"Pouco se fala hoje
em dia nestas coisas mas é bom que para
preservação do nosso orgulho como Portugueses,
elas não se esqueçam"
Barata da Silva, Vice-Comodoro
|
|
HONRA E GLÓRIA |
Elementos cedidos
por um colaborador do
portal UTW
e pelo PQ
Pedro Castanheira |
Jaime Bonifácio Marques da
Silva
Alferes Mil.º de Infantaria Pára-Quedista

Cruz de Guerra de 3.ª classe
Brevíssima resenha castrense
Jaime Bonifácio Marques da Silva,
Alferes Mil.º de Infantaria
Pára-Quedista, nasce na 4.ª feira,
dia 17 de Julho de 1946 no Seixal,
aldeia da freguesia concelhia da
Lourinhã;
Em Agosto de 1958, o seu progenitor
envia-o para estudar no Seminário de
Almada;
Em
Junho de 1968, conclui estudos no
Seminário;
Em Setembro de 1968, conscrito para
cumprir o Serviço Militar
Obrigatório (SMO);
Em 09 de Janeiro de 1969, colocado na Escola Prática de
Infantaria (EPI - Mafra) «AD UNUM»
como Soldado Cadete, onde frequenta
o 1.º ciclo do Curso de
Oficiais Milicianos (COM) e,
seguidamente, o 2.º ciclo da
especialidade de Atirador de
Infantaria;

Em
Junho de 1969, qualificado como
Aspirante-a-Oficial Atirador de
Infantaria, selecionado para se
apresentar Centro de Instrução de
Operações Especiais (CIOE – Lamego)
«QUE OS MUITOS POR SER POUCOS NAM
TEMAMOS», no entanto voluntaria-se para
servir nas tropas pára-quedistas,
pelo que ingressa no
Regimento de Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE
NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»,
sendo incluído no 53.º Curso de
Pára-Quedismo Militar;
Em Janeiro de 1970, Alferes Mil.º
Pára-Quedista, obtém o brevet n.º
7343;

Em 18 de Fevereiro de 1970, tendo
sido
mobilizado
pelo Regimento de
Caçadores
Pára-Quedistas (RCP - Tancos) «QUE
NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM» para
servir Portugal na Província
Ultramarina de Angola, embarca no
Aeródromo Base n.º 1
(AB1-Figo Maduro) rumo à Base Aérea
n.º 9 (BA9-
Luanda),
sendo colocado como comandante do
3.º Pelotão da 1.ª Companhia de
Caçadores Pára-Quedistas (1ªCCP)
«IRMÃOS DE MARTE» do Batalhão de
Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21)
«GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do
Comando da Região
Aérea n.º 2 (COMRA2);
Na 5ª feira, dia 25 de Junho de
1970, o seu 3ºPel/1ªCCP/BCP21 sofre
a 1.ª baixa mortal quando, em
actividade operacional nos Montes
1020 dos dembos meridionais (área da
fazenda Maria Fernanda), morre em
combate o Soldado Pára-Quedista
António da Silva Ramos, n.º 108/67,
com o brevet 6140, nascido a 03 de
Fevereiro de 1947 em Muro, freguesia
concelhia da Trofa, vindo a ser
trasladado e inumado no cemitério
paroquial de Modivas (Vila do
Conde);
Em 08 de Julho de 1972, por despacho do Comando-Chefe das
Forças Armadas de Angola, louvado e
agraciado com a Medalha da Cruz de
Guerra de 3.ª classe, por feitos em
combate no teatro de operações de
Angola:
Alferes Mil.º
de Infantaria
Pára-Quedista
Joaquim
Bonifácio Marques da Silva
1ªCCP/BCP21 - RCP
Angola
Medalha da Cruz de Guerra de 3.ª
Classe
Por despacho do Comando-Chefe das
Forças Armadas de Angola de 08 de
Julho de 1972
Por proposta do Comandante do
Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas
21, louva o Alferes Miliciano
Pára-Quedista JAIME BONIFÁCIO
MARQUES DA SILVA, porque, tendo
participado em várias operações de
combate, durante a sua comissão de
serviço no teatro de operações em
Angola, demonstrou possuir elevadas
qualidades de coragem, serenidade,
destemor e entusiasmo, que se
traduziram em notáveis resultados
operacionais.
Militar especialmente dotado para a
luta contra-guerrilha, soube
explorar, com êxito, todas as
ocasiões de sucesso que se lhe
depararam, conseguindo, de modo
admirável, infundir nos homens sob o
seu comando um espírito forte e uma
vontade inquebrantável que os tornou
aptos a enfrentar com determinação
os maiores obstáculos, quaisquer que
fossem as dificuldades de que se
revestissem.
De salientar o seu comportamento no
decorrer da operação “REMOVER” em
que, à intensa flagelação do
inimigo, respondeu lesto com uma
manobra plena de arrojo, decisão e
lucidez, a que nem o risco iminente
da própria vida roubou acerto, de
tal sorte que pôs em fuga os
bandoleiros.
Destaque-se, também, a sua actuação
na operação “VERÓNICA 1, 2 e 3”
onde, face a um numeroso e bem
armado grupo inimigo, deu provas de
invulgar capacidade de comando,
sangue-frio e serena energia debaixo
de fogo, ao arrancar decididamente,
com os seus homens no momento certo,
em direcção às posições inimigas,
fazendo-as silenciar.
O valor operacional que o alferes
JAIME tem evidenciado em todas as
circunstâncias credita-o, pois, como
um oficial que muito honra as
melhores tradições das armas
portuguesas.
Em 30 de Julho de 1972, cessa
funções no Batalhão de Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do Comando
da Região Aérea n.º 2 (COMRA2), e
passa à situação de disponibilidade,
ficando a viver em Luanda;
Em 1973, considerado abrangido com
direito ao uso da insígnia da
condecoração colectiva da
Medalha de
Ouro
de Valor Militar, com palma,
concedida ao Batalhão de
Caçadores
Pára-Quedistas 21 (BCP21) «GENTE
OUSADA MAIS QUE QUANTAS»,
cuja concessão foi publicado no
Diário do Governo n.º 43, 2.ª série,
de 20 de Fevereiro de 1973;
Em 1973, na situação de
disponibilidade, distinguido com o prémio
“Heróis de Portugal”;
Em Junho de 1974, regressa à
Metrópole;
Em 1978, conclui no Instituto
Superior de Educação Física (ISEF) a
licenciatura em Educação Física;
Colocado em Fafe na Escola Superior
de Educação, como professor do
ensino secundário;
De 1986 a 1997 vereador de desporto
e cultura na autarquia de Fafe;
Em 21 de Junho de 2025, no salão
nobre da Câmara Municipal da
Lourinhã, apresenta o seu livro:
"Não
esquecemos os jovens militares do
concelho da Lourinhã mortos na
guerra colonial"
