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Condecorações

Manuel da Silva Moreira, Soldado Condutor Auto, da CCac1419/BCac1857

 

  "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA  

 

 

Manuel da Silva Moreira

 

Soldado Condutor Auto, n.º 05093663

 

Companhia de Caçadores 1419

«OS FACAS»

 

Batalhão de Caçadores 1857

«TRAÇAMOS A VITÓRIA»

 

Guiné: 06Ago1965 a 03Mai1967

 

Cruz de Guerra de 2.ª classe

 

Louvor Individual

 

Prémio Governador da Guiné

 

Manuel da Silva Moreira, Soldado Condutor Auto, n.º 05093663;


Mobilizado pelo Regimento de Infantaria 2 (RI2 - Abrantes) «EXCELENTE E VALOROSO» para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné;


No dia 31 de Julho de 1965, na Gare Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em Lisboa, embarcou no NTT ‘Niassa’, integrado na Companhia de Caçadores 1419 (CCac1419) «OS FACAS» do Batalhão de Caçadores 1857 (BCac1857) «TRAÇAMOS A VITÓRIA», rumo ao estuário do Geba (Bissau), onde desembarcou no dia 6 de Agosto de 1965;


A sua subunidade de infantaria, comandada pelo Capitão Mil.º de Infantaria António dos Santos Alexandre, ficou inicialmente colocada em Bissau, em substituição da Companhia de Artilharia 496 (CArt496), ficando integrada no dispositivo e manobra do seu batalhão [BCac1857], com vista à segurança e protecção das instalações e das populações da área e cumulativamente, com a função de intervenção e reserva do Comando-Chefe; efectuou a adaptação operacional na região de Mansoa, sob orientação do Batalhão de Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS, LEAIS E FIÉIS», a partir de 17 de Agosto de 1965, após o que tomou parte numa operação na região de Damé, efectuada em 17 de Setembro de 1965; substituída no sector de Bissau pela Companhia de Cavalaria 1485 (CCav1485) «... E ASSIM NASCEU BIAMBE», foi atribuída, a partir de 24 de Outubro de 1965, ao Batalhão de Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS E SEMPRE FIÉIS» e colocada em Bissorã, com um pelotão destacado em Olossato, em reforço da guarnição local e onde substituiu a Companhia de Artilharia 566 (CArt566) «BRAVOS E SEMPRE LEAIS»; em 11 de Janeiro de 1966, por saída da Companhia de Artilharia 643 (CArt643) do Batalhão de Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS, LEAIS E FIÉIS», assumiu a responsabilidade do subsector de Bissorã, mantendo um pelotão destacado em Olossato e, a partir de 18 de Junho de 1966, outro em Ponte Maqué, ainda na dependência do Batalhão de Artilharia 645 (BArt645) «ÁGUIAS NEGRAS» - «BRAVOS E SEMPRE FIÉIS» e depois integrada no seu batalhão [BCac1857]; em 31 de Outubro de 1966, substituída pela Companhia de Artilharia 1525 (CArt1525) «FALCÕES DE BISSORû - «MAIS ALTO E MAIS FORTE», do antecedente ali colocada em reforço da guarnição, foi transferida para Mansabá, no mesmo sector, em reforço da guarnição local e intervenção naquela área tendo assumido, transitoriamente, a responsabilidade do subsector de Mansabá, depois da saída da Companhia de Caçadores 1421 (CCac1421) do Batalhão de Caçadores 1857 (BCac1857) «TRAÇAMOS A VITÓRIA»; em 26 de Abril de 1967 foi substituída pela Companhia de Cavalaria 1617 (CCav1617) do Batalhão de Cavalaria 1897 (BCav1897) e recolheu, seguidamente, a Bissau a fim de aguardar o embarque de regresso.


Distinguido com o Prémio Governador da Guiné, publicado no Jornal do Exército n.ºs 95 e 96, respectivamente, nas páginas 36 e 22, de Novembro e Dezembro de 1967.


