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Condecorações

José Manuel Garcia Ramos Lousada, Major-General na situação de reforma

 

"Pouco se fala hoje em dia nestas coisas mas é bom que para preservação do nosso orgulho como Portugueses, elas não se esqueçam"

 

Barata da Silva, Vice-Comodoro

 

HONRA E GLÓRIA

Elementos cedidos por um colaborador do portal UTW

e pelo

PQ Pedro Castanheira

 

José Manuel Garcia Ramos Lousada

 

Major-General na situação de reforma

 

 

Angola: 1961 a 1963
 

Comandante de pelotão da


Companhia de Comando e Serviços


Batalhão de Caçadores 185 «TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA»
 

Comandante do Grupo de Comandos 'Vampiros'


Moçambique: 1966 a 1968


Comandante da


4.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas
 

Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 31 «HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE»
 

Angola: 1972 a 1975


Comandante da


3.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas


Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»


Director do

 

1.º Curso de pára-quedismo militar para militares Portugueses naturais de Angola

 (que visava a criação do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 22)


Oficial de Operações do

 

Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21
«GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»
 

Oficialato da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito

Medalha de Prata de Valor Militar com palma

Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª Classe

Medalha de Prata de Serviços Distintos com palma

Medalha de Mérito Militar de 3.ª classe

3 Medalhas de Promoção por Distinção

Prémio Governador-Geral de Angola
 

Da sua folha de serviços constam 19 louvores, dos quais, 2 concedidos por Ministro, 1 pelo CEMGFA, 1 pelo CEMFA, 3 por oficiais-generais e 12 por outras tantas entidades militares.

 


 

José Manuel Garcia Ramos Lousada, Major-General, na situação de reforma, nasceu no dia 9 de Novembro de 1938, na freguesia da Sé, do concelho de Bragança.

Em 17 de Fevereiro de 1960 soldado-cadete n.º 1701/59 da Escola Prática de Infantaria (EPI - Mafra) «AD UNUM», promovido a Aspirante-a-Oficial Miliciano Sapador de Infantaria e transferido para o Regimento de Infantaria 1 (RI1 - Amadora) «UBI GLORIA OMNE PERICULUM DULCE»;

Em 1 de Abril de 1961, encontrando-se colocado no Regimento de Infantaria 11 (RI11 - Setúbal) «E JULGAREIS QUAL É MAIS EXCELENTE, SE SER DO MUNDO REI, SE DE TAL GENTE», promovido a Alferes, com antiguidade a 1 de Novembro de 1960.

Em 18 de Junho de 1961 mobilizado pelo Regimento de Infantaria 13 (RI13 - Vila Real) «ALEO» - «NEM UM PASSO P'RA RETAGUARDA», para servir Portugal na Província Ultramarina de Angola.

Em 18 de Julho de 1961 embarca em Lisboa no NTT 'Moçambique' rumo a Luanda, como comandante do pelotão de sapadores da Companhia de Comando e Serviços (CCS) do Batalhão de Caçadores 185 (BCac185) «TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA»;

Em meados de Agosto de 1961, a Companhia de Comando e Serviços (CCS) e a Companhia de Caçadores 193 (CCac193) do "Batalhão Flecha" (Batalhão de Caçadores 185) deslocam-se por ferrovia para Malanje, onde no início de Setembro de 1961 entram em quadrícula.

Em Maio de 1962 surge na Região Militar de Angola (RMA) «CONSTANTE E FIEL» - «AO DURO SACRIFÍCIO SE OFERECE» um convite para militares voluntários integrarem grupos de combate, a serem organizados e preparados algures na região dos Dembos.

O Alferes Lousada forma no batalhão um grupo especial de contra-guerrilha, que recebe instrução especial de contra-guerrilha em Zemba:


Após meses de intenso treino e operações desgastantes, nomeadamente as 'Mato Grosso' e 'General Freire' na região dos Dembos, uma das zonas mais difíceis do Norte de Angola, o Grupo de Combate, apenas com uma perda em combate, regressou ao Batalhão como Grupo de Comandos com o nome de Vampiros (GrCmdsVampiros)”.

