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NOTÍCIA

Enviado por João Bizarro, editor do Jornal Aurinegra (Cantanhede)

 

"Resgate em Guidaje - Guiné", ponto da situação em 26 de Janeiro de 2007

 

Chega a uma fase crucial o movimento cívico criado em redor da questão do resgate dos restos mortais dos soldados portugueses sepultados "provisoriamente" num campo militar do noroeste da Guiné, há 34 anos.

Na próxima segunda-feira, em Cantanhede, deverá ocorrer uma reunião dos principais intervenientes e interessados na campanha. Manuel Rebocho, que hoje à noite chegará de uma viagem exploratória daquela ex-colónia, fará certamente um "ponto da situação" no que se refere à verificação das condições de terreno e logística local.

Ponto central nesta reunião, é também a informação que entretanto chegou à Associação de Veteranos de Guerra do Centro da União de Pára-Quedistas Portugueses.

Em fax subscrito pelo vice-presidente daquela associação, general Avelar de Sousa, a UPP conseguiu um compromisso com a Liga dos Combatentes para resolver a questão.

Aquele organismo a que o Governo incumbiu de cuidar dos sítios, no estrangeiro, onde estão sepultados militares e de recuperar aqueles que foram "deixados para trás", com sepultura indigna do seu sacrifício, compromete-se a "dar prioridade a Guidaje", na recuperação dos restos mortais de militares. Assumindo a missão naquele território, envolvendo arqueólogos, antropólogos e médicos legistas, e antigos militares com experiência no terreno, a missão de resgate terá por objectivo fazer o levantamento do cemitério improvisado, a identificação das ossadas e a sua transferência para Bissau. Os restos mortais que forem reclamados (pelas famílias) serão transladados dali para Portugal, aqui já sob a responsabilidade da União Portuguesa de Pára-Quedistas que, felizmente, assegurou ter conseguido reunir já os fundos necessários a essa operação.

Espera-se que, do encontro, surjam compromissos com as datas e organização de tão importante missão cívica. A AVGC, em face desta comunicação, declarou já à UPP completa disponibilidade para colaborar naquilo que for entendido por necessário, nomeadamente na logística com os especialistas e Instituto Nacional de Medicina Legal que tinha já garantido. Submetendo-se às novas responsabilidades da missão, a APVGC regista a nova atitude da Liga dos Combatentes e a sua disponibilidade, bem como da UPP, e compromete-se a tudo fazer para que se cumpram os objectivos iniciais do movimento: recuperar, identificar e transladar para os cemitérios das terras de origem dos três pára-quedistas "deixados para trás" em Guidaje, bem como dos restantes cinco soldados do Exército nas mesmas circunstâncias, salvaguardado o facto de as famílias quererem ou não essa recuperação e transladação.

João Bizarro

Editor do Jornal AuriNegra, de Cantanhede

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