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NOTÍCIA - Associação de
Combatentes tirou torrejano da rua
Associação de Combatentes tirou torrejano da rua
From:
Jornal Torrejano
Sent:
Friday, July 31, 2009 3:41 PM
To: UTW
Subject: Notícia - Jornal Torrejano On-Line

Sociedade
Associação de
combatentes tirou torrejano da rua
O
ex-combatente vivia numa casa abandonada na rua da
Fábrica, em condições objectivamente desumanas. Fernando
Iria habitava uma casa devoluta, um espaço cuja
descrição não é fácil de fazer: além de muito lixo, o
antigo militar dormia no mesmo sítio onde fazia as suas
necessidades. A ACUP teve conhecimento deste caso depois
de um torrejano, também ex-combatente, o ter denunciado
à associação e à delegação de Torres Novas da Liga de
Combatentes.
Ao notar a ausência
de Fernando Iria nos locais onde habitualmente era visto
e de, posteriormente, ter tido conhecimento de uma queda
que o hospitalizou, João Asseiceiro contactou o Centro
Hospitalar do Médio Tejo e ficou a saber que o
acidentado havia dado entrada nas urgências do hospital
de Torres Novas, mas tinha sido entretanto transferido
para o hospital de Abrantes. Fernando Iria tinha dado
entrada naquela unidade com lesões graves na coluna, na
sequência dessa queda, ocorrida no Largo do Paço (junto
à pastelaria Império).
Os dirigentes da ACUP
vieram de Castelo de Paiva a Torres Novas (percorreram
uma distância de cerca de 300 quilómetros) para
acompanhar o caso. Depois de se terem dirigido aos
serviços sociais do hospital, desta feita em Tomar, para
onde Iria havia já sido transferido, José Nunes encetou
contactos com os serviços de segurança social de Torres
Novas, bem como de outras instituições torrejanas:
”Verifiquei que havia pouca sensibilidade dos serviços
sociais de Torres Novas para resolver o caso”, afirmou
desgostoso.
Nesta vinda a Torres
Novas os responsáveis pela associação aproveitaram para
investigar em que condições é que Fernando Iria de facto
vivia e o impacto não poderia ter sido mais negativo
ambiente da sua habitação era o pior possível.
A má impressão
deixada pelos serviços sociais de Torres Novas não se
verificou em Santarém, onde, como contou o José Nunes,
foi muito bem recebio ”Houve uma grande abertura dos
serviços e num curto espaço de tempo deu-se cumprimento
ao protocolo”, referiu satisfeito.
Em causa está uma
solução que saiu de uma audiência realizada entre a
segurança social e a ACUP, no início do ano. O documento
refere que as instituições que tenham acordo de
cooperação com a segurança social, ao abrigo da cláusula
que obriga à reserva de lugares para situações
sinalizadas, devem sempre que possível dar prioridade à
entrada de indivíduos que tenham sido combatentes.
Quase dois meses
depois de Fernando Iria ter estado internado, os
dirigentes da ACUP cantam agora vitória por terem
conseguido encontrar um lar para acolher o
ex-combatente, de 60 anos, natural da Golegã, mas
residente (nessa tal habitação devoluta) em Torres
Novas. Na passada sexta-feira, dia 24 de Julho,
dirigentes da associação foram ao hospital de Tomar
acompanhar a alta de Fernando Iria e transportaram-no
para a Casa dos Faguntas, uma instituição de
solidariedade social.
José
Nunes, presidente da associação, revelou ao JT que a
Santa Casa da Misericórdia de Torres Novas
comprometeu-se a acolher Fernando Iria logo que surja
uma vaga na instituição.
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