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Condecorações

António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, Capitão de Infantaria 'Comando'

 

   "Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Elementos cedidos pelo veterano João Carlos Abreu dos Santos

Foto extraída do sítio da Associação de Comandos

 

 

Ant-nio-Joaquim-Alves-Ribeiro-da-Fonseca-350António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca

 

Coronel de Infantaria 'Comando' na situação de reforma

 

Moçambique: 1964 a 1966

 

Companhia de Caçadores 606

Batalhão de Caçadores 608

«FORTES E JUSTOS»

 

Moçambique: 1967 a 1969

 

Comandante de pelotão da

Companhia de Caçadores 1671

Batalhão de Caçadores 1907

«ORDEM PARA CUMPRIR»

 

Guiné: 1971 a 1973

 

Comandante da

35.ª Companhia de Comandos

«EU OUSO»

«A SORTE PROTEGE OS AUDAZES»

 

 

Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, grau ofcial

 

Medalha de Prata de Valor Militar com palma

 

Cruz de Guerra de 1.ª classe

 

Medalha de Promoção por Distinção

 

Medalha de Ouro de Comportamento Exemplar

 

 01-Medalhas

 

 

António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, Coronel de infantaria 'comando' na situação de reforma;


Nascido a 25 de Novembro de 1941, na freguesia da Lapa, em Lisboa, oriundo de família com tradições castrenses: o seu mais antigo familiar foi sepultado em 1575 no Farol da Guia; seu trisavô morreu perto de Torres Vedras durante as invasões francesas; seu bisavô morreu em Angola; seu pai foi o primeiro brigadeiro da Força Aérea e opositor ao regime (em Abril de 1931 o Grupo de Esquadrilhas de Aviação República (GEAR) - da Amadora era comandado pelo coronel piloto-aviador Brito Paes que, por ter apoiado a rebelião da Madeira, foi exonerado e substituído pelo coronel piloto-aviador Teófilo José Ribeiro da Fonseca, nascido em 1886, casado com Angelina Tardio do Espirito Santo Alves).


Col-gio-MilitarFrequenta o Colégio Militar (CM) «ZACATRAZ» - «UM POR TODOS, TODOS POR UM» onde ganha 2 medalhas de aptidão física; mas chumba a latim e a matemática "injustamente, acho que foi por eu ter estado no dia 8 de Junho de 1958 perto da Câmara de Oeiras a distribuir panfletos da candidatura de Humberto Delgado". Em consequência das reprovações é obrigado a sair do Colégio Militar sem ter concluído o curso dos liceus. No Instituto Nacional de Educação Física pratica judo e atletismo mas em 1961 quando vai à inspecção militar é apurado apenas para os serviços auxiliares. Após vários requerimentos, no ano seguinte é chamado a nova junta médica presidida pelo brigadeiro Horta e apurado para todo o serviço.


CISMIEm 20 de Janeiro de 1963 apresenta-se no Centro de Instrução de Sargentos Milicianos de Infantaria (CISMI – Tavira) «E DO MAIS NECESSÁRIO VOS PROTEJA» onde 2GCAMfaz a recruta do Curso de Sargentos Milicianos; termina a ER (Escola de Recrutas) como melhor classificado e fica no 2.º Grupo de Companhias de Administração Militar (2ºGCAM-Lumiar); três dias RAP3depois vai ao Ministério do Exército falar com o Director de Pessoal brigadeiro Chaby, a quem pede para voltar a Tavira e fazer a especialidade de atirador; terminada a especialidade é colocado na Figueira da Foz (Regimento de Artilharia Pesada 3 (RAP3 - Figueira da For) «CUJA BC5CERVIZ BEM NUNCA FOI DOMADA»).


Em 25 de Janeiro de 1964, tendo sido mobilizado pelo Batalhão de Caçadores 5 (BC5 - Campolide) «MAIS ALTO E MAIS ALÉM» para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, embarca em Lisboa no NTT 'Niassa' rumo ao porto de Nacala como Furriel Miliciano Atirador de Infantaria, integrado num pelotão da Companhia de Caçadores 606 do Batalhão de Caçadores 608 (BCac608) «FORTES E JUSTOS».

 

Clique na imagem que se segue para ampliação

 Ribeiro-da-Fonseca-1964-2023-920

 

"Nesta guerra, como em todas, houve actos de barbárie, quem começou foram eles, em Angola, com as pessoas aos bocados nas salgadeiras, as grávidas esventradas, os corações arrancados. Eram essas imagens que nós tínhamos dentro das cabeças quando lá chegámos e, por isso, qualquer tipo que aparecesse com uma arma era morto".


CCac606Em 20 de Fevereiro de 1964 chega ao Namialo como furriel miliciano integrado na Companhia de Caçadores 606 (CCac606) do Batalhão de Caçadores 608 (BCac608) «FORTES E JUSTOS», sob comando do capitão mil.º Hermenegildo António Liete Mota (e depois sob comando do capitão de infantaria Joaquim Humberto Teixeira Branco).

