Nelson Joaquim de Almeida
Pereira Soares, Alferes Mil.º de
Artilharia, n.º 11972069
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro


Nelson
Joaquim de Almeida Pereira Soares
Alferes Mil.º de
Artilharia, n.º 11972069
Comandante de pelotão
da
Companhia de
Artilharia 3332
«P’FRENTE»
Guiné: 20Dez1970 a 26Out1971(data do
falecimento)
Cruz
de Guerra de 3.ª classe
(Título póstumo)
Nelson Joaquim de Almeida
Pereira Soares, Alferes Mil.º de
Artilharia, n.º 11972069, natural de
Lavandeira, na freguesia e concelho de
Oliveira do Bairro, filho de João José
de Almeida Soares e de Maria Pereira
Martins, solteiro;
Mobilizado pelo Regimento de Artilharia
Pesada 2 (RAP2 – Vila Nova de Gaia)
«BRAVOS E SEMPRE LEAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina da
Guiné;
No dia 14 de Dezembro de 1970, na Gare
Marítima da Rocha do Conde de Óbidos, em
Lisboa, embarcou no
NTT ‘Uíge’, como
comandante de pelotão da Companhia
de
Artilharia 3332 (CArt3332) «P’FRENTE»,
rumo ao estuário do Geba (Bissau), onde
desembarcou no dia 20 de Dezembro de
1970;
A sua subunidade de artilharia, após a
realização da Instrução de
Aperfeiçoamento Operacional (IAO), de 23
de Dezembro de 1970 a 24 de Janeiro de
1971, no
Centro de Instrução Militar
(CIM), em Bolama, seguiu em 25 de
Janeiro de 1971 para Piche, a fim de
substituir a Companhia de Cavalaria 2747
(CCav2747) do Batalhão de Cavalaria 2922
(BCav2922) «À CARGA!» na função da
subunidade de intervenção e reserva do
Comando de Agrupamento Operacional 2
(CAOP2) e na atribuição preferencial de
reforço do Batalhão de Cavalaria 2922
(BCav2922) «À CARGA!» , sendo utilizada
em várias acções realizadas,
nomeadamente, nas áreas de Canquelifá e
Canjadude e no apoio e consolidação de
itinerários;
Faleceu no da 26 de Outubro de 1971 em
Cambajã, no itinerário de Piche – Nova
Lamego (nota), em consequência de
ferimentos em combate;
Está inumado no cemitério municipal de
Oliveira do Bairro
Paz à sua Alma
(nota):
Naquele dia – 26 de Outubro de 1971 – e
naquela localidade, tombaram em combate
2 militares:
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nos sublinhados que se seguem:
Albino Maia de Jesus, 1.º Cabo de Artilharia, n.º 11793070
Manuel da Silva Pereira, Soldado Cozinheiro, n.º 11170770
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Cruz de Guerra de .3.ª classe
(Título póstumo)
Alferes Miliciano de Artilharia
NELSON JOAQUIM DE ALMEIDA PEREIRA SOARES
CArt3332 - RAP2
GUINÉ
3.ª CLASSE (Título póstumo)
Transcrição do Despacho publicado
na Ordem do Exército n.º 8 – 2.ª série, de 1973.
Agraciado com a Cruz de Guerra de 3.ª classe, nos termos do
artigo 20.º do Regulamento da Medalha Militar, promulgado pelo
Decreto n.º 566/71, de 20 de Dezembro, por despacho do
Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, de 17 de Novembro
do ano findo, a título póstumo, o Alferes Miliciano de
Artilharia, Nelson Joaquim de Almeida Pereira Soares, da
Companhia de Artilharia n.º 3332 - Regimento de Artilharia
Pesada n.º 2.
Transcrição do louvor que originou
a condecoração.
(Publicado nas Ordens de Serviço n.º 36, de 03 de Novembro de
1972, do Comando-Chefe das Forças Armadas da Guiné e n.º 47, de
09 do mesmo mês e ano, do Quartel General do Comando Territorial
Independente da Guiné):
Por proposta do Brigadeiro Comandante Militar, o General
Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, por seu despacho
de 26 de Outubro de 1972, louvou, a título póstumo, o Alferes
Miliciano de Artilharia, da Companhia de Artilharia n.º 3332, do
Regimento de Artilharia Pesada n.º 2, pelas extraordinárias
qualidades de coragem, decisão, sangue-frio e serena energia
debaixo de fogo evidenciadas ao longo da sua permanência no
Teatro de Operações da Guiné.
De salientar, a sua actuação no decorrer de uma emboscada
montada a uma coluna das nossas forças, em que, seguindo na
primeira viatura, saltou para o lado direito da picada, e
verificando que o inimigo pretendia vir ao assalto, pediu apoio
às armas pesadas, e dispondo os seus homens em linha, lançou-se
com eles sobre o adversário, tendo, então, sido atingido
mortalmente por uma granada de morteiro.
O Alferes Pereira Soares, pelo conjunto de qualidades militares
e morais que nele se cruzavam e de que se salientam, a invulgar
e notável capacidade de comando de tropas em campanha, a
abnegação e coragem, honrou altamente o Exército e a Pátria que
tão devotadamente serviu.
