NOTÍCIA - "A Guerra"
- da autoria e realização de Joaquim Furtado - 1.ª série
Elementos cedidos
por um colaborador do
portal UTW
"A Guerra" -
1.ª Série
imagem extraída da
revista "Única" do
jornal
Expresso, Edição n.º 1824, de 13 de Outubro de 2007
autoria e realização: Joaquim da Silva Furtado¹
© RTP 2007
¹
(nascido em 20Abr48 em Penamacor;
«cumpriu serviço
militar em 1969 [...], conseguiu que, por motivos de
saúde, o passassem “aos serviços auxiliares”, escapando
da ida para a Guiné, na época já trabalhava no Rádio
Clube Português onde fazia o programa “Tempo Zip”»,
cf magazine CM 12Out2007; com aquele mesmo programa
passou para a Rádio Renascença, onde fez parte do
primeiro quadro redactorial dos serviços de noticiários;
transferiu-se para a redacção do Diário de Lisboa
e deste vespertino em 1973 para os serviços de
noticiários do Rádio Clube Português, em cujos
estúdios de Lisboa se encontrava quando, às 04:26 de
25Abr74, começou a ler «um comunicado» do MFA, (o
primeiro de vários ao longo daquele dia, todos redigidos
pelo capitão Mariz Fernandes); em 1975 foi colocado no
corpo redactorial do Telejornal da RTP, do qual
transitou para a Informação 2 e em seguida para o
programa Grande Reportagem, até à sua extinção em
1984)
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1.ª emissão RTP1 16Out2007 – Massacres da UPA
Os ataques da UPA a fazendas e povoações do norte de
Angola (cinco a seis mil mortos, colonos brancos e
bailundos seus empregados) contados pelos que os
fizeram. Resposta portuguesa, inicialmente com os civis
praticamente sozinhos a organizarem-se em milícias.
Êxodo das mulheres e crianças, também homens, para
Luanda e Lisboa. Morte dos primeiros militares.
DVD
01
(RTP-CM)
28Abr2008 – “Angola,
Dias de Morte”
Em Março de 1961, a UPA revolta-se contra a presença
portuguesa em Angola. Surpreendendo civis e militares,
massacra milhares de europeus e africanos no norte do
território. Os efectivos existentes na colónia são muito
reduzidos. Os civis procuram defender-se, apoiados pela
Força Aérea que usa napalm contra os rebeldes, ao mesmo
tempo que retira as mulheres e crianças das áreas
atingidas. A UPA refugiasse nas matas e ataca as
colunas, entretanto enviadas de Luanda. Morrem os
primeiros militares.
Clique no endereço que se segue para visualização do
vídeo
http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=89&t=0#thumb89
Angola, Dias de Morte - Joaquim
Furtado (vol. I) 53' 35” [portal RTP online]
²
Angola 15 de Março de 1961, iniciam-se no Norte de
Angola os ataques às fazendas dos colonos brancos
provocando uma onda de terror e destruição. Imagens
reais recolhidas na altura: destruição e morte, colonos
sobreviventes, mulheres e crianças fogem, aviões
apinhados de refugiados chegam a Luanda. Impressionantes
depoimentos, de ex-dirigentes e activistas da UPA,
recolhidos recentemente, descrevem a preparação e os
acontecimentos daqueles dias. Holden Roberto, então
líder da UPA, comenta a acção do seu movimento.
Militares e autoridades portugueses, então em serviço em
Angola, descrevem a situação e a intervenção então
possível com os escassos meios existentes. As milícias
em auto-defesa constituem uma das primeiras formas de
defesa local. Os repórteres da RTP acompanham uma
Companhia de Caçadores Especiais em progressão pelo
Norte de Angola. Em Luanda e em Lisboa manifestações
anti-americanas têmlugar.
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2.ª emissão RTP1 23Out2007 –
“Rapidamente e em força” para Angola
Assalto às prisões de Luanda. Resposta leva o terror aos
muceques. Deposto o ministro da Defesa, Botelho Moniz
que, sintonizado com os EUA, tinha uma opinião diferente
sobre o futuro das colónias. Salazar manda as Forças
Armadas, “rapidamente e em força”, para Angola.