 


Em Dezembro de 1962, o Batalhão de Caçadores 185 (BCac185) «TUDO VALE A PENA SE A ALMA NÃO É PEQUENA» sai do sector de Malanje e instala-se no Colonato do Vale do Loje.

"
Durante todo o ano de 1963, no subsector do Vale do Loje, e até final da comissão, os 'Vampiros' participaram em todas as operações do Batalhão e efectuaram, isolados, dezenas de operações", destacando-se no Sector C a 'Operação Primeiro Acto', na qual o GrCmds Vampiros se mantém sempre na frente da acção, ao longo de três dias e duas noites; na travessia do rio Loje sofre uma emboscada, na primeira rajada inimiga é ferido um dos militares e o Alferes Lousada apenas reage quando localiza o grupo inimigo, pondo-o em debandada.

Em 31 de Julho de 1963, já com uma citação e dois louvores, promovido a Tenente por distinção em campanha.

Em 27 de Agosto de 1963 agraciado com a
Medalha de Prata de Valor Militar com palma:


Alferes Miliciano de Infantaria
JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA
 

CCS/BCac185 — RI13
ANGOLA
 

Grau: Prata, com palma

Transcrição do louvor publicado na Ordem do Exército n.º 9 — 2.ª série, de 1963:


Por Portaria de 27 de Agosto de 1963:


Louvado o Alferes Miliciano de Infantaria, José Manuel Garcia Ramos Lousada, da Companhia de Comando e Serviços, do Batalhão de Caçadores n.º 185 — Regimento de Infantaria n.º 13, porque no Norte de Angola, onde se mantém continuamente em serviço desde 28 de Julho de 1961, tem sido o exemplo vivo de bem servir, encarnando em si as mais altas qualidades do Soldado português: modéstia, rusticidade, bravura e coragem fria, espírito de sacrifício, desprezo pelo perigo e elevado espírito de camaradagem e lealdade. Com uma citação e dois louvores por feitos em combate, pode considerar-se como um dos mais distintos oficiais do nosso Exército.

Especificamente, durante as operações "Mato Grosso" e "General Freire", realizadas na região dos Dembos, no Norte de Angola, como comandante do grupo de comandos, para o qual se havia oferecido, apesar da resistência tenaz e continua oposta pelo inimigo, conseguiu desalojá-lo e conquistar rapidamente os objectivos que lhe tinham sido marcados. Teve também acção de relevo comandando pequenos grupos lançados de helicóptero contra o inimigo. Encontrando-se inúmeras vezes com o seu grupo de combate perdido no emaranhado das florestas densas do Norte de Angola, muitas vezes diminuído fisicamente pelo esforço despendido, nunca teve um desfalecimento, a todos dando um alto exemplo de abnegação, tenacidade e bravura.

À sua extraordinária acção como condutor de homens, se deve ter sido o seu grupo de comandos considerado modelar pelo Comandante do Centro de Instrução n.º 21. Posteriormente, e já no sector operacional C, notabilizou-se pela sua acção durante a operação "Primeiro Acto". Mantendo-se, durante os três dias e duas noites que durou a operação, sempre no grupo da frente, galvanizou, com o seu dinamismo, valentia e desprezo pela fadiga e pelo perigo, não só os seus homens como toda a subunidade onde ia integrado. Durante a emboscada que as nossas tropas sofreram na travessia do rio Loge, manteve extraordinário sangue-frio e mais uma vez demonstrou as suas grandes qualidades de comando, não respondendo ao intenso fogo do adversário, que na primeira rajada feriu um dos seus homens, senão após tê-lo localizado, o que causou pânico no grupo inimigo, que se pôs em fuga desordenada.

Ainda em todas as outras inúmeras acções em que tem tomado parte na zona A do Sector C, sempre se mostrou digno do alto conceito em que é tido como oficial competentíssimo, bravo e dotado de um espírito de sacrifício sem limites, confirmando assim as qualidades que o tornam um exemplo de bem servir. O procedimento do Alferes Miliciano Ramos Lousada é considerado como relevante e distinto, honrando o Exército que serve e bem merecendo o reconhecimento da Pátria.


