.

 

Início O Autor História A Viagem Moçambique Livros Notícias Procura Encontros Imagens Mailing List Ligações Mapa do Site

Share |

Brasões, Guiões e Crachás

Siga-nos

Fórum UTW

Pesquisar no portal UTM

Memoriais

Monumentos aos Combatentes, Memoriais e Campas

 

Monumentos aos Combatentes e Campas

Em memória daqueles que tombaram em defesa de

Portugal na Guerra do Ultramar

 

Valpaços

 

Para visualização do conteúdo clique em cada um dos sublinhados

 

Listagem dos mortos naturais do concelho de Valpaços

 

 

 

Freguesia de Ervões

 

Aldeia de Sá

 

José Carlos Moreira Machado

 

José Carlos Moreira Machado, Furriel Mil.º Atirador n.º 02893771, natural de Sá, freguesia de Ervões, concelho de Valpaços, solteiro, filho de Manuel Machado e de Delta de Jesus Moreira.

 

Mobilizado pelo Batalhão Independente de Infantaria 19 (BII19 - Funchal) para servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné integrado na Companhia de Caçadores 3518 «OS MARADOS DE GADAMAEL».

 

Faleceu no dia 25 de Maio de 1973, em Guidage (Guiné), vitima de ferimentos em combate, no decorrer de um ataque do inimigo ao aquartelamento.

 

Ficou inumado no coval 1- A do cemitério de Guidage (perímetro externo), na Guiné

 

Em 16 de Novembro de 2009, os seus restos mortais foram trasladados para o cemitério da freguesia da sua naturalidade.

 

Que a sua Alma descanse em paz

 

 

 

-------------------------------------------------------------------

 

Militar morreu na Guiné na Guerra do ultramar 
 

Restos mortais de militar chegaram a Aldeia de Sá 36 anos depois

 

Notícia: «Semanário Transmontano»

Novembro de 2009

Por: Margarida Luzio

 

O funeral de José Carlos Machado teve honras militares

 

 

Já não há luto, nem choro, nem revolta. Sobram lágrimas de emoção. No domingo, os restos mortais de um militar morto na Guiné, há 36 anos, foram a enterrar na sua terra natal, Sá, em Valpaços. A família sente-se aliviada. "Aqui está num lugar protegido e onde é respeitado"

 

“Já o cá temos connosco!”. Fernando Machado acena que sim, agradece as palavras. Tem as mãos ocupadas para abraços efusivos. Com uma segura o guarda-chuva, com a outra agarra o ombro do pai. Nunca o larga. “Não tenho palavras, muito obrigada!!”, repete a quem vai passando e se dirige a ele. O pai mal consegue falar. E quando o tenta fazer, caiem-lhe lágrimas pelo rosto. A mãe quis dar “um beijinho no caixão”.

 

No passado domingo, 36 anos depois, a família do furriel José Carlos Machado, de Sá, Valpaços, enterrou, finalmente, no cemitério local o filho. José morreu na guerra, na Guiné, a 25 de Maio, de 1973. Estava a fazer reabastecimento a um aquartelamento quando uma granada atingiu o edifício. Morreu juntamente com outros colegas. A notícia chegou a Sá através de um telefonema para o posto público. “Lembro-me que andávamos a tirar ervas numa terra de batatas. Foram-me chamar, mas eu nunca pensei que fosse isso”. Fernando Machado, irmão de José Carlos, tinha, então, 20 anos. O irmão 22. No final do enterro, que teve honras militares, Fernando, emigrante nos Estados Unidos da América, não escondia a emoção. “É muito emocionante ver aqui amigos dele e meus. Sinto orgulho e regozijo-me por ele estar aqui. Aqui sei que está num lugar protegido e onde é respeitado. Lá, estava num terreno sem qualquer vedação, passavam animais...”.

 

O processo de trasladação do corpo foi longo e teve intervenção directa da Liga de Combatentes, que se fez representar no funeral. Fernando Machado agradece também e em especial a um sargento que se empenhou na trasladação. “Eles tem aquela máxima de que ninguém pode ficar para trás, vivo ou morto”, explica o irmão da vítima.

 

Um dia antes do funeral, dia 9, José Carlos Machado e os outros dois militares trasladados foram homenageados no Monumento dos Combatentes do Ultramar (junto ao forte do Bom Sucesso, em Lisboa).

 

Antes de chegar a Portugal, os restos mortais de José Carlos e dos outros dois militares estiveram numa capela na Guiné durante vários meses. Foi ali onde foram feitos os exames necessários para garantir a identidade de cada um deles. “O exame de DNA não foi conclusivo a cem por cento, mas pela antropologia, pela medida dos ossos temos 90 e tal por cento de certeza que é ele”, conclui Fernando Machado.

 

-------------------------------------------------------------------

 

36 anos depois, "regressa" à sua terra natal

 

A urna com os seus restos mortais vai estar presente, no dia 14 de Novembro de 2009, junto ao Monumento dos Combatentes do Ultramar, em Belém (Lisboa)

 

Clique aqui para visualização "Como tudo começou"

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Sua Excelência, o Ministro da Defesa Nacional, Dr. Augusto Santos Silva

 

 

 

 

© UTW online desde 30Mar2006

Traffic Rank

Portal do UTW: Criado e mantido por um grupo de Antigos Combatentes da Guerra do Ultramar

Voltar ao Topo