DVD
02
(RTP-CM)
05Mai2008 – “Andar
Rápido e em Força”
Antes dos ataques da UPA, em Março, já o pânico dominava
Luanda desde 4 de Fevereiro, quando centenas de
angolanos assaltaram as prisões da cidade. A resposta
portuguesa, civil e militar, leva o terror aos muceques.
E a violência sem limites propaga-se a todos os grupos
sociais, quando o 15 de Março lança o pavor em todo o
norte. Angola reclama por apoio militar, mas Salazar só
mandará “andar rápido e em força”, depois de afastar
Botelho Moniz, o general que, entretanto, tentará
depô-lo.
Clique no endereço que se segue
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=90&t=0#thumb90
“Andar Rápido e em Força” -
Joaquim Furtado (vol. II) 58' 27” [portal RTP
online]
²
Os acontecimentos do 4 de Fevereiro de 1961 em Luanda:
assaltos à esquadra da PSP, à Casa de Reclusão de
Militar e à Cadeia de S. Paulo, constituem o início de
uma Guerra que irá durar 13 anos e se estenderá aos
territórios da Guiné e Moçambique. O assalto ao Santa
Maria a 22 de Janeiro de 1961 coloca Portugal no centro
dos noticiários internacionais e movimenta a adormecida
opinião pública portuguesa. As ligações entre o assalto
ao Santa Maria e os acontecimentos do 4 de Fevereiro são
comentadas pelo Governador de Angola de então, Silva
Tavares e por Holden Roberto. Outros activistas da UPA e
MPLA descrevem o 4 de Fevereiro e referem a importância
do cónego Manuel das Neves na preparação e no
desencadear da acção. Os dias que se seguiram ao 4 de
Fevereiro, foram caracterizados por uma onda de
violência em Luanda contra a população negra por parte
dos colonos brancos e das forças policiais. Estava
criado um ambiente de desconfiança e de perseguição ao
negro. Em Lisboa o Ministro da Defesa, Botelho Moniz, e
altos quadros das Forças Armadas preparam um golpe
militar para derrubar Salazar, a política colonial era o
principal ponto de discórdia. Os golpistas tinham o
apoio da Embaixada dos USA em Lisboa. A intervenção de
Kaulza de Arriaga irá fazer abortar a tentativa de
golpe. Depoimentos de Costa Gomes e Kaulza de Arriaga
ajudam a compreender os acontecimentos daqueles dias. Os
primeiros reforços, constituídos por Caçadores Especiais
e Pára-quedistas chegam a Angola, sem terem a menor
noção do teatro de operações iriam encontrar, irá
seguir-se o envio massivo de militares que irão embarcar
em Lisboa, nos Cais da Rocha do Conde de Óbidos e
Alcântara, dando origem a imagens iconográficas do
embarque dos soldados nos navios perante uma varanda
repleta de familiares a acenar.
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3.ª emissão RTP1 30Out2007 –
Violência do lado português
Resposta portuguesa aos massacres da UPA. Episódios
desconhecidos sobre a violência da parte portuguesa.
Partida para norte das primeiras grandes colunas
militares, em 13 de Maio de 1961.
DVD
03
(RTP-CM)
12Mai2008 – “Massacres
Contra Chacinas”
O primeiro dos grandes contingentes militares enviados
de Lisboa desfila, em 1 de Maio, na avenida marginal de
Luanda, perante a alegria da população. As colunas
começam a marchar para o norte, com ordens para cortar e
exibir as cabeças dos rebeldes mortos. Mal preparada e
desconhecendo o terreno, a tropa sofre baixas enquanto
reabre estradas, reocupa povoações e socorre populações
ameaçadas. Ao morticínio cometido pela UPA, civis e
militares reagem com massacres e fuzilamentos.