Louvado por feitos em combate na Província Ultramarina da Guiné, publicado nas Ordens de Serviço n.º 08/67, de 5 de Abril de 1967, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné e n.º 20, do mesmo mês e ano, do Quartel-General do Comando Territorial Independente da Guiné;


No dia 3 de Maio de 1967, embarcou no NTT ‘Uíge’ de regresso à Metrópole, onde desembarcou no dia 9 de Maio de 1967;


Agraciado com a Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe, pela Portaria de 25 de Junho de 1968, publicada na Ordem do Exército n.º 23 - 3.ª série, de 1968.

 

 

Cruz de Guerra de 2.ª classe

 

 

Soldado Condutor Auto, n.º 05093663
MANUEL DA SILVA MOREIRA
 

CCac1419/BCac1857 - RI2
GUINÉ
 

2.ª CLASSE
 

Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 23 - 3.ª série, de 1968.
 

Por Portaria de 25 de Junho de 1968:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro do Exército, condecorar com a Cruz de Guerra de 2.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província da Guiné Portuguesa:


O Soldado n.º 05093663, Manuel da Silva Moreira, da Companhia de Caçadores n.º 1419 do Batalhão de Caçadores n.º 1857 - Regimento de Infantaria n.º 2.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.
 

(Publicado nas Ordens de Serviço n.º 08/67, de 5 de Abril de 1967, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné e n.º 20, do mesmo mês e ano, do Quartel General do Comando Territorial Independente da Guiné):


Louvado o Soldado, condutor auto, n.º 05093663, Manuel da Silva Moreira, da Companhia de Caçadores n.º 1419 do Batalhão de Caçadores n.º 1857 - Regimento de Infantaria n.º 2, por ter voluntariamente tomado parte em todas as operações realizadas pela sua Companhia como apontador do LGFog (Lança-Granadas Foguete), apesar de ser condutor, distinguindo-se em todas elas pela coragem com que actua, revelando-se em cada acção um dos mais valorosos combatentes da Companhia.


Dotado de condições físicas invulgares, em várias acções conseguiu, com o seu exemplo, influenciar decisivamente o espírito dos camaradas, transmitindo-lhes a sua agressividade e exortando-os ao combate.


Distinguiu-se de modo especial na operação "Filomena", propondo ao seu comandante de Grupo de Combate a travessia dum rio a nado, por lhe haverem dito que do outro lado havia elementos inimigos armados, os quais se não haviam revelado à emboscada durante o dia.


Seguindo-se o cerco, o Soldado Moreira, deparando-se-lhe um elemento inimigo armado de pistola metralhadora, num alarde de valentia dominou-o, não lhe dando sequer tempo a reagir, conseguindo assim a captura dum bandoleiro vivo e armado, o que representa um resultado de alto valor.


Durante a operação "Espião", quando as nossas tropas se encontravam nas imediações do objectivo, e como os guias começassem a revelar medo à medida que se aproximavam, passou para a testa da coluna obrigando-os a prosseguir em procura do inimigo. Sendo descoberto e alvejado, numa demonstração de coragem, decisão, sangue frio e serena energia debaixo de fogo, além dum total desprezo pela vida, expondo-se, executou vários disparos com o LGFog (Lança-Granadas Foguete) desalojando o inimigo das suas posições.


Devido às excelentes qualidades atrás referidas, a sua dedicação merece especial distinção e o apreço devido a quem tão abnegadamente soube servir.
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Prémio Governador da Guiné

 

in Jornal do Exército n.º 95, pág. 36, de Novembro de 1967

in Jornal do Exército n.º 96, pág. 22, de Dezembro de 1967

 

 

SOLDADO MANUEL DA SILVA MOREIRA


«Por ter voluntariamente tomado parte em todas as operações realizadas pela sua Companhia como apontador do L.Gr.Fog. (Lança -Granada Foguete), apesar de ser condutor, distinguindo-se em todas elas pela coragem com que actua, revelando-se em cada acção um dos mais valorosos combatentes da Companhia


Dotado de condições físicas invulgares, em várias acções conseguiu, com o seu exemplo, influenciar decisivamente o espírito dos camaradas, transmitindo-lhes a sua agressividade e exortando-os ao combate.