Transcrição da Portaria que concede a condecoração, publicada na mesma Ordem do Exército:


Por Portaria de 27 de Agosto de 1963 ( in Jornal do Exército n.º 118, página 23, de Outubro de 1969:

Condecorado com a Medalha de Prata de Valor Militar, com palma, nos termos do § 1.º do artigo 51.º, com referência ao artigo 7.º, do Regulamento da Medalha Militar, de 28 de Maio de 1946, o Alferes Miliciano de Infantaria, José Manuel Garcia Ramos Lousada, da Companhia de Comando e Serviços do Batalhão de Caçadores n.º 185 — Regimento de Infantaria n.º 13, porque no Norte de Angola, onde se mantém continuamente em serviço desde Julho de 1961, tem sido exemplo vivo de bem servir, com bravura, coragem, espírito de sacrifício e desprezo pelo perigo em feitos de combate. Este oficial teve acção de relevo contra o inimigo, como comandante do grupo de comandos para o qual se ofereceu, como comandante de pequenos grupos lançados de helicóptero e, também, em inúmeras outras acções em que tomou parte, sempre se mostrando digno do alto conceito em que é tido como oficial competentíssimo, bravo e dotado de espírito de sacrifício sem limites.

Promoção por distinção
Transcrição da Portaria de 31 de Julho de 1963, publicada na Ordem do Exército n.° 13 - 2.ª série, daquele ano:
 

Regimento de Infantaria n.º 13

(Reforço à guarnição normal da Região Militar de Angola)

 

Promovido por distinção ao posto de Tenente Miliciano de Infantaria, o Alferes Miliciano de Infantaria, José Manuel Garcia Ramos Lousada, nos termos do artigo 96.º, com vista ao § 1.º do artigo 103.º, do Decreto-Lei n.º 36 304, alterado pelo Decreto-Lei n.º 38 918, de 18 de Setembro de 1952.

 

 

Em 18 de Setembro de 1963 regressa à Metrópole e fica colocado no Batalhão de Caçadores 5 (BC5 - Campolide) «MAIS ALTO E MAIS ALÉM».


No ano lectivo 1963/64 ingressa na Academia Militar (AM) «DULCE ET DECORUM EST PRO PATRIA MORI».

Em 16 de Julho de 1965 integrado no quadro permanente de oficiais do Exército.

Voluntaria-se para um curso de pára-quedismo militar no Regimento de Caçadores Para-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM», obtém o brevet n.º 3375 e passa a tenente do QP (Quadro Permanente) da Força Aérea Portuguesa.

Em 15 de Abril de 1966, após tirocínio, forma uma companhia de pára-quedistas, à qual dá instrução com "
as técnicas e as acções da contrasubversão, em oposição às teorias de Mao Tse-Tung, Giap e Che Guevara, clássicos mestres da guerra subversiva".

Em Junho de 1966 o dispositivo militar de Moçambique é reorganizado e o Comando-Chefe das Forças Armadas de Moçambique (CCFAM) recebe o reforço de duas companhias de pára-quedistas oriundas do Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 21 (BCP21 – Luanda) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS», as quais têm por missão cooperar na
defesa da cidade da Beira, nomeadamente para garantir a segurança do aeroporto Sacadura Cabral; dois meses depois, aquelas Companhias de Caçadores Pára-Quedistas (CCP’s) são substituídas por unidades provenientes do Regimento de Caçadores Para-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM»:

"
É assim que surge a 4.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (4ªCCP) «MORTUUS SED NON VICTUS», destinada Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 31 (BCP31 – Beira) «HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE», cujo comando aceitei voluntariamente, considerando que a grande maioria dos seus elementos havia sido instruída por mim
".

 

Em 25 de Agosto de 1966 desembarca no aeroporto da Beira a 4.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (4ªCCP) «MORTUUS SED NON VICTUS» do Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 31 (BCP31 – Beira) «HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE», vinda de Lisboa num Boeing-707, sob comando do Tenente Pára-quedista Ramos Lousada: a companhia passa a ser empenhada em frequentes missões com acções de batida, emboscada e golpe-de-mão; com excepção de uma acção no distrito do Niassa, todas as operações são realizadas nas regiões de Mueda e de Nangololo.