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=91&t=0#thumb91
Massacres Contra Chacinas -
Joaquim Furtado (vol. III) 57' 30” [portal
RTP online]
²
1 de Maio de 1961 os primeiros contingentes militares
chegam a Luanda desfilando na Avenida Marginal sob os
aplausos dos colonos brancos. Os militaresacabados de
chegar confrontaram-se de imediato com o desejo de
vingança dos colonos brancos que desejam continuar com
processos de terror e morte, sob a comunidade negra,
desafiando os militares para os ajudarem nessas acções.
Os combates no Norte de Angola, Mucaba um ícone da
resistência dos colonos. “As balas dos brancos não
matam” – esta ideia difundida pelos elementos da UPA
caracterizou toda a sua acção nos primeiros tempos da
guerra. Enfrentavam as balas de peito aberto. Droga ou
crença religiosa e fanatismo? “Olho por olho – dente por
dente” ou “o terrorismo combate-se com terrorismo”, foi
a lei que imperou nos primeiros meses de 1961 em Angola.
Combatentes de ambos os lados narram episódios de uma
espiral de violência impressionante. Com a chegada dos
primeiros batalhões a reocupação do Norte de Angola
inicia-se. As deficiências de armamento, e a falta de
preparação foram notas dominantes. O exército fora
treinado para guerra convencional em teatros europeus e
o seu armamento era da II guerra Mundial.
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4.ª emissão RTP1 06Nov2007 –
Nambuangongo
Criação do Corpo de Voluntários. Operação Viriato, para
a reconquista de Nambuangongo, é “reconstituída” através
de filme e grafismo 3D. Relato das operações da Pedra
Verde, Quipedro e Serra da Canda, com as quais os
portugueses retomam o domínio sobre o norte angolano.
DVD
04
(RTP-CM)
19Mai2008 – “Operação
Nambuangongo”
Quatro meses depois da ofensiva da UPA, os militares
estão em condições de recuperar o domínio do território.
Montam a operação Viriato e avançam para Nambuangongo,
centro operacional rebelde. As forças de Holden Roberto
recuam perante as operações portuguesas, o que permite o
regresso de milhares de refugiados às suas povoações.
Apoiando discretamente a UPA e insistindo na
descolonização, os Estados Unidos proíbem a Portugal o
uso de armas americanas e seguem o conflito,
atentamente.
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=92&t=0#thumb92
Operação Nambuangongo - Joaquim
Furtado (vol. IV) 57' 30” [portal RTP online]
²
A partir de Maio de 1961 a fisionomia de Luanda
modifica-se, as esplanadas da baixa encontram-se
repletas de militares acabados de chegar da metrópole,
preparando-se para o início de operações militares de
envergadura e características desconhecidas. Em três
meses o contingente militar em Angola duplica em número
de homens. Lisboa substitui o antigo governador e o
comandante chefe, nomeando o general Venâncio Deslandes
para exercer em acumulação aqueles dois cargos. Em
Lisboa as autoridades, incluindo o próprio Salazar,
criticam os EUA e o Conselho de Segurança da ONU, pelas
posições de apoio aos movimentos de libertação e pela
oposição à política do governo português. Em Angola as
milícias populares de auto-defesa, que suportaram o
primeiro embate das acções terroristas, com a chegada
dos militares, transformam-se num Corpo de Voluntários,
enquadrados pelo Exército. A sua missão fundamental era
dar protecção às fazendas e apoio à colheita do café.
Com a chegada de novos contingentes militares prepara-se
a reocupação do Norte de Angola. É desencadeada a
Operação Viriato, que irá contar com a participação de
dois batalhões de caçadores e um esquadrão de cavalaria.
Reportagens e imagens colhidas na altura, depoimentos de
participantes quer do Exército Português quer da UPA,
dão-nos conta da grande operação militar de reocupação
de Nambuangongo. Outras operações militares são
descritas: os pára-quedistas em Quipedro, a tomada da
Pedra Verde. Os EUA proíbem a utilização, pelas Forças
Armadas Portuguesas, de armamento que tinham recebido a
coberto da participação na NATO. Com a reocupação do
Norte, ensaiam-se as primeiras acções psico sociais, no
sentido de captar populações fugidas ou refugiadas no
Congo.