 

Uma semana depois recebe a visita de um casal PIDEdesconhecido que, a pretexto de verem o seu pastor alemão, deixam um cartão e um convite para uma visita em Nampula; passado algum tempo desloca-se à capital distrital e encontra o visitante no salão de chá do Hotel Portugal; depois do homem sair os outros furriéis informam-no que o indivíduo é o inspector local da Polícia Internacional da Defesa do Estado (PIDE).


"Ainda não havia guerra; mandaram o meu pelotão para a Ilha de Moçambique, onde passámos nove meses maravilhosos. Em Setembro começaram a surgir algumas coisas: a morte de um padre; uma bazucada numa árvore por detrás da casa do administrador, em Diaca; uma bazucada numa estrada que matou dois soldados e feriu vários".


BCac14Em 24 de Agosto de 1964 o padre holandês Daniels da missão de Nangololo é assassinado e esquartejado no Vale de Miteda por um grupo da Mozambique African National Union (MANU) conduzido por Lucas Fernandes; em Setembro de 1964 não há baixas mortais registadas; e em 2 de Outubro de 1964 na área do Chai um pelotão do Batalhão de Caçadores 14 (BCac14) «EM GUARDA» - «FRONTEIROS DO NORTE» é alvo do primeiro ataque da FRELIMO a tropas portuguesas, provocando a morte do 2.º cabo José Macamo, natural de Manjacaze.


José Macamo, 2.º Cabo Corneteiro, n.º 70414761, natural da freguesia e concelho de Manjacaze, da Província Ultramarina de Moçambique, filho de António e de Rosalina Mainga, solteiro; mobilizado pela Região Militar de Moçambique para servir Portugal, integrado na Companhia de Comando e Serviços (CCS) do Batalhão de Caçadores de Porto Amélia, mais tarde com a designação de Batalhão de Caçadores 14; faleceu no dia 2 de Outubro de 1964, na margem do rio Messalo, perto da estrada do Chai, em consequência de ferimentos em combate; está inumado na sepultura n.º 1562, do cemitério municipal de Porto Amélia, na Província Ultramarina de Moçambique.

 

 

"Em Janeiro de 1965 tivemos a nossa primeira operação de envergadura. Foi engendrada pelo general Carrasco, que fez um quadradinho no mapa, pôs quatro companhias, uma de cada lado e artilharia que bombardeava o meio do quadrado, e depois, dos lados, fazia de êmbolo e os turras desapareciam do quadrado. Só que, no terreno, o quadrado tinha 30km de lado e cada companhia tinha 167 homens incluindo o cozinheiro e o vagomestre: imagine-se agora uma companhia em linha, cada homem a 150 metros do outro, no meio de uma mata tão cerrada que nem se via o sol - bastavam dois turras com um pau para matar uma companhia. Às tantas, ou enganámo-nos no trilho ou a artilharia se enganou no alvo, começámos a ouvir as granadas de artilharia a assobiar e a explodir na copa das umbilas por cima de nós - e fugimos todos. Nessa operação passámos 18 horas emboscados. A minha sorte foi ter levado três livros de cowboys. Não vi turra nenhum e o único negro que vi foi quando ouvi um tiro de um furriel do meu pelotão que viu um negro e o matou".


"Quando fomos para Mocímboa do Rovuma, uma coluna enorme, o alferes do meu pelotão disse-me que dali para diante todas as pessoas que fossem vistas no mato deviam ser mortas. Perguntei-lhe se velhos e crianças também e ele respondeu "É matar tudo". Foi as ordens que ele ouviu. E lá fui eu em cima do Unimog novinho em folha agarrado à metralhadora pesada Breda, até Mueda a olhar para um lado e para o outro. Só vi palhotas ardidas, não vi ninguém. Vi várias aldeias queimadas e ouvi contar casos de aldeamentos arrasados em 1965 entre Macomia e o Chai, e em Mocímboa do Rovuma. Mas qual é a diferença entre uma aldeia civil e um aquartelamento inimigo? Tal como na aldeia civil, na base inimiga há mulheres, crianças e velhos. E para cima do Rovuma a ordem era matar os que estivessem com o inimigo. Curiosamente no Niassa a ordem era ao contrário de Cabo Delgado: não se podia matar ninguém. Houve tipos que chegaram a ser presos. Em Janeiro de 1965 em Cabo Delgado a ordem era para matar todos os que andassem no mato. Quem estava connosco, estava nas povoações junto da tropa; quem andava no mato, estava com os turras. E qual é a diferença entre um turra armado e uma velha que leva uma mina num saco e a vai pôr na estrada? A guerra é assim. Se os políticos não aceitam isto então não façam guerras. O meu baptismo de fogo foi em Mocímboa do Rovuma, quando tivemos uma emboscada um arraial de fogo que às tantas não se sabia se havia ou não turras, quem é que estava a atirar para quem. Esta foi a 1ª das 56 sessões de fogo que tive. E - é uma das minhas glórias - só tive um morto nas três comissões que fiz, que foi no dia em que também fui ferido"- (27 de Fevereiro de 1972, 1.º cabo ‘comando’ João Carlos da Conceição Ferreira, da 35.ª Companhia de Comandos).

