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Condecorações

Carlos Augusto Pereira da Costa, Coronel do Corpo do Estado-Maior

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

e

nota de óbito

Elementos cedidos por um colaborador do portal UTW

Faleceu no dia 18 de Setembro de 2013 o veterano

 

Carlos Augusto Pereira da Costa Matos
 

Coronel do Corpo do Estado-Maior
 

Moçambique:


2.ª Repartição do Quartel-General da
Região Militar de Moçambique
«CONSTANS ET PERPETUA VOLUNTAS»
 

Adido ao
 

Quartel-General da Região Militar de Moçambique
«CONSTANS ET PERPETUA VOLUNTAS»
 

Governador Distrital do Niassa
Província Ultramarina de Moçambique
 

Angola:
 

3.ª Repartição do Quartel-General da Região Militar de Angola
«CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE»
 

Comandante da Operação Orta

 

Medalha de Prata de Serviços Distintos com palma

 

Medalha de Mérito Militar de 3.ª classe

 

Oficialato da Ordem Militar de Avis

 

 


 

Carlos Augusto Pereira da Costa Matos, Coronel do Corpo do Estado-Maior, nascido no dia 14 de Janeiro de 1923, em Lourenço Marques, Província Ultramarina de Moçambique;


Em 1957, Capitão de Infantaria colocado na Direcção do Serviço do Ultramar do Ministério do Exército;


Em 05 de Novembro de 1958, agraciado com o Oficialato da Ordem Militar de Avis;


Em 24 de Fevereiro de 1959, Capitão com o curso de estado-maior, chega à Argélia acompanhado por cinco oficiais do Exército Português a fim de estagiar em Arzew/Oran no “Centre d’Instruction de Pacification et Contre-Guerrilla”;


Em 10 de Março de 1959, conclui breve formação básica na Escola de Guerra Psicológica e Subversiva, seguindo-se em Argel estágio de 1 mês junto de tropas operacionais francesas, com objectivo de apreender técnicas de contra-guerrilha e contra-subversão;


Em 20 de Maio e 1959, o ministro do Exército recebe em Lisboa, o relatório dos seis oficiais regressados da missão na Argélia;


Semanas após entrega do citado relatório, o capitão Costa Matos regressa a Lourenço Marques para reestruturar a 2.ª Repartição (2ªRep) do Quartel-General (QG) da Região Militar de Moçambique (RMM) «CONSTANS ET PERPETUA VOLUNTAS»;


Em 11 de Novembro de 1960, agraciado com a Medalha de Mérito Militar de 3.ª classe;


Em 25 e Novembro de 1960, promovido a Major;


Em 14 de Janeiro de 1961, designado para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, como adido ao Quartel-General (QG) da Região Militar de Moçambique (RMM) «CONSTANS ET PERPETUA VOLUNTAS»;


Em 21 de Março de 1962, nomeado governador distrital do Niassa;

 

 

Em 06 de Junho de 1962, desembarca no aeroporto de Vila Cabral, a fim de assumir as suas funções governativas;

 

 

Em 18 de Agosto de 1963, requisita o caçador Francisco Daniel Roxo [Cruzes de Guerra de 1.ª e 4.ª classes e Medalha de Serviços Distintos] como "assistente no Censo da População";

 

Francisco Daniel Roxo e Carlos Augusto Pereira da Costa Matos

 
No final de 1963, requisita Francisco Daniel Roxo para servir na "brigada P15 dos Serviços de Acção Psicossocial" do Niassa:

 

Finais de 1963: Carlos Augusto Pereira da Costa Matos e régulo Mataca

 

Finais de 1963: Carlos Augusto Pereira da Costa Matos e Francisco Daniel Roxo

 

Em 02 de Agosto de 1964, no aeroporto de Vila Cabral, recebe a visita de Sua Excelência o Senhor Presidente da República, Almirante Américo de Deus Rodrigues Tomaz e respectiva comitiva:

 

 

 

 

Durante o ano de 1965 percorre os matos do norte distrital do Niassa, acompanhado pelo comandante Dantas da Organização Provincial de Voluntários e Defesa Civil de Moçambique (OPVDCM) e por Francisco Daniel Roxo comandante de cipaios e milícias autóctones da "Reserva de Intervenção do Governo do Distrito do Niassa"

 

Carlos Augusto Pereira da Costa Matos, Francisco Daniel Roxo e Comandante Dantas

 

Francisco Daniel Roxo e Carlos Augusto Pereira da Costa Matos

 

Francisco Daniel Roxo, Carlos Augusto Pereira da Costa Matos e Comandante Dantas

 

Em 28 de Março de 1966, cessa funções no distrito do Niassa;


Em 16 de Abril de 1966, regressa à Metrópole e fica colocado no Estado-Maior do Exército (EME) «NON NOBIS»;


Em 12 de Janeiro de 1967, promovido a Tenente-Coronel;