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5.ª emissão RTP1 13Nov2007 –
Indígenas e assimilados
O início da contestação, os indígenas, os assimilados, o
trabalho forçado, os castigos corporais. Falam antigos
chefes de posto que aplicaram castigos corporais.
Resposta às pressões internacionais com medidas
governamentais de natureza económica. Incentivo à
emigração através de colonatos brancos em Angola e
Moçambique.
DVD
05
(RTP-CM)
26Mai2008 – “As
Colónias e As Províncias”
O ambiente internacional era hostil à permanência de
Portugal em África. A Conferência de Bandung, em 1955,
marca a luta pela descolonização adoptada pela ONU.
Salazar argumenta que os territórios ultramarinos são
províncias de Portugal, mas o quadro social revela
baixos níveis de instrução para os africanos e a
existência de trabalho forçado e castigos corporais. O
Governo faz reformas na área económica e incentiva a
emigração, criando colonatos de brancos em Angola e em
Moçambique.
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=93&t=0#thumb93
As Colónias e As Províncias -
Joaquim Furtado (vol. V) 63' 02” [portal RTP
online]
²
O contexto internacional, a Carta das Nações Unidas, o
movimento dos não-alinhados a conferência de Bandung,
são novas realidades que correm contra a ordem do Estado
Novo e da sua política Colonial. A situação social nas
colónias, os indígenas e os assimilados, os castigos
corporais eram realidades do sistema colonial português.
As estruturas urbanas das cidades reflectiam a separação
de classes: brancos, assimilados, indígenas. As questões
da discriminação racial, das relações sociais e as
relações de trabalho, o ensino, analisados por
diferentes personalidades de Angola, Moçambique e Guiné
e também por portugueses. A estrutura administrativa
colonial. Os poderes dos Chefes de Posto e
Administradores de Circunscrição, os impostos, os
comerciantes (cantineiros) e o sistema de trocas. Os
trabalhos forçados foram durante muitos anos uma
realidade. Uma política de colonização branca vai ser
experimentada nos anos 50. Populações rurais de baixas
qualificações vão ser motivados a emigrar para as
colónias. Aldeamentos são construídos em Angola e
Moçambique, tenta-se exportar uma lógica agrícola
portuguesa para as terras africanas. Tal experiência não
levará mais de 10 anos para mostrar o seu falhanço.
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6.ª emissão RTP1 27Nov2007 –
Pidjiguiti e Mueda
Como viviam os colonos: tranquilidade e desenvolvimento.
Insatisfação com Lisboa. Apoio, lá, como cá, a Humberto
Delgado. A formação, em Lisboa, de líderes como Cabral,
Neto, Mondlane, Pinto de Andrade. Massacre de Pidjiguiti,
na Guiné. Nova versão sobre o que se passou em 1964, em
Mueda, Moçambique, dada pelos que dispararam.
DVD
06
(RTP-CM)
02Jun2008 – “As
Guerras antes da Guerra”
Os portugueses estavam mal informados e confiavam na
diferença da sua colonização. Os que discordavam das
limitações económicas impostas pela Metrópole, apoiaram
Humberto Delgado em 1958. Nessa altura estavam já em
formação alguns dos movimentos independentistas. Vários
dos seus futuros lideres tinham estudado em Lisboa. Nas
três colónias, a guerra é antecedida por reivindicações
reprimidas pelas armas: Pidjiguiti na Guiné, Mueda em
Moçambique e Baixa do Cassanje em Angola.
