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Em memória daqueles que tombaram em defesa de

Portugal na Guerra do Ultramar

 

Pombal

 

Para visualização dos conteúdos clique em cada um dos sublinhados que se seguem:

 

Listagem dos mortos naturais do concelho de Pombal

 

 

Pombal

 

 

Campas de Militares no cemitério de Pombal

 

 

Imagens cedidas pelo veterano Manuel Gonçalves

 

Mário Gonçalves Eusébio

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Carlos Manuel Ribeiro

 

Carlos Manuel Ribeiro, Soldado Sapador 14116970, nasceu no dia 1 de Novembro de 1949, em Vinagres (São João Baptista), concelho de Pombal, mobilizado pelo Regimento de Cavalaria 3, para servir no Comando Territorial Independente da Guiné, integrado na Companhia de Comando e Serviços do Batalhão de Cavalaria 3854.

 

Faleceu no dia 23 de Janeiro de 1973. Tinha 23 anos de idade

 

Está sepultado no cemitério municipal de Pombal

 

 

 

 

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Joaquim Gonçalves Monteiro

 

Joaquim Gonçalves Monteiro, Soldado Apontador de Morteiro 2594/63, nasceu no dia 28 de Março de 1943, na freguesia e concelho de Pombal, mobilizado pelo Regimento de Infantaria 7, para servir no Comando Territorial Independente da Guiné, integrado no Pelotão de Morteiros 980 (Batalhão de Cavalaria 490).

 

Faleceu no dia 5 de Janeiro de 1965 (*). Tinha 21 anos de idade

 

Está sepultado no cemitério municipal de Pombal

 

(*) - Fontes:

http://blogueforanadaevaotres.blogspot.com/2008/10/guin-6374-p3313-oito-mortos-do-pel-mort.html

http://carlosilva-guine.i9tc.com/site/

 

"Com a História do BCav 490 nas mãos, oferta do Carlos Silva (que mantém um blogue com muita informação útil, especialmente sobre o Sector de Farim), ao folheá-la deparei com o relatório de um acidente de que, lembro-me agora, ouvi falar em finais de Janeiro de 1965"

 Virgínio Briote

 