 

"O sítio mais perigoso onde estive foi Diaca (para onde a companhia muda em Maio de 1965). Quando chegámos a Moçambique os boletins informativos fartavam-se de falar de Diaca. Fizemos milhentas operações em Diaca, houve cenas de tiroteio do diabo e eu fartei-me de caçar, até vinha um avião de Mueda para levar a carne. A malta dizia que eu ainda acabava por ser apanhado à mão pelos turras mas o que eles queriam era que nós não os incomodássemos. Comparado com outras companhias, é preferível andar desencontrado do resto da malta e só ter um morto com um tiro no coração" (soldado António Ângelo Ferreira da Costa, único morto em combate durante emboscada em zona de mata densa).

 

RI1Em 27 de Maio de 1966, embarca no porto de Nacala no NTT 'Pátria', de regresso a Lisboa.

 

Em 12 de Abril de 1967, entretanto promovido por distinção a Aspirante-a-Oficial Miliciano Atirador de Infantaria (n/m 01059562) do Campo de Tiro da Serra da Carregueira, tendo sido mobilizado pelo Regimento de Infantaria 1 (RI1 - Amadora) «UBI GLORIA OMNE PERICULUM DULCE» para servir novamente Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, embarca em Lisboa no NTT 'Niassa' rumo ao porto de Nacala como Alferes Miliciano (com antiguidade a 1 de Novembro de 1967), comandante de pelotão da Companhia de Caçadores 1671 do Batalhão de Caçadores 1907 (BCac1907) «ORDEM PARA SERVIR» .

 

BCac1907Em 8 de Maio de 1967 chega a Massangulo com o posto de alferes miliciano comandante de pelotão da Companhia de Caçadores 1671 (CCac1671) (comandada pelo Capitão Miliciano Rodrigues da Silva) do Batalhão de Caçadores 1907 (BCac1907) «ORDEM PARA SERVIR». Mal acaba de chegar aparece "um civil a perguntar se eu era o Alferes Ribeiro da Fonseca. Respondi que sim e que não o conhecia. Ele disse que era o agente da PIDE de Mandimba mas que lá a PIDE era diferente da Metrópole. Eu disse-lhe que sabia isso, senão também não falava mais com ele. Então ele disse que me conhecia muito bem porque tinha feito seis meses de serviço à porta de minha casa - o meu pai era da Oposição".


Em 5 de Junho de 1967 conduz o seu pelotão num golpe-de-mão sobre uma base dos frelos que é assaltada e destruída, tendo sido capturado armamento e documentos.


"Um dia (Agosto de 1967) enfiei para dentro do Malawi, saltaram-me três tipos, demos umas rajadas, matámos um, ferimos outro e fomos dar com ele no fundo de uma ribanceira enorme e íngreme, de onde os soldados o tiraram. O enfermeiro começou a tratá-lo imediatamente, enquanto eu pedia a evacuação dizendo o trajecto que deviam seguir - não disse que estava uns 10 km para dentro do Malawi, disse que estava ao pé da fronteira - e daí a um bocado apareceu um T6 e depois um helicóptero. Ainda apareceram uns inimigos a disparar rajadas de uma encosta mas as balas passaram por cima. O inimigo D apanhado era maconde, comissário político e um quadro bastante importante que tinha vindo de Cabo Delgado. Três meses depois passei pelo hospital de Vila Cabral, ele estava bom, pedi umas algemas emprestadas, algemei-o a mim e levei-o para Massangulo. Depois, de cada vez que ia a Vila Cabral perguntava ao brigadeiro quando é que íamos à base do Catur e ele dizia sempre que não podia ser porque ficava no Malawi".


Em 23 de Setembro de 1967 decorre no sector de Vila Cabral a Operação Aniversário, durante a qual o alferes Ribeiro da Fonseca com o seu pelotão conseguem capturar material e documentos importantes num acampamento dos frelos.


Em 2 de Janeiro de 1968 o prisioneiro D manda um recado pelo 1.º Cabo Atirador Moita ao Alferes Ribeiro da Fonseca que, depois do almoço, comunica ao capitão que vai fazer uma patrulha e leva o prisioneiro como guia.