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=94&t=0#thumb94
As Guerras antes da Guerra -
Joaquim Furtado (vol. VI) 59' 31” [portal RTP
online]
²
Nas colónias portuguesas, antes do início da guerra, os
brancos têm um nível de vida médio superior ao da
metrópole, não deixando, no entanto de recriar hábitos e
tradições do Portugal Europeu. A política de Salazar, de
condicionamento da actividade económica nas colónias,
gera um progressivo descontentamento nos colonos, que
gradualmente vão mostrando desejos de autonomia e até de
independência. A campanha do general Humberto Delgado em
1958 estende-se às colónias havendo claros apoios ao
general em Angola, Moçambique e Guiné. A Casa dos
Estudantes do Império em Lisboa, vai ter grande
importância na formação de futuros quadros dirigentes
dos Movimentos de Libertação. Nomes como Amílcar Cabral,
Eduardo Mondlane, Mário de Andrade, Agostinho Neto entre
tantos outros, por aí passam enquanto efectuam os seus
estudos em Lisboa. As Missões Protestantes, oriundas de
países europeus democráticos, irão influenciar os
africanos na formação de sentimentos de liberdade,
favoráveis às lutas de libertação. A hierarquia da
Igreja Católica mantém-se alinhada com o regime nos
territórios africanos, no entanto, surgem vozes
dissonantes como é o caso do arcebispo da Beira, D.
Sebastião Soares de Resende ou o vigário geral da
arquidiocese de Luanda, padre Manuel das Neves. As
Forças Armadas portuguesas, até meados da década de
cinquenta, estão estruturadas para uma intervenção no
teatro de operações europeu no quadro de uma guerra
convencional. Os escassos efectivos existentes em África
estão preparados para o reforço do continente. Só no
final da década de cinquenta é que se começa a pensar na
possibilidade de uma guerra em África com
características muito diferentes. Em 1959 militares
portugueses vão tirar cursos ao estrangeiro, sobretudo a
França, em que novas técnicas e tácticas de
contra-guerrilha são ensinadas. Em Lamego, em 1960, é
criado o Centro de Instrução de Operações Especiais que
irá formar as 3 primeiras Companhias de Caçadores
Especiais que constituirão os primeiros reforços a
avançar para Angola. Movimentações civis na Guiné - 1959
Pidjiguiti - e em Moçambique - Mueda 1960 - dão azo a
uma violenta repressão por parte das forças policiais e
militares, provocando um número elevado de mortes o que
vem acelerar as acções dos Movimentos de Libertação
naqueles territórios.
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7.ª emissão RTP1 04Dez2007 – Baixa
do Cassanje
Massacre da Baixa do Cassanje, contando com entrevista,
não filmada, com Teixeira de Morais, um dos capitães
enviados para reprimir a greve dos camponeses do
algodão. Primeiros tiros na Guiné, dados pelo MLG de
Kankoila Mendy, entrevistado no programa. Revelações
sobre o projecto de um triângulo atlântico, envolvendo
Angola, Brasil e Lisboa, partilhado em esferas do poder.
Demissão do ministro do Ultramar, Adriano Moreira.
DVD
07
(RTP-CM)
09Jun2008 – “O
Ano que marca a História”
Em Janeiro, os povos da Baixa do Cassanje entram em
greve contra a cultura obrigatória do algodão. A reacção
militar portuguesa ficou para a História como um
massacre. Pouco depois, as chacinas da UPA, que marcam o
início da guerra, estimulam outros africanos
independentistas. Disparados pelo MLG, soam os primeiros
tiros na Guiné. Ainda em 1961, a invasão de Goa marca o
início do fim do império. Dominada a situação em Angola,
Salazar dispensa as reformas de Adriano Moreira.
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=95&t=0#thumb95
O Ano que marca a História -
Joaquim Furtado (vol. VII) 66' 00” [portal
RTP online]
²
A forma como é cultivado, colhido e vendido o algodão em
Angola está na origem dos graves incidentes em Janeiro e
Fevereiro de 1961 na Baixa do Cassanje. As Forças
Armadas intervêm com as 3ª e 4ª Companhias de Caçadores
Especiais e com a Força Aérea, causando um número nunca
determinado de baixas. As trajectórias de diversos
líderes dos Movimentos de Libertação antes do início da
luta pela independência, sendo destacada a figura de
Eduardo Mondlane. A preparação da luta armada na Guiné,
a importância da Republica Popular da China na formação
dos quadros do PAIGC. Dezembro de 1961 a União Indiana
invade Goa Damão e Diu, os territórios que constituem o
Estado Português da Índia. As forças portuguesas
rendem-se face à esmagadora desproporção de forças.
