Efeméride
- Ataque da Frelimo
a um acampamento da C. Eng. 2393 (Moçambique) -
28Out1968
texto de
Luís Pinto Coelho, datado
de
23 de Outubro de 2008
Actualizado em 28 de
Outubro de 2012
Actualizado em 28 de
Outubro de 2014


28 de Outubro de 1968
Ataque da Frelimo
a um acampamento da Companhia de Engenharia 2393
Faz hoje, dia 28
de Outubro, 46 anos que um acampamento da Companhia de
Engenharia 2393, em missão na E.N.243, reparação de
ponte sobre o rio Muera, picada de ligação a Nambude,
aquartelamento e pista para aeronaves em Antadora, em
Cabo Delgado, foi atacado pela Frelimo.
Em homenagem a todos
os militares que viveram aqueles momentos e recordando
os mortos e feridos.
Honra aos que tombaram ao serviço de Portugal
na Guerra do Ultramar
Nós, veteranos
daquela guerra, jamais os esqueceremos!
Foi há 46 anos (1968-2014)
Ataque
da FRELIMO (ao pôr do sol) ao acampamento da
Companhia de Engenharia 2393 na Estrada Nacional nº
243, em 28 de Outubro de 1968, N/T com cerca de
150 militares:
1. Companhia de Engenharia 2393
(Mueda),
Comandada pelo Capitão Engenheiro
José P. Morais Marques.
Secções
da Companhia,
Comandadas pelos Alferes Milicianos
de Engenharia
José Manuel Guerreiro,
Álvaro Forjaz e
Álvaro Leonardo.
Pelotão de Sapadores do Batalhão
Caçadores 16
(Beira) – adido à Companhia
Comandado pelo Alferes Miliciano
Sapador de Infantaria
Rogério Costa.
Pelotão de Sapadores do Batalhão de
Caçadores 18
(Lourenço Marques) – adido à Companhia
Comandado pelo Alferes Miliciano
Sapador de Infantaria
Luís Pinto Coelho.
2.
Três Grupos de combate
em missão de segurança ao acampamento e às missões da Cª
de Eng.
Do Batalhão de Mueda
– Batalhão de Artilharia 2846
Grupo de Combate da Companhia de
Artilharia 2369
(Mueda)
Comandado pelo Alferes Miliciano
de Artilharia
Daniel Silva
Grupo de Combate da Companhia de
Artilharia 2371
(Sagal)
Comandado pelo Furriel Miliciano
de Artilharia
Lomelino Ideias
Do Batalhão de Mocímboa da Praia
Grupo de Combate
(destacado nesse Batalhão)
Comandado
pelo Tenente Miliciano de Infantaria
José Nogueira Ribeiro.
Três mortos e trinta e cinco feridos,
ficando danificadas todas as viaturas e maquinaria da
Companhia de Engenharia, foi o rescaldo do ataque, tendo
sido posteriormente contabilizados treze impactos de
granada de morteiro 82, no interior do acampamento.
Os Militares mortos eram:

1º cabo da Companhia de Engenharia 2393 (Mueda),
Horácio de
Sousa Rocha,
1.º Cabo Sapador, natural da
freguesia e concelho de Vendas Novas, mobilizado
pelo Regimento de Engenharia 1, para servir na
Região Militar de Moçambique, integrado na Companhia
de Engenharia 2393.
Tombou em combate no dia 28 de Outubro de 1968.
Tinha 22 anos de idade.
Está
sepultado no cemitério de Vendas Novas
Clique na imagem (Concelho de Vendas Novas)

Soldado da Companhia de Artilharia 2371 (Sagal)
– BART 2846,
Joaquim
Jesus Magalhães,
Soldado de Artilharia, natural de Cabanelas de Cima,
freguesia de Bustelo, concelho de Penafiel,
mobilizado pelo Regimento de Artilharia Ligeira 5,
para servir na Região Militar de Moçambique,
integrado na Companhia de Artilharia 2371 do
Batalhão de Artilharia 2846.
Tombou em combate no dia 28 de Outubro de 1968.
Está
sepultado no cemitério de São Pedro da Cova,
concelho de Gondomar
Clique em qualquer das imagens que se seguem
(Concelho de Penafiel)


Imagens cedidas por
Rui Silva

Soldado da Companhia de Artilharia 2371 (Sagal)
– BART 2846,
Joel dos
Santos Fontes,
Soldado de Artilharia, natural de Cimo da Vila,
freguesia de Guisande, concelho de Santa Maria da
Feira, mobilizado pelo Regimento de Artilharia
Ligeira 5, para servir na Região Militar de
Moçambique, integrado na Companhia de Artilharia
2371 do Batalhão de Artilharia 2846.
Tombou em combate no dia 28 de Outubro de 1968
No aquartelamento de Diaca,
apercebendo-se do sucedido, organizou-se uma coluna de
apoio, comandada pelo Capitão de Artilharia Fonseca
Rodrigues, Comandante da Companhia de Artilharia
nº 2370, com dois Grupos de Combate Comandados
pelos Alferes Milicianos de Artilharia Vicente Oliveira
e Eduardo Oliveira que, durante essa noite, se deslocou
ao acampamento. Deram um apoio extraordinário, em
especial, na evacuação dos mortos e de alguns feridos,
assim como no reforço e rendição de militares, sem
esquecer o ânimo que transmitiram. Missão de grande
risco.
Que as suas Almas descansem em paz
Quem viveu estes momentos nunca os
esquecerá
Fotografia aérea, do acampamento da Cª de
Engenharia, junto à E.N. nº 243.

Fotografia tirada e cedida em 1968, por
um camarada da Força Aérea.