"Lá fomos, numa noite escura como breu, passámos por uns paus que estavam armadilhados, tivemos três feridos, evacuámos os feridos e fiquei só com 27 homens para a operação. Perdemos o trilho ao passar um ribeiro, e a seguir andámos mais de uma hora às voltas até encontrá-lo, apalpando com as mãos no chão porque não se via nada. Já estava a clarear quando começou a cheirar a cozinhados, a pessoas. Os homens ainda estavam a deslocar-se quando, de repente, saltam do meio do capim um homem e uma mulher, começam a fugir, nós desatámos aos tiros, uma confusão do diabo. O antigo ministro da Defesa de Moçambique, Sebastião Mabote, que era o comandante da base, contou depois que tinha fugido nu para cima de uma árvore mas custa-me a crer que nenhum de nós o tivesse visto. Quando entrámos na base o D abraça-se ao Moita a dizer "ai amigo, amigo, já cá estamos" - ele estava a ver que não conseguia encontrar a base e que nós o "limpávamos". Apanhámos muito coisa: treze armas e documentação, que foi o melhor".


O alferes comunica com a companhia e todo o efectivo, incluindo sentinelas, se mete em viaturas até quase à fronteira com o Malawi; no quartel apenas fica o 1.º sargento. A tropa regressa a Massangulo, fazem uma grande festa e quando já está tudo a dormir o alferes ouve barulho de viaturas ao longe; logo a seguir entra um soldado a dizer que está a chegar uma coluna mandada de Vila Cabral pelo brigadeiro comandante do sector para RMM-vm-280transportar o alferes e os documentos apreendidos que entretanto já tinham ido para a sede do batalhão; o capitão manda uma viatura resgatar os documentos e às sete da manhã o alferes chega a Vila Cabral com todo o estado-maior na varanda à espera. O brigadeiro comandante do sector comunica-lhe que tem de ir a Nampula chamado pelo comandante da Região Militar de Moçambique general António Augusto dos Santos. O alferes Ribeiro da Fonseca mete-se num avião, de camuflado sujo, um saco com muda de roupa e um caixote de papelão atado por uma corda com os documentos apreendidos na base inimiga do Catur. Chega a Nampula às sete da tarde e vai para o Hotel Portugal, toma banho, veste-se à civil e sai; encontra um conhecido com quem faz uma farra nocturna a trezentos quilómetros de distância.


Às 07:00 de 5 de Janeiro de 1968 regressa ao hotel onde encontra um bilhete de um major que o trata por "caro amigo" e informa que o vai buscar às nove horas para o levar ao Quartel General. Ali estão o comandante da Região Militar de Moçambique, algumas altas patentes vindas de Lourenço Marques, brigadeiros, oficiais superiores da Força
4-CCmds-450Aérea, capitães-de-mar-e-guerra. O alferes entra, apresenta-se e o general Augusto dos Santos diz: "Olhe lá, eu devia dar-lhe uma porrada... mas vou dar-lhe um abraço." Depois oferece ao jovem oficial uma semana de férias em Nampula.


Em 11 de Agosto de 1968 a 4.ª Companhia de Comandos (4ªCCmds) BCac1889«A SORTE PROTEGE OS AUDAZES» regressa de uma operação com um pelotão da Companhia de Caçadores 1553 (CCac1553) do Batalhão de Caçadores 1889 (BCac1889) «AD JUSTUM PACEM» comandado pelo alferes miliciano António Guerreiro Calvinho: na picada do Caracol de Maniamba explode uma mina anti-carro carregada com fósforo que incendeia a viatura onde segue o comandante da 4.ª Companhia de Comandos (4ªCCmds), capitão miliciano de artilharia Horácio Francisco Martins Valente: o capitão morre e vários militares ficam feridos.

 

"O alferes Calvinho ficou todo queimado por causa de uma mina feita com uma bomba incendiária de um canhão sem recuo. A mina rebentou, a viatura começou a arder por todo o lado mas o pessoal ainda conseguiu tirar o Calvinho. Levaram o Calvinho para o hospital de Vila Cabral e a malta foi toda para lá. O tipo estava todo cheio de ligaduras. O Dinis de Almeida, eu e o resto da malta a tentarmos dar conforto ao tipo, todos BCac1907preocupados e ele às tantas diz quase a chorar: "Nunca mais posso ir para a praia". Ficámos todos a olhar: "Mas por que é que nunca mais podes ir para a praia?" Resposta: "Porque nunca mais me vão crescer pêlos nas pernas". "Era esta a preocupação dele quando estava gravemente ferido: a praia".


Em Agosto de 1968 a Companhia de Caçadores 1671 (CCac1671) do Batalhão de Caçadores 1907 (BCac1907) «ORDEM PARA SERVIR» muda de Massangulo para Balama.

 

Em 25 de Agosto de 1968 agraciado com o 1º prémio da prova de tiro ao alvo, durante torneio em Vila Cabral.