Salazar apelara: “soldados e marinheiros vitoriosos ou
mortos”. O Movimento Nacional Feminino as suas
características e a sua acção. Após o início da guerra
em Angola alguma turbulência emerge no seio do Estado
Novo. Adriano Moreira e Venâncio Deslandes protagonizam
alguns episódios que poderão indiciar mudanças na
política oficial. Ambos acabam demitidos e Salazar
retoma em pleno as rédeas do poder.
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8.ª emissão RTP1 11Dez2007 –
Frente da Guiné
Ataque do PAIGC ao posto de Tite abre, na Guiné, a
segunda frente de guerra. Salazar aceita conversar com
autonomistas, mas recua. Em Angola, a UPA transforma-se
em FNLA, movimento que começa a combater o MPLA. As
forças militares e militarizadas prestam vassalagem à
política ultramarina de Salazar, aclamado na Praça do
Comércio em Lisboa. Entre a multidão, uma americana,
casada com Eduardo Mondlane, que virá a ser o líder da
Frelimo.
DVD
08
(RTP-CM)
16Jun2008 – “A
Guiné, depois de Angola”
A UPA transforma-se em FNLA e o MPLA cria a sua própria
guerrilha. Os dois movimentos angolanos irão combater-se
durante toda a guerra. O exército tenta impedir as
infiltrações através das fronteiras com o Congo. Mas é
das fronteiras da Guiné Conackry que surge um novo
desafio. Em Janeiro de 1963, o PAIGC avança para a luta
armada na Guiné. Meses depois, Salazar plebiscita a sua
política numa grande manifestação a que assiste a
americana Janet Mondlane, mulher do líder da Frelimo.
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=96&t=0#thumb96
A Guiné depois de Angola -
Joaquim Furtado (vol. VIII) 70' 22” [portal
RTP online]
²
Em Janeiro de 1963 inicia-se a guerra na Guiné com um
ataque ao aquartelamento de Tite, localidade na margem
esquerda do rio Geba. Os dispositivos e as formas de
actuação das Forças Armadas Portuguesas e da guerrilha
do PAIGC são analisados por ex-combatentes de ambos os
lados. Em Angola, depois dos acontecimentos de 1961 a
UPA irá reorganizar-se tentado criar um guerrilha
efectiva e organizada, evoluindo política e militarmente
acabando por transformar-se na FNLA. O MPLA irá também
iniciar a sua actividade, havendo desde início problemas
internos em torno da liderança, protagonizados
principalmente por Agostinho Neto e Viriato da Cruz. A
organização e dispositivo das Forças Armadas em Angola
após o período inicial de 1961, é analisado por
militares portugueses que na altura aí prestam serviço.
A interdição de fronteiras será uma das suas principais
missões. Em Setembro de 1963 é promovida uma grande
manifestação de apoio a Salazar e à sua política
ultramarina que se enquadra numa campanha de reforço da
frente interna.
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9.ª emissão RTP1 18Dez2007 –
Frente em Moçambique
Inicialmente contrário à luta armada, Mondlane inicia a
guerra em 1964, depois de um outro movimento ter atacado
em Nangololo e morto um padre holandês. Na Guiné, a
operação Tridente mobiliza 1200 homens durante 71 dias,
mas não inverte o sentido da guerra, cada vez mais
intensa. E cada vez mais presente na vida do país. O 10
de Junho, Dia de Portugal, passa a ser de homenagem aos
militares mobilizados.
DVD
09
(RTP-CM)
23Jun2008 – “Moçambique,
nova frente”
A repressão em Mueda empurra os moçambicanos para a
formação da Frelimo. Sob a direcção de Eduardo Mondlane,
o movimento organizará a luta armada, entretanto
iniciada por outro movimento. Em 1964, Portugal está
perante três frentes. A mais difícil é já a da Guiné
onde decorre, durante mais de dois meses, a operação
Tridente, uma das maiores de todo o conflito. A guerra
está no centro da vida do País. Chamado “dia de Portugal
e da raça”, o 10 de Junho passa a homenagear as Forças
Armadas.
