Guidaje (Guiné) - 10 a 26 de Maio de 1973

28 Militares sepultados em covais de cemitério rudimentar,

delimitado junto ao perímetro exterior do (antigo) aquartelamento das NT em Guidaje (subsector fronteiriço no centro - norte da Guiné)

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Imagem cedida pelo veterano Albano M. Costa

"Os militares portugueses viveram sob a síndrome de

Bien-Dien-Phu há mais de 20 anos, em Guidage, na Guiné - Bissau,

num cerco de mais de um mês, que causou cerca de 100 mortos.

O "inferno de Guidage", como lhe chamaram militares portugueses ..."

in jornal "Público", de 5 de Novembro de 1995

Comentários

Albano M. Costa

Colaborador do portal UTW

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Enviado pelo veterano Albano Costa:

De: albano costa
Enviada: terça-feira, 4 de Março de 2008 21:10
Para: utw
Assunto: Mortos de Guidage

Caro Senhores

Em relação aos mortos que foram sepultados num cemitério improvisado em Guidage, eu que tenho á distancia acompanhado o processo da transladação dos mesmos, logo no início tive o cuidado de chamar atenção que achava bem em irem buscar os 3 pára-quedistas, mas como português ficava triste se não fizessem o mesmo com mais 5 militares do mesmo exército que também tombaram na bolanha do Cuféu e no quartel de Guidage, ao qual logo me informaram que ao irem levantar os três pára-quedistas que levantavam os restante, e assim estou confiante que vai ser feito, quantos aos restantes militares mortos não foram falados vistos que são naturais da Guiné com todo o respeito, mas temos que respeitar as suas culturas.

Quanto ao turismo da saudade ou de memórias ou como lhe querem chamar, eu sou da opinião que deve ser aproveitado, e quanto mais cedo melhor para as duas partes, era bom que todos os portugueses que tiveram que ir combater para a Guiné, pudessem lá voltar para rever os sítios por onde andaram e poderem exorcizar fantasmas que ainda hoje carregam, e ao poderem lá voltar iriam sentir como aquele povo é um povo fraterno e que recebe bem todos os portugueses, e nós ao lá irmos além de ajudar-mos aquele país, sempre podemos prestar homenagens a todos os que lá tombaram.

Eu não quero criar polémica nenhuma, já lá voltei e fui ás zonas aonde estive uma delas Guidage, e sei bem como fui recebido.

Um bem pelo vosso trabalho, Albano

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Enviado pelo colaborador do portal UTW:

À pala de assunto que deveria merecer mais respeito por parte de todos quantos andaram no mato, para com todos que lá morreram e alguns outros que lá ficaram sumariamente sepultados, vai por aí, em alguns sítios da net, mais dados a acções de agit-prop em torno de um tal «turismo da saudade», um grande bru-á-á...

Algum tempo atrás, houve uma chamada de atenção para o facto de, no tal «cemitério militar» de Guidaje, terem ficado sepultados – durante a 2ª quinzena de Maio de 1973 –, não apenas 3 (três) militares das tropas pára-quedistas, mas também outros camaradas-de-armas, de outro Ramo das Forças Armadas Portuguesas (nomeadamente o Exército), tanto de recrutamento metropolitano como de recrutamento local.

Para que se não alegue desconhecimento público, e se iluda a opinião – com alguma opinião que se publica –, em anexo se apresenta a factualidade dos 28 (vinte e oito) militares que, entre os dias 10 e 26 de Maio de 1973, foram sepultados pelos seus camaradas-de-armas, num terreno mal delimitado junto ao perímetro exterior do aquartelamento da NT em Guidaje.

São aqueles 28 – não apenas 5 militares do Exército (contingente metropolitano) e 3 pára-quedistas –, cujos restos mortais poderão ser encontrados pela missão que, segundo notícias recentes, vai «para o terreno» no dia 7 próximo.

Há que enaltecer todo o esforço, por parte de particulares, no sentido da sensibilização das competentes autoridades, para a assunção das suas responsabilidades e correspondente resolução prática. Mas não se limitem aquelas às generalidades, ou seja, a tomar a parte pelo todo.

4 de Março de 2008

Os 28 Militares Portugueses:

A listagem com mais elementos

Legenda:

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