 

 

25-Ago1968-Vila-Cabral-Ribeiro-Fonseca-Dany-Roxo-Dinis-Almeida-850

 

4-CCmds-450"Quando uma unidade tinha finalmente ganho experiência chegava a altura de embarcar para a Metrópole. Tive essa experiência na minha 2ª comissão quando, no final, fui convidado, mais um furriel e seis praças do meu pelotão, para me juntar a uma unidade de comandos (em Vila Cabral, 4ªCCmds Fev68-Nov68 e 18ªCCmds Nov68-Set69); depois juntei mais outros indivíduos vindos de outras unidades e 18CCmdsformámos um grupo de combate em Vila Cabral. As minhas melhores operações foram feitas dentro do Malawi a recolher populações que tinham fugido de Moçambique. Os aldeamentos de Massangulo e Chamande, ao todo com 600 pessoas que tinham fugido porque o inimigo dizia que a tropa ia matar toda a gente. Entretanto a fronteira estava toda minada e se os turras os apanhassem a regressar a Moçambique 'limpavam-nos'. Ao mesmo tempo, os próprios turras violavam e roubavam nas povoações da faixa do Malawi, entre o Lago Niassa e Moçambique, onde reinava a oposição ao presidente Banda. Aquela faixa era um centro de apoio à Frelimo, onde estava a base geral do Catur: vinham da base de Nachingwea no antigo Tanganica, passavam pelo Niassa e por Catur e iam para Tete."


"Contam-se agora histórias de bombas de napalm mas eu também vi essas chamadas bombas de napalm em 1968, em Moçambique. O napalm era feito dentro de um bidão de duzentos litros que tinha umas cruzetas de madeira e uma manivela. Misturava-se aí gasolina de avião com borracha até ficar uma papa altamente inflamável e depois enchiam-se umas bombas de lusalite com a mistura. Depois vinha um sargento ou um furriel da Força Aérea com um berbequim e fazia um furinho em cada bomba que era para a mistura respirar, senão podia rebentar. A seguir aquilo era fixado às asas de um T6, ficava tudo a bambolear, e então ia outro com uma cunha de madeira para fixar melhor a bomba. E o dispositivo para fazer aquilo explodir era outra engenhoca inventada lá: o fulminante de um cartucho de caça enfiado na lusalite e depois era posta uma calha e um prego e era suposto que quando aquilo batesse no chão o prego percutisse o BCac1907cartucho e aquilo se incendiasse tudo. Nós víamos filmes do Vietnam em que ficava tudo a arder numa extensão enorme com chamas diabólicas... mas com as nossas era só uma fogueirita. Quando rebentavam!"


Em 29 de Abril de 1969 é condecorado com a Cruz de Guerra de 1ª Classe;

 

Em 07 de Maio de 1969 embarca no porto de Nacala no NTT 'Império', de regresso a Lisboa.

 

Em 10 de Junho de 1969 recebe a condecoração no Terreiro do Paço e dois anos depois é mobilizado para a Guiné.

 

Cruz de Guerra de 1.ª classe

 

CG-1classe-700-vm

Alferes Miliciano de Infantaria
ANTÓNIO JOAQUIM ALVES RIBEIRO DA FONSECA
 

CCac1671/BCac1907 - RI1
MOÇAMBIQUE
 

1.ª CLASSE
 

Transcrição da Portaria publicada na Ordem do Exército n.º 10 – 2.ª série, de 1969.


Por Portaria de 29 de Abril de 1969:


Condecorado com a Cruz de Guerra de 1.ª classe, ao abrigo dos artigos 9.º e 10.º do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, por serviços prestados em acções de combate na Província de Moçambique, o Alferes Miliciano de Infantaria, António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, da Companhia de Caçadores n.º 1671 do Batalhão de Caçadores n.º 1907 - Regimento de Infantaria n.º 1.


Transcrição do louvor que originou a condecoração.


(Por Portaria da mesma data, publicada naquela Ordem do Exército):


Louvado o Alferes Miliciano de Infantaria, António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, da Companhia de Caçadores n.º 1671 do Batalhão de Caçadores n.º 1907 - Regimento de Infantaria n.º 1, pela forma enérgica, firme, decidida e corajosa como comandou a operação "Ano Novo", realizada em 03 de Janeiro de 1968, e na qual cometeu o heroico feito de assaltar, com a máxima surpresa possível, uma base inimiga, que se sabia ter grande potencial, realizando um acto brilhante e extraordinário, não só pelos resultados obtidos e captura de material e documentos importantes, como pelo feito desmoralizador que certamente causou ao inimigo.


Tendo, durante a aproximação, sofrido três feridos por accionamento duma armadilha montada pelo inimigo, teve a calma e o domínio suficientes para levar os seus soldados a prosseguir na operação, após a evacuação dos sinistrados, revelando assim óptimas qualidades de comando, na confiança e estímulo que incutiu às suas tropas, e possuir alta e heroica compreensão da grandeza do dever militar e da disciplina, através de uma rara abnegação, valentia e coragem, nunca temendo arriscar a própria vida.


