Luís Maria Leão de
Sampaio Maia, Furriel MIl.º de Infantaria ‘Comando’, n.º
06257367, da
19ªCCmds
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA |
Elementos cedidos por um
colaborador do portal UTW
|


Luís Maria Leão de Sampaio Maia
Furriel Mil.º de
Infantaria
‘Comando’, n.º 06257367
19.ª Companhia de
Comandos
«A SORTE PROTEGE OS
AUDAZES»
Angola:
14 de Outubro de 1968
a 2 de Junho de 1969 (data do falecimento)
Cruz de Guerra,
colectiva, de 1.ª classe
(Título póstumo)
Cruz de Guerra de 3.ª classe
(Título póstumo)
Nota: Clique nos
sublinhados que se seguem para visualização dos
conteúdos:
Luís Maria Leão de
Sampaio Maia, Furriel Mil.º de Infantaria ‘Comando’, n.º
06257367, natural da freguesia de Pranhos, concelho do
Porto, filho de Alírio Augusto Correia de Sampaio Maia e
de Sílvia da Cunha Leão de Sampaio Maia, solteiro.
Mobilizado
para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola,
embarcou, no dia 3 de Outubro de 1968, no NTT
‘Moçambique” rumo ao porto de Luanda, onde desembarcou
no dia 14 de Outubro de 1968;
Naquele mesmo dia, 14 de Outubro de 1968, iniciou no
Centro de Instrução de Comandos, o 13.º Curso de
Comandos, o qual terminou no dia 10 de Janeiro de 1969,
tendo sido integrado na
19.ª Companhia de Comandos «A
SORTE PROTEGE OS AUDAZES»;
No
dia 2 de Junho de 1969 na região do Rio Mungo, quando
numa acção de heli-assalto pretendia capturar um
elemento inimigo que se punha em fuga. Logo que o
avistou, imediatamente saltou do helicóptero, não
atendendo à altura em que se encontrava e da violência
da queda resultou escapar-se-lhe a espingarda das mãos.
Apesar de privado da sua arma, precipitou-se
decididamente sobre o inimigo, impondo a luta
corpo-a-corpo, sucedendo que, no momento da captura, o
helicóptero que o tinha transportado despenhou-se,
decepando-o e ao elemento adverso que dominava.
Tinha 22 anos de idade.
No dia 31 de Julho de 1969 foi inumado no cemitério da
Irmandade de Nossa Senhora da Lapa, no Porto.
Paz à sua Alma.
Louvado e agraciado, a título póstumo, com a Medalha da
Cruz de Guerra de 3.ª classe, pela Portaria de 16 de
Março de 1971, publicado na na Ordem de Serviço n.º 77,
de 23 de Setembro de 1970, do Quartel General da Região
Militar de Angola e na Ordem do Exército n.º 10 – 3.ª
série, de 1971;
Agraciado, a título póstumo, com a
Medalha da Cruz de Guerra,
colectiva, de 1.ª classe,
conforme Aviso (extracto) n.º 9091/2012, publicado no
Diário da República, n.º 128/2012, Série II, de 4 de
Julho de 2012.
--------------------------------
Notícia da cerimónia
fúnebre:
in Semanário
Regional Nacionalista
"Defesa de Espinho"
02Ago1969
Ao Serviço da Pátria
Luís Maria Leão de
Sampaio Maia
Furriel Miliciano
Em defesa da soberania
de Portugal morreu em combate na nossa Província de
Angola.
Desceu à terra na passada quinta- feira [31 de Julho de
1969], no Cemitério da Lapa, no Porto, depois dos
responsos da Igreja.
Acompanharam-no os seus familiares e amigos, numa
saudade por um moço que de todos foi estimado, pelas
suas excepeionais qualidades de carácter.
Morreu com 22 anos, quando da sua mocidade tanto havia
ainda a esperar, no amor à terra de Espinho a que ele
tanto queria.
Era filho do Mr. Alírio Augusto Correia Sampaio Maia,
nosso querido conterrâneo e da Sra. D. Sílvia Leão
Sampaio Maia, irmão dos Srs. João José Sampaio Maia,
Maria Leonor Sampaio Maia, António Augusto Leão Sampaio
Maia e cunhado do Sr. José Lima Costa. Pertencia aos
Comandos das nossas forças armadas, com o posto de
Furriel Miliciano.
Muitos amigos o acompanharam na sua última viagem,
vendo-se representados a Associação Académica e Sporting
Clube de Espinho, às quais o finado deu o melhor do seu
concurso, como praticante.
A «Defesa de Espinho» apresenta à família a expressão
mais sentida do seu profundo pesar.

--------------------------------
Cruz de Guerra de 3.ª
classe
(Título póstumo)
Furriel Miliciano de
Infantaria, Comando
LUÍS MARIA LEÃO DE SAMPAIO MAIA
19ªCCmds - ClCmds -
RMA
ANGOLA
3.ª CLASSE (Título
póstumo)
Transcrição da Portaria publicada na Ordem do
Exército n.º 10 – 3.ª série, de 1971.
Por Portaria de 16 de Março de 1971:
Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro
do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 3.ª
classe, a título póstumo, ao abrigo dos artigos 9.º e
10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados em acções de combate na
Província de Angola, o Furriel Miliciano de Infantaria,
Luís Maria Leão de Sampaio Maia, da 19.ª Companhia de
Comandos do Centro de Instrução de Comandos - Região
Militar de Angola.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Publicado na Ordem de Serviço n.º 77, de 23 de Setembro
de 1970, do Quartel General da Região Militar de
Angola):
Louvado, a título póstumo, o Furriel Miliciano de
Infantaria, Comando, n.º 06257367, Luís Maria Leão de
Sampaio Maia, da 19.ª Companhia de Comandos, porque,
durante o período em que serviu nos "Comandos" até à sua
morte, frente ao inimigo, evidenciou elevadas qualidades
militares, elevado aprumo e assinalada competência,
tendo-se salientado em todas as operações em que tomou
parte, pela sua valentia, extraordinário espírito de
missão e de sacrifício, agressividade, sangue-frio e
muita abnegação.
Ponderado e esforçado, foi exemplo constante para o
pessoal que enquadrava ao qual se impunha naturalmente
pelas suas qualidades de trabalho, aprumo e desembaraço,
mercê das quais foi sempre um prestante e muito
eficiente colaborador.
Caiu em defesa da Pátria em manifestação de
extraordinária valentia, audácia decisão e desprezo pelo
perigo, quando numa acção de heli-assalto pretendia
capturar um elemento inimigo que se punha em fuga.
Logo que o avistou, imediatamente saltou do helicóptero,
não atendendo à altura em que se encontrava e da
violência da queda resultou escapar-se-lhe a espingarda
das mãos. Apesar de privado da sua arma, precipitou-se
decididamente sobre o inimigo, impondo a luta
corpo-a-corpo, sucedendo que, no momento da captura, o
helicóptero que o tinha transportado despenhou-se,
decepando-o e ao elemento adverso que dominava.
Foi o Furriel Maia um nobre exemplo de militar e de
graduado Comando, e os serviços por si prestados são
recordados com especial apreço e justamente referidos
neste louvor.