cópia do relatório do acidente, que se transcreve abaixo.
Batalhão de Cavalaria nº 490
Pelotão de Morteiros nº 980
Relatório do acidente que teve lugar em 5/01/1965
O Pel Mort 980 era constituído por 33 homens, incluindo o cmdt de Pel e os Furriéis (3), comandantes de Secção.
O Pelotão participava na op "Panóplia" que se realizava na Península de Sambuiá, entre o rio do mesmo nome e o rio Talicó.
Para dar cumprimento à missão, o Pel embarcou na LFG "Orion" às 05h00 como estava previsto e foi transportado por este meio na direcção E-W pelo rio Cacheu. Como fora planeado, o navio passou pelo local de desembarque, local esse que fora reconhecido na véspera, até um ponto antes de Bigene. Aí, o navio inverteu a marcha e, como também fora planeado, foi então que o Pel desembarcou para o bote de borracha pertencente ao Exército no qual se faria o desembarque na Península de Sambuiá.
Embarcaram para o barco de borracha do Exército, 25 homens entre os quais se encontrava o Cmdt do Pelotão. Embarcámos também para esse barco todo o material e armamento necessário para se realizar o desembarque.
Como seria mais seguro não embarcaram todos os homens nesse barco, que tem uma lotação aproximada de 30 homens, tendo o Comandante do navio posto à nossa disposição um barco de borracha pertencente à Marinha, no qual embarcaram simultaneamente os restantes homens do Pel Morteiros (8) assim como o restante material.
Os dois barcos seriam rebocados pela "Orion", de maneira a estarem permanentemente encobertos das vistas de possíveis sentinelas [IN] existentes na Península onde se efectuaria o desembarque, junto ao rio Cacheu. Segundo notícias, essas sentinelas existiam. Os barcos onde eram transportados os homens do Pel Mort, seriam afastados da "Orion" ao passarmos pelo local onde se realizaria o desembarque.
Antes do navio se pôr em marcha, foi passado um cabo por baixo do barco onde eram transportados os 25 homens, amarrado a um ferro existente no fundo do mesmo.
O navio recomeçou a marcha e, depois de ter navegado durante alguns minutos, o cabo que fora passado para rebocar o barco maior rebentou, pelo que o navio se afastou um pouco. Foi posto o motor do barco a funcionar e a recolagem fez-se sem qualquer incidente ou dificuldade.
Foi então que se passou um cabo mais forte para dentro do barco de borracha, ficando os próprios homens que o tripulavam a agarrar nesse cabo, sendo nessa altura avisado pelo Cmdt da "Orion" e depois por mim que, em caso de emergência o cabo devia ser largado imediatamente. Foi nessa altura que eu chamei a atenção dos homens, para a conveniência de se chegarem o mais possível para a ré, pois o barco rebocado teria a tendência a baixar a proa. Os homens assim fizeram.
A marcha recomeçou, não podendo eu avaliar a velocidade da "Orion", pois ela, necessariamente, difere bastante (aparentemente), devido às diferenças de tamanho da "Orion" e do barco rebocado.
Depois de se navegar nestas condições alguns metros, notei que o barco de borracha deixava entrar água pela proa. Coisa sem importância, pois isso seria natural devido à ondulação provocada pela deslocação do navio rebocador.
Foi nesse momento que à ré do barco de borracha alguns homens se levantaram, talvez assustados pela água que saltava para dentro do barco. Mandei-os sentar imediatamente, mas o barco já se encontrava desequilibrado de um dos lados e, sem nos dar tempo a qualquer reacção, afundou-se rapidamente.
Alguns homens que se encontravam dentro do barco sinistrado não sabiam nadar e, então, o pânico foi enorme.
Nadei para junto do barco que se encontrava voltado e icei-me para ele. Seguidamente e auxiliado pelo Soldado nº 1069/63 (1), fui aconselhando calma e ajudando alguns homens a içarem-se para o barco voltado. Foi feito todo o possível para salvar o maior número de homens. Alguns não chegaram a vir à superfície uma única vez, talvez devdo ao grande peso do equipamento, armamento e munições. Entre estes, dois eram bons nadadores.
Verifiquei então que se aproximava rapidamente um barco de borracha da Marinha, tripulado pelo próprio Cmdt da "Orion", a qual se encontrava parada, afastada do barco sinistrado cerca de 80 metros.
Depois de se efectuar o transporte de todos os sobreviventes para bordo do navio, efectuaram-se pesquisas em todos os sentidos e recolheu-se todo o material que se encontrava a boiar.
Verifiquei imediatamente que tinham desaparecido no desastre alguns homens do meu Pelotão e variadíssimo material.
Ao subir para a "Orion" fui informado que dois homens se salvaram, por terem ficado agarrados ao cabo do reboque, o que prova que o mesmo cabo não foi largado como foi aconselhado aos homens para o fazerem em caso de emergência.
Conclusões
1. O desastre deu-se, em grande parte, devido ao pânico de que os homens se apossaram.
2. O pânico foi devido à entrada da água pela proa do barco. Pânico natural, por muitos não saberem nadar.
3. Que a água entrou devido à ondulação provocada pelo deslocamente do barco rebocador e ainda devido à tendência do barco em baixar a proa, visto o cabo do reboque não ter sido passado por baixo do barco mas sim por cima, indo agarrado pelos próprios tripulantes do barco rebocado.
Recomendações
1. Tanto quanto possível evitar nas operações em rios, homens que não saibam nadar.
2. Nunca rebocar um barco com o cabo de reboque passado por cima do barco rebocado e agarrado pelos próprios homens do mesmo barco.
3. Sempre que possível, evitar reboques por meio de navio de peso elevado e de elevada velocidade.
No acidente pereceram os seguintes homens:
1º Cabo nº 1295/63 - Arlindo dos Santos Cardoso
1º Cabo nº 2143/63 - João Machado
Soldado nº 2481/63 - António Ferreira Baptista
Soldado nº 2517/63 - António José Patronilho Ferreira
Soldado nº 2540/63 - António Domingos Félix Alberto
Soldado nº 2594/63 - Joaquim Gonçalves Monteiro (sublinhado nosso)
Soldado nº 3021/63 - João Jota da Costa
Soldado nº 3029/63 - António Maria Ferreira
Quartel em Farim, 10 de Janeiro de 1965
O Comandante do Pel Mort 980
José Pedro Cruz
Alf Infª


Comentário do Comandante do BCav490
Concordo com as conclusões e recomendações apresentadas. No que respeita à escolha dos homens que saibam nadar, creio que infelizmente é bastante teórica pois na maior parte dos casos terão que ser utilizados os efectivos disponíveis. Aliás, não basta saber nadar, pois como se verificou dois dos desparecidos eram até bons nadadores. A única solução parece-me que será dotar as UU de meios próprios para desembarques.
No caso presente é possível que o acidente se tivesse evitado se não tivesse havido necessidade de tomar medidas motivadas pela grande vulnerabilidade do barco de borracha.
O barco tem sido utilizado inúmeras vezes, nomeadamente no percurso Farim-Binta e na travessia do rio Cacheu em Farim, deslocando-se pelos próprios meios e transportando até cargas mais elevadas, sem que a sua estabilidade desse lugar a reparos.
Quartel em Farim, 10 de Janeiro de 1965
O Comandante do BCav490
Fernando Cavaleiro


 

 

 

Nota: A data da sua morte, na lápide, não está correcta. Ocorreu em 05Jan1965

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Mário Gonçalves Eusébio, Soldado de Infantaria, nasceu no dia 24 de Fevereiro de 1949, na freguesia e concelho de Pombal, mobilizado pelo Regimento de Infantaria 5, para servir na Região Militar de Moçambique, integrado na Companhia de Caçadores 3311 do Batalhão de Caçadores 3834.

 

Tombou em combate no dia 28 de Dezembro de 1971. Tinha 22 anos de idade

 

Está sepultado no cemitério municipal de Pombal

 

 

 

 

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