Tendo sofrido uma emboscada quando retirava do assalto que realizou, manteve a perfeita disciplina de fogo nos seus homens que, mercê da sua brilhante actuação, puseram o inimigo em fuga sem terem sofrido quaisquer baixas.


Oficial aprumado e muito correcto, calmo e ponderado, mas de decisões rápidas, principalmente em circunstâncias difíceis, tem dado ao seu Grupo de Combate uma notável coesão, espírito de camaradagem e de entreajuda, a par de uma confiança extrema nas suas ordens e na maneira certeira como utiliza a sua arma, e tem levado as tropas sob o seu comando a alcançar outros êxitos assinaláveis, como num golpe de mão realizado em 05 de Junho de 1967, no qual assaltou e destruiu outra base inimiga, com captura de material e documentos, e na operação "Aniversário", realizada em 23 de de Setembro de 1967, que igualmente comandou e na qual também capturou material e documentos importantes.


É ainda de salientar a persistência, sangue-frio e espírito de sacrifício demonstrados em todas as operações que tem realizado, a sua serenidade debaixo de fogo e a sua extraordinária abnegação e desprezo pelo perigo, o que tem permitido prestar serviços notáveis à Nação e prestigiar o Exército que tão devotadamente tem servido.


CIOENo Verão de 1969 é-lhe averbada a especialidade 959-Comandos, após o curso de comandos no Centro de EPIInstrução de Operações Especiais (CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS»

 

Em 28 de Junho de 1971, entretanto concluído na Escola Prática de Infantaria (EPI - Mafra) «AD UNUM»o curso do quadro especial de oficiais, 35-CCmds-1promovido a capitão miliciano (n/m 00039562) e apresenta-se no Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS»  a fim de comandar a formação da 35.ª Companhia de Comandos (35ªCCmds) - «EU OUSO» - «OS DIABOS», destinada a servir Portugal na Província Ultramarina da Guiné.
 

Em 24 de Novembro de 1971, embarca em Lisboa no NTT 'Angra do Heroísmo' rumo ao estuário do Geba, como comandante da 35.ª Companhia de Comandos (35ªCCmds) - «EU OUSO» - «OS DIABOS» do Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS»;

 

 

Em 29 de Novembro de 1971 desembarca em Bissau e segue para o Cumeré onde faz a Instrução de Aperfeiçoamento Operacional (IAO) com a 1.ª Companhia de Comando Africanos (1ªCCmdsAfr) (onde está Marcelino da Mata).
 

No mês seguinte a sua 35.ª Companhia de Comandos (35ªCCmds) «EU OUSO» é colocada em Teixeira Pinto. Passado algum tempo é mandado interceptar um grupo do PAIGC infiltrado pela fronteira senegalesa; montam a emboscada na orla de uma bolanha perto de Jolmete e ali ficam cinco dias com um grupo de milícias; numa madrugada enluarada de uma 2ª feira, avistam um grupo de homens e mulheres que transportam várias coisas, mas a caminhar no sentido contrário ao esperado.


"Dei ordem para ninguém atirar antes de eu mandar. Quando eles estavam mesmo na nossa frente passou uma nuvem e deixámos de ver. Dei ordem de fogo e conforme nós demos o primeiro tiro eles também começaram a atirar. Nós, tal como os turras, tínhamos a Kalachnikov, das que lhes tínhamos apanhado. Houve soldados que deixaram de fazer fogo para ver o espectáculo das balas tracejantes verdes e encarnadas; aquilo parecia um fogo-de-artíficio. Levávamos a Kalach porque se dava um tiro de G3 eles detectavam logo que era tropa e se dava um tiro de Kalach eles pensavam que eram turras também ou pelo menos ficavam baralhados. Além disso o carregador da G3 leva 20 balas e o da Kalach 32; ligavam-se dois carregadores com adesivos, cada um virado para seu lado, o que dava logo 64 balas à mão de semear. Havia alguns que tinham de levar G3 por causa dos dilagramas, umas granadas que se põem no cano da G3 e que podem ser disparadas à distância. Nós tivémos sorte porque enquanto estávamos a dirigir o fogo para cima deles, eles não viam o capim, viam a mata, e faziam fogo para a mata: tiros, bazucadas, morteiradas, passava tudo por cima de nós. Entretanto, a malta pôs-se toda de pé para fazer fogo e só um soldado continuava deitado. A bala furou-o todo e ele esteve ali quase a morrer. Depois foi uma guerra porque o pessoal queria evacuá-lo e eu não deixei. De dia tínhamos demorado mais de duas horas para chegar ali e agora, à noite, com um soldado gravemente ferido em cima de uma maca, aos trambolhões pelo caminho, sabia lá quanto é que ia demorar - e o mais certo era ele acabar por morrer. De manhã o helicóptero veio, evacuou o ferido e passado um bocado começámos a ouvir ao longe um tiroteio despegado: era a zona de outra companhia que andava por ali e que apanhou com os inimigos que iam a fugir esbaforidos do nosso ataque e acho que os turras apanharam mais lá".