[
Do livro do Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 31 (BCP31 – Beira), página 297: Comandou a 4.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (4ªCCP), no período de 25 de Agosto de 1966 a 01 de Setembro de 1968]

Em 14 de Dezembro de 1967, agraciado com a
Medalha de Mérito Militar de 3.ª classe:


Alferes Graduado Tenente Pára-quedista
JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA
 

Medalha de Mérito Militar de 3ª Classe
 

Por Portaria de 14 de dezembro de 1967


“Louvo o oficial abaixo indicado, porque, na operação “CENTAURO INDOMÁVEL”, no comando da 4ªCCP, e apesar das grandes dificuldades causadas pelo terreno, densidade da vegetação e acção do inimigo, imprimiu uma acção de tal forma dinâmica à sua companhia que permitiu uma ligação e coordenação perfeitas com a 1ªCCP e contribuiu decisivamente. Em especial nas fases de assalto e exploração, para o êxito da missão executada.


Indiferente às grandes dificuldades, quis e soube manter essa ligação íntima e perfeita, garantindo o apoio mútuo das duas sub-unidades, revelando assim a sua grande capacidade de comando, espírito de sacrifício e devoção ao total cumprimento das missões de que é incumbido, o:”


51/66/P/ALF/GRAD/TEN/PARA/4ªCCP JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA

Em 1968 agraciado com a
Medalha da Cruz de Guerra de 2.ª Classe:
 

Tenente Pára-quedista
JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA
 

Medalha da Cruz de Guerra de 2ª Classe
 

Por Portaria de 21 de Outubro de 1968


Considerado como dado pelo Secretário de Estado da Aeronáutica o louvor concedido ao Tenente Pára-quedista JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA, do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas n.º 31, publicado na ordem de serviço n.º 25 de 26 de julho de 1968, do Comando Chefe das Forças Armadas de Moçambique, “porque fazendo parte da 4ª Companhia do Batalhão de Caçadores Pára-quedistas n.º 31, normalmente atribuída em reforço ao Setor B da Região Militar de Moçambique, no período de um ano, aproximadamente, executou inúmeras operações, mantendo sempre, inalteravelmente, uma linha de atuação brilhante e impecável, tanto em combate como nas restantes situações, conduta que o impôs e à sua Companhia à consideração geral.


No limite das suas possibilidades e dos condicionamentos impostos, cumpriu, da maneira mais eficiente, as missões que lhe foram atribuídas, cujos resultados se traduziram pela destruição de mais de meia centena de acampamentos inimigos e de significativas quantidades de abastecimentos; por mais de uma centena de baixas nos efetivos do inimigo; pela apreensão de expressiva quantidade de armas, munições e outro material, bem como de importante documentação, que muito contribuiu para o conhecimento do adversário.


Desenvolveu, assim, intensa atividade operacional numa das mais difíceis zonas de subversão violenta, durante a qual patenteou excepcionais qualidades de combatente, de chefe e de militar. Nas operações “HIENA”, “ESTICADA”, “TRANCADA BETA”, “RUAS”, “SEIXAS” e “BISTURI” cumpriu as suas missões por forma destacada, com decisão, coragem, sangue frio, serena energia debaixo de fogo e arrojo.


Com tais feitos, em que a mencionada Companhia foi bem o reflexo das suas qualidades, o Tenente LOUSADA prestigiou o ramo das Forças Armadas a que pertence e trouxe lustre e glória à Nação.

No final de Setembro de 1968 a 4.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (4ªCCP) «MORTUUS SED NON VICTUS» reúne-se ao Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 31 (BCP31 – Beira) «HONRA-SE A PÁTRIA DE TAL GENTE» na Beira e dali segue para a capital moçambicana.