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http://www.rtp.pt/guerracolonial/?id=97&t=0#thumb97
Moçambique, nova frente -
Joaquim Furtado (vol. IX) 71' 34” [portal RTP
online]
²
Os acontecimentos de Mueda em 1960 vão preparar o
caminho para o início da actividade insurreccional em
Moçambique. A rádio tem grande importância na
consciencialização das populações. A rádio Tanganica, a
BBC ou a Voz da América são ouvidas. Os dirigentes
africanos – Julius Nyerere da Tanzânia e Nkrumah do Gana
– pressionam os nacionalistas moçambicanos para se
unirem num só movimento. Eduardo Mondlane, funcionário
da ONU, vai dirigir a FRELIMO logo após a sua fundação.
Os primeiros combatentes da FRELIMO recebem a sua
formação na Argélia. O modo de vida dos colonos brancos
em Moçambique é fortemente influenciado pelas sociedades
da África do Sul e da Rodésia. Em Setembro de 1964
começa a acção armada da FRELIMO em Cabo Delgado e
Niassa. Na Guiné a situação militar agrava-se. É lançada
uma grande operação militar - operação Tridente - em que
participam os três ramos da Forças Armadas. Na Praça do
Comércio o dia 10 de Junho - dia de Portugal e da Raça -
é palco desde 1963, da cerimónia de exaltação dos heróis
da guerra.
²
os comentários aos
diferentes documentários, foram efectuados em
colaboração com a Associação 25 de Abril, e são da
responsabilidade dos seguintes oficiais das Forças
Armadas Portuguesas:
Coronel de Infantaria José
Aparício,
Coronel de Artilharia Eduardo Abreu,
Coronel
Piloto-aviador Villalobos Filipe,
Capitão-de-mar-e-guerra Pedro Lauret
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O que foi
escrito:
Para aceder aos
conteúdos clique nas palavras sublinhadas
08NOV2007 - "Guerra
Colonial: Honra ou Pesar?", in blog
sociedade-civil.blogspot.com, "A exibição
e mediatização de “Guerra” – série documental sobre
a guerra colonial, assinada por Joaquim Furtado –
reaviva antigas clivagens entre defensores e
opositores do conflito. Quase meia década volvida,
ainda vemos nos entrevistados da série e nas
opiniões amplificadas nos media, firmes defensores
do colonialismo e laivos de racismo.". Informação de
LC123278
01NOV2007~- "A
Guerra", na revista "Visão"
de 1 de Novembro de 2007, imagem cedida por
LC123278
18OUT2007 - "RTP:
«A Guerra» foi documentário mais visto desde 2000",
in
Diário Digital,
"... que é também um dos muitos ex-soldados e
ex-combatentes da guerra do Ultramar que se dedicam
ao estudo das perturbações e traumas da guerra."
18OUT2007 -
"Documentário
da RTP bateu SIC e TVI", in
Sol, "A
estreia do documentário da RTP sobre a guerra
colonial, ontem à noite, foi o programa mais visto
no mesmo horário. A Guerra, realizado por Joaquim
Furtado ..."
18OUT2007 - "Guerra
colonial "O que é que estou a fazer aqui?"", in
Jornal de Notícias, "Foi
esta a pergunta que, mais cedo ou mais tarde, com
mais ou menos insistência, atormentou os militares
que participaram na guerra colonial. ..."
18OUT2007 -
"Água de Colónia" e "Audiências", no
jornal Correio da Manhã,
de 18 de Outubro de 2007. Imagens cedidas por
LC123278.
18OUT2007 - "Memórias
da guerra batem piadas antigas", in
Diário de
Notícias, "O coronel Matos Gomes,
reformado do Exército e ex-combatente da guerra
colonial, considera que "o público português
demonstrou às televisões que não é tão ...