Em 27 de Fevereiro de 1972 a 35.ª Companhia de Comandos (35ªCCmds) «EU OUSO» é apanhada numa emboscada perto de Caboiana-Churo, a norte de Teixeira Pinto, durante a Operação Juventude V conjugada com outras unidades. Morre o 1.º cabo cmd João Carlos da Conceição Ferreira; e o capitão Ribeiro da Fonseca é atingido por estilhaço de bazooka e um tiro numa perna. Evacuado para o Hospital Militar 241 (HM241-Bissau), três dias depois é evacuado para o Hospital Militar Principal (HMP-Estrela).

 

João Carlos da Conceição Ferreira, 1.º Cabo 'Comando', n.º 09515171, natural da freguesia de São Sebastião da Pedreira, concelho de Lisboa, mobilizado pelo Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOE – Lamego) «QUE OS MUITOS, POR SEREM POUCOS, NÃO TEMAMOS» para servir Portugal na Província Ultramarina de Moçambique, integrado 35.ª Companhia de Comandos (35ªCCmds) «EU OUSO»; faleceu no dia 27 de Fevereiro de 1972, perto de Caboiana-Churo, em consequência de ferimentos em combate; está inumado no cemitério de Barcarena, concelho de Oeiras.

 

 

"A minha companhia, que tinha sido treinada por capitães do quadro permanente, alguns com comissões feitas no Ultramar, uma vez tive de, no meio de uma emboscada, cair em cima dos soldados à coronhada para os fazer sair de ao pé uns dos outros porque estavam com medo. Tem de se estar bem instruído e mentalizado. Mas de ano para ano notava que o treino era pior. Defino as pessoas na guerra, não por postos mas pelo seu comportamento. Conheci tipos que eram os melhores na instrução e que se meteram debaixo da cama quando foram atacados; e outros que ninguém dava nada por eles, que eram óptimos combatentes. Se houver um bom enquadramento de oficiais e sargentos as coisas correm melhor. Mas por vezes são estes que começam a entrar em pânico e então aparece um soldado que dá um berro e põe tudo em sentido - é esse o chefe natural".


"Acho curioso terem feito uma coisa tão grande do massacre de Wiriamu. Muitas vezes se chegava a uma aldeia e se era recebido pelas mulheres, as crianças e os velhos: não havia nenhum homem. Depois saía-se da aldeia e tinha-se uma emboscada com mortes. Quando se voltava à aldeia com os cadáveres dos camaradas, já lá estavam os homens. Quem é que nos tinha feito a emboscada? O que é que se faz nesta altura?"


Em 1 de Novembro de 1972 regressa à Guiné.


Em 28 de Fevereiro de 1973 agraciado com a Medalha de Prata de Valor Militar com palma.

 

Medalha de Prata de Valor Militar com palma
 

Valor-Militar-750Capitão Miliciano de Infantaria, Comando
ANTÓNIO JOAQUIM ALVES RIBEIRO DA FONSECA
 

35ªCCmds
GUINÉ


Grau: Prata, com palma


Transcrição do louvor publicado na Ordem do Exército n.º 8 – 2.ª série, de 1973:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, louvar, por proposta do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, o Capitão Miliciano de Infantaria, António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, pelos actos extraordinários de rara abnegação, valentia e coragem praticados em campanha, no Teatro de Operações da Guiné, como Comandante da 35.ª Companhia de Comandos.


Dotado de elevado espírito militar e de excepcional aptidão para conduzir homens em combate, constituiu, pela sua voluntariedade, energia e indómita coragem debaixo de fogo, um estimulante exemplo para a sua Companhia, levando-a sempre a actuar com irresistível agressividade, que bem justifica o alto conceito em que é tida.


O seu arrojo e audácia foram exuberantemente patenteados nas operações "Joeirada 78", "Juventude III" e "Juventude V", em que fez manobrar as forças sob o seu comando com decisão e destreza e, a peito descoberto e à frente dos seus homens, se lançou sobre o inimigo, desprezando o seu intenso fogo, forçando-o a retirar perante o ímpeto das nossas tropas e infligindo-lhe pesadas baixas e a captura de valioso armamento.


Na última destas operações, tendo sido seriamente ferido, manteve-se, firme e digno, no comando da sua Companhia, marchando na testa da coluna até ao local de evacuação e igualando, assim, em estoicismo, a extraordinária bravura de que tantas provas já dera.
A acção do Capitão Ribeiro da Fonseca constituiu rara demonstração da grandeza do valor militar e dela resultou a honra e lustre para a Pátria.


