feridos ou
doentes, planeou e desencadeou durante 3 dias com cinco
grupos de combate das suas Companhias de Cavalaria 394 e
395, comandados apenas por sargentos e quatro grupos de
combate do Batalhão de Cavalaria n.º 437, recém-chegado
da Metrópole, cujos resultados se preveem de grande
projecção na conduta das operações do Sector D e
portanto da Região Militar de Angola.
(in Revista da Cavalaria do
ano de 1964, páginas 90 e 91)
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Cruz de Guerra de 3.ª
classe
Alferes Miliciano de Cavalaria
LUÍS AMARAL DE MORAIS RAMOS DA SILVA
CCav395/BCav399 - RC3
ANGOLA
3.ª CLASSE
Transcrição da Portaria
publicada na Ordem do Exército n.º 10 – 2.ª série, de 1
de Outubro de 1963.
Por Portaria de 17 de Setembro de 1963:
Condecorado com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, ao
abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados
em acções de combate da Província de Angola:
O Alferes Miliciano de Cavalaria, Luís Amaral de Morais
Ramos da Silva, da Companhia de Cavalaria n.º 395 do
Batalhão de Cavalaria n.º 399 - Regimento de Cavalaria
n.º 3.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 59, de 12 de Julho de
1963, do Quartel General da Região Militar de Angola):
Louvado o Alferes Miliciano de Cavalaria, Luís Amara]
Ramos da Silva, da Companhia de Cavalaria n.º 395 do
Batalhão de Cavalaria n.º 399, pela forma notável como
se houve quando a força que comandava na região de Rio
Quilolo foi cercada e violentamente atacada por inimigo
muito superior em número.
Atingido na mão direita aos primeiros tiros, a sua acção
de comando não sofreu qualquer quebra e imediatamente
determinou e conduziu uma manobra, com que conseguiu
desalojar alguns elementos inimigos que ocupavam uma
posição favorável no terreno, na qual as Nossas Tropas
se instalaram em seguida e onde pararam o ímpeto do
ataque inimigo, obrigando-o a retirar com muitas baixas.
Indiferente à dor que o ferimento lhe causava, manteve o
comando perfeitamente esclarecido da situação, que
encarou com toda a naturalidade e o mais elevado moral.
Esta acção permitiu que fossem realçadas as qualidades
de coragem, decisão, sangue-frio e serena energia
debaixo de fogo, que o Alferes Ramos da Silva já havia
demonstrado em várias situações.
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Resumo da acção em
campanha do Batalhão de Cavalaria 399
BATALHÃO DE CAVALARIA N.º 399
Comandante:
Tenente-Coronel de Cavalaria Joaquim
dos Santos Alves Pereira
(Medalha de Prata de Serviços
Distintos com Palma)
2.° Comandante:
Major de Cavalaria, Luís Clemente
Pereira Pimenta de Castro
O Batalhão de Cavalaria 399,
mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 3, em Estremoz,
desembarcou em Luanda, em 17 de Dezembro de 1962 e,
passados alguns dias, assumiu a responsabilidade
operacional de uma área que englobava Nambuangongo,
Onzo, Quimbumbe, Beira Baixa, etc. Após cerca de 8 meses
de permanência, foi deslocado para as áreas de Bela
Vista, Teixeira da Silva, General Machado, Andulo,
Caianda e Chinguar, onde se manteve até agora, quando
regressa à Metrópole.
Colocado assim, inicialmente, numa região em que o
inimigo se encontrava agressivo, moralizado e bem
armado, demonstrando um salutar espírito de corpo,
elevado moral, comunicativo entusiasmo, vincada
agressividade e nítida compreensão da alta missão que
tinha a seu cargo, pela acção dinâmica e eficiente do
seu comandante e quadros, soube não só enfrentar com a
maior calma e confiança todas as situações de combate,
levando sempre de vencida o inimigo, mas também suportar
com a maior abnegação e estoicismo as deficientes
condições de instalação, de isolamento e de falta de
espaço.
Da muito intensa actividade operacional que levou a
cabo, por iniciativa própria ou integrado em directivas
superiores, destacam-se as operações «TOMA LÁ», «SEM
NOME», e «ATÉ CHORAS», além de numerosas nomadizações e
emboscadas que tiveram marcante projecção na conduta das
operações do Sector a que estava atribuído, pela
desarticulação que obteve das organizações inimigas
através da destruição de importantes centrais e
quartéis, da produção de muitas baixas e apreensão de
material.
Quando colocado na região da Bela Vista e até final da
sua comissão em Angola, manifestou o Batalhão de
Cavalaria n.º 399 o maior entusiasmo na pesquisa de
informações, como ainda uma serena, clara e cuidadosa
apreciação das notícias difundidas. Desenvolvendo desde
o início uma profícua acção de assistência às populações
nativas, orientada nos melhores moldes, através da
execução de um plano de intensos patrulhamentos,
conseguiu levar a termo uma obra a todos os títulos
notável e que viria a merecer dignificantes homenagens
das populações civis e autoridades administrativas com
quem contactou.
Ao terminar a permanência do Batalhão de Cavalaria n.º
399 nesta Província, onde o esforço e sacrifício dos
seus homens mereceu dos escalões superiores um louvor
colectivo, várias referências elogiosas, 4 Cruzes de
Guerra, 2 medalhas de Serviços Distintos com Palma, e
elevado número de louvores, pode esta Unidade
orgulhar-se de bem ter cumprido o seu dever e ser
credora do reconhecimento e muito apreço da Região
Militar de Angola.
(in Revista da Cavalaria do
ano de 1965, páginas 160 e 161)
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Partida
do Batalhão de Cavalaria 399
para Angola
Diário de Lisboa, n.º 14360, de 05Dez1962

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Regresso do Batalhão
de Cavalaria 399 à Metrópole
Diário de Lisboa, n.º 15162, de 03Mar1965

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