Em 9 de Outubro de 1968 a 4.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (4ªCCP) «MORTUUS SED NON VICTUS» está em Lourenço Marques nas cerimónias tradicionais de despedida: às 15:00 participa no desfile de tropas, que se inicia no largo fronteiro ao edifício da Fazenda Pública e segue pelas avenidas da República e General Machado até à Praça Mac-Mahon; depois a 4.ª Companhia de
Caçadores Pára-Quedistas (4ªCCP) segue para o aeroporto de Mavalane e embarca para Lisboa com o seu comandante, capitão Ramos Lousada.

Regressa ao Regimento de Caçadores Para-Quedistas (RCP – Tancos) «QUE NUNCA POR VENCIDOS SE CONHEÇAM», onde passa a comandar a Companhia de Instrução.

Em 10 de Fevereiro de 1969, promovido por distinção ao posto de Capitão Pára-quedista (Ordem de Aeronáutica n.º 4 – 2.ª série;

Na manhã de 10 de Junho de 1969, perante as Forças Armadas Portuguesas reunidas em parada no Terreiro do Paço, é condecorado pelo Presidente da República com o oficialato da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito (
Diário de Lisboa n.º 16693, página 19, de 11 de Junho de 1966):

 


Capitão Pára-quedista
JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA
 

Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor Lealdade e Mérito
 

Diário do Governo n.º 153 de 2 de julho de 1969
 

Alvará de concessão
 

Considerando que o Capitão Pára-quedista José Manuel Garcia Ramos Lousada, após oito anos de campanha contra a subversão no Ultramar, pela sua coragem constante em presença do inimigo, por suas virtudes militares, alto espírito de sacrifício, decisão, alheamento consciente do perigo e prestígio pessoal sobre as tropas comandadas ou entre os seus camaradas e superiores, se impôs como um alto valor moral da nação.


Considerando que, por suas ações militares heroicas em Angola e pelos feitos valorosos praticados em combate em Moçambique, que lhe deram jus à Medalha de Prata de Valor Militar e à Cruz de Guerra de 2.ª Classe, revelou personalidade, em cujo caráter estão bem vincados, o valor, lealdade e mérito.


Américo Deus Rodrigues Thomaz, Presidente da República e Grã-mestre das ordens honoríficas Portuguesas, faz saber que, nos termos do decreto lei nº 44721, de 24 de novembro de 1962, confere ao Capitão Pára-quedista José Manuel Garcia Ramos Lousada, sob proposta do presidente do conselho, o grau de oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito.


Por firmeza do que se lavrou o presente alvará, que vai ser devidamente assinado.


Paços do Governo da República, 6 de Junho de 1969

 

AMÉRICO DEUS RODRIGUES – MARCELO CAETANO.


NOTA: Comissões de Serviço: Angola de 1961 a 1963 - Moçambique de 1966 a 1968 – Angola de 1972 a 1975. / Três Medalhas dos Promovidos por Feitos Distintos em Campanha.

 


Em 1971, no Brasil, frequenta o Curso de Precursor Aeroterrestre Brasil, sendo louvado pelo Comandante do Centro de Instrução do Exército Brasileiro;

Em 1972 voluntaria-se para servir, pela segunda vez, na Província Ultramarina de Angola.

Em 10 de Julho de 1972 desembarca na Base Aérea n.º 9 (BA9) e logo a seguir passa a comandar a 3.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (3ªCCP) do Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 21 (BCP21 – Luanda) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do Comando da Região Aérea n.º 2 (ComRA2) «FIDELIDADE E GRANDEZA»;

Em Agosto de 1972, frequenta o Curso de Pisteiro de Combate, no Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 21 (BCP21 – Luanda) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS»;

"
O fim do sonho da abertura de uma frente leste, por parte do MPLA (Movimento Popular de Libertação de Angola), teve o seu epílogo em Dezembro de 1972, quando o Esquadrão Voyna se retirava para a Zâmbia e foi completamente aniquilado na chana da Cameia pela 3.ª Companhia de Caçadores Pára-quedistas, que eu comandava. O relato posterior do comandante Voyna, excelente chefe guerrilheiro, que praticamente chegou sozinho à Zâmbia, constituiu o melhor dos testemunhos".