(Diário do Governo, II série, n.º 61, de 13 de Março finda)


Transcrição da Portaria que concede a condecoração, publicada na mesma Ordem do Exército:

 
Por Portaria de 28 de Fevereiro de 1973:


Manda o Governo da República Portuguesa, pelo Ministro da Defesa Nacional, condecorar, com base em proposta do Comandante-Chefe das Forças Armadas da Guiné, o Capitão Miliciano de Infantaria, António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, com a Medalha de Prata de Valor Militar, com palma, porque praticou, no Teatro de Operações da Guiné, actos demonstrativos de extraordinária valentia e abnegação, em circunstâncias de comprovado risco de vida, revelando arrojo, audácia e excepcionais qualidades de comando, bem evidenciadas nas operações "Joeirada 78", em Janeiro de 1972, "Juventude III" e "Juventude V", em Fevereiro do mesmo ano, em que, a peito descoberto e à frente dos seus homens, se lançou sobre o inimigo, desprezando o seu intenso fogo, forçando-o a retirar perante o ímpeto das nossas tropas e infligindo-lhes pesadas baixas e captura de valioso armamento.


Na última destas operações, tendo sido seriamente ferido, manteve-se, firme e digno, no comando da sua Companhia, marchando na testa da coluna até ao local de evacuação e igualando, assim, em estoicismo, a extraordinária bravura de que tantas provas já dera.
 

(Diário do Governo, II série, n.º 61, de 13 de Março finda)

 

Em 31 de Maio de 1973 agraciado com o Oficialato, com palma, da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

 

Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, grau de Oficial

 

Torre-e-espada-oficial-1Capitão Miliciano de Infantaria
ANTÓNIO JOAQUIM ALVES RIBEIRO DA FONSECA

 

GUINÉ
 

Grau: Oficial, com palma
 

Transcrição do Alvará publicado na Ordem do Exército n.º 15 – 2.ª série, de 1973:


Presidência da República
 

Chancelaria das Ordens Portuguesas


t>Alvará de concessão de 31 de Maio próximo passado:


Considerando que o Capitão Miliciano de Infantaria, António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, por feitos heroicos praticados em Moçambique, revelou ser possuidor de personalidade em cujo carácter estão vincados o valor, a lealdade e o mérito, o que lhe mereceu ter sido distinguido com a medalha da Cruz de Guerra de 1.ª classe;


Considerando que na Província da Guiné se tem notabilizado por actos extraordinários de muita Torre-Espada-oficial-vm-650abnegação, valentia e coragem, no teatro de operações, constituindo a sua acção rara demonstração da grandeza do valor militar, de que resultaram honra e lustre para a Pátria, recebendo a medalha de Prata de Valor Militar, com palma;


Américo Deus Rodrigues Thomaz, Presidente da República e Grão-Mestre das Ordens Honoríficas Portuguesas, faz saber que, nos termos do Decreto-Lei n.º 44721, de 24 de Novembro de 1962, confere ao Capitão Miliciano de Infantaria, António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca, sob proposta do Presidente do Conselho, o grau de Oficial, com palma, da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.

 
(Diário do Governo n.º 157, II série, de 6 de Julho de 1973).
 

Em 10 de Junho de 1973 recebe ambas as condecorações no Terreiro do Paço, das mãos do Presidente da República almirante Américo Thomaz, perante as Forças Armadas Portuguesas reunidas em parada.

 

 

 Capit-o-Ant-nio-Joaquim-Ribeiro-da-Fonseca

 

 

 

 

 

PT-AHM-FE-CAVE-CFE-A49-1291-019-dissemination

 

PT-AHM-FE-CAVE-CFE-A49-1291-031-dissemination

Major João de Almeida Bruno e Capitão António Joaquim Alves Ribeiro da Fonseca


CCmds4041Em 4 de Julho de 1974 regressa de Bissau à Metrópole com a Companhia de Comandos 4041 (CCmds4041) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES», sendo colocado no Batalhão de
Comandos (BCmds – Amadora) para formar a Companhia de Comandos 113 (CCmds113).

 

RCmds-PortugalEm Comportamento-Exemplar-ouro25 de Outubro de 1974 confirmada a colocação no Batalhão de Comandos (BCmds-Amadora) «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES».


Em 31 de Julho de 1975 é alvo de saneamento no Regimento de Comandos (RCmds) «MAMA SUMA» - «A SORTE PROTEGE OS AUDAZES», com outros oficiais, por parte de um grupo de militares sediciados por milicianos esquerdistas.


Desde 1991 coronel de infantaria 'comando' na situação de reforma.


 

 Ant-nio-Joaquim-Alves-Ribeiro-da-Fonseca-920

 

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