Em 06 de Abril de 1967, tendo sido nomeado para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola, embarca no Aeródromo Base n.º 1 (AB1 - Figo Maduro) rumo à Base Aérea n.º 9 (BA9 – Luanda) a fim de assumir a chefia da 3.ª Repartição (3ªRep) do Quartel-General da Região Militar de Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE»;


Em Agosto de 1968, nomeado comandante da Operação Orta no saliente de Cazombo, onde intervêem elementos da Polícia Internacional da Defesa do Estado (PIDE), 'Flechas', helis e fuzileiros especiais;


Em 08 de Julho de 1969, regressa definitivamente à Metrópole;


Em 02 de Outubro de 1969, colocado no Estado-Maior do Exército (EME) «NON NOBIS»;


Em 26 de Outubro de 1969, nomeado adjunto da 2.ª Repartição (2ªRep) do Secretariado-Geral da Defesa Nacional (SGDN);


Em 28 de Outubro de 1969, louvado e agraciado com a Medalha de Prata de Serviços Distintos com palma;


Louvor publicado na Ordem do Exército n.º 23 – 2.ª série, páginas 2692 e 2693, de 1 de Dezembro de 1969:


Louvado o tenente-coronel do corpo do estado-maior Carlos Augusto Pereira da Costa Matos, pelos serviços prestados no desempenho das funções de chefe da 3.ª Repartição do Quartel-General da Região Militar de Angola, cargo que vem desempenhando há cerca de dois anos e em que se revelou possuidor de um conjunto de qualidades militares e cívicas dignas do maior apreço, que o cotam como um elemento de excepcional valia.


Dotado de notável perspicácia e esclarecido sentido prático, conhecedor profundo das características humanas e geográficas da província e da maneira de actuar do inimigo neste tipo de guerra, contribuiu com a sua objectividade e destacado critério para a preparação e impulsionamento de numerosas operações, que, integrando um conjunto coerente de actuação das forças da Região Militar de Angola, têm obtido, no plano prático, as finalidades estabelecidos pelo Comando.

 
Dedicando-se com entusiasmo ao exercício das suas importantes funções, deslocou-se a todas as regiões da província e contactou com os comandos e as tropas, de forma a manter um conhecimento real das respectivas possibilidades e dificuldades, o que lhe permitiu fazer sugestões e propostas conducentes a um maior rendimento operacional dos meios, tornando-se, assim, um precioso auxiliar do Comando.


Aos méritos e qualidades referidas aliou o tenente-coronel Costa Matos excelentes qualidades do carácter, isenção, bom-senso, espírito de colaboração e extrema lealdade, que o tornaram merecedor da confiança e admiração do Comando da Região Militar de Angola, que, para tanto, o qualifica de óptimo oficial do estado-maior.


Considera-se, assim, ser de toda a justiça que os serviços por si prestados na Região Militar de Angola sejam classificados como extraordinários, relevantes e distintos.

Condecorado com a
Medalha de Prata de Serviços Distintos, com palma, por ter sido considerado ao abrigo da alínea a) do artigo 17.º, com referência ao § 2.º do artigo 51.º, do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, o Tenente-Coronel do Corpo do Estado-Maior Carlos Augusto Pereira da Costa Matos, publicado na Ordem do Exército n.º 23 – 2.ª série, página 2687, de 1 de Dezembro de 1969;

 

Em 08 de Abril de 1971, nomeado conselheiro militar na Delegação Portuguesa no Conselho da NATO, em Bruxelas;


Em 24 de Junho de 1971, cessa funções no Secretariado-Geral da Defesa Nacional (SGDN);


Em 25 de Junho de 1971, louvado pelos serviços prestados na 2.ª Repartição (2ªRep) do Secretariado-Geral da Defesa Nacional (SGDN), publicado na Ordem do Exército n.º 14 - 2.ª série, páginas 1661 e 1662, de 15 de Julho de 1971:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, louvar o Tenente-Coronel do Corpo do Estado-Maior Carlos Augusto Pereira da Costa Matos, porque, tendo servido neste Secretariado-Geral da Defesa Nacional durante cerca de ano e meio, revelou qualidades de inteligência, bom senso e honestidade intelectual que o creditam como um bom oficial do estado-maior.


Nos numerosos estudos e informações que elaborou ficaram bem vincadas as qualidades referidas, que, aliadas a uma sólida cultura militar e à fácil adaptação ao trabalho de equipa, muito contribuíram para facilitar as decisões superiores, quer no quadro nacional, quer nos problemas relativos à Aliança Atlântica.


Ao deixar este Secretariado, por ser chamado a desempenhar funções no âmbito de outro Ministério, bem merece o Tenente-Coronel Costa Matos que nesta oportunidade seja dado público testemunho no mérito dos serviços por ele prestados no Departamento da Defesa Nacional.


Em 09 de Julho de 1974, entretanto, promovido a Coronel, cessa funções na Delegação da NATO e regressa ao Ministério do Exército.

 

10Jun2011: Carlos Augusto Pereira da Costa Matos


Faleceu no dia 18 de Setembro de 2013 na sua residência em Miraflores (Linda-a-Velha).
 

Paz à sua Alma.
 

 

 

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