Soldado
de Infantaria, n.º 01678065
ANTÓNIO MARIA NOBRE
CCac 1560/BCac 1891 — RI 16
MOÇAMBIQUE
1.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 25 - 3.ª série, de 1968.
Por Portaria de 06 de Agosto de
1968:
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, condecorar com a Cruz de
Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos
artigos 9.º e 10.º do Regulamento da
Medalha Militar, de 28 de Maio de
1946, por serviços prestados cm
acções de combate na Província de
Moçambique, o Soldado n.º 01678065,
António Maria Nobre, da Companhia de
Caçadores n.º 1560/Batalhão de
Caçadores n.º 1891 — Regimento de
Infantaria n.º 16.
Transcrição do louvor que
originou a condecoração.
(Por Portaria da mesma data,
publicada naquela 0rdem do Exército):
Manda o Governo da República
Portuguesa, pelo Ministro do
Exército, louvar o Soldado n.º
01678065, António Maria Nobre, da
Companhia de Caçadores n.º
1560/Batalhão de Caçadores n.º 1891
— Regimento de Infantaria n.º 16,
pelo magnífico comportamento que
teve nas operações "Quatro
Camaradas" e "Sobe-Sobe". Na
primeira, conduziu-se com
extraordinária bravura, espírito de
sacrifício e de missão durante o
violento combate de cerca de hora e
meia, travado com numeroso e bem
armado grupo inimigo, sempre ao lado
do comandante do Grupo de Combate,
agindo como apontador de
lança-granadas foguete e expondo-se
constantemente ao fogo adverso, a
fim de poder fazer tiro ajustado,
com o que contribuiu decisivamente
para o bom êxito do assalto levado a
cabo pelas nossas tropas. Em tais
circunstâncias, sempre debaixo de
fogo inimigo, mostrou absoluto
sangue-frio, heroísmo e desprezo
pelo perigo.
Na operação "Sobe-Sobe", apesar de
gravemente ferido no início do
assalto a uma base inimiga,
continuou a fazer fogo com o seu
lança-granadas foguete, apoiando,
assim, com eficiência, a progressão
das nossas tropas. Posteriormente
ajudou os seus camaradas feridos,
incutindo-lhes o maior ânimo até à
chegada do helicóptero que a todos
evacuou. Logo que voltou do
hospital, e embora mal refeito ainda
dos graves ferimentos que recebera,
ofereceu-se como voluntário para
tomar parte nas operações então em
curso, o que, dado o seu estado, não
foi aceite. Restabelecido, voltou a
ser gravemente ferido por efeito do
rebentamento duma armadilha inimiga,
na última acção em que tomou parte.
Com as suas heroicas actuações em
combate, nas quais se mostrou
possuidor de elevadas qualidades
militares, o soldado Nobre
constituiu-se num destacado exemplo
que muita honra a sua Unidade e o
Exército.