18OUT2007 -
"«Houve
mesmo uma guerra»", in
Portugal Diário,
"Ex-combatentes dizem que documentário reproduz a
verdade histórica. E mostra que militares «cumpriram
a sua missão de forma digna». Conte-nos a sua
historia ...
16OUT2007 - "A
visão global da guerra", in
Correio da
Manhã, "O
realizador e autor da série documental ‘A Guerra’,
Joaquim Furtado, acredita que o trabalho que estreia
esta noite na RTP 1 vai suscitar controvérsia -
informação de LC123278.
16OUT2007 -
"Tenho
ideias para regressar à TV", in
Diário de
Notícias, "A ideia era fazer um programa
que desse a real dimensão do que foi a guerra. As
pessoas não sabem o que foi a guerra colonial ou a
guerra do Ultramar ou a guerra de libertação. E,
isto é importante explicar,"
- informação de
LC123278
16OUT2007
- "A
guerra de África como nunca foi contada em televisão",
in
Público.PT "Cinco mil filmes
vistos; 500 horas de entrevistas gravadas; 150 de
não gravadas; protagonistas de há 40 anos frente a
frente no terreno; uma história mais longa do que os
13 anos da guerra que Portugal travou com a UPA, o
MPLA, a UNITA e a Frelimo"
- informação
de LC123278
16OUT2007 - "O
conflito colonial analisado com pormenor", in
Jornal de Notícias, "O documentário
começa com dois ex-combatentes da Guerra Colonial,
um português e um guineense, no norte da Guiné, a
rememorar o último incidente oficial ..., informação
de LC123278
16OUT2007
- "A
guerra das palavras", in
Grande Loja do
Queijo Limiano, "Esclarece que em
Portugal, o governo, as pessoas em geral e os
apolíticos e sem intervenção activa, nessa altura
dos acontecimentos, designavam-nos como
Guerra
do Ultramar, o que não é bem aceite pela
simples razão
- informação de
LC123278
16OUT2007 -
"Joaquim
Furtado "Aquela foi a guerra, para uma geração"",
in
Público.PT, "Houve "coisas
terríveis" feitas pelos movimentos nacionalistas e
"coisas terríveis" feitas pelos portugueses durante
os 13 anos de guerra em África, diz o autor de uma
série de 18 episódios cuja primeira"
- informação de
LC123278
16OUT2007 - "Guia
para os nove episódios da primeira parte da série",
in
Público.PT,
"Os ataques da UPA a fazendas e
povoações do norte de Angola (cinco a seis mil mortos,
colonos brancos e bailundos seus empregados) contados
pelos que os fizeram. Resposta portuguesa, inicialmente
com os civis praticamente sozinhos"
- informação de
LC123278
14OUT2007 - "A
Guerra como nunca foi contada" in
Correio da Manhã,
"Os refractários, os desertores e os que se situavam na
oposição deram-lhe o nome de Guerra Colonial". A série
ficou 'A Guerra' mas no genérico o título ...
14OUT2007 - "Regresso
ao Ultramar", in
Revista Única,
"Levou oito anos a ser feita, por Joaquim Furtado, e
recupera 5000 filmes de arquivo. Estreia esta semana a
maior série documental de sempre sobre a guerra
colonial.
14OUT2007 - "Uma
voz única", in
Correio da Manhã,
"Um dia, em Angola, em plena Guerra Colonial, recebi uma
encomenda do Adriano com um disco. Carreguei com ele
durante meses, porque no mato não tinha maneira ..."
12OUT2007
-
"A
Guerra como nunca foi contada" na revista
TV do
jornal Correio da Manhã, da semana de
12 a 18 de Outubro de 2007. Imagens cedidas por
LC123278
12OUT2007
-
Moçambique…Angola…Guiné…As feridas de um país...As
verdades escondidas, in
RTP 1,"
Moçambique…Angola…Guiné…Até onde nos levou a Guerra
Colonial. Recorrendo a imagens de arquivo nunca
antes vistas, esta é uma página da nossa história
com muito por revelar.
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