"
Os meios de deslocamento utilizados para as Zonas de Intervenção eram, normalmente, o avião para o Leste e a viatura para o Norte. O tipo de operações realizadas no Norte caracterizava-se pela execução de emboscadas e batidas, por vezes golpes-de-mão com a utilização de helicópteros, enquanto no Leste se executavam, em plenitude, acções de redução e flagelação. A diminuição do potencial de combate, por vezes até à ausência do inimigo, no Leste, e a criação de uma Unidade Táctica de Contra-Infiltração no Norte - UTCI - e a sua actuação, são os elementos salientes deste período que tem o seu epílogo com o final das hostilidades em 1974".

Em 1974, director do primeiro curso de pára-quedismo militar ministrado no Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 21 (BCP21 – Luanda) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS», para militares Portugueses naturais de Angola, que visava a criação do Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 22 (BCP22) no Luso.

Em 1974, distinguido com o Prémio Governador-Geral de Angola;

[
Do livro do do Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 21 (BCP21 – Luanda), página 311, comandou a 3.ª Companhia de Caçadores Pára-Quedistas (3ªCCP) do Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 21 (BCP21 – Luanda) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS», no período de 17 de Julho de 1972 a 26 de Fevereiro de 1974]

Em 1974, oficial de operações do Batalhão de Caçadores Para-Quedistas 21 (BCP21 – Luanda) «GENTE OUSADA MAIS QUE QUANTAS» do Comando da Região Aérea n.º 2 (ComRA2) «FIDELIDADE E GRANDEZA» e Instrutor de Pisteiros de Combate naquele Batalhão.

"
Esta época foi, fundamentalmente, caracterizada pelo empenhamento de companhias na ZML - Zona Militar Leste -, normalmente utilizando helicópteros Alouette-III da Força Aéra Portuguesa (FAP) ou pertencentes à África do Sul; e de AFH - Agrupamento de Forças Helitransportadas - com SA-330, no Norte, em acções de contra-infiltração e redução com forças de escalão-companhia, de acordo com o potencial inimigo infiltrado em território angolano. As operações no Norte, embora efectuando-se ainda e sempre sobre os redutos do inimigo, utilizando heli-colocações seguidas de emboscadas, batidas e assaltos, passaram a apoiar-se, em grande parte, nas informações obtidas pelas equipas de pistagem da UTCI na região do rio M'brije, a partir das quais se montavam as manobras de perseguição e assalto aos grupos inimigos infiltrados através da fronteira norte com o Congo. Os meios disponíveis neste período nos deslocamentos para as ZI foram ainda o avião e a viatura, mas evoluiu-se em termos da sua utilização em operações. Enquanto, que, no Leste, com um inimigo fraco se voltou ao Alouette-III, no Norte, nas grandes operações de perseguição, houve necessidade de utilizar o SA-330 para transporte rápido das forças e o Alouette-III para efectuar a pistagem e o apoio próximo pelo fogo. Pelos resultados obtidos e por constituírem acções extremamente adequadas às características das Tropas Pára-quedistas, as operações de intercepção e perseguição efectuadas pelo CECI - Comando Especial de Contra-Infiltração - continuador da UTCI (Unidade Táctica de Contra-Infiltração no Norte), integrando caçadores e pisteiros pára-quedistas apoiados por helicópteros de ataque e de transporte, merecem uma referência especial."

Promovido por distinção ao posto de Major Pára-quedista, pelo Decreto n.º 228/75, publicado no Diário de Governo n.º 110 – I série, página 675, de 13 de Maio de 1975:

Considerando que, segundo parecer unânime do Conselho Superior da Aeronáutica, o Capitão Para-quedista José Manuel Garcia Ramos Lousada, reúne as condições a que se refere o artigo 133.º do Estatuto do Oficial da Força Aérea, aprovado pelo Decreto n.º 377/71, de 10 de Setembro;


Usando dos poderes conferidos pelo artigo 6.º da Lei n.º 5/75, de 14 de Março, o Conselho da Revolução decreta e eu promulgo o seguinte:


Artigo único. O Capitão Para-quedista José Manuel Garcia Ramos Lousada é promovido, por distinção, ao posto de major Pára-quedista, contando a antiguidade desde a data da publicação deste diploma.


