Ruben de Almeida Mendes Domingues,
Alferes de Cavalaria e 2.º comandante do ECav149
"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
HONRA E GLÓRIA
Ruben de Almeida Mendes
Domingues
Alferes de Cavalaria
2.º Comandante do
Esquadrão de Cavalaria
149
«ESQUADRÃO DOS
MORCEGOS»
Angola: 07Jul1961 a
30Set1963
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Louvor Individual e Colectivo
Ruben de Almeida Mendes
Domingues, Alferes de Cavalaria;
Mobilizado
pelo Regimento de Cavalaria 7 (RC7 –
Ajuda, Lisboa) «QUO TOTA VOCANT» -
«REGIMENTO DO CAIS» para servir
Portugal na Província Ultramarina de
Angola;
A sua subunidade
de cavalaria foi colocada em Ambriz;
em Setembro de 1961 foi transferida
para Mabubas; depois,
sucessivamente, em Novembro de 1961
no Caxito; em 18 de Junho de 1962 em
Mucondo, onde reforçou o dispositivo
do Batalhão de Caçadores
186 (BCac186) «AÇO» - «DISTINTOS E
ADMIRÁVEIS BRIGAREMOS SEM PÃO»; em
Dezembro de 1962 em Bolongongo; em
Março de 1963 em Viana; em Julho de
1963 regressou a Mabubas; em
Setembro de 1963 em Luanda;
Louvado por feitos no teatro de
operações de Angola, por despacho do
General Comandante da Região Militar
de Angola, publicado na Ordem de
Serviço n.º 72, de 07 de Setembro de
1962, do Quartel General da Região
Militar de Angola e na Revista da
Cavalaria do ano de 1963, páginas 88
e 89;
Agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, pela Portaria
de 8 de Janeiro de 1963, publicada
na Ordem do Exército n.º 2 – 2.ª
série, de 1 de Fevereiro de 1963;
O General Comandante da Região Militar de Angola, LOUVA
o ESQUADRÃO DE CAVALARIA N.º 149, porque tendo recebido,
na operação «Viriato», uma missão idêntica à que foi
atribuída a unidades de escalão superior (abertura de
itinerários convergentes em Nambuangongo) conseguiu com
os seus limitados meios e os reforços que lhe puderam
ser fornecidos (1 Pelotão de Reconhecimento, 1 Pelotão
de Engenharia, 1 Pelotão de Caçadores e 1 Secção de
Morteiros 81) alcançar um sucesso digno de maior
admiração, porquanto atingiu Nambuangongo, pelo
itinerário mais longo, apenas com o atraso de 16 horas
sobre a força que aí chegou primeiro, apesar de ter
iniciado as operações dias depois. O espírito de
sacrifício, a fé nos altos desígnios da Nação e a
coragem, acompanharam sempre todo o pessoal do ESQUADRÃO
DE CAVALARIA N.º 149, o que permitiu que esta Unidade
vencesse todas as dificuldades, mormente as lhe foram
opostas pelo adversário, ou se cobrisse de glória
justificando plenamente que “MAIS FAZ QUEM QUER DO QUEM
PODE”.
Não menos brilhante foram as actuações desta Unidade
quando, após um dia de descanso em Nambuangongo, se
lançou sobre QUIPEDRO, distando cerca de 75 Kms., onde
foi estabelecer, no curto prazo de três dias, a ligação
com uma Força de Paraquedistas que ali tinha sido
lançada e que depois rendeu, e a colaboração que
prestou, 15 dias mais tarde, na Operação desencadeada na
PEDRA VERDE, actuando sobre a linha natural de retirada
do inimigo. Em todas estas operações, que se
desenrolaram no período que decorreu entre 25 de Julho e
27 de Setembro, o ESQUADRÃO DE CAVALARIA N.º 149
atravessou regiões infestadas de terroristas sob o
inteiro controle destes, percorreu aproximadamente 1.000
Kms. e desobstruiu e melhorou 400 Kms de itinerários
tornados intransitáveis pela organização rebelde.
O número de baixas sofridas pelo ESQUADRÃO DE CAVALARIA
N.º 149 - 4 mortos e 40 feridos, dos quais 6
irrecuperáveis - é suficientemente expressivo e
constitui o pesado tributo da glória que alcançou.
----------------
Cruz de Guerra de 3.ª classe
Alferes de Cavalaria
RUBEN DE ALMEIDA MENDES DOMINGUES
ECav149 - RC7
ANGOLA
3.ª CLASSE
Transcrição da Portaria publicada na
Ordem do Exército n.º 2 – 2.ª série,
de 1 de Fevereiro de 1963.
Por Portaria de 08 de Janeiro de
1963:
Condecorado com a medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, por ter sido
considerado ao abrigo dos artigos
9.º e 10.º do Regulamento da Medalha
Militar, de 28 de Maio de 1946, por
serviços prestados em acções de
combate na Província de Angola:
O Alferes de Cavalaria, Ruben de
Almeida Mendes Domingues.
Transcrição do louvor que originou a
condecoração.
(Despacho do General Comandante da
Região Militar de Angola, publicado
na Ordem de Serviço n.º 72, de 07 de
Setembro de 1962, do Quartel General
da Região Militar de Angola):
Louvo o Alferes de Cavalaria, Ruben
de Almeida Mendes Domingues, do
Esquadrão de Cavalaria 149, porque
nas operações de guerra em que esta
Unidade tomou parte, nomeadamente na
operação "Viriato" para a abertura
do eixo Ambriz - Nambuangongo -
Quipedro e operação "Esmeralda",
para a limpeza da região da Pedra
Verde, no período que decorreu entre
25 de Julho a 23 de Setembro de
1961, demonstrou, nas inúmeras
situações de perigo em que teve de
enfrentar o inimigo, grande coragem,
decisão, serena energia debaixo de
fogo e sangue frio, que muito o
honram como militar.
É sobretudo notável a acção deste
oficial durante a progressão de Zala
para Nambuangongo, em que, não
obstante o estado de fadiga do
pessoal, das enormes dificuldades a
vencer, mormente a resistência
oposta por um inimigo numeroso,
conseguiu, pelo seu exemplo e sem
diminuir a confiança em si próprio,
imprimir ao pessoal sob as suas
ordens, o entusiasmo, a rapidez de
progressão e a persistência tão
necessária à missão a desempenhar.
O mesmo espírito e a mesma
indiferença ao perigo, foram
sobejamente confirmadas na acção
sobre a Pedra Verde em que,
oferecendo-se para comandar a força
de intervenção fornecida pelo
Esquadrão de Cavalaria 149, obteve
por completo a confiança dos seus
camaradas e subordinados e o
prestígio de que goza.
Partida do NTT "Vera Cruz" com
destino à Província Ultramarina de
Angola e de um outro com destino à
Província Ultramarina da Guiné (Diário
de Lisboa, n.º 13843, de 28Jun1961):