Distinguiu-se de modo especial na Operação «FILOMENA», propondo ao seu Comandante de Grupo de combate a travessia dum rio a nado, por lhe haverem dito que do outro lado do rio havia elementos inimigos armados, os quais se não haviam revelado à emboscada durante o dia.


Seguindo-se o cerco à «morança», o Soldado MOREIRA, deparando-se-lhe um elemento inimigo armado de pistola-metralhadora, num alarde de valentia, dominou-o, não lhe dando sequer tempo a reagir, conseguindo assim a captura dum bandoleiro vivo e armado, o que representa um resultado de alto valor para as Nossas Tropas.


Durante a Operação «ESPIÃO» quando as Nossas Tropas se encontravam nas imediações do objectivo e como os guias começassem a revelar medo à medida que se aproximavam, passou para a testa da coluna, obrigando-os a prosseguir em procura do inimigo.


Sendo descoberto e alvejado, numa demonstração de coragem, decisão, sangue-frio e serena, energia debaixo de fogo, além dum total desprezo pela vida, expondo-se, executou vários disparos com o L.Gr.Fog. (Lança -Granada Foguete), desalojando o inimigo das suas posições.


Devido às excelentes qualidades atrás referidas, a sua dedicação merece especial distinção e o apreço devido a quem tão abnegadamente soube servir
»


É condecorado com a medalha da Cruz de Guerra de 2.ª classe.
 

 

 

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in Diário de Lisboa, ed. 15310, pág. 10, de 31 de Julho de 1965

 

Notícia:

 

Partiu para o Ultramar um contingente do Exército

Largou hoje de tarde do Tejo para o Ultramar, a bordo de um paquete da nossa Marinha Mercante, um contingente de tropas que vai render unidades do Exército que terminaram a sua comissão de serviço.


Pouco antes das 9 horas, começaram a chegar á Estação Marítima de Alcântara, os primeiros elementos militares, os quais ás 10 horas, se encontravam em formatura ao longo da avenida que se estende desde a passagem de nível até ao edifício daquela estação.


Pelas 11 horas, chegou o sr. general Amadeu Buceta Martins, governador militar de Lisboa, o qual passou revista ao contingente expedicionário e assistiu ao seu desfile, fazendo-se ouvir durante a cerimônia, que foi presenciada por milhares de pessoas, a banda de música do Batalhão de Caçadores 5.


Seguidamente, o contingente, constituído por forças de Abrantes e de Lisboa, dirigiu-se para bordo enquanto a banda de musica executava marchas militares.


O sr. general Enceta Martins, como representante do ministro do Exército, despediu-se das tropas, dirigindo-lhes, a bordo, saudações e votos de boa viagem.


O sr. major José Carlos Coelho, agradeceu a presença do governador Militar de Lisboa e a representação do ministro do Exército, afirmando que «todos saberão manter o prestígio do Exército português e defender o solo pátrio.»
 

 


 

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in Diário de Lisboa, ed. 15944, pág. 17, de 9 de Maio de 1967

 

Notícia

 

Regressaram da Guiné tropas que lá estiveram em missão de soberania

 

Regressaram esta manhã, a bordo do paquete «Uíge» que atracou ao cais da Estação Marítima da Rocha de Conde de Óbidos, os componentes das unidades dos batalhões de Caçadores 1857 e 1858 e das companhias de Caçadores 1419, 1420, 1421, 1423, 1424 e 1426 e pelotão de Morteiros 1029. Estas forças terminaram suas comissões de serviço na nossa província ultramarina da Guiné.


A despeito do tempo chuvoso, no cais, quando chegou aquele navio da Companhia Colonial de Navegação, estavam muitas pessoas de família dos regressados. Houve efusivas saudações e abraços a matar saudades.


A bordo foi apresentar cumprimentos o sr. brigadeiro Louro de Sousa, em nome do sr. ministro do Exército.


As tropas que regressaram seguiram hoje mesmo em direcção a Abrantes e Tomar por cujos regimentos foram mobilizados. Ali serão licenciadas, seguindo para as terras das suas naturalidades.
 

 

 

 

 

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