Visto e aprovado em Conselho da Revolução.
 

Promulgado em 8 de Maio de 1975


Publique-se.


Lisboa, 26 de setembro de 1975


O Presidente da República, Francisco da Costa Gomes.


Em 12 de Julho de 1975 termina a sua 2.ª comissão em Angola - e última no Ultramar Português -, e regressa à Metrópole.

No Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM – Pedrouços) «NÃO HOUVE FORTE CAPITÃO, QUE NÃO FOSSE TAMBÉM DOUTO E CIENTE», faz o curso de comando e estado-maior.

Em Tancos passa a desempenhar funções de comandante do Batalhão de Instrução (BI) na Base Escola de Tropas Pára-Quedistas (BETP).

No Instituto de Altos Estudos Militares (IAEM-Pedrouços) faz o curso superior de comando e direcção.

 

Em 3 de Dezembro de 1975, por despacho do Chefe do Estado-Maior Generaç das Forças Armadas, agraciado com a Medalha de Prata de Serviços Distintos com palma:

 

Capitão Pára-quedista
JOSÉ MANUEL GARCIA RAMOS LOUSADA
 

Medalha de Prata de Serviços Distintos com Palma
 

Despacho do CEMGFA de 3 de de Dezembro de 1976


Pelo CEMGFA foi louvado em 3 de de Dezembro de 1976, o oficial abaixo designado, "Porque, no desempenho das funções de Comandante de uma Companhia Operacional desde há cerca de 16 meses, confirmou, sem reservas, toda a gama das suas excepcionais qualidades militares. No quartel a sua capacidade organizadora e o seu permanente interesse pelas múltiplas actividades que encobriram o seu cargo, constituíram garantia de real eficiência, entregando-se, numa dádiva total, muito para além de que seria legítimo exigir-lhe, ao cumprimento das funções que lhe foram confiadas e não só, como aconteceu quando, sem prejuízo da sua actividade operacional, exerceu o cargo de instructor de cursos de pistagem, o último dos quais concluiu com enorme sacrifício, dada a sua dureza e o precário estado de saúde em que se encontrava.


Não obstante, sobrou-lhe entusiasmo e qualidades didáticas para insuflar nos seus instruendos a chama do seu entusiasmo, facto que se reflectiu, significativamente, no elevado nível atingido.


Na actividade operacional foi manifesta a sua influência nos excelentes resultados obtidos pelo Batalhão de Caçadores Pára-Quedistas 21 (BCP21), quer através do seu contributo no planeamento de operações, como, principalmente, a sua execução, onde a sua vontade sem tréguas, a sua experiência e os seus profundos conhecimentos da luta de guerrilhas, deram forma a um chefe e um combatente de rara estirpe.


Oficial dedicado, muito leal e disciplinado, o Capitão Pára-quedista LOUSADA tornou-se credor da gratidão de todos nós e fez jus a que os serviços por si prestados sejam considerados extraordinários, relevantes e distintos."
 

Prémio Governador Geral de Angola em Junho de 1974

 

Promovido a tenente-coronel, passa a exercer funções de chefe do estado-maior e segundo-comandante da Base Escola de Tropas Pára-Quedistas (BETP).

No Instituto Superior de Defesa Nacional (ISDN) faz o curso de Defesa Nacional.

Promovido a coronel, passa a comandante da Base Escola de Tropas Pára-Quedistas (BETP) durante seis anos e depois a Chefe do Estado Maior do Corpo de Tropas Pára-Quedistas (CEM/CTP) durante três anos.

Em 1 de Janeiro de 1994 as Tropas Pára-quedistas são transferidas da Força Aérea para o Exército, e o coronel Lousada passa a desempenhar funções cumulativas de Chefe do Estado-Maior (CEM) e segundo-comandante do CTAT (Comando de Tropas Aerotransportadas).

Em 12Abr1995, promovido a Brigadeiro passa a desempenhar as funções de comandante do CTAT (Comando de Tropas Aerotransportadas) e da BAI (Brigada Aerotransportada Independente) «SE FIZERAM POR ARMAS TÃO SUBIDOS».

 

 

 

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